quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

The Zoeira Never Wendell

Imagem extraída de www.facebook.com/FifaBallonDor



"Queria primeiramente agradecer a Deus por este momento único na minha vida e poder estar aqui conhecendo grandes jogadores que são meus ídolos e eu conhecia só de videogame e hoje estou aqui podendo conhecer pessoalmente".

"Quero agradecer muito à minha família, à nação brasileira que votou em mim, minha esposa e minha filha são tudo pra mim. Minha filha Marcela que está em casa nessa hora".

"E queria deixar uma passagem bíblica que eu acho que creio eu que quando Davi e Golias que quando Golias apareceu e todo mundo olhava pra ele e falava: 'Ele é muito forte e muito grande. Não tem como ganhar dele'. E Davi quando olhou para Golias disse: 'Ele é muito grande. Não tem como errar'. E assim que temos de lidar com nossos problemas diários de nossa vida. E assim que eu agradeço a todos. Muito obrigado".

Foi com essas palavras entoadas do fundo de sua alma que Wendell Lira discursou ao receber o Prêmio Puskás, destinado ao autor do gol mais bonito do ano. Era evidente o quanto se sentia um estranho no ninho em meio a tantos astros. Era o "Davi em meio a tantos Golias".

Wendell, segundo informações extraídas do jornal Agora, chegou a atuar nas seleções de base quando tinha 17 anos. Um de seus colegas era ninguém menos que Alexandre Pato. Wendell, inclusive, chegou a receber uma oferta de R$ 6 milhões do Milan enquanto estava nas categorias de base do Goiás. O clube esmeraldino, porém, recusou. Desde então, o atacante goiano sofreu com muitas lesões e não conseguiu se firmar em clube algum. Ele, inclusive, cogitou abandonar o futebol.

Foi jogando pelo humilde Goianésia, durante o Campeonato Goiano de 2015, que Wendell viu sua persistência no esporte dar frutos. Seu belo gol de voleio, anotado contra o Atlético Goianiense, foi "descoberto" pela FIFA meses depois e indicado para concorrer ao Prêmio Puskás.

Wendell, que estava sem clube após deixar o Goianésia, tornou-se célebre como o fato. Muito antes de ganhar o prêmio ele já estava conhecido pelo Brasil inteiro. A fama ajudou o atacante a conseguir um novo clube, o Vila Nova.

Não parou por aí. Milhares de brasileiros, em um misto de "zoeira" e sensibilidade, foram ao site da FIFA para ajudar o conterrâneo. Wendell recebeu cerca de 1,6 milhões de votos, segundo o site Globoesporte. Alguns famosos como o ex-atacante Neto também ajudaram, oferecendo um terno para que goiano pudesse ir à festa na Suíça.

Podemos criticar o brasileiro por muitas razões, mas temos de admitir que houve uma "zoeira do bem" para a eleição de Wendell Lira ao prêmio. Os jornais deixaram muito claro que parte dos internautas que votaram no atacante incentivados por sites de humor.

O que deveria ser uma brincadeira acabou se transformando em um dos momentos mais emocionantes da história do futebol, fazendo com que um Davi sem clube e sem emprego superasse um Golias chamado Lionel Messi, que fatura bilhões de dólares com o futebol.

O futebol, que deveria ter sido a perdição na vida do outrora desconhecido Wendell Lira, acabou sendo a sua salvação. Com o prêmio, o atacante receberá dezenas de propostas de interessados em lucrar em cima da fama do atacante.

Nossa tradicional fanfarronice permitiu que um atleta que estava praticamente desempregado encontrasse um rumo em sua vida. E, de quebra, fez com que um humilde Davi goiano superasse um poderoso Golias argentino.



Imagem extraída de www.facebook.com/FifaBallonDor



Leia mais:

Batom e Futebol- "Do anonimato à glória em um voleio: Wendell Lira, o vencedor do prêmio Puskás": https://batomefutebol.wordpress.com/2016/01/11/do-anonimato-a-gloria-em-um-voleio-wendell-lira-o-vencedor-do-premio-puskas/

Cosme Rímoli- "Messi conquistou pela quinta vez a Bola de Ouro. Mas o grande vencedor foi Wendell Lira. Ele não só ganhou o Prêmio Puskas. Conseguiu que 204 milhões de brasileiros vibrassem hoje pelo Goianésia…": http://esportes.r7.com/blogs/cosme-rimoli/messi-conquistou-pela-quinta-vez-a-bola-de-ouro-mas-o-grande-vencedor-foi-wendell-lira-ele-nao-so-ganhou-o-premio-puskas-conseguiu-que-204-milhoes-de-brasileiros-vibrassem-hoje-pelo-goianesia-11012016/



PREMIER LEAGUE

Magnífico o embate entre Liverpool e Arsenal, que terminou em um empate em 3x3. As duas equipes fizeram um grande jogo com muitos lances bonitos e pouquíssimas faltas. Méritos dos jogadores e também dos dois trenadores, Jürgen Klopp (Liverpool) e Arsène Wenger (Arsenal), que fazem seus times jogar com a bola no chão e buscando sempre o ataque.



JORGE SAMPAOLI

São fortes os rumores de que o treinador Jorge Sampaoli deixará a Seleção Chilena. O treinador estaria insatisfeito com os dirigentes locais, supostamente envolvidos com os escândalos da FIFA. Isto seria uma grande perda para o futebol chileno, afinal Sampaoli teve grande responsabilidade na conquista da Copa América pela Roja. Seu trabalho foi tão bom que o técnico foi indicado pela FIFA ao prêmio de melhor treinador de 2015. Que o comandante e os cartolas se acertem, ou o Chile sofrerá uma grande perda em seu magnífico futebol.


