Patrimônio Maculado

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Fico pensando o que passa pela cabeça de supostos torcedores que atentam contra a vida de outras pessoas em nome do time de coração? Será que o amor por um clube justifica agredir, depredar e até matar? Ou será que ao invés de "amor" estamos falando em "fanatismo"?

Nesta semana um torcedor do Santos foi assassinado por torcedores do São Paulo após o clássico de domingo.

Ainda nesta semana, um torcedor identificado na invasão ao CT do Corinthians no começo do mês se entregou à polícia. O torcedor em questão havia sido preso em Oruro no ano passado após o incidente que causou a morte do menino Kevin Espada. Lembro-me quando o governo brasileiro, a imprensa e o presidente Mário Gobbi fizeram o possível para resgatar o torcedor e mais doze colegas detidos na Bolívia.

Dizem que um dos maiores patrimônios do futebol brasileiro é a sua torcida. Hoje, contudo, vejo o tal "patrimônio" manchado com o sangue derramado e com a violência causada pelo fanatismo de alguns.

Estou com Marcelo Mendez

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Grande atitude do treinador Marcelo Mendez no jogo válido pela última rodada da fase classificatória Superliga Masculina de Vôlei entre RJ/Rio de Janeiro e SADA/Cruzeiro, realizado na última quarta-feira.

Durante a partida, o treinador argentino foi brilhante e comandou seu grande elenco a mais uma vitória brilhante por 3x0 sets (parciais de 22-20, 21-15 e 21-17).

O comandante, contudo, teve uma atitude ainda mais exemplar ao final da partida, que foi marcada por muita discussão entre os atletas quando os líberos Serginho (do SADA) e Mário Jr. (do RJ) trocaram empurrões durante o cumprimento na rede. Marcelo não teve dúvidas: correu até o seu jogador e o imobilizou para que a situação não se agravasse ainda mais. O argentino precisou dar uma gravata em seu comandado para que se acalmasse.

Obviamente, não estou exaltando o uso da força por parte do treinador, mas sim sua atitude de tomar as rédeas do problema e impedir que Serginho prejudicasse a si mesmo e ao time.

Assistindo à cena lamentável, foi impossível não pensar nos "professores" do nosso futebol que incentivam seus jogadores a provocar e agredir os rivais. Basta ver a quantidade de agressões físicas e verbais que assistimos em todas as partidas, mas que passam desapercebidas pela arbitragem.

No vôlei as regras com reação ao comportamento são rigorosas e qualquer violação pode resultar na concessão de pontos ao time rival. Os atletas são obrigados a se cumprimentarem antes e depois de cada partida e são proibidos de encarar os adversários. Nem se compara com a truculência de nosso futebol.

Parabéns ao treinador Marcelo Mendez pela sua atitude. Se eu o respeitava, agora o respeito ainda mais.

Leia mais:

Saque Viagem- Jogo entre Sada e RJ Vôlei termina com confusão: http://www.saqueviagem.com.br/volei/noticias_detalhe.php?idPost=13385132

Melhor do Vôlei- Com atitude lamentável de Mário Jr no final, Sada Cruzeiro vence RJ Vôlei e garante primeiro lugar: http://www.melhordovolei.com.br/index.php/noticias/nacional/item/7658-com-atitude-lamentavel-de-mario-jr-no-final-sada-cruzeiro-vence-rj-volei-e-garante-primeiro-lugar

Globo Esporte- MMA no vôlei: Após discussão, técnico imobiliza jogador: http://globotv.globo.com/rede-globo/globo-esporte-sp/v/mma-no-volei-apos-discussao-tecnico-imobiliza-jogador/3177986/

Que Dureza...

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Eu lamento todas as vezes que assisto à Champions League e depois tenho de voltar ao triste e burocrático futebol brasileiro. Não que na Europa não existam equipes retranqueiras, mas mesmo os pragmáticos Milan e Chelsea jogam muito mais bola que qualquer equipe aqui no Brasil.

Na Libertadores a situação não é muito diferente e temos uma quantidade absurda de equipes que se valem muito mais de raça do que técnica. Felizmente, tivemos nesta semana um excelente jogo entre Cruzeiro e Universidad de Chile (duas equipes que eu gosto por saberem trocar passes e atuarem no ataque) que terminou em goleada em 5x1 para a Raposa. Uma honrosa exceção entre tantos jogos que mais lembram rinhas do que partidas de futebol.

