terça-feira, 30 de setembro de 2014

Ainda Estou com o Barça

Imagem extraída do Facebook oficial do Barcelona- https://www.facebook.com/fcbarcelona/



Escrevo com toda a tranquilidade e convicção: mesmo com a derrota sofrida no Parc des Princes, a postura do Barcelona em campo foi exemplar e deveria ser seguida por todos os times do Brasil, incluindo a Seleção.

O Barça sofreu dois gols em bolas paradas, mas não deixou de buscar jogo mesmo estando atrás no placar. A tranquilidade dos atletas era notória. O time em nenhum momento apelou para as faltas ou para a correria. E a equipe catalã não tinha nenhuma dificuldade em chegar à área adversária.

A duas linhas de quatro já não surtiam mais efeito contra o Tiki-Taka catalão. O treinador Luis Enrique manteve a postura ofensiva e a posse de bola característicos da equipe. A marcação adiantada e os avanços dos laterais sobrecarregavam o "ônibus" e o PSG foi obrigado a adotar outras posturas defensivas.

Isto, obviamente, teve um preço, com Daniel Alves tendo de cometer muitas faltas em Pastore, enquanto Lucas jogou nas costas de Jordi Alba várias vezes. Preço este que o time paga de bom grado.

O PSG teve alguns bons momentos com a bola rolando. A equipe joga bem melhor do que nos tempos de Carlo Ancelotti e o time tem um pouco mais de leveza em relação às temporadas anteriores. Pena que os volantes continuem muito faltosos e o time tenha recuado demais após o terceiro gol.  O Lucas se empenhou muito em campo, armando e marcando com a mesma intensidade. E ele está menos fominha com a bola nos pés. Também gostei do Pastore, que amadureceu bastante desde a sua chegada a Paris. Cavani não deixou o dele, mas mostrou que é jogador de bola.

Algumas equipes com potencial para surpreender mostraram suas garras nesta rodada. A Roma arrancou um empate contra o Manchester City na casa do rival e, por pouco, não sai com a vitória. Méritos do treinador francês Rudi García (que eu acompanho desde os tempos de Lille) e seu elenco mais leve e renovado. O Schalke 04 tropeçou ao empatar com o Maribor no Veltins-Arena, mas isto não invalida a boa campanha que o time azul-real vem fazendo na temporada.



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A América do Sul Espera seu Campeão

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Hoje a Copa Sulamericana terá seu início efetivo. Já tivemos alguns bons confrontos nas fases preliminares e até mesmo algumas zebras, como as inexplicáveis eliminações de Universidad Católica, Internacional e Fluminense.

A competição premia o seu vencedor com uma vaga para os playoffs da Libertadores do ano seguinte, uma forma adotada pela CONMEBOL desde 2010 visando tornar a competição mais atraente.

Se os times esperavam encontrar alguma moleza na Sulamericana, caíram do cavalo, pois há muitas equipes de grande tradição participando, como Peñarol, Boca Juniors, Estudiantes River Plate e o Atlético Nacional. Algumas destas equipes mencionadas não possuem a força de outrora, mas ainda impõem muito respeito em campo. Alguma equipes que jogam um bom futebol como o Huachipato, o Cerro Porteño e o Lanús complementam o torneio.

Com toda a honestidade, acho difícil que algum clube brasileiro conquiste a taça nesta edição. Dos times daqui, apenas o São Paulo possui tradição em torneios sul-americanos. E isso também já faz algum tempo.

E como será o desempenho das equipes nas oitavas-de-final? Farei uma pequena análise e darei meus palpites.


ATLÉTICO NACIONAL X VITÓRIA: o time colombiano joga um bom futebol, com a bola no chão e muito jogo coletivo. Será muito difícil para um Vitória em má fase superar a leveza do Atlético. O único consolo do Nego é que o jogo de volta será no Barradão.

Palpite: Atlético Nacional


BAHIA X CÉSAR VALLEJO: ao contrário do rival Vitória, o Bahia pegou um adversário com menos tradição -o time peruano tem pouquíssimas conquistas mesmo em campeonatos nacionais. O jogo de volta será em Trujillo, cidade peruana ao nível do mar. Boa notícia para os atletas brasileiros que vivem com medo da altitude andina.

Palpite: Bahia


EMELEC X GOIÁS: o Goiás terá de superar a altitude equatoriana e a própria irregularidade se quiser sobreviver ao Emelec, que conta com os veteranos Bagüí e Guagua, ambos presentes na última Copa do Mundo. O jogo de volta será no Serra Dourada.

Palpite: Emelec


SÃO PAULO X HUACHIPATO: o Huachipato não é um time de tradição, mas é uma equipe que reza pela cartilha de Marcelo Bielsa e Jorge Sampaoli. Ou seja, o São Paulo deve encontrar um rival que combina posse de bola, velocidade e marcação dupla. O Tricolor terá de superar a má fase e apressão chilena se quiser avançar às quartas. O jogo de volta será em Talcahuano, cidade no litoral chileno.

Palpite: Huachipato


BOCA JUNIORS X CAPIATÁ: o time mais tradicional da Argentina deu sorte e encontrou um rival com pouca tradição mesmo em seu país, o paraguaio Deportivo Capiatá. O único consolo dos paraguaios é ter o mando da partida de volta.

Palpite: Boca


CERRO PORTEÑO X LANÚS: este deverá ser um jogaço. O Cerro, comandado pelo ex-palmeirense Arce, joga com a bola no chão e se vale do trabalho em grupo, além de marcar direitinho. O Lanús é uma equipe que joga com três atacantes e é muito ofensiva. O jogo de volta será em La Fortaleza, na Argentina.

Palpite: Cerro Porteño


ESTUDIANTES X PEÑAROL: não sei se este será tecnicamente um bom jogo, mas será muito disputado devido à intensa rivalidade entre argentinos e uruguaios. Os dois clubes possuem imensa tradição em torneios internacionais. O jogo de volta será no lendário Estadio Centenario, no Uruguai.

Palpite: Estudiantes


LIBERTAD X RIVER PLATE: há alguns anos atrás, nomearia o River como franco favorito. A equipe argentina, contudo, ainda está se recuperando de uma crise que culminou em seu primeiro rebaixamento da história em 2012. O Libertad joga um futebol estritamente defensivo, chegando a ser desleal. O jogo de volta será no Monumental de Núñez, na Argentina.

Palpite: Libertad


Eu, como sempre, estarei torcendo pelas equipes que jogam um bom futebol. Falo de São Paulo, Cerro Porteño, Boca Juniors, Lanús, Huachipato e Atlético Nacional. Ficaria muito satisfeito se alguma dessas equipes ficasse com o caneco, mas os retranqueiros quase sempre faturam as competições na América do Sul, tristemente.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Herzlichen Glückwunsch, Per!

Imagem extraída do Facebook oficial de Per Mertesacker-
https://www.facebook.com/mertesacker.per/


O gigante Per Mertesacker é mais um atleta a se juntar ao clube dos trintões. O zagueiro de 1,98m completa hoje trinta primaveras muito bem vividas.

Nascido em Hanover, Mertesacker começou sua carreira profissional no clube mais famoso da cidade, o Hannover 96. Ele não demorou a chamar a atenção do técnico Jürgen Klinsmann (treinador da Alemanha entre 2004 e 2006) e também do Werder Bremen, que o contratou em 2006 pouco após sua participação na Copa do Mundo da Alemanha.

Per ganhou alguns títulos no Bremen (DFL Ligapokal em 2006 e DFB Pokal em 2009) e continuou sendo presença constante na Mannschaft. Nesta época, ele também atuou ao lado de grandes atletas como Miroslav Klose, Ivan Klasnić, Naldo e Torsten Frings pelos Werderaner.

Assinou com o Arsenal no início da temporada 2011-12 onde rapidamente tornou-se ídolo e conquistou a confiança do treinador Arsène Wenger, que o nomeou terceiro capitão da equipe -com a saída de Thomas Vermaelen para o Barcelona, Mertsacker é hoje o vice-capitão do time londrino. Per recebeu o apelido de "BFG" (Big F**king German) do torcedor inglês devido ao seu tamanho.