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

A Ausência na Copa das Confederações Fará Bem ao Brasil

Imagem extraída de www.facebook.com/CBF



A Seleção Brasileira teve um ano para ser esquecido em 2015. Mais uma vez fomos bem nos amistosos, mas quando havia algo em disputa, o Brasil sempre se acovardava em campo. Não obstante, fomos eliminados na Copa América e perdemos o direito de disputarmos a Copa das Confederações, competição da qual somos recordistas em títulos.

A extensão dos prejuízos é muito maior do que aparenta. O Brasil não apenas deixa de disputar um título. Sem a vaga na Copa das Confederações (a ser realizada em 2017 na Rússia), o time perde visibilidade e, consequentemente, patrocinadores e jogadores, que poderiam aparecer para emissoras de todo o mundo, lucrando milhões com isto. E a Seleção, obviamente, perde uma oportunidade de se preparar para a Copa do Mundo, a ser realizada no ano seguinte.

Há, por outro lado, algo bom para ser tirado da ausência do Brasil na Copa das Confederações, por mais absurdo que pareça.

O Brasil venceu as três últimas edições da competição, 2005 (Alemanha), 2009 (África do Sul) e 2013 (Brasil). O que deveria ser bom, acabou prejudicando a equipe, pois nas três ocasiões a nossa Seleção disputou a Copa do Mundo nos anos seguintes com excesso de confiança, sempre se apoiando no título do ano anterior. O resultado nem precisamos recordar.

A ausência, portanto, deverá aumentar as cobranças com relação à equipe e incentivá-los a se superarem em campo. Sem um título no ano anterior, os atletas serão obrigados a saírem de sua zona de conforto e se empenharem mais dentro das quatro linhas.

Podemos até utilizar o ciclo de 2002 como exemplo. Na ocasião, o Brasil estava em um verdadeiro caos, chegando a trocar de treinador três vezes. Não obstante, demos vexame na Copa das Confederações de 2001, ficando com um mero quarto lugar.

A Seleção Brasileira, porém, parece ter se motivado com a seca de títulos e deu a resposta em campo no ano seguinte. Não obstante, criou-se uma expectativa menor sobre a possibilidade de ganharmos o Mundial e os atletas tiveram um pouco mais de tranquilidade para jogarem, apesar de toda a badalação que sempre ocorre em torno de nossos jogadores.

Não há garantia de que a Seleção Brasileira fará um bom Mundial em 2018, mas o ambiente criado pela ausência na Copa das Confederações é, sem dúvida, muito mais propício do que se o Brasil tivesse participado e ganhado o título. Os três últimos ciclos estão aí como prova cabal disto.



Imagem extraída de www.facebook.com/CBF



LUGANO

O São Paulo, enfim, anunciou o retorno do zagueiro Diego Lugano. O Cerro Porteño não queria liberar o defensor sem uma compensação financeira, mas os dois clubes chegaram a um acordo. A vinda do Díos seria uma maneira de preencher o vazio deixado pela aposentadoria de Rogério Ceni, afinal o elenco ficaria órfão de um líder e de alguém que tivesse tamanha identificação com o clube para motivar os colegas de dentro de campo. O torcedor tem o direito de comemorar, mas não pode criar uma expectativa muito grande com relação ao zagueiro, afinal ele está com 35 anos e já não tem o mesmo vigor físico de dez anos atrás. Mas que ele tem muito a contribuir com a equipe, com certeza tem.



DIEGO

O Santos sonha com o retorno de Robinho para a Vila Belmiro. Há até uma grande estratégia de marketing planejada para pagar parte dos vencimentos do atacante e lucrar em cima da imagem do jogador. Eu, porém, acho que outro velho conhecido teria muito mais a contribuir com o Peixe neste momento: o meia Diego, atualmente oscilando no Fenerbahçe. Diego tem muita identificação com o clube e poderia suprir uma eventual saída de Lucas Lima. Além disso, ele ainda tem 30 anos e um eventual retorno ao Santos poderia reerguer sua carreira.



WENDELL LIRA

Emocionante a escolha do outrora desconhecido atacante Wendell Lira para o Prêmio Puskás, dedicado ao autor do gol mais bonito do ano. Em uma demonstração de simplicidade e humildade, o jogador desabafou nos microfones e expressou toda a emoção de ter superado ninguém menos que o grande Lionel Messi. Parabéns, Wendell! Dedicaremos um texto a você em breve! Enquanto isso, desfrute de toda a sua fama recém-adquirida que você merece!


segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Calma com a Garotada, Torcedor!

Imagem extraída de www.facebook.com/FluminenseFC



Vários clubes grandes já foram eliminados da Copa São Paulo de Futebol Júnior (ou "Copinha") até o fechamento desta resenha. Fluminense, Atlético Mineiro, Santos, Botafogo, Atlético Paranaense, Ponte Preta e Coritiba já deram adeus à competição.

Eliminações, obviamente, sempre deixam um gosto amargo a todas as partes envolvidas. Torcedores, dirigentes, treinadores e os próprios jogadores sofrem com a decepção de ver um título escapar.

A dor é sempre maior quando falamos de grandes clubes. As instituições sempre querem zelar pelos seus respectivos nomes e manter a reputação que possuem. Não importa se é um torneio adulto ou de juniores, se é um jogo válido ou amistoso. Vencer é sempre "obrigação".

Esquecemo-nos, contudo, que estamos falando de garotos, meninos que ainda estão passando por aprendizado e que sonham integrar o time principal algum dia.

Imaginemos os garotos como os estagiários atuando por uma empresa. Muitos deles ainda não têm vínculo empregatício com as entidades. Precisam passar por treinamento, necessitam de experiência e cometerão muitos erros ao longo do processo. Muitos deles sequer conseguirão ser efetivados devido à grande concorrência e às poucas vagas disponíveis.

