Heroico Até o Fim

Imagem extraída do Facebook oficial do Parma- https://www.facebook.com/fcparma/

O que já estava anunciado desde dezembro do ano passado, concretizou-se na tarde de ontem. O Parma caiu para a segunda divisão do Campeonato Italiano. Foi goleado pela Lazio e não tem mais chances de alcançar a Atalanta, primeiro clube fora da zona de rebaixamento.

O Gialloblù estava bastante endividado e não conseguia mais honrar os salários dos atletas. O clube teve sua falência decretada em março deste ano e foi colocado à venda no mês seguinte por 20 milhões de Euros. Foi a segunda vez que o Parma foi à bancarrota -a primeira vez havia sido em 2004 após a crise de sua parceira Parmalat. O presidente do clube foi preso em meio à crise acusado de lavagem de dinheiro. A queda diante da Lazio foi apenas a pá de cal que faltava para encerrar a temporada trágica do Parma.

Houve, contudo, algo memorável em meio à crise que assolou o Gialloblù. Os atletas, mesmo sem receber, continuaram jogando com esforço e afinco. Como o clube não podia arcar com as despesas de transporte, os jogadores utilizavam seus próprios veículos para se deslocarem para os locais dos jogos e bancavam as despesas com seus próprios recursos.

Eles estariam cobertos de razão caso fizessem greves ou abandonassem o clube através da justiça. Os atletas, contudo, continuaram jogando em respeito clube e ao torcedor, que continuava comparecendo em peso para apoiar o time. Não houve corpo mole em momento algum. Tanto, que o Parma derrotou a líder Juventus e chegou a esboçar uma reação com três vitórias nos últimos quatro jogos.

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Os jogadores poderiam, inclusive, buscar clubes maiores ou em melhor situação financeira. Muitos deles têm passagens recentes pelas seleções de seus respectivos países e disputaram competições oficiais, como o meia Antonio Nocerino (da Itália), o winger Silvestre Varela (de Portugal) e o atacante Ishak Belfodil (da Argélia). Mesmo eles, porém, abriram mão de seus direitos para ajudar o clube.

Infelizmente, os esforços dos atletas não foram suficientes para evitar o pior e o Parma apenas cumpre tabela nas cinco rodadas restantes da Serie A 2014-15. Penso, contudo, que isto não irá abalar o profissionalismo e a garra destes valorosos jogadores que, mesmo diante de tudo o que aconteceu, continuaram lutando pelo clube e pelo torcedor. Tenho certeza que continuarão brigando por vitórias como fizeram durante esta difícil temporada, mesmo que seja apenas pela dignidade do clube.

Eu também estou torcendo para que o Parma se recupere de mais este momento difícil de sua existência. Já foi a segunda vez que o clube faliu só neste século. Mesmo assim, tenho certeza que o Gialloblù conseguirá se reerguer exatamente como fez em 2004. Será um caminho árduo, mas os torcedores e os atletas demonstraram disposição para remar contra a maré. Com este apoio, esta fênix ressurgirá das cinzas mais uma vez e, quem sabe, poderá voltar a figurar entre os grandes clubes da Itália.

Forza Parma! Stai con noi, come noi, a testa alta!

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Leia mais:

ESPN- Parma tem falência declarada de forma oficial pelo tribunal local: http://espn.uol.com.br/noticia/493562_parma-tem-falencia-declarada-de-forma-oficial-pelo-tribunal-local

Carta Capital- A procissão dos heróis tristes do Parma: http://esportefino.cartacapital.com.br/parma-juventus-campeonato-italiano/

ESPN- Falido e na lanterna, Parma é colocado à venda por R$ 65,5 milhões: http://espn.uol.com.br/noticia/502995_falido-e-na-lanterna-parma-e-colocado-a-venda-por-r-655-milhoes

ESPN- Falido, Parma é goleado, tem rebaixamento decretado e chega ao fundo do poço: http://espn.uol.com.br/noticia/505332_falido-parma-e-goleado-tem-rebaixamento-decretado-e-chega-ao-fundo-do-poco



LIÇÕES PARA A LUSA

A Portuguesa encontra-se e uma situação bastante semelhante à do Parma. O novo gerente de marketing, Paulo Rosenberg (ex-Corinthians), terá a missão de ajudar a Lusa a recuperar sua grandeza, da mesma forma que auxiliou o Timão a voltar da Série B em 2008. Se os queridos dirigentes me permitem, gostaria de sugerir que o Parma fosse usado como modelo. É preciso cultivar o sentimento que fez com que os atletas e torcedores do Gialloblù continuassem a apoiar o clube mesmo em uma situação tão delicada. Os jogadores da Portuguesa já demonstraram este sentimento diante do Ituano e esta pode ser a chave para a Lusa retornar aos seus dias de glória.



MÃO NA TAÇA

O Chelsea derrotou o Leicester e ficou a uma vitória de conquistar o título da Premier League 2014-15. O time londrino sobrou na competição e ainda contou com os tropeços do Arsenal, City e United para se aproximar do caneco. Só lamento que o Chelsea ainda aposte em demasia no "futebol eficiente" ao invés de lançar mão da qualidade de seus craques (Fábregas, Hazard, Oscar, Cuadrado e Willian). Toda vez que um time assim ganha um campeonato, os "professores" ganham mais um incentivo para continuarem jogando com o regulamento enquanto o verdadeiro futebol perde espaço.



MÃO NA TAÇA II

A Juventus só não foi campeã antecipada nesta rodada porque a Lazio também venceu. A Vecchia Signora levou uma canseira da Fiorentina (que ainda briga por vaga na Champions League) mas conseguiu fazer valer o seu mando de campo. Tévez, mais uma vez, foi o destaque com dois gols marcados. A Juve continua sobrando na Itália e merece o troféu, mas continuo lamentando a mudança de treinador no começo da temporada. Saiu Antonio Conte, que apostava em um futebol elegante e de toque de bola, e entrou Massimiliano Allegri, que adota um estilo mais pragmático.

Futebol Não É Jogo de Um Homem Só

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Alguns corinthianos deram a seguinte desculpa para justificar os dois reveses seguidos em clássicos: afirmaram que o Timão sentiu a ausência do atacante Guerrero, que estava internado com dengue. Meses atrás, são-paulinos afirmavam que o time estava em crise devido à saída do meia Kaká, ao passo que justificavam a má fase de time em 2013 com a saída de Lucas. E tem santista que lamenta até hoje a venda de Neymar para o Barcelona.

É claro que existem jogadores que fazem a diferença sozinhos no gramado, mas no futebol são onze contra onze. Dizer que o time perdeu devido a ausência de um atleta pode significar três problemas: falta de jogo coletivo, excesso de dependência de um único jogador ou incompetência do restante da equipe.

Não engulo essas desculpas de que o Timão perdeu porque o Guerrero não estava em campo ou que o São Paulo estava em crise por causa do Kaká. Ambos os times têm atletas de qualidade para compensar e boas opções no banco para suprir eventuais desfalques. Aliás, os clubes adoram buscar justificativas para eventuais resultados ruins. Se o time perdeu, admite que a equipe foi mal ou que o adversário foi superior e pronto.

A maioria dos clubes brasileiros age com um amadorismo impressionante quando se fala em mudanças no elenco. Nenhum atleta fica para sempre no time. Kaká, por exemplo, não teria seu empréstimo renovado e, mesmo assim, não vi o treinador preparar o time para jogar sem ele ou a diretoria buscar um substituto. O Corinthians trouxe dois atletas para disputar posição com Guerrero, Vagner Love e Mendoza, porque dificilmente o peruano permanece no clube, e, mesmo assim, não vejo o técnico preparar sua equipe para uma eventual perda.

Você imagina o Barcelona jogando sem o Messi ou o Real Madrid jogando sem Cristiano Ronaldo? Pois, saibam que Leo desfalcou o Barça durante boa parte da temporada 2012-13 e, mesmo assim, os catalães foram campeões espanhóis, além de terem chegado nas semifinais da Champions League (foram eliminados pelo campeão Bayern). Em 2013-14, o Real teve de jogar boa parte da temporada sem Marcelo, Di María e Ronaldo (todos lesionados) e, mesmo assim, os Merengues venceram a Champions League daquela sessão. Como se vê, a ausência dos principais jogadores não é desculpa para justificar uma derrota.