Mertesacker ajudou a acabar com o jejum de títulos dos Gunners com as conquistas da FA Cup e da FA Community Shield em 2014. O defensor, ao mesmo tempo, viu o auge de sua carreira ser coroado com a conquista do tetracampeonato mundial da Seleção Alemã aqui no Brasil. O zagueiro anunciou sua aposentadoria da Mannschaft após a conquista do tetra.

Utilizando seu tamanho descomunal para o futebol como arma, Per faz do jogo aéreo o seu forte, tanto nos desarmes como nos cabeceios de bola parada. Ele também é conhecido pelas suas boas antecipações e pelas poucas faltas cometidas.

Mertesacker mostra como os grandões também podem jogar bem. Muitos atletas altos costumam ter problemas com seu tamanho, sendo quase todos muito lentos ou muito desengonçados. Per nunca teve qualquer dificuldade em encontrar espaço nas grandes equipes ou na seleção de seu país, dada a sua qualidade comprovada em campo.

Parabéns, Mertesacker! Muitas felicidades e sucesso que você merece! São os votos do Blog FarmaFootball a este grande zagueiro -em ambos os sentidos!



Imagem extraída do Facebook oficial do Arsenal- https://www.facebook.com/Arsenal/

Acabou a Vontade?

Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc/



É questão de tempo para que o Cruzeiro conquiste o seu segundo título brasileiro consecutivo. Essa certeza parece ter desanimado as equipes que estão brigando por vaga na Libertadores, que estão cada vez mais relaxadas e cometendo tropeços cada vez mais bizarros.

A derrota do meu São Paulo para o Fluminense no Morumbi seria perdoável em outras circunstâncias, afinal o Flu é uma boa equipe, tem jogadores de bola e está na briga por vaga no G4. O São Paulo, no entanto, parece ter se acomodado após aquela vitória sobre o Cruzeiro e já está sem vencer há quatro partidas. O Tricolor Paulista só não caiu na mais na tabela porque havia acumulado gordura, mas o Grêmio, o Galo e o próprio Flu já encostaram no Soberano a a zona de conforto dos paulistas não existe mais. É bom tomar uma providência ou o sonho da Libertadores será adiado para 2016.

Esse sonho, aliás, está ficando distante também para o Corinthians, que também parece ter se acomodado após a vitória sobre o São Paulo e sofreu derrotas para equipes que não jogam nada de bola. Com todo respeito ao Atlético-PR e ao Figueirense, mas o Timão é muito mais time que o Furacão e o Figueira, que só jogam na retranca e nos contra-ataques. O problema é que o senhor Mano Menezes insiste nessa bobagem de "respeitar" o adversário ao invés de tirar proveito do grande elenco que tem. O resultado está aí, com o Coringão fora do G4.

Ao Tricolor Paulista e ao Timão, já aviso: não adianta depositar as esperanças na Copa Sulamericana ou na Copa do Brasil, afinal torneios no mata-mata são ainda mais imprevisíveis. Basta lembrar de como o São Paulo perdeu para a Ponte Preta em pleno Morumbi, ou quando o Corinthians foi eliminado de forma bizarra nos pênaltis. Tudo isso no ano passado.

O Palmeiras também se acomodou após abrir 1x0 sobre o Figueirense, vacilou em campo, levou um doloroso castigo e perdeu a chance de escapar da zona de rebaixamento. Já escrevi e repito: não acho o elenco do Verdão ruim, mas o time ainda não pode se dar ao luxo de brincar em campo. Cada ponto desperdiçado pode fazer falta lá na frente.

Pelo menos, algumas equipes ofensivas salvaram a rodada, que teve direito ao líder Cruzeiro empatando. Santos e Atlético Mineiro fizeram valer seus mandos de campo e venceram na rodada mesmo sem serem brilhantes.

O Inter, mais uma vez, voltou a usar bem seus meias (D'Alessandro e Aránguiz) e venceu na rodada com justiça. Eu também gosto do atacante Nilmar, que é habilidoso com a bola, mas recebo sua contratação com desconfiança pelo fato dele estar com 30 anos e seu grande histórico de lesões.

O Flu também mereceu a vitória sobre o meu São Paulo. Conca, Fred, Wagner e Sóbis são bons jogadores e divertem seu torcedor. Só gostaria de ver o Walter mais vezes em campo, afinal ele ainda é jovem (tem 25 anos), controla bem a bola e faz muitos gols.

Viva a Rivalidade!

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A partida entre Brasil e Sérvia não valia muita coisa, afinal as duas equipes já estavam classificadas para a segunda fase e a disputa era apenas pela liderança do Grupo B, o que ofereceria a seu detentor algumas vantagens na próxima etapa.

O jogo, no entanto, foi bastante disputado. Os treinadores optaram por mandar suas equipes titulares e nenhum dos dois times estava disposto a perder. O nervosismo dos técnicos e das jogadoras era evidente do primeiro ao último minuto de jogo. O resultado foi uma grande partida, com os nervos e a rivalidade à flor da pele.

As equipes deram o sangue em quadra em um jogo equilibrado e cheio de ralis, mas contaram bastante com os erros adversários. O Brasil errou muito no primeiro set, principalmente no bloqueio e na recepção, enquanto as sérvias eram mais agressivas e forçavam mais o ataque, levando a equipe balcânica a abrir 1x0 com parcial de 26/24.

Nas duas parciais seguintes, a Sérvia até começou bem, mas cometeu muitos erros de ataque. As sérvias pareciam bastante desconcentradas e perdiam algumas bolas fáceis. O Brasil acertou o bloqueio e nossas meninas fizeram mais pontos de ataque, embora tenham forçado pouco neste fundamento. Com isso, o Brasil virou para 2x1, com parciais de 25/21 (2º set) e 25/19 (3º set).

Na última parcial, a Sérvia voltou a crescer mas o Brasil logo assumiria a liderança no placar, levando o treinador Zoran Terzić à loucura. Na metade final, contudo, o Brasil sofreu um "apagão", cometeu uma grande sucessão de erros e permitiu que as rivais do Leste Europeu encostassem. Fernanda Garay deu números finais à partida ao fechar o 4º set em 25/23. Tijana Bošković foi a maior pontuadora da partida, com 24 pontos, enquanto a ponteira Jaqueline a central Thaísa foram as maiores pontuadoras pelo Brasil com 16 pontos cada.

O Brasil, com o resultado, manteve-se invicto na primeira fase com 14 pontos somados, três sets perdidos (dois contra a Turquia e um contra a Sérvia) e levará uma boa vantagem para a segunda fase no Grupo F.



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A vantagem conquistada vem a calhar, pois o Brasil enfrentará um verdadeiro "grupo da morte" na segunda fase, com Estados Unidos, Rússia, Holanda e Cazaquistão. As já conhecidas Sérvia, Bulgária e Turquia também integram a chave, mas não enfrentam o Brasil em confronto direto por já terem cruzado com nossas meninas na primeira fase. As russas e norte-americanas dispensam comentários, enquanto a Holanda tem potencial para surpreender. O Cazaquistão merece respeito por ser uma seleção do Leste Europeu, lembrando que os ex-países socialistas investiam (e ainda investem) pesado no esporte como forma de se projetarem.

O primeiro adversário será o Cazaquistão, em Verona. O duelo ocorrerá na quarta-feira, dia 1º de outubro, às 15:00h (horário de Brasília). Esta fase ainda será na fórmula de pontos corridos.

Parabéns pela campanha invicta, Brasil! E boa sorte na próxima fase!



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domingo, 28 de setembro de 2014

Existe Basquete Feminino no Brasil?

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Calma! Não estou desmerecendo a qualidade ou o empenho de nossas atletas da Seleção Feminina de Basquete!

O que eu questiono com o título é a divulgação tímida, talvez inexistente, do basquete feminino no Brasil. Não tenho notícias a respeito dos campeonatos regionais ou nacionais da modalidade. Não tenho conhecimento dos nomes dos times ou das atletas que atuam em nosso país. Eu, sequer, consigo escalar de cabeça a nossa Seleção, bem como afirmar quem são os destaques do time que está representando o nosso país no mundial.