É injusto, portanto, cobrar em demasia a garotada, assim como o torcedor protesta quando o time cai na Libertadores. Não podemos exigir títulos ou crucificar os futuros atletas pelas falhas. É necessário paciência e compreensão com os meninos, afinal erros acontecem com mais frequência quando o grupo é inexperiente.

A eliminação precoce, ademais, serve como uma valorosa experiência aos futuros jogadores. Faz parte do processo de amadurecimento lidar com as falhas e com a frustração. A maioria dos melhores profissionais da área farmacêutica que eu conheço tiveram pelo menos uma reprovação na faculdade. Os erros que eles cometeram enquanto eram alunos serviram para que aprendessem a lidar melhor com as negativas.

Não podemos, portanto, nos apegar em demasia à tradição do clube para julgarmos os garotos. Estão todos em campo para aprenderem e se desenvolverem.

Aquele garoto que errou um passe decisivo, um pênalti ou foi expulso de bobeira pode muito bem ser o craque de amanhã depois que amadurecer. Basta que ele aprenda com os erros cometidos e conte com a compreensão de todos.



Imagem extraída de www.facebook.com/santosfc



BOLA DE OURO OU HOLOFOTE DE OURO?

Messi é o grande favorito para ganhar a Bola de Ouro, o que seria a sua quinta conquista. O pequeno argentino que cresceu na cantera do Barcelona vive hoje o auge de sua carreira e faz toda a diferença em campo. Lamento, porém, que a eleição promovida pela FIFA aparenta escolher os candidatos ao prêmio muito mais pelo apelo midiático do que pelo talento propriamente dito. Não que Messi ou os outros dois candidatos -Cristiano Ronaldo e Neymar- não mereçam, mas muito mais atletas mereciam, ao menos, ter ficado entre os três finalistas. A maioria deles, contudo, peca por ser discreta demais fora das quatro linhas, o que faz com que sejam pouco lembrados pelos eleitores.



PROFESSOR ZIDANE

Ainda é prematuro afirmarmos que Zidane será um bom treinador, afinal nem todos os craques nas quatro linhas mostraram-se craques na prancheta. Zizou, contudo, foi uma aposta mais do que acertada da confusa diretoria do Real Madrid. O francês possui senso de liderança, entende todos os fundamentos com a bola e é profundamente identificado com o clube merengue. A boa estreia do técnico por 5x0 sobre o La Coruña foi bastante animadora.


sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Os Melhores Jogadores de 2015 (em MINHA Opinião)!

Imagem extraída do Facebook oficial de Lionel Messi- https://www.facebook.com/LeoMessi/



Olá, queridos leitores e leitoras!

Será divulgado na próxima segunda-feira, dia 11 de janeiro, o nome do vencedor da Bola de Ouro (ou "Balón D'Or"). Lionel Messi (foto acima), Cristiano Ronaldo e Neymar foram os indicados ao prêmio.

Será divulgado, no mesmo dia, a seleção dos onze melhores jogadores de 2015 por posição, além do melhor treinador.

Tomei a liberdade e elaborei a minha própria lista de melhores jogadores de 2015, assim como havia feito em 2014. A minha lista segue critérios diferentes daquela elaborada pela FIFA. Vale mencionar que pesaram muito os desempenhos dos atletas na Champions League e na Copa América 2015 para que eu elegesse os melhores do ano.

A lista, excepcionalmente, foi elaborada no esquema 4-4-2 para acomodar os quatro atacantes que se destacaram no ano anterior -eu, geralmente, escalo meus times em 4-3-3.

Vamos, então, à lista dos melhores jogadores de 2015 em cada posição na opinião deste blogueiro? Na lista constam o clube em que o jogador atua seguida da seleção defendida pelo atleta.



GOLEIRO- Claudio Bravo (Barcelona/Chile): 2015 pode ser considerado o ano de Claudio Bravo sem dúvida alguma. O goleiro chileno assumiu a responsabilidade de substituir Víctor Valdés no gol catalão e desempenhou a função com muita segurança. Ele também foi fundamental na conquista da Copa América pelo Chile, levando a Roja ao seu primeiro título.



LATERAL DIREITO- Daniel Alves (Barcelona/Brasil): Daniel, assim como o colega chileno, fez grandes exibições tanto pelo Barcelona quanto pela sua seleção. Ele melhorou muito nos aspectos defensivos e formou um ataque mortal pela esquerda junto de Suárez e Rakitić.



ZAGUEIRO DIREITO- Sergio Ramos (Real Madrid/Espanha): Ramos terminou o ano de 2015 sem títulos, mas manteve as boas exibições de outras temporadas e foi fundamental para a classificação da Espanha para mais uma Eurocopa.



ZAGUEIRO ESQUERDO- Javier Mascherano (Barcelona/Argentina): seja como zagueiro ou como volante de contenção, Mascherano foi a combinação perfeita entre vontade e técnica em campo. E ele cometeu bem menos faltas na temporada.



LATERAL ESQUERDO- Jordi Alba (Barcelona/Espanha): é verdade que ele teve uma ajudinha de Mathieu e Mascherano, mas o ofensivo Alba também melhorou nos aspectos defensivos e diminuiu o número de infiltrações pela esquerda, além de continuar ajudando no ataque.



VOLANTE- Ivan Rakitić (Barcelona/Croácia): o croata contribuiu tanto no ataque quanto na defesa. Sua versatilidade e presença de área foram fundamentais para a conquista da Champions League, além de ter ajudado sua seleção a chegar à Euro 2016.



VOLANTE- Arturo Vidal (Bayern München/Chile): o chileno combina talento e raça em campo. Seus passes precisos e sua bolas paradas permitiram que a Juventus (seu ex-clube) conquistasse mais um doblete, além de ter sido (em minha opinião) o melhor jogador da Copa América 2015. Hoje, ele substitui Schweinsteiger no Bayern e vem lidando bem com tamanha responsabilidade.



