terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O Desempenho dos Times no Brasileirão 2014

Imagem extraída de https://www.facebook.com/CBF/



Boa tarde, querido leitor e leitora!

Estamos, mais uma vez, adotando o método de avaliação utilizado pelo jornalista Leonardo Bertozzi (do canal ESPN) e avaliamos o desempenho dos times no Brasileirão 2014, apontando os destaques e decepções.

O Brasileirão 2014 terminou de forma justa, com os times que possuem qualidade técnica e ofensividade ocupando as sete primeiras posições, apesar do Corinthians e do Grêmio terem se destacado muito mais pela raça do que pela técnica. Tanto o Timão quanto o Imortal possuem qualidade no meio-de-campo e poderiam ter feito muito mais na competição.

O campeão, Cruzeiro, sobrou mais uma vez na competição. Tudo porque jogou de maneira ofensiva -algo que os times daqui não fazem mais- e também porque não perdeu pontos bobos. São Paulo, Internacional, Corinthians, Atlético-MG, Fluminense e Grêmio desperdiçaram muitos pontos ao perderem ou empatarem com rivais da parte de baixo da tabela e, por isso, permitiram que a Raposa disparasse na liderança. E isso já vinha acontecendo desde o ano passado, mas parece que as demais equipes ainda não aprenderam a lição.

E como foram os 20 times no Brasileirão? Vamos às notas e aos destaques.


CRUZEIRO- nota 9,0: só não fica com a nota máxima porque a Raposa deixou a peteca cair na reta final da competição e só não perdeu a taça porque os rivais não tiveram competência para aproveitar. Equipe impecável, que se destaca pelo conjunto e pelo aspecto coletivo, mas que poderia ter feito melhor uso do banco de reservas, assim como havia feito em 2013.

Destaque- Ricardo Goulart: foi o maestro do Cruzeiro, artilheiro e melhor do Brasileirão 2014 em minha opinião.

Ficou Devendo- Júlio Baptista: não repetiu as boas atuações de 2013. Sentiu o peso da idade?


SÃO PAULO- 8,0: após campanha ruim em 2013, teve um desempenho bem acima das expectativas em  2014 ao conquistar o vice. Bom futebol e boa qualidade no meio-de-campo, mas defesa inconsistente e vacilos na hora de aproveitar os tropeços da Raposa. Espera-se que o time ganhe maturidade e poder de decisão em 2015 para voltar a brigar por troféus.

Destaque- Michel Bastos: não foi um primor técnico, mas destacou-se pela versatilidade e fez tudo em campo -passes, desarmes e gols. Deve herdar a vaga de Kaká em 2015.

Ficou Devendo- Luis Ricardo: deveria ser a solução para a lateral-direita, mas virou última opção para a posição.


INTERNACIONAL- 7,0: possui elenco de qualidade mas quase perdeu sua vaga para a Libertadores novamente. O treinador Abel Braga exagerou no conservadorismo em algumas partidas e quase pagou o preço. Só se recuperou quando fez o Inter voltar a jogar como time grande.

Destaque- Aránguiz: bem na Copa do Mundo, ótimo no Brasileirão. Coincidência ou não, o Inter voltou a reagir quando o chileno voltou a jogar bem.

Ficou Devendo- Dida: o veterano perdeu a vaga para o garoto Alisson na reta final e sua ausência não foi sentida.


CORINTHIANS- 7,0: o "Robin Hood do Brasilierão" detonava os rivais diretos pelo G4 mas tropeçava nos adversários da parte de baixo da tabela. Tudo porque era um time estritamente defensivo e que não conseguia superar sua própria arma.

Destaque- Guerrero: é mais raça do que técnica, mas foi o jogador mais importante do Timão em 2014. Sem ele, o Corinthians perdia muito de suas forças.

Ficou Devendo- Jádson: de reserva no São Paulo a reserva no Corinthians.