O basquete brasileiro já viveu dias melhores. No caso da Seleção Feminina, isso não faz muito tempo. Tivemos uma geração espetacular há cerca de vinte anos atrás, protagonizada por Hortência, Paula, Branca, Janeth, Marta e outras feras. Essa grande equipe realizou grandes façanhas nos anos 90, quando conquistaram nosso primeiro e único título mundial em 1994 e a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atlanta (Estados Unidos) em 1996.

Os grandes feitos, infelizmente, ficaram apenas na memória do torcedor que presenciou tudo isto. O tempo passou, nossas grandes atletas tiveram de se aposentar e não houve um projeto para dar continuidade àquela geração. Mais do que isso, as gestões ruins e as desavenças políticas na administração fizeram o nosso basquete praticamente cair no esquecimento. Nossos ex-atletas vêm fazendo o possível para reerguer a modalidade e despertar novamente o interesse do brasileiro na categoria, mas ainda há muito a ser feito.

O basquete masculino ainda tem algum espaço na mídia, mas o feminino, infelizmente, tem uma divulgação ainda mais restrita. Não tenho sequer notícias a respeito do desempenho dos times nos campeonatos nacionais.

O mundial, diante deste cenário desolador, é a chance para que nossas atletas tenham algum espaço na mídia e, com isso, possam chamar a atenção de que temos baquete feminino no Brasil. Mais do que isso, um bom desempenho na competição atrairia investimentos de patrocinadores e do governo para que o basquete feminino possa se reerguer e sonhar com o retorno dos nossos dias de glória.

O caminho, no entanto, não será fácil. A Seleção estreou com derrota diante da República Checa. As atletas do Leste Europeu não tiveram nenhuma dificuldade de se impor em quadra e, praticamente, não deram chances para as brasileiras jogarem. Mais uma demonstração de como nosso basquete está atrasado em relação aos outros países.

Estou na torcida para que nossas meninas façam um bom mundial e possam recolocar o basquete feminino novamente em nosso mapa, mas ainda há muito a ser feito...



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Somos Todos Modinhas

Imagem extraída do Facebook oficial de Marco Reus- https://www.facebook.com/MarcoReus11/



Até hoje me lembro quando encontrei uma camisa do Borussia Dortmund à venda em março de 2013, pouco depois que eu terminei o meu mestrado. Naquela temporada, o time aurinegro havia assinado com a Puma e, portanto, haveria chances daquele belo uniforme ser vendido aqui no Brasil. Até então, a equipe dirigida por Jürgen Klopp vestia camisas fabricadas pela italiana Kappa.

Havia uma grande dificuldade em encontrar aquela camisa amarela. A equipe estava em alta e desfrutava de um sucesso que não se via desde 1997. O time aurinegro era o atual bicampeão alemão (venceu a Bundesliga em 2010-11 e 2011-12) e havia acabado de superar o "Grupo da Morte" na Champions composto por Real Madrid, Manchester City e Ajax. E sem perder uma partida sequer. Tal sucesso fez com que o Borussia se tornasse o "time da moda" e isso repercutia na venda dos produtos relacionados à equipe.

Hoje, as camisas do Borussia Dortmund têm uma saída bem menor do que em 2013 aqui no Brasil. A equipe aurinegra perdeu um pouco de suas forças com as saídas de Mario Götze e Robert Lewandowski. Ao mesmo tempo, o time alemão não conseguiu repetir o bom desempenho das temporadas anteriores. Isto fez com que muitos brasileiros perdessem o interesse pela equipe. Muitos, provavelmente, nem gostavam de verdade do Borussia, estavam apenas torcendo para o "time da moda", aquele que estava ganhando.

As magníficas camisas da Seleção Espanhola também venderam pouco durante a Copa do Mundo 2014. Imediatamente, percebi que muitos abandonaram a Furia porque o time havia decepcionado durante o mundial. Ao mesmo tempo, as camisas da Alemanha, Argentina e Holanda estavam entre as mais procuradas. O motivo foi o desempenho das três seleções em questão, sendo que algumas dessas camisas nem são tão bonitas assim.

Não acho errado torcer para o time que está ganhando. A preferência é toda do torcedor e ele está livre para fazer o que bem entende com sua vida e seus gostos. O grande erro, no entanto, é quando o suposto torcedor passa a fazer críticas indevidas aos times simplesmente porque deixaram de vencer ou conquistar títulos.

Aconteceu com o São Paulo quando o time foi tricampeão mundial em 2005. Quando a equipe fracassou nas conquistas do tetra da Libertadores nos anos seguintes, os supostos torcedores pediram a cabeça do treinador Muricy Ramalho ano após ano até que conseguiram em 2009. Aconteceu o mesmo com o Corinthians em 2013 quando Tite, após ter levado o Timão ao bicampeonato no ano anterior, fez uma temporada pífia e acabou deixando o clube pela porta dos fundos injustamente. Não concordava com o estilo de jogo proposto pelos dois treinadores com mais defesa do que ataque, mas admito que a saída dos dois técnicos foi bastante injusta e motivada muito mais por modismos do que por amor ao time.

Nós brasileiros não temos o costume de acompanhar o processo que leva aos resultados. A nós, interessa apenas o desempenho final. Se o time ganhou, ótimo. Caso contrário, os jogadores não têm comprometimento, o técnico é burro e o presidente é incompetente.

Se analisássemos com racionalidade ao invés de passionalidade, descobriríamos que muitos dos times que criticamos se empenharam em campo e reconheceríamos seus esforços ao invés de fazermos tantas críticas injustas. Isso sem falar no fator gratidão, que faltou a muitos desses torcedores modinhas em muitas ocasiões.

O Borussia ainda não repetiu o desempenho de temporadas anteriores, mas ainda sou torcedor e continuo apoiando a equipe aurinegra. Ainda fico fascinado com o futebol leve a baseado em troca de passes do treinador Jürgen Klopp mesmo com a menor quantidade de títulos obtidos. E, claro, ainda adoro aquela camisa amarela, embora a Puma tenha errado um pouco a mão nesta temporada com aquelas listras de um lado só...



Imagem extraída do Facebook oficial do Borussia Dortmund- https://www.facebook.com/BVB/

sábado, 27 de setembro de 2014

Final Antecipada

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O Brasil, já classificado, entrou em quadra apenas para cumprir tabela, mas tinha pela frente a Turquia que, como esperado, deu muito trabalho para ser derrotada e quase fez nossa Seleção conhecer sua primeira derrota na competição.

As turcas forçaram o ataque diante de um Brasil apático e venceram os dois primeiros sets. Nossa Seleção acordou apenas na terceira parcial, quando o bloqueio funcionou e o Brasil passou a cometer menos erros. Nossas atletas conseguiram levar a partida ao tie-break, quando as turcas voltaram a crescer aproveitando os erros do Brasil, mas nossas atletas voltaram a segurar as investidas turcas no bloqueio e acertaram mais o ataque.

Vitória por 3x2 sets, com parciais de 17/25, 22/25, 25/19, 25/21 e 15/10. Fabiana foi a maior pontuadora do Brasil com 17 tentos. Gozde Sonsirma foi a maior pontuadora da partida com 19 pontos marcados.

O sufoco rendeu críticas do treinador Zé Roberto, que afirmou "não reconhecer sua equipe no primeiro set".



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O Brasil terá amanhã uma nova "final antecipada", desta vez com a Sérvia. Ambas as equipes, com os resultados de hoje, dividem a liderança do Grupo B com 11 pontos cada, mas nossa Seleção leva vantagem no critério de desempate (número de sets perdidos). As duas equipes farão uma disputa direta pela liderança e também pela invencibilidade.

Cabe lembrar que as atletas da Península Balcânica contam com uma grande geração de atletas, têm feito boas campanhas nos últimos anos e têm potencial para surpreender neste mundial. A ponteira Brankica Mihajlović (ex-Unilever) figura entre as principais atletas da Sérvia e ela conhece muito bem a nossa escola de vôlei.

A partida será exibida pelo canal pago Sportv às 15:00h (horário de Brasília).



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Leia mais:

Globo Esporte- Turquia dá trabalho, mas Brasil cresce na hora certa e vence de virada: 3 a 2: http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2014/09/turquia-da-trabalho-mas-brasil-cresce-na-hora-certa-e-vence-de-virada.html

Uma Causa Difícil de Se Apoiar

Imagem extraída de https://www.facebook.com/VoleiFuturo



Eu aprecio imensamente os esforços daqueles que tentam combater o preconceito, seja contra quem ou o que for. Cor da pele, opção sexual, sexo, condição sócio-econômica e afins.