WINGER DIREITO- Lionel Messi (Barcelona/Chile): Messi não conseguiu acabar com o jejum de títulos da Argentina, mas continua soberano em campo. Mesmo sem fazer gols, ele faz toda a difernça.



WINGER ESQUERDO- Neymar (Barcelona/Brasil): o ex-menino da Vila está cada vez mais perto da Bola de Ouro com méritos. Continua veloz e driblador, mas a passagem pelo Barcelona está fazendo muito bem para ele. Está prendendo menos a bola e contribuindo mais para o grupo.



ATACANTE- Luis Suárez (Barcelona/Uruguai): Luisito vai conseguindo apagar suas polêmicas do passado graças às suas boas exibições. Jogando pela direita ou centralizado, o atleta fez toda a diferença em 2015 pelo Barcelona com seus muitos gols. Pena que ele não pôde atuar na Copa América.



ATACANTE- Cristiano Ronaldo (Real Madrid/Portugal): o ano sem títulos não foi empecilho para Ronaldo brilhar. Seja nos números ou no talento, o luso mereceu concorrer à Bola de Ouro mais uma vez.



TREINADOR- Luis Enrique (Barcelona): o que é bom pode melhorar? Sim! Lucho aprimorou o que Guardiola havia deixado de herança no Barça, tirando um pouco a responsabilidade do meio-de-campo ao colocando o "Trio MSN" no protagonismo. Além disso, a equipe melhorou nos aspectos defensivos, ao adotar a compactação na zaga.



A seleção de 2015 escalada em 4-4-2 e com o treinador
Luis Enrique (imagem obtida via this11.com).



MELHOR JOGADOR DE 2015- Claudio Bravo: com a licença de que o chileno não foi titular na Champions (Ter Stegen foi o goleiro do Barça nas competições de mata-mata), Bravo (foto abaixo) foi fundamental para que o Barcelona conquistasse seu segundo triplete. Ele também contribuiu muito com a conquista da Copa América, como mencionado.



Imagem extraída de www.facebook.com/SeleccionChilena


quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Santos: Missão 2016

Imagem extraída de https://www.facebook.com/santosfc/



Encerrando a nossa série de quatro posts sobre os grandes times paulistas, dedicaremos o texto de hoje ao Santos.

O Peixe começou 2015 aparentando estar na pior das situações após perder vários atletas, alguns deles através de processos na justiça devido a atrasos em pagamentos. Foram embora, entre vários outros jogadores, Edu Dracena, Aranha, Arouca, Mena e Leandro Damião.

O time se reestruturou graças a uma velha fórmula que já havia dado certo em 2002 e 2010: apostar nas pratas da casa. Jogadores revelados pelo próprio clube foram efetivados. Coube aos experientes Robinho, Renato e Ricardo Oliveira liderar o elenco jovem de dentro das quatro linhas. Deu certo e a equipe praiana faturou o Paulistão apesar de todos os problemas que enfrentou.

Houve a crise no início do Brasileirão e o time parecia estar condenado ao rebaixamento, até que outro velho conhecido chegou para salvar a pátria: o treinador Dorival Júnior (foto acima). O técnico aliou o conhecimento que adquiriu em um estágio na Europa com seu talento para lidar com garotos. Deu certo e o Peixe reagiu na tabela. Tudo isso regado a um futebol moleque e ofensivo.

O time, porém, errou ao abrir mão do Brasileirão para apostar todas as suas fichas na Copa do Brasil. O Peixe se deparou com um Palmeiras muito motivado e o time praiano teve de se contentar com o vice-campeonato.

Pior. O Santos ficou sem a vaga na Libertadores e, com isso, o clube deixa de arrecadar com direitos de transmissão e patrocínio. A renovação do meia Marquinhos Gabriel, que estava atrelada à participação da competição sul-americana, foi praticamente descartada e a entidade, provavelmente, terá de se desfazer de alguns jogadores para fazer caixa.

O Peixe, mais uma vez, terá de montar um time competitivo com um orçamento modesto.



ASPECTOS GERAIS:

Santos FC 4-2-3-1 football formation
O Santos de 2015 escalado em 4-2-3-1
(imagem obtida via www.footballuser.com).

O Santos não perdeu a sua natureza ofensiva. O futebol permaneceu alegre, vibrante, intenso e ofensivo. As jogadas individuais e velozes continuaram sendo a melhor arma do time praiano.

O Peixe, porém, melhorou nos aspectos defensivos. O time soube tirar proveito da velocidade de seus jogadores de frente para recompor a defesa, deixando a zaga menos exposta aos contra-ataques rivais. Além disso, o zagueiro David Braz fez uma grande temporada em 2015 e transmitiu uma segurança que há muito tempo o torcedor santista não sentia.

A experiência dos veteranos Renato e do atacante Ricardo Oliveira foi mesclada à juventude dos garotos revelados no próprio clube. Os dois líderes foram o contraponto perfeito para a inexperiência do elenco predominantemente jovem, além de contribuir muito com a bola nos pés a despeito da idade considerada "avançada".



DO QUE O TIME PRECISA?

O reforço mais urgente para o Peixe é um substituto para o meia Marquinhos Gabriel, cujo empréstimo não será renovado. A tendência, porém, é que o antigo dono da posição, Geuvânio, retorne. Ele estava lesionado e já se recuperou ao final da temporada passada.

O time também precisa de um zagueiro para substituir o lesionado David Braz.

