domingo, 21 de fevereiro de 2016

Vivendo do Passado

Imagem extraída do Facebook oficial de Diego Lugano- www.facebook.com/diegolugano.org



O São Paulo, após muitos pedidos do torcedor, repatriou o zagueiro Diego Lugano. O Santos tentou mas não conseguiu trazer o atacante Robinho de volta à Vila Belmiro e agora mira o meia Diego. E há dirigentes e torcedores do Corinthians sonhando com a vinda de Carlos Tévez.

Todos estes jogadores foram ídolos em grande clubes paulistas. Cada um deles fez muito sucesso na década passada, seja pela identificação com seus respectivos times, pelo talento, pela dedicação ou pelos títulos. Cada um a sua maneira cativou o torcedor.

O Brasil, obviamente, ficaria pequeno para os mencionados atletas e todos eles rumaram à Europa em busca de novas oportunidades. Todos queriam novos desafios, mais títulos, mais conquistas e mais prestígio. Ao torcedor, restou a saudade De seus ídolos e a esperança de que um dia voltariam a vestir a camisa de seus respectivos clubes.

Quando se trata de ídolos, o coração muitas vezes fala mais alto que a razão. Há sempre uma grande comoção quando o clube diz que trará (ou tentará trazer) de volta aquele jogador que fez muito sucesso no passado. A euforia é sempre muito grande nesses momentos.



Imagem extraída do Facebook oficial de Diego Ribas da
 Cunha- www.facebook.com/DiegoRibas.Kor



É preciso, porém, manter um certo ceticismo com os jogadores que retornam aos seus clubes do passado, mesmo que tenham sido grandes ídolos.

Todos os jogadores mencionados neste texto já estão com 30 anos ou mais. Alguns deles já não têm mais a mesma agilidade ou o vigor do passado. Muitos atletas em tal situação retornam ao Brasil justamente porque já não têm mais condições físicas ou técnicas para competir em campeonatos daquele nível. Essa foi uma das razões que lavaram Xavi a deixar o Barcelona para atuar no Qatar. Gerrard também trocou o Liverpool pelos Estados Unidos por motivos similares.

Não podemos esperar, portanto, que os ídolos consigam repetir as atuações de dez anos atrás. Talvez eles até consigam, mas não podemos exigir que executem aqueles dribles geniais de outrora ou que dividam bolas como na década passada. O tempo, infelizmente, passa para todos.

Será difícil principalmente para o torcedor reconhecer tais fatos. Como escrevi neste texto, nós estamos falando de ídolos, jogadores que cativaram seus fãs e tiveram grande identificação com seus respectivos clubes. O emocional sempre pesa muito no julgamento desse tipo de atleta. Lembre-se que estamos falando de atletas adorados por seu público.

O clube faz bem ao abrir as portas aos seus ex-jogadores. É uma forma de reconhecer os feitos passados do atleta e também permite que o esportista volte a sentir o carinho do torcedor que o adorou há alguns anos atrás.

Devemos, contudo, nos conscientizar: eles não são mais os mesmos jogadores do passado. O tempo costuma ser cruel com o corpo.



Imagem extraída do Facebook oficial de Carlos Tévez- www.facebook.com/TevezOficial



NINGUÉM SEGURA?

O trio ofensivo do Barcelona -Messi, Suárez e Neymar- continua fazendo a alegria de seu torcedor. O Barça visitou ontem o modesto Las Palmas e levou um grande sufoco do adversário. Mas a boa fase dos atacantes prevaleceu e o time catalão conquistou mais um triunfo na temporada.



PAREDÃO ZANGADO

O Santos criou as melhores chances de gol contra o Palmeiras no Allianz Parque, mas o arqueiro Fernando Prass foi seguro quando exigido e evitou uma derrota em casa do Verdão.



CADÊ O VÔLEI?

Gostaria de saber por que nenhuma outra emissora além do Esporte Interativo está cobrindo o Sul-Americano de vôlei. Para quem não sabe, dois times brasileiros -Sada/Cruzeiro e Funvic/Taubaté- farão a final masculina hoje às 19:30h (horário de Brasília) e apenas o canal pago vai transmitir a partida. Decepcionante sabe que o vôlei é uma das nossas maiores esperanças de medalha nas olimpíadas e, mesmo assim, ainda sofre com o descaso da mídia.


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