Bati palmas quando o STJD eliminou o Grêmio da Copa do Brasil após os insultos racistas contra o goleiro Aranha. A atitude pode até ser considerada exagerada, mas é uma maneira de tentar educar o torcedor de que atitudes estúpidas acarretam em consequências graves. Nada justifica o preconceito.

Algumas formas de preconceito, no entanto, são são ainda mais difíceis de se coibir, em especial aquela que se refere à opção sexual de uma pessoa.

Faz parte de nosso cotidiano, infelizmente, utilizarmos aquelas palavras dirigidas a homossexuais como insulto. Mais do que isso, nossa cultura ainda não aceita de bom grado relações entre pessoas do mesmo sexo.

São comuns os insultos homofóbicos durante partidas de futebol, ainda que os alvos das ofensas não sejam homossexuais de fato.

Mais lamentável ainda é saber que pouco se toma alguma atitude a respeito. As campanhas por parte das federações ou clubes contra a homofobia ainda são muito tímidas. Um ou outro grupo de jogadores e torcedores tentou, por conta própria, lançar movimentos contra a discriminação de homossexuais, mas nenhum deles teve o sucesso ou a repercussão esperados.

As campanhas contra o preconceito deveriam ter maior amplitude nos temas. Eu sempre exalto a atitude daqueles que lutam contra a discriminação contra negros. Gostaria, no entanto, que esta luta se estendesse também contra outras formas de preconceito, como diferenças da classes sociais, xenofobia e, claro, homofobia.

A Alemanha, neste ponto, já impôs mais uma derrota ao Brasil ao quebrar este tabu e assegurar mais segurança aos homossexuais, inclusive no esporte. O fato do ex-meia Thomas Hitzlsperger revelar a sua opção sexual no começo deste ano foi uma grande vitória para a causa.

Ainda não houve no futebol brasileiro uma campanha efetiva nesse sentido, mas eu sempre gosto de exaltar a atitude do extinto Vôlei Futuro que apoiou a opção sexual de um de seus atletas e promoveu uma verdadeira moção contra a homofobia em seu ginásio. A campanha contou, inclusive, com o apoio dos outros jogadores e também do torcedor, como você pode ver nas fotos.

Claro que os clubes de futebol brasileiros dificilmente vão seguir o exemplo do Vôlei Futuro. Provavelmente se tornariam motivo de chacota para os rivais e de ódio para os próprios torcedores.




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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Manhã Feliz

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O horário das 5:30h foi um tanto ingrato, afinal neste horário estamos nos levantando da cama, tomando café e rumando à nossa jornada diária que é o trabalho e/ou os estudos. Desta forma, poucos tiveram o privilégio de acompanhar ontem o massacre do Brasil sobre o apenas esforçado Canadá.

O único sufoco que o Brasil tomou das canadenses foi no começo do primeiro set, quando as adversárias não permitiam que as brasileiras se distanciassem no placar. Depois disso, praticamente apenas as nossas meninas jogaram. Vitória por 3x0 sets, com parciais de 25/14, 25/8 e 25/18, e com a ponteira Jaqueline (foto acima) anotando 16 tentos, sendo a maior pontuadora da partida. E pensar que a pernambucana está há mais de um ano sem atuar por algum clube. Quem vê seu bom desempenho nas últimas partidas não acreditaria que Jaque está sem time.

O resultado mantem o Brasil na liderança isolada do Grupo B com nove pontos e nenhum set perdido até o momento. De quebra, nossas meninas já estão classificadas para a segunda fase e agora jogam apenas para cumprir tabela.



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A classificação antecipada vem em boa hora, pois as duas adversárias restantes estão entre as mais fortes da chave, a Turquia (única seleção a derrotar o Brasil no Grand Prix deste ano) e a Sérvia (que eu considero capaz de surpreender neste mundial).

A Turquia, adversária de amanhã, ainda não tem um grande time, mas o país vem investindo pesado no seu voleibol. Para quem acompanhou o último Mundial de Clubes, deve se lembrar do Vakıfbank e seu grande elenco. Os turcos vêm contratando grandes jogadoras com o objetivo de melhorar o nível técnico de seu esporte e os resultados já vem aparecendo em seus clubes e também em sua seleção.

O Brasil, acredito eu, deve entrar com força total contra as turcas, seja pela busca de uma posição mais confortável na próxima fase, seja pela "desforra" daquela derrota sofrida no Grand Prix.

A partida será exibida amanhã às 15:00h (horário de Brasília) com exibição no canal pago Sportv.

Parabéns pela classificação antecipada, Brasil! E boa sorte amanhã!



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Noite (In) Feliz

Imagem extraída do Facebook oficial do Palmeiras- https://www.facebook.com/sePalmeiras/



Excepcionalmente, resolvi não mencionar o Cruzeiro nos comentários a respeito da 24ª rodada do Brasileirão.

A Raposa é como o Schumacher em seus bons tempos na Fórmula 1: o alemão liderava a temporada de forma absoluta da primeira até a última prova enquanto seus rivais se estapeavam pelo vice-campeonato. No Campeonato Brasileiro é quase a mesma coisa, mas aqui os rivais simplesmente estão todos nivelados por baixo facilitando o trabalho do Cruzeiro, enquanto na F1 o então piloto da Ferrari combinava habilidade no volante com um carro excepcional, estando alguns níveis acima dos adversários.

O meu São Paulo, mais uma vez, fez um gol e, ao invés de ampliar a vantagem aproveitando que o mediano Flamengo ainda sentia o golpe, relaxou e ficou segurando o resultado. Acabou tomando a virada e, se não fosse o Luís Fabiano, o Tricolor teria sido derrotado em casa. O Michel Bastos, que nunca foi nenhuma maravilha, foi expulso novamente e levou uma bronca merecida do Muricy Ramalho. O Soberano, aliás, deveria pegar uma aulas com Jürgen Klopp, Alejandro Sabella e Jorge Sampaoli para organizar sua defesa, afinal o Borussia Dortmund, a Seleção Argentina e a Seleção Chilena têm muitos jogadores baixinhos mas eles fazem marcação dupla e pressionam a saída de bola para compensar o tamanho de seus defensores. Por que não fazer o mesmo ao invés de encher a zaga de defensores grandões, lentos e pouco habilidosos? E a arbitragem errou mais uma vez. Até quando os organizadores vão tapar o sol com a peneira afirmando que nossa arbitragem vai bem?

O Corinthians voltou a tropeçar em um rival de pouca expressão. O Timão é muito mais time que o Figueira, mas parecia o contrário no jogo realizado no Orlando Scarpelli. A derrota em Santa Catarina custou caro e o Coringão saiu do G4. Diante do cenário exibido, teria sido melhor renovar com o Tite mesmo, afinal ele arma os seus times de maneira semelhante a Mano, mas Adenor tem muito mais títulos pelo Corinthians do que o conterrâneo e ainda é lembrado pelos seus jogadores.

O Inter, por outro lado, voltou a utilizar bem seus meio-campistas (Aránguiz e D'Alessandro), venceu o Criciúma e está novamente na briga por uma vaga na Libertadores. Espero que o Abel Braga permaneça utilizando bem o que tem à disposição, afinal o Colorado tem elenco para ir longe.

Atlético-MG e Santos fizeram um bom jogo no Independência. Isso acontece porque os dois times jogam no ataque e, dessa forma, a partida torna-se muito mais divertida. Espero ver mais partidas assim no Brasileirão.

O Palmeiras, por fim, venceu o Vitória e respirou na tabela. Eu, honestamente, ainda acredito no Verdão apesar dos equívocos cometidos pelos dirigentes nos últimos anos. Há jogadores de nível técnico razoável e, se eles acreditarem no sue próprio potencial e passarem a atuar como uma verdadeira equipe, haverá chances do time se safar da queda.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Terminou em Samba

Imagem extraída de http://italy2014.fivb.org/



O Brasil entrou em quadra com time reserva contra a Seleção de Camarões e, mesmo assim, não teve grandes dificuldades para derrotar as africanas. Vitória por 3x0 sets, com parciais de 25/14, 25/15, 25/18 e com Natália sendo a maior pontuadora da partida com 16 tentos anotados. Das titulares, apenas a líbero Camila Brait entrou em quadra.