A solução para o problema é óbvia: apostar no jogo coletivo. Cada jogador precisa ajudar seus companheiros -não prender demais a bola, dar opção de passe, cobrir o marcador quando o time está sem a bola, se posicionar bem na área para os arremates, e assim por diante. Quando o time realmente joga como uma equipe, a dependência do individualismo diminui e os desfalques são menos sentidos. Ademais, um time assim é muito mais difícil de marcar porque a equipe possui terá muitas opções de ataque. Apenas para dar um exemplo, o Real Madrid não tinha Bale e Modrić para enfrentar o Atlético de Madrid e, mesmo assim triunfou. Por quê? Porque o time sabe jogar coletivamente ao invés de depender excessivamente de seus titulares.

Já está mais do que na hora de mudarmos essa mentalidade de jogar toda a responsabilidade para o "craque do time" e deixar o resto da equipe retrancada lá atrás. Todos os jogadores têm de se ajudar mutualmente, seja no ataque, seja na defesa. Só assim as equipes se livram dessa dependência absurda de seus principais jogadores. Ou então, continuem aí perdendo e usando a ausência dos "craques" como desculpa.

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ESCORREGOU

Quando tudo parecia perdido para o Borussia Dortmund (que perdia por 1x0), Aubameyang empatou a partida no Allianz-Arena e isto parece ter abalado mentalmente o Bayern. Só isso para explicar quatro cobranças desperdiçadas pelo time bávaro, com direito a Lahm e Xabi Alonso escorregando na hora da cobrança. Melhor para os Aurinegros, que eliminam o grande rival, vão à final da DFB-Pokal 2014-15 e têm a chance de fechar a "Era Klopp" com chave de ouro -leia-se, um último troféu.



VÔLEI TRICOLOR

Muito bacana a parceria fechada entre o São Paulo Futebol Clube e o Funvic/Taubaté. A ideia é usar o nome do Tricolor para dar visibilidade ao Taubaté e, com isso, atrair investidores (e recursos financeiros) ao time do Vale do Paraíba, mais ou menos como o Cruzeiro vem fazendo como o Sada. O Funvic foi uma das grandes surpresas da temporada 2014-15 com dois títulos conquistados (Campeonato Paulista e Copa Brasil) e já tinha um grande potencial para ir mais longe. Se a parceria vingar, podemos esperar um time ainda melhor para a próxima temporada. Quem sabe outros clubes não se interessem e sigam o modelo, o que seria muito benéfico para o vôlei brasileiro.



UMA LÁGRIMA PARA A LUSA

O que fizeram com um dos maiores clubes de São Paulo? O que fizeram com aquela equipe que já foi grande no passado, chegou a fazer grandes campanhas nos anos 90 e foi até vice-campeã brasileira em 96? Um time outrora gigante hoje está em ruínas, com salários atrasados, afundado em dívidas, rebaixado no Paulistão e agora eliminado em casa na Copa do Brasil diante de um Ituano desfigurado com relação a 2014. Acompanhei ao jogo na Copa do Brasil e vi os esforços dos atletas da Lusa. Faltou técnica mas não faltou garra ou vontade de vencer. Há jogadores que ainda se importam com o clube apesar de tudo o que aconteceu. O que fizeram com você, Portuguesa?

O Terceiro Degrau para a América

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Começam hoje as oitavas-de-final da Copa Libertadores 2015. Todas as cinco equipes brasileiras (Atlético-MG, Corinthians, Cruzeiro, Internacional e São Paulo) conseguiram se classificar para esta fase, seja na técnica, na raça ou na sorte.

Lamentei a ausência de algumas equipes que eu aprecio, como os chilenos Universidad de Chile (que joga com a bola no chão e ataca trocando passes) e o Colo-Colo (que conta com vários atletas da Seleção Chilena). Ambas caíram em chaves bastante complicadas e não conseguiram um número suficiente de pontos para avançar. Em compensação, outras equipes que jogam um futebol agradável conseguiram se classificar para esta fase, como o Boca Juniors, o Atlético Nacional e o Santa Fe.

Como os times irão se comportar nesta fase? Farei uma breve análise dos confrontos e darei os meus palpites?


BOCA JUNIORS X RIVER PLATE: os eternos rivais, por ironia do destino, irão se encontrar logo de cara nas oitavas. O Boca joga um futebol mais agradável e possui um elenco tecnicamente melhor que o do River, mas é bom lembrar que os Millonarios conseguiram eliminar os Xeneizes na Sulamericana do ano passado na base da raça e da catimba. Clássico não tem favorito, mas acho que a boa fase do Boca prevalece.

Jogo de Volta: será realizado em La Bombonera (Argentina)

Palpite: Boca Juniors


TIGRES X UNIVERSITARIO DE SUCRE: os bolivianos não conseguiram tirar proveito do fator altitude na primeira fase e é justamente por este motivo que eu tenho minhas dúvidas que o Universitario consiga passar pelo Tigre, que fez uma excelente campanha na primeira fase. Ademais, os mexicanos têm o mando do jogo de volta a seu favor.

Jogo de Volta: será realizado no Estadio Universitario (México)

Palpite: Tigres


INTERNACIONAL X ATLÉTICO MINEIRO: O Inter fez uma campanha superior ao do Galo na fase de grupos, mas o Atlético vem se tornando um especialista no mata-mata. O título na Libertadores em 2013 e o da Copa do Brasil de 2014 não deixam dúvidas do poderio atleticano em um torneio realizado neste formato. Os elencos se equiparam sob o ponto de vista técnico, mas os mineiros tem mostrado mais poder de decisão.

Jogo de Volta: será realizado no Beira-Rio

Palpite: Atlético Mineiro


CORINTHIANS X GUARANÍ: com todo respeito ao Guaraní, acho muito difícil o Corinthians, jogando um futebol que combina elegância com solidez defensiva, ser derrotado pelos paraguaios. A esperança do Cacique, a meu ver, será jogar fazendo catimba e com o regulamento.

Jogo de Volta: será realizado na Arena Corinthians

Palpite: Corinthians


RACING X MONTEVIDEO WANDERERS: o Racing não é exatamente uma grande equipe, mas conta com alguns jogadores experientes no elenco (Diego Milito, Óscar Romero e Sebastián Saja) além do atacante Gustavo Bou, que está em boa fase. O Wanderers até têm chances de avançar para a próxima fase jogando com o regulamento, mas acredito vejo os argentinos superiores.

Jogo de Volta: será realizado no Juan Domingo Perón (Argentina)

Palpite: Racing


SANTA FE X ESTUDIANTES: este duelo promete. Os colombianos jogam um futebol tecnicamente melhor além de terem o fator altitude a seu favor. O Estudiantes, por outro lado, é um time mais "cascudo" e com muitos jogadores experientes (Álvaro Pereira, Sebá Domínguez e Desábato). Não duvido que os argentinos, na base da raça, consigam virar o jogo a seu favor.

Jogo de Volta: será realizado em El Campín (Colômbia)

Palpite: Estudiantes


ATLÉTICO NACIONAL X EMELEC: neste duelo, o fator altitude não será um diferencial uma vez que ambos os clubes mandam seus jogos nos Andes. O Atlético possui um futebol mais agradável e ofensivo, mas o Emelec é a base da surpreendente Seleção Equatoriana e isto pode fazer a diferença nos gramados.

Jogo de Volta: será realizado no Atanasio Girardot (Colômbia)

Palpite: Emelec


CRUZEIRO X SÃO PAULO: o Cruzeiro, com um elenco bastante modificado em relação a 2014, classificou-se com muita dificuldade a despeito de ter caído em um grupo considerado fácil. O São Paulo, mesmo em crise e caindo em um grupo difícil, fez mais pontos que a Raposa (12 do Tricolor contra 11 dos Celestes). Ademais, o retrospecto dos paulistas tem sido melhor contra os mineiros.

Jogo de Volta: será realizado no Mineirão

Palpite: São Paulo

Imagem extraída de http://espn.uol.com.br/noticia/503604_conmebol-divulga-datas-das-8-s-da-libertadores-com-todos-brasileiros-nos-mesmos-dias

"Põe o Cleiton"!

Imagem extraída do Facebook oficial do Palmeiras- https://www.facebook.com/sePalmeiras

Repeti a frase acima à exaustão durante o jogo entre Palmeiras e Santos. Sabendo que o maestro alviverde, Valdívia, não estaria em campo, esperava que o "professor" Oswaldo colocasse Cleiton Xavier em campo, afinal ele organiza o meio-de-campo como poucos e ajuda muito os homens da frente com seus passes muito bem executados. O treinador, porém, foi conservador e entrou em campo com dois volantes (Gabriel e Arouca) e Robinho como armador. O ex-jogador do Coritiba tem seus méritos, mas eu entraria com ele no segundo tempo para poupar Cleiton e segurar o resultado.