O clube também precisa pensar em reforços a longo prazo, afinal a Seleção Brasileira disputará dois torneios no meio do ano -Copa América Centenário e Jogos Olímpicos- e muitos jogadores do Peixe vêm sendo convocados, tanto para a Seleção principal (Lucas Lima e Ricardo Oliveira) quanto para a olímpica (Gabigol, Zeca e Thiago Maia). Como o Brasileirão não deve ser suspenso durante a realização dos dois campeonatos, é necessário se precaver.



QUEM SAI?

Dos titulares, apenas Marquinhos Gabriel não permanece.



QUEM CHEGA?

Foi anunciado, até o momento, a contratação do atacante Paulinho, ex-Flamengo.

O atacante Patito Rodríguez retorna de empréstimo.

Leandro Damião também pode retornar, mas ainda há uma disputa judicial envolvendo o clube e o atleta.

O torcedor, porém, não deve se iludir: devido à situação do clube, os reforços deverão ser modestos e mais garotos formados na base devem ser efetivados para compor o elenco.



QUEM O TIME DEVERIA SEGURAR?

A meu ver, os jogadores mais importantes do Santos são o zagueiro David Braz, o meia Lucas Lima, os atacantes Gabigol e Ricardo Oliveira. Estes jogadores fizeram toda a diferença em campo na temporada anterior.

O volante Renato teve atuação mais discreta, mas ajuda muito em campo com sua experiência e ele exerce uma liderança positiva sobre os garotos. Mantê-lo é fundamental para motivar a equipe.



QUEM PODERIA SAIR?

À exceção de Geuvânio, há poucas boas opções no banco de reserva. Nenhum titular, portanto, poderia sair sem causar prejuízos à equipe. Será fundamental manter a base do time para que a equipe continue competitiva em 2016.

Será difícil, porém, segurar alguns jogadores, em especial Lucas Lima e Gabigol, ambos bastante valorizados.



DORIVAL, A ESPERANÇA

A maior esperança do Peixe em 2016 será o treinador Dorival Júnior. Ele já mostrou que faz toda a diferença quando recebeu um time em crise e o recolocou na briga por títulos.

Espera-se que o treinador monte um novo elenco competitivo a baixo custo. Para isso, o talento que Dorival possui com atletas jovens será fundamental.

O torcedor santista se lembra com carinho do grande trabalho de Dorival em 2010, quando ele montou a equipe que viria a faturar a Libertadores no ano seguinte. Neymar, Ganso, André, Wesley e tantos outros talentos foram lapidados pela mão do treinador.

O bom desempenho do time sob a batuta de Dorival em 2015 mostra que um raio pode cair duas vezes no mesmo lugar. Poderia cair uma terceira vez?



VEREDITO:

Como o Santos não disputa a Libertadores e as primeiras fases da Copa do Brasil costumam ser tranquilas, o Peixe é o grande favorito a conquistar o Paulistão, sobretudo levando-se em conta que os três grandes rivais estarão dividindo suas atenções com a competição sul-americana.

A evolução do time ao longo do ano, porém, ainda é um mistério. São grandes as possibilidades do time perder mais peças importantes, agora ou no fim do semestre, e dificilmente nós teremos reforços de peso para o Peixe.

Os grandes trunfos do Santos são o treinador Dorival Júnior e os dois capitães, Ricardo Oliveira e Renato. Os três fizeram muita diferença para conduzir o jovem elenco às vitórias. A manutenção do trio será fundamental para que a equipe se mantenha competitiva.

Não vejo, por enquanto, muitas chances de títulos no segundo semestre, mas há boas chances do time beliscar uma vaga na Libertadores 2017, desde que os três líderes sejam mantidos e o time não sofra um desmanche.


quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Palmeiras: Missão 2016

Imagem extraída de https://www.facebook.com/sePalmeiras/



Olá, queridos leitores e leitoras!

Dando continuidade à série especial de quatro posts sobre os quatro grandes times paulistas, hoje vamos analisar o Palmeiras, atual campeão da Copa do Brasil.

O Verdão, ao contrário dos outros três grandes do Estado, não passa por dificuldades financeiras graças às verbas injetadas no clube pelo presidente Paulo Nobre e também pela patrocinadora Crefisa. Isto possibilitou que a entidade contratasse muitos jogadores e ainda desfrutasse de sua arena recém-inaugurada, o Allianz Parque.

O que, no entanto, deveria ter sido um ano tranquilo para o Alviverde, acabou sendo uma verdadeira montanha-russa. O time sofreu com os desfalques e com as trocas de treinador.

Não se observava jogo coletivo no Palmeiras. Os jogadores pouco se ajudavam em campo e abusavam da individualidade. Não à toa, a defesa ficava exposta e o ataque pouco produzia.

A decisão da Copa do Brasil foi a salvação do que parecia mais uma temporada desastrosa do Verdão. O time, motivado pelas provocações atribuídas ao Santos, jogou com vontade e conseguiu superar suas fraquezas.

O Palmeiras, se quiser alçar vôos mais altos em 2016, terá de repetir a atitude que teve diante do Peixe naquele jogo, além de trabalhar mais em equipe.



ASPECTOS GERAIS:

SE Palmeiras 4-4-2 football formation
Palmeiras escalado em 4-4-2
(imagem obtida via www.footballuser.com).

O Palmeiras perdeu muitos jogadores importantes ao longo da temporada. Robinho, Cleiton Xavier, Arouca e Gabriel entre eles.

Sem os atletas mencionados, o Verdão perdeu criatividade no meio-de-campo, o que dificultava a transição entre defesa e ataque.

Tal fato evidenciou ainda mais a falta de jogo coletivo da equipe, com os homens de frente voltando pouco para marcar. Os laterais esquerdos Egídio e Zé Roberto que o digam. Os dois sofreram com a falta de cobertura dos pontas.

Nesse cenário, o Palmeiras dependia muito das jogadas velozes de Dudu e Gabriel Jesus, que compensavam um pouco a falta de meias armadores.