Gostaria de saber por que as partes envolvidas no futebol -dirigentes, treinadores e atletas- não se conscientizam de que o futebol da América do Sul está regredindo e que estamos anos-luz atrás dos europeus em todos os sentidos. Nossos craques estão deixando o país cada vez mais jovens em busca de palcos apropriados para seus espetáculos. Podem ter a certeza de que se nosso futebol fosse tão bom quanto acreditamos, Neymar, Lucas, Bernard e Oscar estariam defendendo clubes brasileiros até hoje. Seríamos, inclusive, capazes de bancar salários astronômicos do Velho Continente sem depender de "parceiros".

Vamos ver se a Copa do Mundo, ao menos, deixa algum legado no futebol do Brasil: o de que precisamos investir mais em técnica e talento, e menos em força e marcação. Tanto isso é verdade que os técnicos de nossa Seleção só convocam jogadores que atuam na Europa.

Sem Destino

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Alguém pode me explicar que regra absurda foi essa que inventaram para o Campeonato Paulista de 2014? Os times simplesmente não enfrentam os rivais da mesma chave e com isso ficam dependentes da boa vontade e tropeço de adversários. Há, inclusive, a bizarra possibilidade de um time classificado para o mata-mata empatar em pontos com o rebaixado.

Vejamos a situação do Corinthians: terceiro lugar em seu grupo, o Timão pode vencer todos os seu jogos restantes e, mesmo assim, todo o esforço pode terminar em vão. Isso porque depende que seus adversários de chave, Botafogo e Ituano, percam suas partidas. Como não existe confronto direto entre o Coringão com o Galo e a Pantera, só uma combinação de resultados permitiria à equipe do Parque São Jorge se classificar.

Não adianta dizer que isso foi culpa do Bom Senso FC porque isso não é verdade. O movimento liderado por Alex e Paulo André solicitava por mais períodos mais longos de férias e pré-temporada. Os campeonatos europeus são muito mais curtos e mais organizados que os sul-americanos e faturam muito mais, o que é uma vergonha para o Brasil, que se considera o País do Futebol.

O charme do Campeonato Paulista se foi há muito tempo. Antigamente, clubes do Interior de São Paulo brigavam em condições de igualdade com Santos, São Paulo, Palmeiras e Corinthians. Hoje isso ainda acontece, mas porque as grandes equipes se permitiram nivelar por baixo. Foi triste ver os quatro maiores times do Estado levando aperto de times do "quilate" de Botafogo de Ribeirão Preto, São Bernardo ou Bragantino. Não obstante, a federação cria um campeonato inchado com vinte equipes e agora inventa essa regra em que um time não tem controle sobre seu próprio destino...

Antítese

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O Manchester United e o Real Madrid não são propriedades de nenhum magnata do Oriente Médio, Leste Europeu ou Ásia, mas são clubes que torram os tubos a cada temporada para encher seus elencos de estrelas.

Os Red Devils não pouparam despesa para trazer Juan Mata e Fellaini nesta temporada, enquanto o Real trouxe Isco, Illarramendi, Carvajal e Gareth Bale (este último pela impressionante quantia de €100 milhões). Ambos os times também estão de treinadores novos nesta temporada -o escocês David Moyes assumiu o Manchester enquanto o italiano Carlo Ancelotti foi contratado pelo Real Madrid. No entanto, os dois times fazem campanhas totalmente opostas a despeito dos investimentos monstruosos feitos nos respectivos elencos.

Foi triste ver o Manchester ser derrotado pelo humilde Olympiacos da Grécia na partida de ontem válida pelas oitavas-de-final da Champions League. Na Premier League, o time vermelho está na modesta sexta colocação com 45 pontos. Os Red Devils já parecem conformados com a perda do título inglês e tentarão, ao menos, uma vaga para a Champions 2014-15. Tarefa bastante complexa, uma vez que Chelsea, Arsenal, City e o arquirrival Liverpool estão bem na Liga Inglesa.

O Real, por outro lado, faz uma campanha espetacular na Champions e aplicou uma goleada impiedosa de 6x1 no Schalke 04. E poderia ter sido ainda maior se Benzema e Cristiano Ronaldo não tivessem perdido tantos gols. Na Liga BBVA, os Merengues lideram com 63 pontos -três a mais que Barcelona e Atlético de Madrid- e se mostram recuperados do baque inicial da temporada.