Quando Arouca saiu lesionado, o "professor" colocou Cleiton em campo e o resultado foi imediato, com o Verdão pressionando o Peixe e articulando muito mais jogadas de ataque. Até então, o jogo estava equilibrado, com posse de bola e chances iguais para ambos os lados.

O Santos, sem Robinho, foi a campo com o que tinha à disposição e repetiu com o Palmeiras o que havia dado certo com o São Paulo na semifinal: o treinador Marcelo Fernandes recuou o time para tentar roubar a bola no campo de defesa, articular contra-golpes velozes com seus meias (Geuvânio, Lucas Lima e Chiquinho) e manter Ricardo Oliveira como referência na área para os arremates.

A defesa do Palmeiras ainda não inspirava consistência, sobretudo pelo lado esquerdo onde o "velhinho" Zé Roberto sofria com as infiltrações de Geuvânio, mas foi suficiente para segurar o ataque santista.

Com a lesão de Arouca, Palmeiras muda do 4-2-3-1 para o 4-3-3
com Robinho voltando para ajudar Gabriel na marcação enquanto
Cleiton aciona os atacantes com seus passes. Santos no 4-2-3-1
espera o rival no campo de defesa para fazer contra-golpes
velozes (imagem obtida via this11.com).

A presença de Cleiton não tardou a dar frutos. Ele deu início à jogada que envolveu Robinho, Lucas e, finalmente, Leandro, que fez o gol da partida. A troca rápida de passes entre os atletas palmeirenses desmontou a defesa santista e não deu chances para Vladimir.

Minutos depois, o mesmo Leandro foi derrubado por Paulo Ricardo na área, mas o árbitro expulsou David Braz por engano. Felizmente, o juiz corrigiu o erro a tempo.

Havia dois especialistas em bola parada à serviço do Verdão, Cleiton Xavier e Zé Roberto, mas Dudu, tendo marcado poucos gols ao longo do Paulistão, quis deixar o seu. Acabou desperdiçando a penalidade e manteve o duelo aberto para o jogo de volta.

Com um jogador a menos, o Santos se fechou de vez e abriu mão de atacar. O Palmeiras, satisfeito com o resultado, tirou os jogadores mais desgastados e se limitou a trocar passes.

Mesmo com um jogador a mais e com quatro atacantes,
Palmeiras parecia satisfeito com o resultado e se limitou a tocar
a bola. Santos mantem a retranca e tenta evitar o prejuízo
maior (imagem obtida via this11.com).

Os santistas, mesmo com a derrota, pareciam satisfeitos com o resultado. Sabem que o pênalti perdido por Dudu pode ter sido o lance que definiu o Paulistão 2015. Palmeirenses, mesmo com o triunfo, têm plena consciência: poderiam ter feito melhor em campo.

Eu Duvido!

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Antes de mais nada, gostaria de parabenizar o Rexona Ades pelo décimo título conquistado em Superligas. A equipe carioca havia feito a melhor campanha nos pontos corridos e, mesmo sendo torcedor do Osasco, admito que seria muito injusto que alguma outra equipe tirasse a taça do time capitaneado por Fofão no mata-mata. Vivo escrevendo e repito: em partidas eliminatórias, nem sempre vence a melhor equipe.

O arquirrival Molico fez uma boa partida, mas o Rexona foi superior em quadra. O time de Osasco, ainda assim, teve méritos ao se recuperar no mata-mata após uma primeira fase sofrível e mostrou muita garra em quadra. As parciais apertadas (25/21, 25/23 e 25/19) não deixam dúvidas do empenho das visitantes.

A grande questão, no entanto, fica por conta da levantadora Fofão (foto acima). A capitã, mais uma vez, anunciou que iria se aposentar. Aos 45 anos de idade e 22 de carreira, Hélia Souza prometeu que deixaria as quadras ao final da temporada 2014-15 e que esta seria sua última Superliga. Ela já havia deixado a Seleção Brasileira após o então inédito ouro olímpico em 2008. Há ainda o Mundial de Clubes da categoria e os fãs terão uma última chance de ver Fofão atuando profissionalmente.

Eu, no entanto, tenho lá minhas dúvidas que Fofão realmente deixará as quadras. Ela já havia prometido se aposentar ao final da temporada anterior, mas renovou seu contrato por mais um ano.

Todo esportista tem dificuldade em se aposentar. Primeiro porque o esportista tem o privilégio de trabalhar com o que mais gosta e é sempre muito difícil abrir mão deste prazer. Segundo porque o esportista se acostuma com uma rotina (treinos, convívio com os colegas, carinho da torcida, vitórias e títulos) e a ausência destes elementos sempre traz um vazio ao coração do atleta. Diante destes elementos, fica fácil compreender porque tantos "velhinhos" se recusam a parar de competir, como Rogério Ceni, Valentino Rossi e Gianluigi Buffon.

Fofão, não obstante, está em excelente forma física a despeito da idade. Há muito tempo não tenho notícias de lesões da atleta e ela continua competindo em excelente nível técnico. Sua experiência e liderança sempre ajudam muito em quadra.

Obviamente, há o outro lado da moeda. Esportistas têm pouco tempo para curtirem suas vidas pessoais. A rotina de treinos e de competições impedem que atletas tenham tempo para a família, amigos e amores. Ademais, qualquer atividade realizada à repetição cansa em algum momento e chega uma hora em que desejamos dar um novo rumo às nossas vidas. Há ainda o lado da renovação, em que as equipe precisam se desapegar de seus veteranos para que as novas gerações possam ter oportunidade, afinal nenhum atleta é eterno por mais diferenciado que seja.

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As premiações individuais, mais uma vez, foram marcadas pela polêmica. Os comentaristas do canal Sportv, Carlão e Marco Freitas, chamaram a atenção pelo fato das premiadas terem se destacado pelas estatísticas e pelos scouts, e não necessariamente pelo talento ou técnica. Na temporada passada, o comentarista Nalbert também discordou dos critérios, chamando-os de "números frios".

As atletas premiadas foram:


Melhor Sacadora: Mimi Sosa (Rio do Sul)
Melhor Atacante: Gabi (Unilever)
Melhor Bloqueadora: Carol (Unilever)
Melhor Recepção: Camila Brait (Molico)
Melhor Defesa: Suelen (Sesi)
Melhor Levantadora: Macris (Pinheiros)
Melhor Pontuadora: Gabi (Unilever)
MVP: Fofão (Unilever)
Craque da Galera: Thaísa (Molico)


Houve, ainda, uma justa e merecida homenagem à Fofão que, até segunda ordem, está se despedindo das quadras. Mas, com toda a honestidade, eu duvido que esta seja a última Superliga de Fofão. Acredito que um novo título ou o clamor da torcida poderiam fazer a experiente levantadora reconsiderar a sua decisão, afinal isto já aconteceu ao término da temporada anterior. Será?

Enquanto isso, obrigado por tudo que fez pelo nosso vôlei, Fofão! Vai desfrutar de seu merecido descanso... Pelo menos, até pintar aquela vontade de entrar em quadra novamente!

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CADÊ A NOVIDADE?

O Wolfsburg bem que tentou adiar mais um título alemão do Bayern, mas o Borussia Mönchengladbach (e não Paderborn, como escrevi ontem) precisava da vitória para assegurar sua vaga na Champions League e a encontrou com um gol de Max Kruse, classificando os Potros para a competição européia e garantindo mais uma Salva de Prata aos bávaros. Parabéns ao Bayern por mais um título!



VEXAME VERMELHO

O Manchester United tinha tudo para superar o Everton hoje e ficar mais próximo da Champions League. A equipe de Liverpool, no entanto, goleou os Red Devils por 3x0 apesar do enorme abismo técnico e financeiro que há entre as duas equipes. Cada vez mais me convenço de que o Manchester não tem uma equipe, e sim um punhado de craques.



PORRADA!

Assisti ao clássico entre Benfica e Porto que terminou em empate. O futebol acabou ficando em segundo plano dado o grande número de faltas cometidas em campo. Como pode um jogo desta importância ser manchado pela violência? O empate acabou ficando de bom tamanho para os Encarnados, que mantêm a vantagem em relação aos Dragões.

Tira-Teima

Imagem extraída do Facebook oficial do Molico Nestlé- https://www.facebook.com/moliconestle

Hoje, a temporada 2014-15 se encerra no vôlei brasileiro, com a final entre Rexona Ades e Molico Nestlé. Os dois maiores vencedores da Superliga Feminina de Vôlei farão mais uma decisão na Arena da Barra, no Rio de Janeiro pelo fato do Rexona ter feito a melhor campanha na primeira fase.