ATLÉTICO-MG- 6,5: ganharia 9,0 pelo título na Copa do Brasil, mas no Brasileirão fez campanha apenas regular. Tinha elenco para fazer campanha bem melhor e um banco de reservas que deu conta do recado na reta final mas optou por dar prioridade ao mata-mata. Os jovens devem evoluir na próxima temporada.

Destaque- Tardelli: grandes atuações, gols e lances bonitos. Mereceu voltar à Seleção.

Ficou Devendo- Jô: não repetiu as boas atuações de 2013 e ainda acabou afastado pela diretoria.


FLUMINENSE- 6,0: tinha elenco para chegar à Libertadores, mas deu vexame diante de rivais da parte de baixo da tabela. Uma pena, pois seu estilo de jogo era um dos mais agradáveis de se ver.

Destaque- Fred: redimiu-se da péssima Copa do Mundo com a artilharia do Brasileirão.

Ficou Devendo- Walter: chegou com status de grande contratação mas não correspondeu.


GRÊMIO- 5,5: idem ao Corinthians. Possuía elenco de qualidade mas era um time estritamente defensivo que sofria para superar rivais que usavam das mesmas armas. Para completar, foi um time faltoso demais para o meu gosto.

Destaque- Marcelo Grohe: voltou com tudo em 2014 e ainda chegou à Seleção.

Ficou Devendo- Giuliano: deveria tornar o Grêmio mais criativo, mas ficou esquentando banco.


ATLÉTICO-PR- 5,0: o Furacão correu um risco ao não renovar com Vagner Mancini e Paulo Baier. Fez campanhas decepcionantes no Paranaense e na Libertadores, mas conseguiu terminar o Brasileirão no meio da tabela. Nada além do esperado.

Destaque- Cléo: artilheiro do time com 9 gols.

Ficou Devendo- Sueliton: não repetiu as boas atuações de 2013 pelo Criciúma.


SANTOS- 5,0: os comentaristas estavam certo. Eu acreditava que o Peixe poderia ir à Libertadores, mas o time foi muito inconsistente, alternando bons e maus momentos. Para completar, o time era taticamente desorganizado e os atletas pareciam jogar a esmo.

Destaque- Lucas Lima: ajudou a organizar o meio-de-campo do Peixe. Sua ausência foi sentida na reta final.

Ficou Devendo- Leandro Damião: custou muito e rendeu pouco.


FLAMENGO- 5,0: o Mengão chegou a flertar com a zona de rebaixamento mas foi salvo por Luxemburgo que conseguiu, ao menos, dar sobrevida ao limitado elenco flamenguista.

Destaque- Eduardo da Silva: era o melhor do time até se machucar.

Ficou Devendo- Felipe: outrora um dos melhores goleiros do Brasileirão, acabou encostado no Mengão.


SPORT- 5,5: o Leão, recém-promovido, não tinha grandes expectativas senão a permanência Na Série A. O elenco, de qualidade razoável, não fez feio e apresentou campanha acima do que era esperado.

Destaque- Diego Souza: depois de muitos altos e baixos por vários clubes do Brasil e do mundo, mostrou que ainda sabe jogar bola.

Ficou Devendo- Ibson: chegou com status de grande contratação junto com Diego Souza no meio do ano e deveria se redimir das más exibições no Corinthians e Flamengo. Não deu muito certo.


GOIÁS- 6,5: após sofrer um grande desmanche ao final da temporada passada, era cotado para voltar à Série B. O Esmeraldino, contudo, contou com a força de sua base e perseverou com um desempenho totalmente acima do esperado, chegando a ficar próximo ao G4 em alguns momentos.

Destaque- Erik: eleito revelação do Brasileirão 2014, foi o artilheiro do Goiás na temporada.

Ficou Devendo- Ninguém.