DO QUE O TIME PRECISA?

O Palmeiras precisa, antes de mais nada, solucionar o problema das lesões que tanto prejudicaram a equipe em 2015. Se a situação se mantiver, de nada adianta contratar novos técnicos e jogadores: a equipe continuará perdendo atletas para o departamento médico e passará mais uma temporada no sufoco.

Em termo de reforços, o time precisa melhorar os aspectos defensivos. Zagueiros, volantes e laterais seriam bem-vindos.

Acima de tudo, o time precisa atuar de forma mais "compactada". O Verdão sofreria muito menos se houvesse coesão entre defesa, meio-de-campo e ataque.



QUEM SAI?

Lucas (lateral direito), Jackson, Victor Ramos (zagueiros), Amaral e Andrei Girotto (volantes) não devem ficar. O quinteto teve chances de sobra para demonstrar serviço mas deu muito espaço para os rivais atacarem. O goleiro reserva Aranha também deu adeus ao Verdão.



QUEM CHEGA?

Paulo Nobre já providenciou um novo pacotão de reforços para 2016. Chegaram Vágner (goleiro), Roger Carvalho, Edu Dracena (zagueiros), Rodrigo, Régis, Moisés (meio-campistas) e Erik (atacante).



QUEM O TIME DEVERIA SEGURAR?

Um jogador que o Verdão deve se esforçar para manter, a meu ver, é Robinho. O meio-campista não é craque, mas desempenha bem quase todos os fundamentos em campo, é esforçado e pode jogar como armador ou volante. Ele me lembra muito o meia Danilo do Corinthians, outro que não é excepcional mas se destaca pela regularidade em campo.

Seria muito bom manter os wingers argentinos Mouche e Allione. A dupla protege muito mais as laterais do que Rafael Marques e Gabriel Jesus, além de serem muito aplicados em campo e terem experiência em Libertadores. Mouche, porém, não deve ficar já que deseja atuar mais vezes como titular.

Gabriel Jesus deveria ser mantido por mais uma ou duas temporadas. Ele tem chances de disputar os Jogos Olímpicos e ainda vai amadurecer muito em campo. Ou seja, boas chances do garoto se valorizar.

Dudu também deveria ser mantido. É um jogador com grande poder de decisão, veloz e driblador. É o tipo de atleta que o time precisa quando o jogo está "amarrado".



QUEM PODERIA SAIR?

É verdade que dinheiro não é problema para o Palmeiras no momento, mas seria interessante enxugar o elenco. Uma quantidade muito grande de jogadores gera insatisfação e o Verdão precisa ter o vestiário em harmonia se quiser mais troféus.

Quinze jogadores, incluindo titulares, reservas e emprestados já deixaram o clube.

Uma outra ideia seria o treinador Marcelo Oliveira tirar proveito do elenco numeroso e repetir no Palmeiras o que fez no Cruzeiro em 2013 e 2014: o técnico montava "dois times", eventuais desfalques eram pouco sentidos e a equipe apresentou bom desempenho em quase todas as competições que disputou.



VEREDITO:

A chave para o sucesso do Palmeiras em 2016 é tirar proveito do que o time tem a oferecer.

O elenco é numeroso e há muitas boas opções para se montar um time competitivo.

O treinador precisa fazer com que a equipe deixe um pouco as individualidades de lado e faça os atletas trabalharem como um verdadeiro grupo. Isto resolveria os problemas defensivos e atenuaria qualquer falha ou problema individual.

O time, porém, vai demorar um pouco para dar liga. A equipe que jogará esta temporada será muito modificada com relação a 2015 e leva algum tempo para o grupo se entrosar. Muitas batalhas serão perdidas no processo e acredito que o time só vai se acertar lá pela metade do ano.

Graças às muitas opções no elenco, há boas chances do Verdão ganhar o Paulistão mesmo com a Libertadores em paralelo. Mas acredito que as melhores chances de título para o Palmeiras estão no segundo semestre.


terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Corinthians: Missão 2016

Imagem extraída de https://www.facebook.com/corinthians/



Prosseguindo com a série de quatro posts sobre os grandes times paulistas, avaliaremos o Corinthians no texto de hoje.

O atual campeão brasileiro impressionou não apenas com o seu desempenho nos pontos corridos, mas também com o futebol praticado que unia solidez defensiva com posse de bola.

Tudo obtido graças ao treinador Tite (foto acima), que trouxe novas idéias da Europa e também soube motivar o elenco nos momentos de crise.

Sempre digo que são os jogadores que levam os seus times às conquistas, mas é inegável a mão do treinador gaúcho no Timão. Sem ele, o Corinthians certamente não teria ido tão longe em 2015.



ASPECTOS GERAIS:

SC Corinthians Paulista 4-1-4-1 football formation
O Corinthians de 2015 escalado em 4-1-4-1
(imagem obtida via www.footballuser.com). 

O Corinthians apresentou algumas pequenas falhas, em especial a lateral direita, mas elas se tornaram quase imperceptíveis graças ao jogo coletivo da equipe.

Tite trouxe ao Brasil a tal "compactação", mantendo os jogadores próximos uns dos outros. Isto faz com que o time dificilmente perca a bola quando ataca e tira os espaços dos rivais quando se defende.

A compactação aliada ao jogo coletivo fez com que falhas individuais fossem superadas. Dessa forma, mesmo jogadores que erravam muito no passado -em especial, Edílson e Felipe- viram seus pontos fracos serem atenuados e puderam contribuir com o time.

Mesmo eventuais desfalques foram pouco sentidos graças à força do conjunto. Os laterais titulares Fágner e Uendel passaram boa parte da temporada no departamento médico e, mesmo assim, suas ausências não foram sentidas.



DO QUE O TIME PRECISA?