A campanha das cariocas, aliás, foi irretocável com a equipe chegando à decisão invicta. As osasquenses, por sua vez, passaram por alguns momentos de turbulência diante do Sesi e do próprio Unilever e terminaram a primeira fase apenas na terceira colocação. O Molico, contudo, reagiu no mata-mata e trucidou o carrasco Sesi nas semifinais.

Imagem extraída do Facebook oficial do Molico Nestlé- https://www.facebook.com/moliconestle

Confesso que acho um tanto injusto que os times que terminem em primeiro na fase dos pontos corridos não fique automaticamente com o título. No ano passado, o próprio Molico havia feito uma primeira fase invicta e viu tudo a perder no mata-mata diante do Sesi. Sou torcedor do Osasco, mas admito que seria muito mais justo que a capitã Fofão erguesse o troféu nesta temporada. Eu sempre ressalto que em uma partida de mata-mata nem sempre o melhor time vence. Ou será que o Chelsea, jogando aquele futebol horrível, merecia o troféu da Champions League em 2012 diante do ofensivo Bayern?

Os holofotes estarão totalmente direcionados à capitã Fofão (que anunciou que vai deixar as quadras ao final da temporada) e às jogadoras que integram a nossa Seleção (Gabi, Camila Brait, Thaísa, Dani Lins e Adenízia). Eu, no entanto, gostaria de destacar o desempenho da central Juciely, do Unilever. Juci fez uma temporada muito ruim em 2013-14 devido às lesões. Ela chegou a chorar em quadra e acabou cortada da Seleção. Nesta temporada, contudo, ela se recuperou e vai brilhando em quadra disposta a recuperar o espaço perdido. Pelo lado do Molico, destaco a ponteira Carcaces, dona de um saque elegante e de uma cortada mortal. A cubana pode se considerada, sem sombra de dúvida, a melhor contratação da temporada.

A partida será realizada hoje às 10:15h (horário de Brasília) e terá transmissão nos canais Globo, Sportv e Rede TV.

Boa sorte a ambas as equipes e que vença a melhor!

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A "DOIDERA" DE KRAMARIĆ DEU CERTO?

Vocês se lembram quando Andrej Kramarić, considerado a grande promessa do futebol croata, recusou propostas de várias equipes grandes para assinar com o modesto Leicester? Kramarić escolheu a equipe que ocupava a lanterna da Premier League porque teria mais chances de ser titular, além de fazer seu nome como "salvador" dos Foxes. Pois bem. Ontem eu acompanhava os resultados da rodada na Inglaterra e vi que o Leicester embalou uma sequência de quatro vitórias consecutivas, já aparecendo fora da zona de rebaixamento. Será que a presença do croata contribuiu de alguma maneira com essa reação?



ESTOU COM O PEIXE NA FINAL

Será realizado hoje o primeiro duelo da final do Campeonato Paulista 2015. Eu, como sempre, vou torcer para o melhor futebol que é representado pelo Santos. A equipe da Vila Belmiro é mais ofensiva e possui mais jogadores habilidosos a seu favor. O Palmeiras valoriza a posse da bola, mas não sabe muito o que fazer com ela. Do elenco atual, só gosto do Zé Roberto, do Valdívia e do Cleiton Xavier, além dos lampejos do argentino Mouche (que está machucado).



MÃO NA TAÇA

O Bayern München teve de suar a camisa para furar a retranca do Hertha, mas triunfou graças ao gol de Schweinsteiger (voltando de lesão) após uma lindíssima jogada protagonizada por Weiser, que driblou quatro marcadores antes de cruzar para o volante. Agora, os bávaros precisam secar o Wolfsburg, que visita hoje o lanterna Paderborn. Se os Lobos empatarem ou perderem, o Bayern será campeão antecipado da Bundesliga 2014-15.

Quando o Troféu É Apenas um Mero Detalhe

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Quais as reclamações dos torcedores com relação aos seus times? Equipes que não vencem, atacantes que não fazem gols, meias que não correm, zagueiros sem raça, goleiros que falham, treinadores que não conseguem fazer os times reagirem, e por aí vai.

As exigências no futebol do Brasil são muito grandes. O brasileiro acostuma-se com os troféus e não quer deixar a peteca cair. Quer os resultados para que o time esteja sempre no topo. Qualquer coisa abaixo disto não interessa. Um vice-campeonato nunca é valorizado no Brasil, muito pelo contrário: é motivo de escárnio e de deboche.

Times de outros países também são sempre muito exigidos, mas seus torcedores sempre reconhecem o esforço dos atletas. O Porto, por exemplo, sofreu uma goleada de 6x1 do Bayern na semana passada e, mesmo assim, seus atletas foram recebidos como heróis. Os fãs reconheceram o esforço dos jogadores que há anos não conseguiam classificar os Dragões para as quartas-de-final.

Imaginem, então, uma seleção de pouquíssima tradição no futebol. Um time que, reconhecidamente, participa de um campeonato com pouquíssimas expectativas de vencer. E o pior: seriam os anfitriões do torneio e o risco de passar uma "vergonha" em casa era iminente, sobretudo em uma chave com três rivais com muita tradição no esporte.

A Seleção Ucraniana disputou a Euro 2012 como país-sede, junto com a Polônia. Suas expectativas de título eram praticamente nulas. Mesmo uma vitória era muito difícil diante da França, Inglaterra ou Suécia. A Ucrânia estava com uma equipe bastante envelhecida. Muitos jogadores já tinham 30 anos ou mais, incluindo seus principais astros, Anatoliy Tymoshchuk e Andriy Shevchenko.

Sheva, por sinal, já não era mais aquele jogador que ganhou tudo no Milan na década passada -incluindo uma Champions League em 2003 e a Bola de Ouro em 2004. Aos 35 anos (na época), já não poderia mais fazer a diferença como no auge de sua carreira. Ele já havia protagonizado dois atos heroicos no passado ao ajudar a Ucrânia a se classificar para a Copa do Mundo de 2006 e ainda fazer o milagre de levar sua equipe às quartas-de-final daquele mundial (foram eliminados pela campeã Itália). Títulos nunca faltaram a Shevchenko, mas conseguir um troféu pelo selecionado de seu país era praticamente impossível. A Euro 2012 seria apenas uma despedida da seleção para astro.

A Ucrânia venceu apenas um dos três jogos disputados e acabou eliminada ainda na fase de grupos. A única vitória ucraniana, porém, foi mais do que suficiente para consagrar o veteraníssimo Shevchenko e levar seu torcedor ao delírio. Sheva fez os dois gols (os únicos do time da casa na competição) que decretaram a virada sobre a Suécia e a vitória da Ucrânia. Foi uma grande loucura. Os fãs chegavam a parar o atacante na rua para cumprimentá-lo pelo feito. Pareciam estar comemorando um título, mas foi "apenas" uma vitória e uma grande despedida do maior jogador ucraniano de sua seleção.

Troféus nunca faltaram na carreira de Sheva, mas ele não precisou de nenhuma taça ou título para ser aclamado como herói em seu país. Tudo o que ele precisou foi fazer dois gols e conquistar uma única vitória na Euro 2012.

Nenhum torcedor se importou com o fato dos anfitriões terem sido eliminados em casa ainda na fase de grupos -o que, convenhamos, era esperado. O que eles queriam é ver seu grande ídolo vestindo a camisa da seleção de seu país uma última vez. Vencer ou fazer gols eram meros detalhes.

Sheva, porém, fez muito mais do que isso. Ele fez a diferença uma última vez nos gramados. O que seria considerado pouco em nossa cultura, significou muito para o povo ucraniano. Ele foi o grande herói de seu país mais uma vez.

Enquanto nós estávamos aqui reclamando dos vice-campeonatos de nossos times e nos deixando levar pelas provocações dos rivais, Shevchenko estava lá na Ucrânia sendo ovacionado como herói. E ele nem precisou de um troféu para isto. Até porque, ele já havia conquistado vários em sua carreira.

Imagem extraída do Facebook oficial de Andriy Shevchenko-
https://www.facebook.com/shevaofficial/

O QUE FAZER COM JÓBSON?