Uma possível hipótese para a má fase do time vermelho (levantada por um amigo) é o fato dos atletas de defesa estarem muito "velhos" para dar segurança à defesa. Concordo em partes ao ver tantos zagueiros experientes apresentando bons serviços em campeonatos europeus, mas Vidić, Ferdinand e Evra já têm mais de 30 anos, sendo que o sérvio e o inglês vêm convivendo com lesões frequentes.

Eu, no entanto, creio que o problema seja o treinador David Moyes. Não acho que ele mereça ser demitido, como alguns torcedores vêm pedindo, mas o escocês dirigindo o Manchester é como você contratar um piloto de kart e colocá-lo para pilotar uma Ferrari: ele até pode ser talentoso, mas leva tempo para aprender a tirar proveito de todo o potencial do bólido. E Moyes, acostumado a comandar o modesto Everton, ainda não aprendeu a tirar o melhor de sua possante Ferrari vermelha. Ancelotti, por outro lado, já ganhou a Champions League duas vezes com o Milan. O italiano, portanto, está acostumado a trabalhar com grandes equipes e com grandes estrelas no elenco.

A temporada ainda não acabou e há muito chão para a sorte de Manchester e Real mudar, mas a responsabilidade dos ingleses é maior: eles precisam derrotar o Olympiacos no jogo de volta para salvarem a temporada.

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Invasão Aurinegra

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O inverno já salvou a Rússia de guerras no passado mas não conseguiu deter o Borussia Dortmund. A torcida aurinegra compareceu em peso e a equipe do técnico Jürgen Klopp engoliu o Zenit com seu belo futebol. Mais parecia que o mando de campo era do time amarelo.

O Borussia entrou em campo com vários desfalques importantes: Jakub Błaszczykowski, İlkay Gündoğan, Neven Subotić e Sven Bender não puderam atuar por lesões. Mesmo assim, o Dortmund não teve nenhuma dificuldade para tocar passes e chegar ao gol. O placar já assinalava 2x0 com cinco minutos de jogo -ambos com participação de Marco Reus (foto). No segundo tempo, foi a vez de Lewanowski brilhar com mais dois gols.

E que marcação bem feita os alemães fazem! Os jogadores do Borussia cercam os rivais, forçam o adversário a tentar um passe e roubam a bola sem precisar dar um carrinho ou uma trombada sequer. O time amarelo cometeu pouquíssimas faltas e levou um único cartão no jogo. Os atletas possuem uma grande eficiência ofensiva e defensiva.

O Zenit em nada justificou o investimento milionário que fez para a montagem do elenco. Contava com medalhões como Tymoschuk, Witsel e Arshavin mas deixava Marco Reus fazer o que bem entendia com a bola. E o "craque" Hulk? Só correu em campo e ainda foi presa fácil para a marcação alemã. Não vi ele fazer um passe ou drible sequer. Só não passou em branco porque converteu um gol de pênalti.

O placar final de 4x2 para o Borussia encaminha a classificação dos alemães para as quartas-de-final. O jogo de volta será no Signal Iduna Park no dia 19 de março. E quer saber? Espero que o Dortmund se classifique mesmo e faça uma excelente campanha na Champions 2013-14. Dá gosto ver equipes que jogam um bom futebol faturando títulos.

Até a Última Gota

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Foi uma partida estranha. De um lado, o brasileiro SADA/Cruzeiro era dirigido pelo treinador argentino Marcelo Mendez. Do outro, estava o argentino UPCN Vóley com três atletas brasileiros (Theo, Júnior e Peres Lopes). Realmente, a globalização rompeu muitas barreiras no esporte.

O UPCN, que havia surpreendido o Vivo/Minas no sábado, mostrou em quadra o porquê. Com muitas participações no Sulameircano, os argentinos surpreenderam o SADA e chegaram a abrir 2x0 sets. Como muita dedicação, bons jogadores e determinação, o UPCN estava mais do que disposto a brigar pela taça.

O Cruzeiro só acordou no terceiro set, com boas participações dos ídolos Leal, William e, principalmente, Wallace, que foi eleito o melhor atleta da competição. O garoto Isac (ex-São Bernardo) também mostrou muito talento na rede, com bons bloqueios e cortadas.

Inevitavelmente, a partida foi para o tie-break. Os brasileiros chegaram a abrir 8-5 no quinto set, mas os valentes argentinos foram buscar e conseguiram até mesmo ficar à frente no placar em alguns momentos. O último set terminou em 18-16 com uma cravada o ídolo Leal.