Antes de pensar em reforços, o Corinthians deve pensar em manter seus titulares, pelo menos até o término da Libertadores.

Os reforços são necessários apenas para o banco de reservas visando suprir eventuais desfalques ou já prevendo perdas no elenco.



QUEM SAI?

Foram confirmados, até o momento, apenas duas saídas -o meia Jadson (veja detalhes mais abaixo) e o zagueiro Edu Dracena.



QUEM CHEGA?

Foram confirmados até o momento as vindas de Moisés (lateral), Marlone (volante), Alan Mineiro (meia) e Douglas (goleiro).



QUEM O TIME DEVERIA SEGURAR?

O Corinthians precisa manter os alicerces de sua equipe a qualquer custo. Falo de Gil, Elias e Renato Augusto. Se quiser faturar o bi da Libertadores, esses três devem ser mantidos pelo menos até o meio do ano, quando a competição termina. Como os três vêm sendo chamados com frequência por Dunga, eles estão bastante valorizados e visados por times do exterior.

O atacante Malcom é mais raça do que talento e, a meu ver, não é insubstituível. Mas como o garoto tem potencial para ir às Olimpíadas, é aconselhado esperar o desfecho dos Jogos antes de negociá-lo.

O lateral Guilherme Arana também deveria ser mantido por pelo menos mais uma ou duas temporadas. Ele foi bem em 2015 e, se repetir as atuações, pode se valorizar ainda mais.



QUEM PODERIA SAIR?

Ralf, que teve seu contrato renovado, é um líder, mas há dois candidatos para substituí-lo caso ele saia: Bruno Henrique e Cristian. Acho que sua ausência não seria muito sentida, embora ele mereça ficar como gratidão pelos serviços prestados à equipe.

Felipe, Uendel e Edílson também poderiam ser negociados sem grandes prejuízos à equipe. Há reservas a altura para substituí-los.

O goleiro Cássio foi importante, mas o reserva Walter deu conta do recado quando o titular se ausentou. O fato do Timão ter contratado um terceiro arqueiro significa que há chances do jogador sair, sobretudo levando-se em conta que ele está valorizado pela conquista do título e pelas convocações.



JADSON

Deixei o meia Jadson em uma análise à parte.

O meia foi um dos alicerces da equipe e deveria ter sido mantido.

O jogador, porém, já está com 32 anos e seu contrato estava para acabar. O Corinthians teve com a proposta da China uma última chance para lucrar em cima de um atleta considerado "velho" sob o risco de perdê-lo de graça na metade de 2016.

Eu arriscaria mantê-lo até o meio de ano, afinal eu perderia o jogador de graça em julho, mas aumentaria as chances da equipe de conquistar o bicampeonato da Libertadores. Acho que o lucro do título somado à valorização do elenco compensariam o prejuízo.

O Corinthians, porém, preferiu o dinheiro. O clube está bastante endividado e houve atrasos nos salários em 2015. Há, inclusive, indícios de que há atrasos no pagamento dos prêmios pela conquista do Brasileirão.



ALEXANDRE PATO

Para o bem e para o mal, o atacante Alexandre Pato está de volta ao Timão após duas boas temporadas no São Paulo.

Tite deu indícios de que pode aproveitá-lo, mas o torcedor e parte do clube rejeitam o retorno do paranaense.

Pato também deu indícios de que não desejava retornar ao Parque São Jorge. Ele declarou que quer voltar à Europa.

Eu utilizaria Pato como "moeda de troca" para buscar um substituto para Jadson. Minhas sugestões: Willian (Cruzeiro) e Mouche (Palmeiras). Ambos são mais atacantes do que meias, mas dão proteção aos laterais e jogam do lado direito -Willian tem atuado do lado esquerdo na Raposa, mas jogava do lado direito no Timão. Outra sugestão seria repatriar Éverton Ribeiro, que também possui tais características.



VEREDITO:

Se conseguir resistir ao assédio dos estrangeiros e manter o elenco, o Timão pode ser considerado favorito à Libertadores e pode conquistar o bicampeonato.

Porém, caso o clube perca mais titulares, acredito que o Corinthians vai passar o primeiro semestre em branco e só deve brigar pelos títulos do segundo semestre -Brasileirão e Copa do Brasil. Nessas condições, chega às quartas-de-final da Libertadores no máximo.


segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

São Paulo: Missão 2016

Imagem extraída de https://www.facebook.com/SanLorenzo/



Olá, queridos leitores e leitoras!

Antes de mais nada, gostaria de desejar um Feliz Ano Novo a todos vocês que acompanham este blog!

Estivemos ausentes em decorrência de problemas pessoais, mas agora nós estamos retornando efetivamente às postagens! Espero que curtam!


Nesta série especial de quatro posts nós analisaremos os quatro grandes clubes paulistas sugerindo aos dirigentes algumas medidas para que os times possam render mais em campo, superando seus problemas e limitações..

Começaremos pelo São Paulo, cujo ano foi marcado pelos problemas nos bastidores -desentendimentos entre os dirigentes, salários atrasados, mudanças constantes de treinador e até denúncias de corrupção. Não obstante, o futebol apresentado pelo Tricolor foi pífio e o time parecia jogar sem vontade em campo.

O Tricolor, contudo, tem o que comemorar em 2015, afinal já vi muitos grandes clubes apresentarem problemas semelhantes ao do time paulista e quase todos foram parar na Série B. O São Paulo, porém, fez uma boa temporada, chegando a duas semifinais (Paulistão e Copa do Brasil) e ainda conseguiu a desejada vaga para a Libertadores. Os deuses do futebol estiveram com o Soberano apesar do clube implorar para ser rebaixado neste ano.

Vamos a uma análise do time setor por setor e indicar algumas sugestões para que o clube tenha um 2016 mais tranquilo.