Quando a carreira do atacante Jóbson parecia estar entrando nos eixos, o atleta sofreu mais um duro golpe. O jogador foi suspenso por 4 anos pela FIFA após ter se recusado a fazer um exame anti-doping quando atuava pelo Al Ittihad, da Arábia Saudita. A punição dividiu opiniões dos comentaristas, lembrando que Jóbson já foi flagrado em 2009 pelo uso de crack e que quatro anos a menos na (curta) carreira de um jogador é muito tempo perdido. Admito que a punição foi exagerada (acredito que um ano estava de bom tamanho), mas eu questiono o porquê de Jóbson ter se recusado a fazer o exame na época.



SERÁ O FIM DESTA VEZ?

A levantadora Fofão, do Rexona Ades, garante que vai se despedir das quadras ao final desta temporada. Ela já havia cogitado se aposentar após a temporada anterior, mas acabou renovando seu contrato por mais uma temporada. Honestamente, tenho minhas dúvidas. É muito difícil para um esportista mudar de rotina após anos convivendo com treinos, competições, as vitórias, os colegas de time e o carinho da torcida. Que o digam os veteranos Rogério Ceni, Valentino Rossi, Gianluigi Buffon, Andrea Pirlo, ...



ROUPA NOVA

Imagem extraída de http://www.mantosdofutebol.com.br/

Já estão circulando nas lojas brasileiras alguns uniformes que as seleções usarão na Copa América 2015. O preço das camisas aumentou bastante devido à alta do dólar e à inflação -antes custavam por volta de R$ 189,90 e hoje são vendidas por aproximadamente R$ 239,90. Vi os uniformes da Argentina, Colômbia, México e Paraguai, todos assinados pela Adidas. Não fiquei muito impressionado com nenhuma das camisas à primeira vista, exceto a do Paraguai (foto acima) que está belíssima com detalhes nas listras. Quando todos os uniformes forem lançados, farei um post a respeito do assunto, pois sou fã de camisas de times.

Quem Passa?

Imagem extraída de https://www.facebook.com/uefachampionsleague

Foram definidos na manhã de hoje como seriam os confrontos das semifinais da Champions League 2014-15.

Não houve grandes surpresas nos times classificados, embora eu acreditasse que o Atlético de Madrid fosse capaz de manter o tabu e eliminar o Real. A Juventus, que há anos não chegava tão longe na competição, pode ser considerada a surpresa da temporada.

Como sempre, farei uma pequena análise dos confrontos e darei meus palpites.


BAYERN MÜNCHEN X BARCELONA: Tiki-Taka contra Tiki-Taka. Assim posso descrever o confronto do Barcelona (que joga valorizando a posse da bola) contra o Bayern (que atua no mesmo estilo com a vinda de Guardiola). O Bayern é um time mais completo e com mais recursos, mas se os desfalques dos craques (Ribéry, Schweinsteiger e Robben) não foram muito sentidos contra o Porto, o mesmo não se aplica ao Barcelona. Arrisco dizer que o time catalão será favorito caso os bávaros não consigam recuperar os lesionados a tempo de disputar as semifinais.

Jogo de volta: será realizado no Allianz-Arena.

Palpite: Bayern


REAL MADRID X JUVENTUS: mesmo com os desfalques de Bale e Modrić, o Real é um time que está um patamar acima da Juve. Os italianos possuem um bom time, mas os espanhóis levam vantagem ao possuírem mais recursos e um excelente banco de reservas para suprir eventuais perdas. Provaram isto ao superarem o Atlético com um time misto.

Jogo de volta: será realizado no Santiago Bernabéu.

Palpite: Real



RUMO À VARSÓVIA

Imagem extraída de https://www.facebook.com/uefaeuropaleague

Também foram definidos nesta manhã os confrontos das semifinais da Europa League 2014-15. O Napoli enfrenta o Dnipro (jogo de volta na Ucrânia) enquanto o atual campeão Sevilla enfrenta a Fiorentina (jogo de volta na Itália). Eu acredito que o Napoli (que possui um elenco melhor que o Dnipro) e a Fiorentina (o Sevilla perdeu muitos jogadores importantes no final da temporada passada) vão à final em Varsóvia e farão um confronto italiano.

Somos Brasileiros e Não Desistimos Nunca

Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc/

Os cinco times brasileiros que disputam a Libertadores estão nas oitavas e seguem vivos em busca do título. O Corinthians, já classificado, poderia se dar ao luxo de perder e até mesmo de escolher seu próximo adversário. São Paulo, Cruzeiro, Internacional e Atlético Mineiro, por outro lado, ainda não tinham a classificação assegurada e precisavam vencer para não dependerem da sorte. Era preciso buscar o resultado.

O meu Tricolor começou a semana pressionado com a eliminação do Paulistão diante do Santos. Precisava vencer o grande rival Corinthians que havia prometido jogar com força total. O São Paulo, contudo, apresentou uma disposição em campo como há muito tempo não se via. Deu sorte com a expulsão de Emerson, que revidou uma agressão cometida por Rafael Tolói. Aproveitou a vantagem numérica e o recuo do adversário para controlar o jogo, a bola e, enfim, vencer o rival. Não obstante, viu o rival direto pela vaga, San Lorenzo, dar vexame em casa diante do já eliminado Danubio.

Imagem extraída do Facebook oficial do Cruzeiro- https://www.facebook.com/cruzeirooficial/

O Cruzeiro tinha tudo para assegurar sua vaga de forma antecipada. Havia caído em um grupo sem rivais de peso e estava embalado com seu futebol que combinava beleza e eficiência. A Raposa, contudo, pagou o preço por vender tantos titulares na última janela de transferências. A equipe mineira cometeu alguns tropeços na competição, foi goleado pelo Huracán na penúltima rodada e ainda teve um final de semana amargo ao ser eliminado pelo grande rival, Atlético, nas semifinais do Campeonato Mineiro. Felizmente, o Universitario de Sucre, sem a ajuda da altitude, não teve como resistir à força do time celeste e os mineiros puderam avançar às oitavas.

Imagem extraída do Facebook oficial do Internacional- https://www.facebook.com/SCInternacional.Oficial

O Internacional fez boa campanha, mas caiu em um grupo bastante equilibrado e cheio de adversários fortes. Os dez pontos conquistados em cinco jogos não eram suficientes para colocar o Colorado nas oitavas e era necessário vencer o Strongest para não implorar por um tropeço do Emelec. Os bolivianos, sem a ajuda da altitude, seguraram os gaúchos no Beira Rio o quanto puderam, mas acabaram derrotados pelo gol solitário de Valdívia, joia revelada no próprio Inter.

Imagem extraída do Facebook oficial do Atlético Mineiro- https://www.facebook.com/atletico

O Atlético Mineiro também tinha um grupo muito difícil para superar e precisava vencer o forte Colo Colo por dois gols de diferença para carimbar seu passaporte. Diante de sua torcida, o Galo se impôs diante de um apático Cacique e foi buscar sua vaga em um misto de talento e raça. Como disse Juca Kfouri, o Atlético foi mais Galo do que nunca no Horto.

A semana que poderia ser de festa ou tragédia para os clubes brasileiros terminou bem para os representantes de nosso futebol na Libertadores.

Nem todos os times apresentaram um futebol brilhante, mas bato palmas para a determinação das equipes que foram buscar suas respectivas vagas mesmo diante de tamanha pressão pelos resultados.

MEXICANO REAL

Diante de um Atlético retrancado e violento, o Real Madrid buscou o jogo do primeiro ao último minuto. A equipe merengue precisou superar os desfalques de Marcelo, Bale, Modrić e Benzema. Conseguiu graças à expulsão de Arda Turan e a um gol de Chicharito. Encostado no Manchester United, o mexicano foi emprestado ao Real onde também era pouco aproveitado. Encontrou sua oportunidade de renascimento após um passe de Cristiano Ronaldo e a abraçou. As lágrimas do mexicano traduziram seu estado emocional. Desprezado, Chicharito superou o goleirão Jan Oblak e classificou o Real a mais uma semifinal da Champions. Era tudo o que ele precisava para dar uma virada em sua contestada carreira.

PAREDÃO BIANCONERO

O Monaco bem que tentou se valer do mando de campo, mas a eficiente defesa da Juventus segurou a pressão dos franceses e assegurou o 0x0, placar suficiente para colocar os Bianconeri nas semifinais da Champions. Irônico notar que a defesa fortíssima era justamente uma das especialidades da equipe do principado.