O SADA/Cruzeiro foi merecedor do título sul-americano, mas não podemos menosprezar o talento e a valentia do UPCN, que também terá o direito de disputar o Mundial, uma vez que o evento será sediado em Betim, casa do Cruzeiro.

A seleção do campeonato foi a seguinte:

MVP: Wallace (SADA/Cruzeiro)
Melhor levantador: Gonzalez (UPCN)
Melhor oposto: Walace (SADA/Cruzeiro)
Melhores ponteiros: Leal (SADA/Cruzeiro) e Rapha (Vivo/Minas)
Melhores centrais: Isac (SADA/Cruzeiro) e Ramos (UPCN)
Melhor líbero: Garrocq (UPCN)

Uma pena que o capitão e levantador William Arjona não esteja presente na seleção do Sulameircano. Ele jogou muita bola.

Parabéns ao SADA/Cruzeiro por mais esta conquista! Que esta seja mais uma de muitas!

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Leia mais:

Saque Viagem- Sada conquista de forma heroica o bicampeonato: http://www.saqueviagem.com.br/volei/noticias_detalhe.php?idPost=13361334

Saque Viagem- Wallace é eleito o melhor jogador do campeonato: http://www.saqueviagem.com.br/volei/noticias_detalhe.php?idPost=13366210

Melhor do Vôlei- Em virada história, Sada Cruzeiro vence UPCN e conquista o título sul-americano masculino: http://www.melhordovolei.com.br/index.php/noticias/nacional/item/7617-em-virada-historia-sada-cruzeiro-vence-upcn-e-conquista-o-titulo-sul-americano-masculino

É Bom Ver o Borussia Novamente

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Hoje o Borussia Dortmund entra em campo contra o Zenit, a ser realizado no Petrovsky Stadium. O horário é um pouco ingrato (14:00h), mas foi o horário que a UEFA determinou em função do fuso horário local.

Como sempre, a minha torcida é para o melhor futebol, representado pelo time aurinegro com seu toque de bola elegante e artístico. O Borussia cometeu alguns tropeços em decorrência dos desfalques na zaga e meio-de-campo. O treinador Jürgen Klopp vem tendo muito trabalho para não deixar a peteca cair nesse cenário.

Muitos deram as costas ao Borussia Dortumnd após a queda de rendimento nesta temporada. Prova disto: visitei algumas lojas de artigos esportivos e as camisas vêm sobrando nas prateleiras. Está relativamente fácil encontrar os dois uniformes, mostrando que a procura não é mais tão grande quanto na temporada passada.

Atletas e comissão técnica do Dortmund já parecem ter se conformado com a supremacia do Bayern München na Bundeliga 2013-14. O rival bávaro abriu 20 pontos de diferença em relação à equipe do Vale do Ruhr. Não obstante, o Bayern levou dois dos principais jogadores do BVB, Götze e Lewandowski (este último a partir da próxima temporada). Resta ao time aurinegro concentrar suas atenções na DFB Pokal e, principalmente, na Champions, competição que a equipe faturou em 1997.

O adversário é o Zenit, que não poupou despesas para tirar Axel Witsel do Benfica e Hulk do Porto. Mesmo assim, o time russo não conseguiu superar o "humilde" Atlético de Madrid em sua chave. O Dortmund, por sua vez, terminou como líder em seu grupo mas só conseguiu se classificar na sorte -precisava vencer o Marseille e ainda superar o Napoli e o Arsenal no saldo de gols. O gol salvador de Grosskreutz e o tropeço dos Gunners possibilitaram que o time amarelo encontrasse um rival teoricamente menos difícil nas oitavas.

Se o futebol elegante cheio de desfalques irá prevalecer sobre as cifras milionárias dos russos? Descobriremos hoje às 14:00h, no canal Esporte Interativo!

Experimentar É Preciso

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Do clássico entre São Paulo e Santos, vou falar algumas poucas coisas: foi uma partida intensa, movimentada e com equipes um pouco menos pragmáticas. Em termos técnicos, no entanto, os dois times foram lastimáveis, com muitos passes errados, finalizações erradas e muitas, mas muitas faltas. Destaque da partida só para os goleiros Rogério Ceni e Aranha (que fizeram grandes defesas) e para o lateral Álvaro Pereira (esforçado, versátil, mas precisa ser mais prudente na marcação para não levar cartões).