ASPECTOS GERAIS:

São Paulo FC 4-2-3-1 football formation
São Paulo escalado em 4-2-3-1/4-2-2-2
(imagem obtida via www.footballuser.com)

Talento e bons jogadores não faltaram ao São Paulo em 2015. O time contou com jogadores que, se não são craques, eram bons atletas. Carlinhos, Ganso e Pato são alguns desses exemplos.

Faltou, contudo, jogo coletivo ao Tricolor. O time visivelmente não compreendeu as vantagens da "compactação", tão necessária no futebol atual. O resultado é que o time se lançava ao ataque, perdia a bola e deixava a defesa exposta aos contra-ataques. Boa parte dos gols sofridos poderia ter sido evitada se houvesse coesão entre defesa, meio-de-campo e ataque. Tudo isso 

Outro problema era o psicológico dos jogadores, algo que já havia sido apontado em temporadas anteriores. O time carecia de vontade em campo e os jogadores rapidamente desanimavam diante de um placar adverso.

O São Paulo, portanto, precisa resolver esses dois problemas antes de pensar em reforços. O time não é ruim, mas precisa agir realmente como uma equipe.

Tal atitude, aliás, seria muito bem-vinda visto que o clube está muito endividado e ainda não dispõe de patrocinador master. Os reforços para 2016, portanto, deverão ser bem mais modestos do que em temporadas anteriores. A verba oriunda da participação na Libertadores deve trazer algum alívio às contas do São Paulo.



EDGARDO "PATÓN" BAUZA:

A principal contratação para a temporada 2016 está no banco de reservas. O treinador Edgardo Bauza (foto acima), também conhecido como El Patón ("pé-grande"), foi anunciando ainda em dezembro.

O treinador argentino venceu a Libertadores duas vezes: com a LDU (2008) e com o San Lorenzo (2014).

Seu estilo até valoriza a posse da bola, mas é mais apoiado em raça do que técnica.

Bauza é tido como "disciplinador", o que cairá como uma luva em uma equipe onde há talento de sobra e empenho de menos.

Resta saber se ele vai se dar bem em terras brasileiras, afinal poucos técnicos estrangeiros tiveram êxito em nosso futebol.



DO QUE O TIME PRECISA?

A prioridade do São Paulo é melhorar os aspectos defensivos, que comprometeram muito o desempenho da equipe.

Parte dos problemas, contudo, poderiam ser resolvidos havendo mais jogo coletivo e adoção da "compactação".

A pontaria também vem sendo um problema e isso não é de hoje. O time precisa aproveitar melhor as chances criadas, afinal de nada adianta ter posse da bola e não saber o que fazer com ela.



QUEM SAI?

Rogério Ceni, Luis Fabiano, Pato, Edson Silva e Luiz Eduardo não ficam para 2016.

A ausência de Rogério será sentida em termos de liderança em campo, afinal ele era o jogador que melhor incorporava os valores do clube e era ele quem motivava os companheiros. Em termos técnicos, os reservas Denis e Renan mostraram que podem dar conta do recado.

O talento de Pato deve fazer falta, mas o jogador terminou a temporada 2015 em baixa, mostrando que chegou o momento de clube e jogador seguirem caminhos separados.



QUEM CHEGA?

O Tricolor, por ora, não anunciou nenhuma contratação.

O principal alvo é Diego Lugano, zagueiro que teve grande passagem pelo clube na década passada e que foi aclamado pelo torcedor durante a despedida de Rogério Ceni. O uruguaio viria para liderar o grupo no lugar do aposentado Ceni.

O São Paulo não deve fazer grandes contratações para 2016 devido às muitas dívidas e falta de verbas. A tendência é de que o clube efetive garotos da base para compor o elenco, levando-se em conta que os meninos estão em alta e faturaram dois títulos em 2015 -Copa do Brasil Sub-20 e Copa Ipiranga.



QUEM O TIME DEVERIA SEGURAR?

Os jogadores mais importantes, a meu ver, são Alan Kardec, Thiago Mendes, Ganso e Carlinhos. O Tricolor deveria fazer o possível para mantê-los em 2016 visto que eles formaram a espinha dorsal da equipe.

A maioria dos garotos -Lyanco, Matheus Reis, João Paulo, ...- também deveria ser mantida nem que seja apenas para compor elenco, afinal são apenas meninos e todos entraram em uma grande fria no ano passado. Eles merecem mais chances.



QUEM PODERIA SAIR?

Eu tentaria segurar os demais jogadores até o meio de 2016, visando a disputa da Libertadores.

O jogador com mais potencial para gerar lucros é o zagueiro Rodrigo Caio. Como ele deve disputar os Jogos Olímpicos, o zagueiro deve ficar ainda mais valorizado até a metade do ano.

Wesley, Hudson e Reinaldo apresentaram desempenho fraco em 2015. Não ofereceria muita resistência caso surgisse alguma boa proposta.

Eu emprestaria o zagueiro Lucão durante o Paulistão, de preferência para a Portuguesa. Isto o tiraria um pouco dos holofotes e ele ainda poderia faturar o título da Série A-2 do Paulistão com a Lusa, o que elevaria um pouco a sua moral.



VEREDITO:

Acho que ainda não vai ser em 2016 que o jejum de títulos acaba, o time ainda apresenta muitos problemas e deve sofrer muito no primeiro semestre mas tem tudo para se reerguer por volta de agosto e disputar a Libertadores de 2017. O retrospecto, aliás, mostra que o Tricolor tende a melhorar na segunda metade do ano.

O melhor é encarar o São Paulo como um time em construção. A equipe que vai terminar o ano de 2016 será bastante diferente da atual.

O torcedor, portanto, terá de ter paciência com o time. A equipe vai oscilar bastante até se acostumar com o novo treinador e com as mudanças propostas.