Nossa Seleção abriu larga vantagem diante das camaronesas nos dois primeiros sets e não tiveram dificuldades para chegarem aos 25 pontos. Apenas na terceira parcial as africanas esboçaram alguma reação, mas o Brasil voltou a se distanciar das adversárias, administrou a vantagem e venceu a partida.

O Brasil se isolou na liderança do Grupo B beneficiado pela derrota do Canadá diante da Turquia e também pela vitória da Sérvia sobre a Bulgária por 3x2 sets (lembrando que vitória no quinto set concede dois pontos ao vencedor e um ao perdedor).

Mesmo com a derrota, as camaronesas não desanimaram e caíram no samba junto com as brasileiras.



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O Brasil volta à quadra nesta madrugada para enfrentar o Canadá. As canadenses não terão a oposta Sarah Pavan, que ficou de fora a despeito de ter feito boas exibições na Superliga Feminina 2013-14. É uma pena, pois a atleta está em boa fase e ainda conhece bem as brasileiras por ter jogado no Unilever.

Os fãs do vôlei terão de fazer um esforço para acompanhar as nossas meninas na manhã desta quinta-feira, às 5:30h (horário de Brasília) e com transmissão no canal pago Sportv.

Se puder, acorde cedo, avise o chefe que você chegará atrasado no serviço e dê aquela força às nossas atletas! Elas merecem a nossa torcida e apoio!



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Leia mais:

FIVB (site oficial em inglês)- Brazil crushes Cameroon in straight sets: http://italy2014.fivb.org/en/news/brazil-crushes-cameroon-in-straight-sets?id=49629

Globo Esporte- Com time reserva, seleção atropela frágil e animado time de Camarões: http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2014/09/com-time-reserva-brasil-atropela-fragil-e-animado-time-de-camaroes.html

Uma Vitória de Respeito Diante de um Rival de Respeito

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O Brasil estreou o Mundial Feminino contra uma parada duríssima, a Bulgária. As búlgaras não têm muitos títulos no vôlei -apenas um Campeonato Europeu e um título na Terceira Divisão no Grand Prix- mas estão muito longe de serem consideradas adversárias fracas.

As rivais do Leste Europeu estavam nervosas e respeitaram o Brasil até demais em alguns momentos, mas souberam forçar o ataque e tiraram proveito dos problemas de recepção de nossa Seleção.

O Brasil, no entanto, contou com boas atuações de suas centrais Fabiana e Thaísa, que continuaram mostrando sua força na rede. A líbero Camila Brait mostrou-se bem mais à vontade como titular e mostra que a vaga deixada por Fabizinha está em boas mãos. E, claro, não podemos deixar de mencionar o grande destaque da partida, a oposta Sheilla Castro (foto acima), maior pontuadora do Brasil com 15 tentos anotados (Vasileva foi a maior pontuadora do jogo com 16 tentos) e demonstrando muita habilidade com a bola, controlando-a com muita leveza e inteligência.

Nossa Seleção venceu o primeiro set sem grandes dificuldades, mas as búlgaras não permitiam que o Brasil disparasse no placar em momento algum. A parcial fechou em 25/19.

No segundo set, as búlgaras mostraram sua força e chegaram a abrir quatro pontos de vantagem. As adversárias tiraram proveito da recepção brasileira e ainda contaram com os erros de nossas atletas. O Brasil, no entanto, foi encostando com boas atuações de Sheilla, empatou o placar em 21/21 e acabou fechando em 25/22.

Na última parcial, as búlgaras pareciam ter perdido as forças e permitiram que o Brasil abrisse ampla vantagem logo no começo do set. A Bulgária ensaiava uma ou outra reação, mas não ofereceu muita resistência e nossas meninas venceram a parcial por 25/16.



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A vitória por 3x0 sets colocou o Brasil na liderança do Grupo B, com três pontos e nenhuma parcial perdida. Canadá e Sérvia também estão com três pontos, mas perderam um set cada.

Hoje, o Brasil enfrenta as camaronesas. As africanas estrearam com derrota por 3x1 diante do Canadá e não possuem muita tradição na modalidade, mas conseguiram arrancar um set das canadenses.

A partida será realizada às 12:00h (horário de Brasília) e será transmitida pelo canal pago Sportv.

Boa sorte, Brasil!



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Leia mais:

FIVB (site oficial em inglês)- World no.1 Brazil show their power versus Bulgaria: http://italy2014.fivb.org/en/news/world-no-1-brazil-show-their-power?id=49584

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Cadê o Presente, Nobre?

Imagem extraída do Facebook oficial do Palmeiras- https://www.facebook.com/sePalmeiras/



Confesso que não entendo a gestão do atual presidente do Palmeiras, Paulo Nobre (foto). Não vou me ater a questões políticas, apenas ao futebol.

O clube alviverde deveria estar em festa, comemorando os cem anos de sua fundação, relembrando seus grandes feitos, exaltando seus grandes ídolos do passado, apresentando futebol bonito, brigando por títulos e trazendo alegrias ao seu torcedor.

O que temos visto nos últimos meses? O Verdão já trocou de treinador duas vezes neste ano, se desfez de seus poucos jogadores que ainda apresentavam um pouco de produtividade, contratou atletas muito mais pela quantidade do que pela qualidade, acabou de levar uma goleada por 6x0 para o Goiás e agora está na lanterna do Brasileirão. O fato, aliás, foi tão impactante que ofuscou até mesmo os clássicos do último final de semana.

Que presente é esse, presidente? Por que o time continua despencando na tabela apesar das mudanças? O que fizeram com o Palmeiras, aquele que já foi sinônimo de futebol bonito e vitorioso? O palmeirense não merece comemorar o ano do centenário do clube na zona de rebaixamento, em crise e a caminho da Série B pela terceira vez.

Nobre assumiu o clube ao final de 2012 pouco após o segundo rebaixamento do Verdão, teve um ano inteiro para arrumar a casa -sim, afinal todos sabiam que era questão de tempo para o Palmeiras voltar para a Primeira Divisão- e preparar um presente digno para o clube.

A razoável campanha no Paulistão, aliás, transmitiu a impressão de que o time do Parque Antártica voltaria aos seus dias de glória. O Palmeiras terminou aquele campeonato à frente do meu São Paulo e do Corinthians. A equipe ainda apresentou um desempenho aceitável antes da pausa para a Copa do Mundo. Parecia que o time entraria nos eixos após uma era de turbulência. Doce ilusão...

Se Nobre ainda quiser salvar o ano do centenário e o que ainda resta de sua credibilidade com o torcedor, terá de promover mudanças, e mudanças profundas.

Deveria ouvir o que quem realmente entende de futebol tem a dizer. O grande Ademir da Guia, por exemplo, tem desabafado nas redes sociais a respeito da situação do Verdão. Suas sugestões merecem atenção, afinal ele jogou muita bola no passado e sabe diferenciar um craque de um perna-de-pau, além de transmitir os valores do clube devido a sua grande identificação com o Palmeiras.

Essa bobagem de trocar de treinador o tempo todo também não funciona. Dorival Júnior, apesar de não ter exatamente o perfil para salvar o Verdão, precisa ter respaldo e estabilidade para executar seu trabalho. Os dirigentes não podem jogar toda a pressão nos ombros do treinador.

Os jogadores não são aquela maravilha, mas ainda podem salvar o desfecho se forem bem aproveitados. Eu gosto do Mouche (que eu observo desde os tempos de Boca Juniors), do Mendieta, do Bruno César e do Wesley. E a base merece mais atenção. Tenho certeza que há vários garotos talentosos ansiosos para vestirem a camisa de seu time de coração.

É recomendável que Nobre comece a agir logo, afinal o tempo está passando e o campeonato acaba daqui a dois meses. E o Verdão corre o risco de perder mais um atleta, o volante Wesley, da mesma forma que deixou Barcos, Kardec, Assunção e Henrique irem embora.