O clássico, no entanto, serviu para os treinadores experimentarem e chegarem a conclusões que, espero, sirvam para dar algum rumo aos times.

No São Paulo, concluímos definitivamente que a equipe tem que jogar com três zagueiros. Paulo Miranda, Rodrigo Caio (alternando entre as funções de primeiro volante e zagueiro central) e Antônio Carlos juntos deram mais segurança à defesa, permitiram que os laterais Douglas e Álvaro Pereira participassem mais lá na frente e facilitaram a vida do goleiro Rogério Ceni. E os três atacantes (Pabón, Luis Fabiano e Osvaldo) não deram descanso à zaga santista. Não marcaram gols, mas podem melhorar assim que ganharem entrosamento e aprenderem a jogar coletivamente. Só acho que Muricy deveria ter colocado Ganso desde o início e sacado Souza para colocar Maicon em campo, mas deve ter feito isso para tirar um pouco da pressão do camisa 10 ao enfrentar seu ex-clube.

Pelo Santos, acho que o treinador Oswaldo de Oliveira deveria continuar apostando nos Meninos da Vila. Quando o garoto Gabriel entrou no final do segundo tempo, ele colocou fogo na partida e foi muito mais efetivo que o medalhão do Leandro Damião. Querem ajudar o ex-jogador do Inter a voltar à Seleção, mas acho que a prioridade deveria ser o clube e não um jogador só. E Oswaldo conseguiu ser expulso apesar de toda a sua experiência. Um líder não pode agir assim, Oswaldo: sendo o comandante, o treinador deve ser exemplo para seus comandados.

Vamos ver se o empate serviu para clarear um pouco as ideias dos "professores". Apesar das críticas que fiz, aprovo as tentativas de mudanças feitas pelos treinadores. Jamais teremos conclusões se não experimentarmos possibilidades.

Os Grandes Heróis Brasileiros de Sochi 2014

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Este será meu único post a respeito dos Jogos Olímpicos de Inverno, que foram realizados em Sochi, Rússia. Eu poderia falar de medalhistas que fizeram bonito no frio russo, dos recordes que foram quebrados ou das minhas categorias preferidas (curling e bobsled).

Eu, no entanto, resolvi exaltar a coragem e esforço da delegação brasileira em solo russo. Não temos tradição nas olimpíadas de inverno e a nossa mera participação já pode ser considerada um grande feito.

Jhonatan Longhi (esqui alpino slalom gigante e slalom), Maya Harrisson (esqui alpino slalom gigante e slalom), Jaqueline Mourão (biatlo sprint, biatlo individual e esqui cross-country sprint), Edson Bindilatti, Fábio Gonçalves Silva, Edson Martins, Odirlei Pessoni (bobsled para quatro pessoas), Fabiana Santos, Sally da Silva (bobsled para duas pessoas), Leandro Ribela (esqui cross-country), Joselane Santos (esqui freestyle aéreo), Isabel Clark Ribeiro (snowboard cross-country sprint) e Isadora Williams (patinação artística individual) foram os heróis que lutaram contra todas as adversidades (falta de patrocínio, de infra-estrutura para treinar, de incentivos do governo) e carregaram a nossa bandeira nas gélidas terras russas.

Herói para mim não é necessariamente aquele que traz medalhas e troféus. O Mestre Johan Cruyff, por exemplo, nunca ganhou uma Copa do Mundo com sua Holanda, mas ele é um grande herói para mim.

Herói para mim é aquele que luta contra todas as adversidades, incluindo a falta de apoio e de incentivo, e consegue cumprir seu grande objetivo. Foi o caso de nossos pouco conhecidos atletas olímpicos de inverno que pouco recebem atenção da mídia ou do governo e, mesmo assim, carregam com orgulho a missão de representar o nosso país, mesmo sabendo que as chances de medalhas eram pequenas e que dificilmente teriam o reconhecimento por seu esforço.

Obviamente, alguns de nós sequer estamos dando importância para os que representaram nossa nação lá em Sochi. Pudera, eles dificilmente trariam medalhas e a visibilidade daqueles atletas é tão pequena e, portanto, não trariam nenhum retorno financeiro. Por que deveríamos, então, apoiá-los?

Deveríamos torcer por eles porque é uma grande honra representar um país em um evento esportivo. Vejam as fotos e vídeos de quando o Bayern München ganhou sua quinta Champions League: cada atleta fez questão de exibir a bandeira de seu respectivo país de origem durante a cerimônia de premiação, inclusive os nossos brasileiros Dante, Rafinha e Luiz Gustavo.