FALAR AGORA É FÁCIL

Choveram críticas ao Corinthians e ao treinador Tite após dois revezes seguidos em clássicos. Concordo que faltou ousadia ao Timão nas duas partidas e que o treinador poderia ter se planejado melhor -a meu ver, ele errou ao não poupar atletas diante do San Lorenzo em partida realizada na semana passada. As falhas, porém, não servem como argumento para afirmar que o Coringão "não era tudo aquilo que falavam". Tite faz um excelente trabalho em sua terceira passagem pelo Timão e o Corinthians joga um futebol exemplar. Mais uma vez, tudo isso não passa de sensacionalismo barato. Ademais, muitas das críticas foram injustas e exageradas.

O Santos É Muito Mais do que Neymar

Imagem extraída do Facebook oficial de Neymar- https://www.facebook.com/neymarjr

Vocês repararam como os jogos do Santos vêm tendo cada vez menos espaço na mídia? "Coincidentemente", isto vem acontecendo desde que o craque Neymar trocou o Peixe pelo Barcelona em 2013.

Toda a atenção que o Santos recebeu da mídia entre 2010 e 2013 se deveu ao sucesso do menino de cabelo moicano. O garoto apresentou um futebol artístico como há muito não se via em nossos gramados. A mídia, obviamente, ajudou dando muito espaço ao atleta na televisão. E junto vieram os milhares de contratos publicitários que tornaram o rosto do menino da Vila ainda mais famoso. Muitos assistiam aos jogos do Peixe muito mais por causa de Neymar, e não pelo amor à equipe praiana.

Quando Neymar foi embora, ficou evidente a falta de planejamento dos dirigentes santistas. Não foi criado nenhum projeto para suprir a saída do talentoso atacante, o que já vinha sendo anunciado desde 2010. O Santos tornou-se tão dependente de sua estrela que esqueceu-se de que um dia ele iria embora para a Europa, destino de nossos maiores craques. O Peixe tentou tapar o buraco deixado pela sua joia com outros garotos formados nas bases santistas, como Neílton, Gabigol e Geuvânio, mas nenhum deles ainda demonstrou potencial para preencher o vazio deixado pelo atacante.

Sem Neymar, o interesse da mídia e dos torcedores modinhas pelo Santos diminuiu. Não havia mais graça acompanhar aquele time que tanto se tornou dependente do menino de cabelo moicano. Jogos do Peixe na televisão só se for final de algum campeonato, e olhe lá. O clube praiano, mais uma vez, havia sido jogado para escanteio pela mídia, assim como havia acontecido quando Pelé e Robinho anunciaram suas respectivas saídas da Vila Belmiro

Obviamente, o dinheiro sempre fala mais alto para se decidir qual jogo receberá mais atenção da mídia, e os lucros das emissoras são proporcionais à audiência das partidas. Os modismos ou o ódio em relação à equipe têm muita influência no número de expectadores de um confronto. Basta ver quantas pessoas assistiram ansiosas ao rebaixamento do Corinthians em 2007, ou quantos cidadãos paravam o que estavam fazendo apenas para ver Neymar desfilando nos gramados. Logo, se o craque do momento não joga mais no Santos, não há mais motivo para ceder espaço caro a um "time comum".

Um agravante para o Santos em 2015 foi a crise econômica que atingiu todo o futebol brasileiro. O Peixe sofreu ainda mais porque não teve como honrar os salários de muitos jogadores importantes e viu muitos deles abandonarem o clube com ajuda da justiça. O time da Vila, com isso, não era considerado favorito ao título paulista mas, provavelmente, seria grande demais para cair à Série A-2 do Paulistão. Seria, portanto, mais um time a ficar pelo meio da tabela e, portanto, não seria digno de atenção da mídia.

O Peixe, contudo, tratou de dar a resposta na bola a todo esse descaso da mídia apesar de todas as limitações financeiras. O futebol ainda não é o mesmo dos tempos de Ganso e Neymar, mas há talentos individuais suficientes para entreter o espectador, como o meia Lucas Lima. Ricardo Oliveira e Robinho já não atuam no mesmo nível da década passada e se lesionam com muito mais frequência, mas compensam isto com experiência e talento em campo. Talento, aliás, é algo que nunca envelhece.

O Santos não perdeu, ainda, nenhum confronto com os grandes rivais, Corinthians, Palmeiras ou São Paulo. O Peixe fez tudo isso a despeito de estar em uma situação financeira muito mais delicada que a dos adversários. Conseguiu motivar seus atletas com algo mais do que dinheiro para que se superassem em campo e enfrentassem os oponentes de igual para igual.

Há quem ainda acredite que o Santos não é mais o mesmo sem Neymar e, portanto, é justo que o Peixe fique para escanteio na mídia em decorrência disto.

A reposta está aí.

Imagem extraída do Facebook oficial de Neymar- https://www.facebook.com/neymarjr

E POR FALAR EM NEYMAR...

Foi uma tarde dos sonhos para o ex-menino da Vila. Neymar fez os dois gols da vitória sobre o PSG e classificou o Barça para as semifinais. Iniesta e Daniel Alves, ambos voltando de lesão, serviram o atacante brasileiro no primeiro e no segundo gol, respectivamente. Mesmo dispondo de atletas maiores e mais fortes que o Barcelona, os franceses pouco incomodaram o goleiro Ter Stegen e ainda passaram boa parte do tempo correndo atrás da bola. Algo muito rotineiro quando se enfrenta o time catalão.



SÓ FALTOU UM

O Porto, um time tipicamente ofensivo, entrou em campo para segurar a vantagem de 3x1 sobre o Bayern, conquistada na partida de ida, mas não conseguiu fazer nem uma coisa nem outra. O toque de bola dos bávaros desmontou a frágil marcação portista e os alemães já estavam fazendo 5x0 ainda na primeira etapa. Deu pena também do goleiro Fabiano (ex-São Paulo) que falhou em pelo menos dois gols. O Bayern, que é base da Seleção Alemã, ficou a apenas um gol para igualar o feito da Mannschaft aqui no Brasil, quando nos derrotaram por 7x1 (o jogo terminou em 6x1). Ah! E os bávaros não contaram com Robben, Schweinsteiger e Ribéry, todos lecionados.

A Volta dos que Ainda Não Foram

Imagem extraída do Facebook oficial do Barcelona- https://www.facebook.com/fcbarcelona/

Os melhores times da Europa voltam a campo nesta semana em busca das quatro vagas nas semifinais da Champions 2014-15.

O Barcelona abriu grande vantagem sobre o Paris Saint-Germain -3x1 no jogo de ida em pleno Parc Des Princes. Os catalães podem até perder por dois gols de diferença que estarão na próxima fase. Os parisienses, por sua vez, precisam vencer por três gols de diferença se quiserem a vaga. Parada duríssima se levarmos em conta a excelente fase do time blaugrana e também a pressão que os visitantes sofrerão no Camp Nou.

O Barça terá as presenças de Dani Alves e Andrés Iniesta, ambos voltando de lesão. O PSG terá os retornos de Ibrahimović e Verrati (que cumpriram suspensão na partida de ida), mas continua sem Thiago Silva e Thiago Motta ambos lesionados.

Imagem extraída do Facebook oficial do Bayern München- https://www.facebook.com/FCBayern/

O Bayern receberá o Porto e terá de reverter a desvantagem de 3x1, sofrido no Estádio do Dragão. O time de Munique tem muitos atletas importantes lesionados -Robben, Ribéry e Schweinsteiger, entre eles. Por outro lado, os alemães terão o mando de campo a seu favor.

Os portistas podem perder por até um gol de diferença -se perderem por 2x0, a vaga será dos rivais. A equipe portuguesa tem grande vocação ofensiva, mas creio que estarão mais cautelosos no jogo de volta, visto que é arriscado dar espaços ao Bayern na Allianz-Arena.

Mesmo com os desfalques, acredito que o Bayern deve virar o jogo por ser uma equipe com mais recursos e melhores jogadores.

Imagem extraída do Facebook oficial do Real Madrid- https://www.facebook.com/RealMadrid

Na quarta-feira, os rivais Real e Atlético se reencontram no Santiago Bernabéu. O empate por 0x0 foi "levemente benéfico" aos Colchoneros, que podem até empatar o jogo desde que marquem pelo menos um gol. O Real sofreu duas baixas importantes para o confronto, o meia Luka Modrić e o winger Gareth Bale, ambos lesionados diante do Málaga no último final de semana.

O jogo deve ser disputado, mas ainda aposto no tabu que o Atleti impôs sobre os Merengues.

Imagem extraída do Facebook oficial da Juventus- https://www.facebook.com/Juventus

A Juventus viaja a Mônaco e visita o time do principado com uma boa vantajem de 1x0 construída em Turim. A equipe do Louis II é bastante defensiva e terá de sair para o jogo diante de um rival que se defende muito bem além de contar com volantes com boa saída de bola.