Leia mais:

Prósperi- Palmeiras 2014: arrancada heróica rumo ao rebaixamento: http://blogs.estadao.com.br/prosperi/palmeiras-2014-arrancada-heroica-rumo-ao-rebaixamento/

Corrida pelo Ouro

Brazil
Imagem extraída de http://italy2014.fivb.org/



Olá, queridos leitores e leitoras!

Passei o último final de semana fora de São Paulo e, por isso, não atualizei o blog nestes últimos quatro dias.

Hoje a Seleção Feminina de Vôlei iniciará sua jornada no mundial da categoria. Serão três semanas de competição na Itália até o dia 12 de outubro, quando ocorrerá a grande final.

O Brasil, apesar da grande tradição de seu time feminino, jamais conquistou um título mundial. Pois é, nossas meninas têm dois ouros olímpicos, dez títulos em Grand Prix, duas Copas dos Campeões, mas nenhum mundial. O melhor que elas conseguiram na competição foram três vices-campeonatos em 1994, 2006 e 2010.

Não dá para negar o favoritismo de nossa Seleção. Temos grandes jogadoras em todas as posições e um time bastante equilibrado em termos de juventude e experiência. A central Thaísa, por exemplo, tem apenas 27 anos, mas esteve presente nas duas equipes campeãs olímpicas (2008 e 2012). E a fase está boa, com muitos títulos conquistados nos últimos dois anos.

O favoritismo, aliás, é um dos grandes problemas que o Brasil terá de enfrentar durante sua campanha no Mundial. Nossas meninas estão empolgadas com o "ano perfeito" em 2013 (quando conquistaram todos os títulos disputados) e pela conquista do decacampeonato no Grand Prix deste ano. Isto, no entanto, faz com que a equipe seja mais exigida pela mídia ou pela sua torcida e mais visada pelos rivais. Isso sem falar no risco da equipe entrar de "salto alto" em quadra.

As três primeiras fases serão disputadas na fórmula de pontos corridos nos mesmos moldes que o Mundial Masculino da categoria.

O Brasil terá pelo menos duas adversárias de respeito nesta fase, a Bulgária da ponteira Elitsa Vasileva (ex-Vôlei Amil -está grafado assim mesmo no site da FIVB) e a Sérvia das ponteiras Brankica Mihajlović (ex-Unilever) e Sanja Malagurski (ex-Molico). Estas duas seleções têm atletas que conhecem bem nossas jogadoras e carregam a força dos ex-países socialistas no esporte. A emergente Turquia, única seleção a derrotar o Brasil no Grand Prix deste ano, também merece atenção.

O horário dos jogos está na ilustração abaixo. Todas as partidas serão transmitidas pelo canal pago Sportv.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/ThaisaVolei/



Boa sorte, Brasil! Vamos em busca deste título inédito!

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Falta Competência

Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc/



O São Paulo havia feito tudo certo no domingo: fez valer o mando de campo, marcou as principais peças do Cruzeiro, trocou passes e derrotou a Raposa. A diferença do líder para o vice-líder havia caído para quatro pontos. Tudo levava a crer que o Brasileirão voltaria a ser emocionante. Porém...

O time mineiro fez a lição de casa e venceu o Atlético-PR ontem no Mineirão. Os rivais, por sua vez, perderam uma grande chance de manterem a diferença para a Raposa. Nenhum deles teve competência para isto. Pior: todos tropeçaram em adversários que estão brigando contra o rebaixamento.

Começou com o Fluminense, que abriu o placar no primeiro tempo com Cícero no Barradão. Foi para o intervalo com a vantagem, mas permitiu a reação do Nego e viu os três pontos irem embora.

O São Paulo, no Couto Pereira, praticamente repetiu a trajetória do Flu: abriu o placar na primeira etapa com Michel Bastos, relaxou no segundo tempo e levou um grande castigo. E ainda viu a distância para o líder aumentar novamente para sete pontos.

O Corinthians, no Itaquerão, tinha tudo para diminuir a diferença para os rivais da frente hoje. Abriu o placar com o garoto Malcom, foi para o intervalo com a vantagem e vou a Chapecoense empatar com um gol contra bizarro de Ferrugem. E o Timão ainda levou pressão dos visitantes apesar de ter o mando de campo.

O Cruzeiro, diante do cenário apresentado, não terá dificuldades para chegar ao tricampeonato. Não apenas por ser o melhor time do Brasil, mas porque os rivais não têm competência para competirem com a Raposa.

Já perdi a conta das vezes que escrevi isto: muito mais importante do que vencer os adversários difíceis, é não perder pontos contra rivais considerados fáceis pois os tentos perdidos podem fazer falta lá na frente.

E já estão fazendo para o Tricolor, o Flu e o Timão.

E Aí, Dunga?

Imagem extraída de https://www.facebook.com/CBF/



Dunga promoveu apenas duas mudanças em relação à lista anterior de convocados: saíram Alex Sandro e Maicon, e entraram Dodô (ex-Corinthians, atualmente na Internazionale) e Mário Fernandes (ex-Grêmio, atualmente no CSKA). A dupla é jovem (Dodô tem 22 anos e Mário completa 24 no próximo sábado) e, provavelmente, foi convocada para dar continuidade ao processo de "renovação" da Seleção Brasileira.

As mudanças que realmente deveriam acontecer, contudo, ainda não estão sendo feitas. O meio-de-campo foi mais participativo nos dois últimos amistosos em relação à última Copa do Mundo, mas ainda falta o essencial. Falta inteligência, toque de bola, criatividade. O Oscar é um grande meia, mas foi utilizado apenas para funções defensivas por Felipão e, por enquanto, ele apenas correu com Dunga. Ele pode jogar muito mais do que demonstrou nos últimos jogos. E não entendo a insistência com o faltoso Luiz Gustavo ou o carregador de piano Ramires. Ok para Elias, Fernandinho (volantes), Ricardo Goulart, Willian, Phillipe Coutinho e Éverton Ribeiro (meias e wingers). Esses merecem mais oportunidades.

Muitos perguntaram a respeito do Hulk. Ele é esforçado, mas é pouco técnico e teve um desempenho fraco no último mundial. A Seleção precisa de jogadores técnicos e/ou habilidosos para o momento, e não de mais suor em campo. Robinho e Tardelli têm mais futebol que o winger do Zenit.

Um outro ponto levantado foi o fato de alguns times brasileiros sofrerem desfalques em decorrência da convocação. Corinthians (que cedeu Elias e Gil), Cruzeiro (que terá de jogar sem Éverton e Ricardo Goulart), Botafogo (que cede o goleiro Jefferson) e Santos (que perderá Robinho) serão os prejudicados. Claro que isso não é culpa de Dunga, e sim da CBF e da CONMEBOL, que insistem em marcar partidas em datas FIFA. O treinador tem o direito de convocar quem quiser e o sonho de cada jogador é chegar à seleção de seu país. Culpa também dos clubes, que aceitam em silêncio esse calendário absurdo.

O Brasil enfrentará a grande rival Argentina no Superclássico das Américas e o Japão nos dias 11 e 14 de outubro, respectivamente. A Argentina está embalada pela boa campanha na Copa, tem excelentes jogadores (Di María tem sido o melhor nos últimos jogos), a defesa tem conseguido suprir seus problemas com marcação dupla e agora conta com um novo treinador que valoriza o toque de bola, Gerardo Martino. O Japão, por outro lado, jamais foi uma ameaça para o Brasil com a bola nos pés e vem de campanha vexaminosa no mundial depois de retrancar muito e jogar pouco.

A Seleção Brasileira, de modo geral, continua não apresentando sinais de grandes mudanças, nem a longo nem a curto prazo. Será que precisamos levar outro 7x1 para acordarmos de vez?

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Os Últimos Serão os Primeiros

Imagem extraída de http://poland2014.fivb.org/



Olá, queridos leitores e leitoras!

Só havia deixado um artigo pronto para o dia de hoje, mas eis aqui a segunda resenha do dia. E abordando justamente um assunto muito agradável que é a classificação do Brasil às semifinais.

Nossa Seleção entrou em quadra nestes dois dias diante de dois rivais fortíssimos, a Polônia na terça e a Rússia hoje à tarde.