Deveríamos torcer por eles porque os "desconhecidos" atletas brasileiros estão justamente remando contra a maré da falte de incentivos, tentando colocar o nosso esporte no mapa dos jogos olímpicos de inverno e, com isso, aumentar os investimentos em suas respectivas modalidades. É extremamente complicado conseguir obter um índice olímpico sem infra-estrutura ou verba. Mesmo assim, eles deixaram centenas de adversários para trás e ganharam o direito de exibir a nossa bandeira em Sochi.

É claro que os "desconhecidos" atletas queriam medalhas, mesmo que fosse um "mero" bronze. Mas poucos querem apostar neles. Preferem a "certeza" de modalidades como o futebol do que investir em algo que só traria retorno a longo prazo. Azar do nosso esporte.

Parabéns aos heróis brasileiros de Sochi 2014! Vocês honraram nossa bandeira e este blogueiro está orgulhoso de seu empenho e esforço!

Guerreiros, no Bom Sentido

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Exitem dois tipos de guerreiros no esporte: os que não sabem ser esportistas e só querem arrumar briga, e aqueles que são cientes de suas limitações técnicas ou financeiras e lutam pela vitória com todas as suas forças mesmo assim. E esta última definição se aplica ao RJ/Rio de Janeiro ontem ao derrotar o SESI-SP por 3x2 sets (parciais de 18-21, 21-18, 22-20, 12-21, e 22-20) em plena Vila Leopoldina. O ponteiro Rodriguinho foi eleito o melhor em quadra.

O Rio de Janeiro vem passando por sérias dificuldades desde que o patrocinador retirou o apoio ao time em virtude de uma crise. Desde então, o time carioca não consegue cumprir os vencimentos e perdeu atletas importantes, como o levantador Bruninho. O desempenho da equipe também caiu e o treinador Marcelo Fronckowiak (que não esteve no banco ontem devido a uma suspensão) chegou a desabafar a respeito da situação do time durante entrevista.

O time carioca ainda teria pela frente o fortíssimo SESI, que sofrera apenas duas derrota na Superliga 2013-14 (uma para o SADA/Cruzeiro e outra para o Vivo/Minas), estava brigando pela liderança e contava com grandes atletas como Lucão, Serginho e Murilo.

O Rio de Janeiro, no entanto, lutou com todos os recursos disponíveis até o final. Perdeu o primeiro set para os donos da casa e virou o jogo para 2x1 sets. A equipe carioca colocou o coração em jogo e promoveu um dos tie-breaks mais emocionantes que eu já vi, salvando vários match points. A última parcial fechou em 22-20. A luta por uma vaga no mata-mata e a esperança por dias melhores para o clube parecia ter motivado os jogadores a se dedicarem em quadra, mesmo com as dificuldades financeiras.

Que o esforço dos valorosos garotos do RJ/Rio de Janeiro não tenha sido em vão e que o clube volte a ter dias melhores. Os atletas do Rio foram guerreiros em quadra, no bom sentido.


Leia mais:

Melhor do Vôlei- Com auxiliar de técnico e apenas dois reservas, RJ Vôlei surpreende Sesi em SP: http://www.melhordovolei.com.br/index.php/noticias/nacional/item/7614-com-auxiliar-de-tecnico-e-apenas-dois-reservas-rj-volei-surpreende-sesi-em-sp

Eles Também Erram, Sabia?

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O Barcelona foi derrotado pela Real Sociedad por 3x1, com gols de Messi pelo Barça e Song (contra), Griezmann e Zurutuza anotaram pelos Txiri Urdin. Com o resultado mais a vitória do Real Madrid, os Blaugranas perderam a liderança para os Merengues.

Como um bom modinha, eu deveria colocar fogo na minha camisa do Barcelona, xingar os atletas e pedir a cabeça do treinador Tata Martino aqui no meu blog, certo? Ou será que eu deveria ir lá no Camp Nou dizer que os jogadores não têm amor à camisa, quebrar tudo pelo caminho e ameaçar os atletas?

Errado. Como vocês puderam ler, mesmo o poderoso Barcelona e seu grande elenco também tem dias ruins. Eles não vão estar bem em campo durante todos os jogos. O Barça vai tropeçar, da mesma forma que o meu São Paulo, o Corinthians, o Palmeiras e o Santos. Não vou deixar de apoiar o belo e elegante futebol catalão só porque o time perdeu a ponta da tabela para o Real. Tem muito chão pela frente ainda.

