domingo, 9 de novembro de 2014

O Que Esperar do Vôlei Brasileiro?

Imagem extraída de https://www.facebook.com/SadaCruzeiro/



A temporada 2014-15 do vôlei brasileiro já está rolando, com o masculino tendo seu início no dia 29 de outubro enquanto o feminino começou no último final de semana.

Três times -um feminino e dois masculinos- fecharam as portas por problemas financeiros. Deram adeus à competição o RJ-Rio de Janeiro (antigo RJX-Rio), o Volta Redonda e o Vôlei Amil Campinas. Aparecem como novidades na Superliga o São José dos Campos, o Vôleisul/Paquetá (masculino) e o São José dos Campos (feminino).

Vejo, na Superliga Masculina, o SADA/Cruzeiro (foto acima -base da Seleção Masculina de Vôlei), o Sesi e o Vôlei Brasil Kirin como favoritos ao título pela qualidade de seus elencos, enquanto o Taubaté/Funvic, o Ziober Maringá Vôlei (antigo MODA/Maringá) e o Minas Tênis Clube podem surpreender. O Taubaté, aliás, já deu o primeiro passo na temporada ao conquistar o Campeonato Paulista em cima do Sesi e vem fazendo uma boa campanha até o momento.

Na Superliga Feminina, difícil não credenciar o favoritismo aos poderosos Unilever/Rio de Janeiro (foto abaixo) e Molico Nestlé, ambos times que compõe a base de nossa Seleção Feminina. Sesi (que perdeu muitas atletas importantes), Praia Clube, Pinheiros e São Cristóvão Saúde/São Bernardo podem surpreender. Estas equipes, aliás, podem se valer da saída do Vôlei Amil e almejarem por melhores posições na temporada.

Sempre reitero minha preocupação com nosso vôlei por ser o segundo esporte mais importante em nosso país (depois do futebol) e também pela tradição que ostentamos na categoria. A responsabilidade do nosso vôlei, aliás, será maior do que nunca nos próximos dois anos, afinal nossas seleções sempre são esperança de medalha e as próximas olimpíadas serão aqui no Brasil. O favoritismo e a pressão se confundirão em 2016 e será importante que clubes e atletas deem o seu melhor, seja para que os jogadores cheguem à competição em bom nível técnico, seja para revelar novos talentos e não deixar a peteca cair para as próximas gerações.

Os jogos, até o momento, vêm apresentando bom nível técnico e há muitos veteranos atuando ao lado de garotos, permitindo que haja troca de experiência entre os atletas. Ricardinho, os irmãos Endres, Serginho, Fofão (que resolveu adiar sua aposentadoria), Fabizinha, entre outros estão firmes e fortes na competição e fazem da experiência o grande diferencial para suas equipes.

Espero que os jogos continuem empolgando, que os atletas continuem brilhando e que nossos clubes sobrevivam. Nosso vôlei continua trazendo orgulho ao nosso país, mas muito clubes continuam fechando suas porta porque dependem em demasia da verba de patrocínio. É muito contraditório ver nossas seleções brilhando em quadra enquanto há clubes agonizando por aqui.

Nosso vôlei é patrimônio nacional e, como tal, deve ser preservado.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/rexonaades/

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