O duelo contra os donos da casa foi equilibrado, mas os rivais fizeram valer o mando de quadra e também a força de sua torcida. A partida contou com uma "participação" do narrador Sérgio Maurício e do ex-ponteiro Nalbert, quando a organização do jogo solicitou aos dois comentaristas do canal Sportv para que desligassem um refletor.

O Brasil perdeu o primeiro set, provavelmente sentindo um pouco as mudanças feitas na equipe. Nossa Seleção cometeu muitos erros e apresentava problemas na rede. Reagiu nas duas parciais seguintes virando o jogo para 2x1 sets, mas voltou a errar muito na quarta etapa e a partida foi decidida no tie-break. Os donos da casa venceram por 3x2 após um desvio em Sidão, com parciais de 25/22, 22/25, 14/25, 25/18 e 17/15. A arbitragem também foi muito confusa em alguns momentos, o que prejudicou um pouco o desenrolar da partida.

Como consolo, o jogo foi bastante equilibrado e o Brasil pelo menos deixou a quadra com um ponto, lembrando que partida decidida no tie-break dá dois pontos ao vencedor e um ao derrotado.



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Hoje, contudo, o Brasil se impôs em quadra, derrotou os grandes rivais russos e conquistou a vaga para as semifinais ao somar quatro pontos. Os adversários aparentavam nervosismo em quadra, não estavam tão vibrantes como no domingo e provocaram muito pouco.

Murilo e Wallace, que estavam lesionados e jogaram no sacrifício, fizeram toda a diferença em quadra e mostraram força nos fundamentos. O Brasil voltou a apostar no saque como havia feito no domingo além de "driblar" o grandão Muserskiy na rede, sabendo-se da dificuldade em encarar o central.

O Brasil fechou a partida sem conceder nenhum set (3x0, com parciais de 25/22, 25/20 e 25/21 ) e agora espera o jogo de amanhã entre Rússia e Polônia para saber em que lugar ficará no Grupo H. Nossa seleção perde a liderança se os donos da casa vencerem por 3x0 ou 3x1.

O próximo desafio do Brasil será no sábado, com horário e adversário a definir. Desta vez, a disputa será no mata-mata e quem perder está fora.

Parabéns pela vitória e pela classificação, Brasil! E boa sorte nas semifinais!



Imagem extraída de http://poland2014.fivb.org/

Frio

Imagem extraída do Facebook oficial do Borussia Dortmund- https://www.facebook.com/BVB/



Muitos espectadores estão estranhando os resultados deste começo de temporada europeia, com os grandes times tropeçando em casa mesmo diante de rivais considerados fracos.

Na Inglaterra, por exemplo, o Liverpool perdeu em pleno Anfield para o modesto Aston Villa neste final de semana, o Arsenal empatou três jogos seguidos e o Manchester United só conquistou sua primeira vitória da temporada no último domingo a despeito de todo o investimento que fez para contratar o técnico Louis Van Gaal e as estrelas do atual elenco. Situação semelhante aconteceu na Espanha, com o Real Madrid tomando uma goleada da Real Sociedad, perdendo para o Atlético de Madrid em pleno Santiago Bernabéu e, com isso, provocando a fúria de seu torcedor.

Falta competência dos times grandes? Estão todos jogando de "salto alto"? Os atletas de todos os times "pipocaram"? Nada disso.

Os clubes fazem a pré-temporada nos meses de julho e agosto, visando entrosar os seus atletas e dar ritmo de jogo aos jogadores. O problema, no entanto, é que em jogos amistosos raramente temos a pressão e a dedicação observada em partidas onde há algo em jogo. Um bom exemplo é a Espanha, que estava fazendo exibições fracas às vésperas da Euro 2012 em amistosos para depois chegar com tudo na conquista do tricampeonato. O contrário aconteceu com nossa Seleção Brasileira, com um aproveitamento superior a 70% nos amistosos para depois decepcionar em três mundiais consecutivos.

Cabe lembrar também que as férias deste ano foram bastante reduzidas em razão da disputa da Copa do Mundo. Como resultado, a maioria dos astros precisou descansar por períodos mais longos que o normal, participou da pré-temporada já com o bonde andando e muitos ainda estão sem ritmo de jogo. É como um pneu de carro de corrida, que precisa ser aquecido e rodar alguns quilômetros para atingir seu desempenho pleno. Muitos jogadores, portanto, ainda estão "frios" na temporada. Isso sem falar a respeito daqueles que se lesionaram durante o mundial.

Os jogos de ontem da Champions foram reflexo disso tudo, com o Liverpool vencendo com muita dificuldade o modesto Ludogorets no Anfield Road, o Atlético de Madrid perdendo para o mediano Olympiacos e o tricampeão Benfica perdendo para o Zenit em pleno Estádio da Luz. Ainda assim, tivemos um atropelo do atual campeão, Real Madrid, sobre o Basel por 5x1, e uma boa vitória do Borussia Dortmund por 2x0 sobre o Arsenal.

Portanto, não fique desesperado, meu caro torcedor. Seu time está correndo um risco calculado ao mandar equipes mistas em campo e, em consequência disto, apresentar desempenho abaixo do esperado. Quando as equipes atingirem sua plenitude, tudo deve voltar ao "normal".

Não há crise em time algum. Pelo menos, não por enquanto.



Imagem extraída do Facebook oficial do Real Madrid- https://www.facebook.com/RealMadrid/

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Uma Dura Parada em Łódź

Imagem extraída de https://www.facebook.com/confederacaobrasileiradevoleibol/



O Brasil caiu em duas chaves relativamente tranquilas nas duas primeiras fases, mas, desta vez, enfrentará dois rivais de peso em Łódź, a Polônia, dona da casa, e a Rússia, nossa atual grande rival.

O desempenho nas duas fases anteriores não tem influência nesta fase e o Brasil terá de superar seus dois adversários valendo-se apenas de seus próprios recursos.

As partidas prometem ser duras. Para se ter uma ideia, o Brasil teve três atletas lesionados em seu último encontro com a Rússia no domingo -Murilo, Wallace e Sidão- enquanto os russos perderam Pavlov na mesma partida. Isso porque os dois times já estavam classificados e a partida valia apenas a liderança do grupo. Imaginem se fosse uma decisão de campeonato.

A Polônia, nossa próxima adversária, é um rival de muito respeito. O vôlei é um esporte muito tradicional no país e os adversários venceram a Liga Mundial em 2012, apenas para citar um título recente. A equipe não contará com os grandes Bartman e Kurek na partida de hoje, mas Możdżonek, Ignaczak, Nowakowski, Winiarski (remanescentes da campanha de 2012 ) e Drzyzga prometem dar muito trabalho para os brasileiros. No último encontro, na Liga Mundial de 2013, o Brasil venceu, mas os poloneses não deram moleza. Agora que estão jogando em sua casa, eles irão se aplicar ainda mais para não decepcionarem a sua torcida.

A partida será exibida às 15:00h (horário de Brasília) no canal pago Sportv.

Boa sorte, Brasil!



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O Espetáculo Recomeça

Imagem extraída do Facebook oficial do Real Madrid- https://www.facebook.com/RealMadrid/



Finalmente! Após um longo e tenebroso inverno, teremos o início pleno do maior campeonato de clubes de futebol do planeta! Alguns dos melhores times e jogadores do mundo estão aqui em busca da "orelhuda", cujo vencedor será conhecido em junho de 2015.

A Champions League será disputada por 32 clubes divididos em oito grupos, sendo que os dois melhores de cada chave avançam ao mata-mata.

Equipes tradicionais como o Manchester United, Milan e Internazionale não estarão presentes na edição 2014-15. Tal fato é compensado pelo retorno de alguns times que há anos não figuravam na competição europeia, como a Roma, o Athletic Bilbao e o grande Liverpool, pentacampeão na competição.

Eu, como sempre, estou na torcida pelas equipes que joguem um bom futebol, com ofensividade, coletividade, beleza, técnica e criatividade. São os casos de Barcelona, Borussia Dortmund, Arsenal e Ajax. Os times alemães e espanhóis, aliás, são os que mais têm apresentado futebol agradável em campo. Também estou de olho na Juventus (que, até a temporada passada, jogava no toque de bola), Roma (que apostou no bom treinador Rudi García e em um elenco mais leve) e no Liverpool (que também aposta em um time mais leve e renovado).