Eu, inclusive, passei no Facebook oficial do Barcelona e não encontrei nenhum comentário insultando os atletas ou o treinador. O torcedor catalão tem consciência de que este é o momento de apoiar a equipe e se a derrota para os bascos se transformar em crise, toda a temporada estará arruinada, inclusive o sonhado pentacampeonato da Champions League.

E nós? O que temos feito por nossos times? Já me cansei de dizer que torcedor tem o direito de protestar, mas o momento em que os atletas mais precisam de apoio é justamente durante as derrotas, durante as crises. Torcer para um time apenas nos momentos de glória e dar as costas durante as tempestades é o mesmo que você só ajudar seu "amigo" quando ele está em um bom momento mas ignorá-lo quando implora por ajuda.

Nenhum jogador gosta de perder e eles não precisam de insultos para aumentar ainda mais a dor de uma derrota.

E as Olimpíadas, Hein?

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Às vésperas do início da Copa do Mundo de 2014, ainda temos estádios por concluir. Sabíamos desde 2007 que o Brasil seria sede de um evento de tamanha grandeza e, mesmo assim, fizemos como "bons brasileiros" e deixamos tudo para a última hora. E isso porque estou falando apenas nos estádios, não tenho notícias de como anda a infra-estrutura de aeroportos, transportes, hospedagens, entre outros detalhes que ficam esquecidos no auê do futebol.

Foi impossível não pensar em como está a preparação do Brasil para os Jogos Olímpicos de 2016. Nosso país foi escolhido para sediar as olimpíadas em 2009, dois anos após o anúncio da Copa de 2014.

Em princípio, não seriam necessárias grandes obras para acomodar as olimpíadas, afinal o Rio de Janeiro sediou os Jogos Pan-Americanos de 2007 e, portanto, haveria infra-estrutura adequada para a realização do evento.

As Olimpíadas, no entanto, são um evento muito maior que o Pan e, portanto, requerem muito mais responsabilidade na sua elaboração e também na execução. Estarão presentes atletas do mundo inteiro, incluindo alguns grandes astros do vôlei, basquete, natação, tênis e outros. Algumas modalidades como o futebol não contarão com seus principais atletas para o evento, mas para um esportista pouco importa se as federações dão ou não importância para os jogos: eles querem representar seu país.

Por falar em esportistas, o Brasil, como país-sede, terá representantes em todas as modalidades esportivas em 2016. Isso seria ótimo, se tivéssemos investimentos e preparação adequada para nossos atletas. Mas na maioria das modalidades brasileiras, um esportista precisa custear tudo de seu próprio bolso, incluindo treinamento, equipamento, viagens e taxa de inscrição para as provas. Alguns, inclusive, precisam implorar pela sensibilidade de governantes e patrocinadores para obterem recursos pelo simples direito de competir. Veja se em países como Estados Unidos, Rússia, China, Cuba e outros bichos-papões de medalhas isso acontece. Nossos atletas correm o risco de passar vergonha em seu próprio país e terminar vaiados pelo passional torcedor brasileiro, que não costuma poupar críticas a esportistas que terminam derrotados.

Espero profundamente que eu esteja me preocupando a toa, mas observando como a realização da Copa do Mundo vem sendo executada, teremos fortes emoções nas Olimpíadas antes mesmo de seu início.

Será que Eles Não Cansam?

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Quem vê os 17 anos de Arsène Wenger à frente do Arsenal, não fica nem um pouco surpreso com o tempo de comando de Zé Roberto (quatro anos na Seleção Masculina de vôlei e onze na Feminina) e de Bernardinho (seis anos na Seleção Feminina e treze na Masculina). Sob o comando dos dois, ambas as seleções já conquistaram praticamente tudo o que era possível. E devem faturar ainda mais troféus, uma vez que nossos times continuam estão muito bem.

Ambos os treinadores comandam nossas seleções desde os anos noventa. Mas eu sempre me questiono: será que eles não cansam? Será que uma hora não entram em decadência?

Pergunta muito difícil de se responder. Podemos, novamente, invocar os exemplos do já aposentado Alex Ferguson (que continuou conquistando títulos mesmo às vésperas da aposentadoria) e de Arsène Wenger (que ainda consegue manter o Arsenal na luta, apesar do jejum de títulos). Ou seja, treinadores que ficam uma eternidade em seus cargos não necessariamente ficam ultrapassados ou desgastados.