Se isto serve de consolo ao Monaco, Pirlo e Pogba não devem atuar, mas acredito que a partida termina em empate por 0x0 e, consequentemente, classificação da Vecchia Signora.



CADÊ OS INGLESES?

Muitos comentaristas chegaram a noticiar uma possível "crise" no futebol inglês pelo simples fato de nenhum representante do país ter avançado às quartas-de-final da Champions nesta temporada. O Liverpool rodou ainda na fase de grupos enquanto Chelsea, City e Arsenal caíram nas oitavas. A infeliz coincidência, contudo, não significa necessariamente que o nível do futebol inglês caiu, até porque o nível técnico da Premier League é um dos melhores e as equipes lutaram até o final pelas suas vagas. A meu ver, foi mais uma fumaça sem fogo para vender jornal.



EM COMPENSAÇÃO...

Por outro lado, poucos falam em crise no futebol italiano. Duas das equipes mais tradicionais do país, o Milan e a Internazionale, vêm fazendo investimentos macicos ano após ano e, mesmo assim, o melhor que conseguem são vagas na Europa League. Equipes consideradas "coadjuvantes", como Roma e Napoli, ficam vão à Champions e não conseguem fazer frente a rivais da Espanha, Inglaterra e Alemanha. E a Juventus, a equipe soberana da Velha Bota, há muitos anos não consegue fazer bonito na competição continental. Teve seus méritos em 2015, mas deu sorte de pegar um Borussia Dortmund em crise e enfrenta o Monaco que é "zebra" na competição. Pelo jeito, as palavras de Cesare Prandelli em 2014 (que criticou a formação de atletas no país) fazem todo o sentido.

Pitacos Sobre os Clássicos

Imagem extraída do Facebook oficial do Palmeiras- https://www.facebook.com/sePalmeiras

Eu havia apostado que Corinthians e Santos fariam a final por estarem em melhor momento, jogarem um futebol melhor e também porque São Paulo e Palmeiras ainda parecem viver de lampejos. Na Vila, acho que tudo ocorreu como o esperado com o Peixe levando a melhor, mas no Itaquerão as coisas não saíram como pensava.

Tite é o treinador do momento e acho que ele merece respaldo do dirigente e do torcedor apesar do tropeço, mas o treinador gaúcho cometeu dois erros que custaram a vaga no Paulistão. O primeiro foi não ter poupado jogadores na partida de quinta: bastava um empate para classificar o Timão diante do San Lorenzo, mas o treinador entrou com força total e muitos atletas chegaram cansados para a partida de hoje (Elias e Renato Augusto, entre eles) diante de um Palmeiras mais descansado. Provavelmente, o fez porque isto geraria desconfiança de que o Corinthians estaria "entregando" o jogo contra os argentinos para prejudicar o São Paulo. O segundo erro foi recuar a equipe quando o placar estava 2x1: ainda havia muito tempo, mas o Timão deu espaço e a bola para o rival alviverde que não perdoou, arrancando o empate e levando o jogo aos pênaltis.

O treinador do Palmeiras, Oswaldo de Oliveira, usou o que pôde para enfrentar o Timão. Com o time bastante desfalcado, tudo o que ele queria era que a estrela de Valdívia brilhasse no ainda inseguro time do Verdão. O Mago tentou, mas foi muito bem marcado por Ralf. Teve sorte com o gol de bola parada logo no começo do jogo, mas subestimou a posse de bola e a velocidade do Timão. Mas, justiça seja feita, Oswaldo acertou ao apostar em Cleiton Xavier no segundo tempo, meia habilidoso, com qualidade no passe e bom nas bolas paradas. Foi Cleiton quem mudou o panorama do jogo ao dar qualidade ao meio-de-campo palmeirense. E, claro, não podemos deixar de exaltar a defesa que Fernando Prass fez na cobrança de Petros.

Compare as equipes no primeiro tempo (esquerda) e no segundo (direita): o Timão, em ambas as etapas, atua no 4-1-4-1,
mas é mais ofensivo no primeiro tempo e recua no segundo. Oswaldo, necessitando do resultado e observando o rival
recuar, parte para uma "tática suicida" no segundo tempo e vê Cleiton Xavier encurralar o Timão (obtido via
this11.com). 

Na Vila, o São Paulo foi apático mais uma vez. Até tentou algumas jogadas na frente, mas foi facilmente engolido pela retranca santista e viu os contra-golpes velozes de Geuvânio e Lucas Lima desmontarem o frágil sistema defensivo tricolor. Ah! E o meia Centurión deveria ter começado o jogo como titular.

O São Paulo caiu direitinho na armadilha santista: ao avançar
para o ataque, deu espaço para os contra-ataques velozes
dos atacantes santistas (obtido via this11.com).

Com os resultados, São Paulo e Corinthians jogam a Libertadores pressionados -o Tricolor bem mais porque precisa vencer o rival em melhor fase e ainda sem a vaga para a segunda fase garantida. Santos e, principalmente, o Palmeiras respiram mais aliviados: o Peixe, com muitos problemas financeiros e enfrentando a perda de jogadores na justiça, classifica-se com méritos (apesar de ter sido pragmático na semifinal) e vê uma luz no fim do túnel com a possibilidade do título. O Verdão, após anos flertando com o rebaixamento, vive seu "milagre econômico" e, finalmente, credencia-se a lutar pelos troféus novamente.

Resta saber para qual dos dois a luz no fim do túnel será a saída da crise. Para o outro, será um trem vindo na direção contrária.

CAJU AMARGO

Comovente a entrevista concedida pelo meu ídolo, Paulo César Caju, ao canal pago Globo News. O ex-jogador conta como nasceu na pobreza, cresceu graças ao futebol e perdeu tudo com as drogas. A realidade de Caju, infelizmente, ainda é a mesma de muitos famosos do presente, não apenas os jogadores.



TUDO DECIDIDO

Juventus, Chelsea e Bayern München estão a um passo de se sagrarem campeões em suas respectivas ligas. A Juve derrotou o vice-líder, Lazio, e abriu 15 pontos de vantagem. Os Blues bateram o Manchester United (3º) e abriu dez pontos de vantagem do vice, Arsenal. O Bayern venceu o Hoffenhein e ainda teve a colaboração do vice Wolfsburg, que tropeçou em casa diante do Schalke 04, abrindo 12 pontos de vantagem. Eu sou defensor ferrenho do sistema de pontos corridos que premia o time mais regular, mas admito que a existência de campeões antecipados é uma desvantagem.



VOVÔ VOADOR

Alternava o clássico entre Timão e Verdão com a Moto GP. Assisti a mais uma exibição de gala do "vovô" Valentino Rossi, que largou na oitava posição, foi galgando a liderança passo a passo e ultrapassou Marc Márquez a duas voltas do final. Não obstante, o italiano viu o espanhol errar muito até cair em um momento de desconcentração. Este veterano ainda tem muito a ensinar aos novatos!

Tem que Ser Muito Amador pra Demitir Técnico Agora

Imagem extraída do Facebook oficial do Corinthians- https://www.facebook.com/corinthians/

Dá para acreditar? Li rumores de que a cabeça do treinador Tite pode rolar caso o Timão seja eliminado do Paulistão ante o Palmeiras hoje à tarde e/ou caso o Coringão não vença (e elimine) o São Paulo na quarta.

Tem mais: Oswaldo de Oliveira também estaria com o cargo ameaçado devido ao futebol pouco convincentes do Verdão e também devido à irregularidade da equipe.

Obviamente, isso tudo não passa de fumaça para vender jornal, mas sabemos como o torcedor brasileiro é passional e ele consegue transformar deuses em demônios em questão de segundos. Tudo depende de como o time foi no último clássico ou na última "decisão".

No São Paulo, por exemplo, todos os torcedores quiseram Muricy Ramalho em 2013 quando o clube vivia uma de suas maiores crises. Em 2015, contudo, o treinador não venceu nenhum clássico e os mesmos torcedores que pediram o retorno do técnico o chamaram de "burro" após as derrotas para Corinthians e Palmeiras.

Tite foi muito injustiçado em 2013, quando deixou o Timão pela porta dos fundos. Seu modelo de "futebol eficiente" havia se esgotado, mas ele ainda tinha muito a oferecer ao Timão. Agora, ele retorna provando isto com resultados e, principalmente, com futebol de qualidade. Será que vale a pena desistir de tudo isto por conta de um eventual acidente de percurso? Lembrando que no mata-mata, nem sempre o time melhor avança. Quem não se lembra quando o Chelsea, jogando um futebol digno de uma Série B, passou pelo Barcelona e pelo Bayern?