Os jogos serão exibidos hoje (transmissão dos canais Esporte Interativo e ESPN) e amanhã (transmissão via Band ESPN) às 15:45h (horário de Brasília).

Boa sorte a todas as equipes, em especial àquelas que jogam um bom futebol.





Leia mais:


segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A Involução de Mano Menezes

Imagem extraída do Facebook oficial do Corinthians- https://www.facebook.com/corinthians/



É fato que o Corinthians tem tido um bom desempenho no Brasileirão 2014, afinal vem mantendo regularidade e permanecendo nas primeiras posições rodada após rodada.

É fato também, no entanto, que Mano Menezes não mudou muito o estilo de jogo do Timão em relação ao antecessor Tite, priorizando muito mais a "raça" e a defesa em detrimento à técnica e à ofensividade.

Irônico notar que há cinco anos atrás, no mesmo Corinthians, Mano havia chegado ao seu auge no Coringão ressuscitando uma formação que estava caindo em desuso no futebol brasileiro: o esquema de três atacantes.

Os treinadores, naquela época, já estavam preocupados muito mais em preservarem seus empregos apoiando-se em resultados a curto prazo. Isso sem falar que o São Paulo de três zagueiros de Muricy (pois é, ele também já foi um grande retranqueiro) era soberano nos campeonatos brasileiros, o que influenciou muitos técnicos a jogarem com os seus times atrás da linha da bola.

Mano, por incrível que pareça, ajudou a acabar um pouco com esse paradigma, o que o credenciou a dirigir a Seleção Brasileira em 2010 no lugar de Dunga.



Corinthians em 2009 armado no 4-3-3/4-2-3-1: Mano deu um
jeito de encaixar os recém-contratados Ronaldo e Jorge Henrique
ao mesmo tempo em que supria a ausência do suspenso Morais.
A equipe ganhou em ofensividade e superou muitas equipes
retranqueiras, incluindo o São Paulo de Muricy e o
Internacional de Tite (imagem obtida via this11.com).



A Seleção Brasileira, no entanto, não parece ter feito muito bem a Mano. Sua estréia contra os Estados Unidos causou a impressão de que o time voltaria a empolgar e a jogar no ataque. Estava lá o esquema com três atacantes com Neymar e Pato entre eles. A equipe causou boa impressão no começo, mas passou a tropeçar diante de equipes de peso, como Argentina, França, Alemanha e Holanda.

Mano passou a "ressuscitar" alguns medalhões que viviam má fase na época (Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Fred, ...) e a encher o time de volantes, como Sandro e Rômulo que jamais corresponderam à expectativa criada. Nem mesmo seus homens de confiança do Corinthians -Paulinho, Ralf, Elias, Castán, Jucilei, André Santos e outros- conseguiam devolver à nossa Seleção o respeito merecido.



Mano costumava escalar a Seleção Brasileira desta maneira com
uma ou outra variação. Percebam que ela já se assemelhava
bastante com o time que jogou a Copa 2014. A equipe entrava
com três atacantes, mas o meio-de-campo era muito mais marcador
do que criador (imagem obtida via this11.com).



Mano passou pelo Flamengo em 2013 (quando tentou emular seu Corinthians de 2009 no Rubro-Negro) e depois regressaria à equipe do Parque São Jorge. Ele recebeu um time montado, deixado pelo seu conterrâneo Tite. Mas, com o fracasso do Paulistão 2014, o treinador gaúcho alterou drasticamente a formação de sua equipe. E...



Corinthians 2014 armado no 4-4-2 "losango": três volantes e
Renato Augusto, Jádson ou Lodeiro se revezando como
"trequartistas". A equipe ganha em defesa, mas perde em
criatividade. O Timão toma poucos gols, mas tem muita
dificuldade em colocar a bola na rede ou prender a bola no
campo de ataque (imagem obtida via this11.com).



Não critico o desempenho do Timão. Aliás, a palavra "crise" ainda não se aplica a uma equipe que esteja no "G4", brigando por vaga na Libertadores e mantendo certa regularidade. A derrota para o Flamengo, inclusive, não foi culpa do Corinthians.

A crítica, no entanto, vai, em primeiro lugar, para o mau uso dos recursos do Timão. Lodeiro, Renato Augusto e Jádson sabem jogar bola e, juntos, resolveriam o problema de criatividade do Corinthians. Por que não tirar um ou dois volantes e substituí-los por armadores? Ainda falando em meio-campistas, não concordei com o empréstimo de Douglas, que é um bom meia, tem visão de jogo e cobra bem as faltas.

O atacante Ángel Romero também merece mais chances. Ele é esforçado e tem mais talento que o carregador de piano Luciano.

Falta, por fim, colocar o Corinthians no ataque. Há jogadores para isto. É isto que o torcedor espera de sua equipe: um time que manda no jogo, que fica com a bola o tempo todo, que joga bonito e que faz muitos gols. Como isso é possível com um time repleto de volantes e tão recuado?

Escrevi e repito: se o Corinthians permaneceria jogando na defesa e com mais "pegada" do que técnica, era melhor ter ficado com o Tite que, injustamente, não teve o seu contrato renovado em 2013.

Quem Sabe na Bola Parada?

Imagem extraída de http://poland2014.fivb.org/



Os russos levavam muita vantagem sobre os brasileiros em muitos quesitos, afinal os atletas do Leste Europeu eram mais fortes, mais altos, possuíam um ataque devastador -agravado pelos problemas de bloqueio do Brasil- e contavam com o central Dmitriy Muserskiy, o dono da rede. O Brasil, portanto, teria muitas dificuldades em superar a Rússia com a bola em movimento. Como vencer o grande adversário, grande carrasco nos últimos dois anos?

Eu disse "bola em movimento"? Sim, e o treinador Bernardinho matou a charada apostando na bola parada. Forçando o saque, principalmente no primeiro set, o Brasil empilhou muitos aces consecutivos e anotou vários pontos neste fundamento.

A partida, em si, valia apenas a liderança do Grupo F, sendo que os dois times já estavam classificados. A rivalidade entre as duas equipes, no entanto, esquentou o duelo, marcado por provocações de ambos os lados.

O Brasil ganhou a primeira parcial com relativa tranquilidade. Os russos estavam melhor com a bola em movimento, mas os brasileiros forçavam mais no saque e anotaram muitos pontos neste fundamento. O set terminou em 25/21 para nossa Seleção.

A segunda parcial, no entanto, foi marcada pela reação dos adversários. O Brasil saiu na frente, mas os russos foram encostando. O oposto Wallace acabou se machucando durante a parcial e foi substituído por Vissotto. Mal sabiam os brasileiros que o camisa 6 seria o grande diferencial do jogo adiante. O set foi muito equilibrado, permanecendo empatado durante boa parte do tempo. A Rússia levou a melhor na parcial (24/26) após um erro de saque de Vissotto.

No terceiro set, a estrela de Vissotto começou a brilhar. O oposto começou a crescer durante a parcial, demonstrando força no ataque. Os russos perderam Pavlov, que torceu o tornozelo, e passaram a demonstrar nervosismo. O set fechou a favor dos brasileiros, em 25/19.

Na última parcial, o Brasil teve mais uma perda, com Sidão se queixando de dores sendo substituído por Éder. Os russos pareciam entregues em quadra enquanto Vissotto continuava fazendo grandes estragos. O Brasil ganhou o set em 25/19, venceu a partida em 3x1, termina na liderança do Grupo F e permanece invicto no mundial. Leandro Vissotto (à esquerda na foto abaixo) foi o maior pontuador da partida com 15 tentos anotados.



Imagem extraída de http://poland2014.fivb.org/


O Brasil agora descansa e prepara-se para o "grupo da morte". Nossa Seleção, como primeira colocada de seu grupo na segunda fase, é cabeça de chave do Grupo H na terceira fase, junto com a Rússia e a Polônia, dona da casa. São dois adversários bastante fortes e de grande tradição no vôlei. O Grupo G terá as "zebras" França, Irã e Alemanha. Os dois melhores de cada chave avançam às semifinais, a serem disputadas no sistema de mata-mata.

Parabéns pelo triunfo, Brasil! E boa sorte nas próximas partidas! 



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