FIGUEIRENSE- 6,0: outro que se permanecesse na Série A já seria um grande lucro. O Figueira, no entanto, não deu moleza para os rivais e conseguiu arrancar pontos preciosos dos times da parte de cima da tabela.

Destaque- Tiago Volpi: fechou o gol e garantiu a sobrevivência do Figueira na Primeira Divisão.

Ficou Devendo- Ninguém.


CORITIBA- 5,0: com um elenco limitado, jogando um futebol bem feio e faltoso, à exceção de Alex, o Coxa só se salvou por incompetência dos rivais abaixo na tabela.

Destaque- Alex: o craque se despede cumprindo a missão de manter o Coxa na elite do Brasileirão. Vai fazer falta.

Ficou Devendo- Keirrison: onde está aquele garoto que brilhou ao final da década passada? Mais uma temporada decepcionante no clube que o revelou.


CHAPECOENSE- 6,0: era, de longe, o time mais fraco do Brasileirão. Sobreviveu na Série A valendo-se apenas de raça e nada além disso. Superou as próprias limitações surpreendendo rivais da parte de cima da tabela, acumulou muita gordura no primeiro turno e terminou com campanha acima das expectativas.

Destaque- Douglas Grolli: defendeu o quanto pôde e ainda fez alguns gols.

Ficou Devendo- Ninguém.


PALMEIRAS- 5,0: decepcionante. Cometeu uma série de erros administrativos que culminaram na campanha ruim em 2014. Só não foi pior porque o Verdão se safou da Série B.

Destaque- Valdívia: superou as lesões e a desconfiança do torcedor com belos passes, visão de jogo e raça.

Ficou Devendo- Bruno César: deveria ser a grande contratação para o centenário palmeirense, mas não correspondeu às expectativas.


VITÓRIA- 3,5: não foi por falta de elenco que o Nego caiu. O time manteve a base que foi bem em 2013 e ainda resgatou o treinador Ney Franco. Nada disso, contudo, fez o Vitória reagir na tabela e fugir do descenso.

Destaque- Dinei: não conseguiu salvar o Nego do rebaixamento, mas manteve a artilharia do time.

Ficou Devendo- Souza: não se mostrou um substituto à altura de Maxi e transferiu-se para o Criciúma durante a competição.


BAHIA- 4,0: mal em 2013 e mal de novo em 2014. A queda era até prevista dada às limitações do elenco, mas o Tricolor poderia ter se empenhado mais nos jogos em casa, levando-se em conta que sua torcida está entre as maiores do Brasil.

Destaque- Talisca: era o melhor do time até ser vendido ao Benfica na metade do ano.

Ficou Devendo- Maxi Biancucchi: deixou o arquirrival Vitória para fracassar no Bahia.


BOTAFOGO- 2,0: 2014 começou mal para o Fogão e também terminou mal. Seedorf e Oswaldo de Olivaira foram embora logo de cara, patrocínio de uma empresa acusada de irregularidades, verbas bloqueadas, ameaça de greve, demissões de jogadores, estádio interditado, polêmicas com o presidente, ... Tudo o que poderia dar errado no Botafogo aconteceu nesta temporada. Um ano para ser esquecido.

Destaque- Jefferson: se não fosse por ele, o Bota teria caído bem antes.

Ficou Devendo- Jóbson: ganhou mais uma chance no Fogão e não conseguiu aproveitá-la.


CRICIÚMA- 4,5: não dá para dizer que o rebaixamento não era esperado. O Tigre possuía alguns atletas de nível técnico razoável, mas o time catarinense perdeu o gás no segundo turno e acumulou derrota atrás de derrota. Como o rebaixamento era inevitável, a diretoria dispensou o treinador e boa parte do elenco antes de terminar a temporada.

Destaque- Paulo Baier: foi o único que jogou bola no Tigre.

Ficou Devendo- Bruno Cortez: nem lembrava que ele estava no time. E pensar que ele já foi um dos melhores laterais-esquerdos do Brasil...


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