O Palmeiras apresentou um grande projeto para recolocar o time entre os grandes do Brasil. A equipe ainda não decolou mas pode ir longe se os dirigentes bancarem o elenco e o treinador nos momentos de tempestade. Esse negócio de pressionar treinador por resultado a curto prazo nunca deu certo, mas o brasileiro não abre mão dessa maldita cultura de ficar cobrando tudo para ontem. De novo: vale mesmo a pena abrir mão de todo o projeto por causa de um "acidente de percurso"?

O próprio Tite pode ser usado como exemplo de como precisamos romper com essa maldita cultura de resultados a curto prazo. Em 2011, o Corinthians caiu diante do Tolima na Libertadores e do Santos no Paulistão. Os dirigentes bancaram o treinador e o técnico correspondeu à confiança conquistando todos os títulos possíveis.

Ademais, os treinadores já estão pressionados o bastante. Eles sabem como é importante vencer os próximos jogos, seja pelos títulos, seja pela grandeza dos rivais. Não precisam de mais cobranças. Ninguém gosta de perder.

Se os dirigentes e torcedores, ainda assim, quiserem as cabeças de seus respectivos treinadores em caso de revés, que estejam à vontade, mas fiquem avisados: isto jamais ajudou os clubes em nenhuma situação, seja na luta por títulos, seja para fugir de rebaixamentos.



SORTE PARA UNS...

O Arsenal, com um gol salvador de Alexis Sánchez na prorrogação, derrotou o valente Reading nas semifinais da FA Cup. Com isso, o elegante time de Arsène Wenger vai à final em maio e segue vivo na luta pelos troféus, algo que andou fazendo muita falta aos Gunners nos últimos anos. Os treinadores brasileiros, aliás, devem ter muita inveja da estabilidade e confiança da qual o técnico francês goza no Arsenal.



... AZAR PARA OUTROS

O Liverpool abriu o placar com Coutinho na outra semifinal da FA Cup, mas sofreu a virada e foi eliminado da competição, perdendo a chance de conquistar, ao menos, um troféu na temporada. Penso os motivos que levaram os Reds a realizaram uma temporada abaixo das expectativas a despeito de todo o investimento que foi feito na equipe. Será que a saída de Luis Suárez para o Barcelona foi tão sentida assim?



A CULPA É DE QUEM?

Jornais andaram afirmando que as desavenças de Guardiola com a equipe médica do Bayern München fizeram o clima na equipe esquentar. O treinador teria culpado os médicos pelo excesso de desfalques na equipe, motivo que teria levado à surpreendente derrota dos bávaros diante do Porto na última quarta-feira. Um médico que estava há mais de 10 anos na equipe foi demitido após o revés, o que deu sustentação à história. Eu penso outra coisa: Guardiola é um dos treinadores mais competentes e vitoriosos do mundo, mas tomou algumas decisões contestáveis desde que chegou ao Bayern. Uma delas foi ter deixado Kroos e Shaqiri (que poderiam cobrir as ausências de Robben e Ribéry) irem embora. A dupla havia feito uma grande Copa do Mundo e provou que ainda poderia contribuir muito com o time bávaro.

O Fim da Era Klopp

Imagem extraída do Facebook oficial do Borussia Dortmund- https://www.facebook.com/BVB

Após passar algum tempo sem escrever algo a respeito do Borussia Dortmund, não esperava encontrar uma notícia inesperada a respeito do clube, para não dizer triste.

O treinador Jürgen Klopp anunciou ontem que deixará o Borussia ao final da temporada. Seu contrato iria até o fim da temporada 2017-18, mas ele e a entidade chegaram a um acordo para a rescisão. O técnico foi sondado em outros times, mas afirmou que "gostaria de descansar". O motivo para sua saída, segundo o próprio Klopp, foi "a necessidade de mudanças no Borussia".

Lamentei bastante a decisão de Klopp, afinal ele foi um dos responsáveis por implantar o futebol de toque de bola na Alemanha. Ele, Joachim Löw, Jupp Heynckes e outros treinadores mudaram o futebol alemão para melhor, substituindo os zagueiros brucutus do passado por meias habilidosos e com visão de jogo. Atletas como Mats Hummels, İlkay Gündoğan, Sven Bender, Kevin Großkreutz, Mario Götze e Marco Reus foram alguns dos frutos desta nova filosofia no futebol dopaís.

Imagem extraída do Facebook oficial do Borussia Dortmund- https://www.facebook.com/BVB

Klopp desembarcou no Dortmund na temporada 2008-09 e, de cara, acabou com o jejum de títulos do clube ao derrotar o poderoso Bayern München na DFL-Supercup. O Bayern, aliás, viria a ser a grande vítima do Borussia sob o comando de Jürgen. Nas temporadas 2010-11 e 2011-12, a equipe aurinegra superou o grande rival na Bundesliga a despeito da discrepância financeira entre os dois clubes e foi campeã duas vezes seguidas. Detalhe: a equipe bávara já era a base da Seleção Alemã naquela época, com Neuer, Boateng, Badstuber, Lahm, Schweinsteiger, Kroos, Müller e Mario Gómez.

O segredo de Klopp? O treinador combinou o 4-2-3-1 típico do país com o toque de bola semelhante ao do Barcelona e da Espanha. A Furia já havia levado a melhor sobre a Alemanha na Euro 2008 e na Copa do Mundo 2010 só trocando passes, e a estratégia também funcionou contra o Bayern. A formação oferecia consistência defensiva ao Dortmund, enquanto os atletas velozes envolviam os rivais graças à sua movimentação intensa combinada ao toque de bola.

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Os rivais, porém, foram encontrando fraquezas no estilo de jogo do Borussia Dortmund. Ao mesmo tempo, a equipe foi perdendo atletas importantes para os rivais de maior poder aquisitivo, e isto foi enfraquecendo o time. Um agravante na temporada atual foram os muitos desfalques na equipe por lesão. Piszczek, Hummels, Subotić, Großkreutz, Durm, Bender, Gündoğan e Błaszczykowski ficaram um bom tempo no departamento médico e o Borussia sentiu as ausências, chegando a ficar algumas rodadas na zona de rebaixamento. A despeito disto, a equipe aurinegra mantinha uma boa campanha na Champions League até a eliminação diante da Juventus.

Klopp deixará a equipe com cinco títulos conquistados -pode chegar a seis, caso conquiste a DFB-Pokal deste ano, único. Foram duas Bundesligas (2010-11 e 2011-12), uma DFB-Pokal (2011-12) e três DFL-Supercup (2008, 2013 e 2014). Cabe ainda mencionar que o treinador ainda foi vice-campeão na Champions League 2012-13.

Deixarei para dar adeus assim que a temporada acabar. Por enquanto, vamos desfrutar dos últimos momentos da obra-prima de Klopp. Quem sabe, algum dia ele retorne ao Signal Iduna Park com novas ideias e mais futebol bonito. Ou, talvez, possamos vê-lo no Barcelona ou na Seleção Alemã, duas equipes bastante apropriadas para este verdadeiro artista da prancheta.

Imagem extraída do Facebook oficial do Borussia Dortmund- https://www.facebook.com/BVB

RABISCOU E MORDEU

O PSG tinha elenco e o mando de casa, mas sua zaga não apresentava nenhuma segurança e os parisienses foram facilmente envolvidos pelo Tiki-Taka do Barcelona. O uruguaio Suárez fez o que quis com o David Luiz, com direito a duas canetas. E o camisa 9 deixou sua marca duas vezes, com destaque para o primeiro tento após ter feito fila em Marquinhos, David Luiz e Maxwell. Neymar deixou o dele e Van Der Wiel diminuiu para os anfitriões. O time Blaugrana, com o placar, leva uma senhora vantagem para o jogo de volta, onde terá apoio de sua torcida.



FALHA NOSSA

As falhas de Neuer (que cometeu um pênalti) e Dante custaram caro ao Bayern. O Porto, mesmo com um time tecnicamente mais fraco, soube tirar proveito dos erros e aplicou um surpreendente 3x1 nos bávaros. Não é o fim do mundo e o time alemão ainda pode reverter a desvantagem na Allianz Arena, mas que poderia ter feito melhor, com certeza poderia.



SEM COMENTÁRIOS

Assisti ao jogo do Barcelona à tarde e depois resolvi ver as partidas da Libertadores à noite. Nem se compara.