O estilo de jogo dos treinadores também não apresenta sinais de estar ultrapassado. Ambas as seleções vêm apresentando eficiência e continuam fazendo grandes campanhas. A Seleção Feminina venceu todos os títulos que disputou no ano passado, enquanto o Masculino venceu Sulamericano, Copa dos Campeões e foi vice na Liga Mundial. Ademais, a renovação nos elencos vem sendo constante, com substituição gradual dos atletas mais experientes por jogadores (ou jogadoras) mais jovens.

Os dois treinadores estão na casa dos 50 anos (Zé Roberto fará 60 em 2014 e Bernardinho terá 55), idade considerada mediana para treinadores -só para comparação, Alex Feguson se aposentou com 72 anos e Jupp Heynckes deixou o banco de reservas com 68. Se utilizarmos os vitoriosos treinadores de futebol como parâmetro, Zé Roberto e Bernardinho deverão prestar mais oito ou dez anos de serviço às nossas seleções (Wenger está com 64).

Como pudemos ver, Zé Roberto e Bernardinho ainda terão muito a contribuir com o vôlei brasileiro. E eu acredito que mesmo após a aposentadoria dos vitoriosos treinadores, eles continuarão a ajudar a categoria. Quem sabe eles não se tornem, por exemplo, dirigentes e ajudem a modalidade a manter a hegemonia no esporte?

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Aprendam a Torcer com o Molico, Organizadas

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Eu admiro muitas torcidas pelo mundo afora. Gosto muito da torcida do Borussia Dortmund que deu um belo espetáculo na Champions League da temporada passada. também aprecio alguns torcedores pacíficos do Liverpool, que cantam e apoiam o time nos bons e maus momentos.

Nenhuma torcida, no entanto, me impressionou mais do que a do meu Molico/Nestlé. A torcida sempre faz muito barulho e pressiona as rivais. O melhor, contudo, apareceu em um dos momentos mais adversos do time, quando a equipe de Osasco foi derrotada em casa pelo SESI. A torcida xingou? Calou? Nada disso. Continuou apoiando a equipe do mesmo jeito. E continua comparecendo em peso no Ginásio José Liberatti. Nada de modismo.

Muito mais do que celebrar os bons momentos de um time, é importante apoiar a equipe nos maus momentos. Os momentos de crise são justamente os instantes em que as equipes mais precisam de apoio.

As "torcidas" do futebol, no entanto, quase sempre dão o mau exemplo. Já começam a vaiar o próprio time no primeiro passe errado, ficam "vigiando" os atletas (como se jogadores não fossem seres humanos e não tivesse o direito de se divertirem) e ainda alguns tentam ameaçar ou agredir os próprios futebolistas.

Se uma equipe vive um momento de crise, como ela pode se recuperar se não tem apoio? Já escrevi que o torcedor tem o direito de protestar quando o time joga mal, mas eu não conheço nenhuma pessoa que tenha melhorado após sofrer violência de qualquer natureza.

Pode ter a certeza que o torcedor do Molico foi fundamental para que aquela derrota não se transformasse em crise e arruinasse toda a temporada. O apoio em um momento tão difícil ajudou a equipe a se superar e seguir o caminho. Tanto que o Molico derrotou o próprio SESI duas semanas depois em plena Vila Leopoldina. E o torcedor de Osasco estava lá fazendo barulho, mesmo estando na casa das rivais.

Sempre digo que o futebol tem muito a aprender com o vôlei. E, pelo jeito, o torcedor também.

Uma Seleção que Não Representa seu Futebol

Imagem extraída de http://www.facebook.com/CBF

A Seleção Brasileira será formada apenas por atletas que atuam no exterior na Copa do Mundo, salvo dois ou três nomes. Essa tem sido a realidade de nossa seleção nos últimos anos.

Gostem ou não, o futebol europeu é muito melhor que o brasileiro. Mesmo os times que se apoiam em brucutus jogam um futebol muito melhor que qualquer equipe aqui do Brasil.

Não é exagero dizer que a Seleção Brasileira não representa o futebol jogado no Brasil. Talvez, apenas pelo fato do treinador, o senhor Luiz Felipe Scolari, priorizar a marcação e o jogo físico, não vejo traços do atual futebol brasileiro na Seleção.

Óbvio que muitos criticam o fato de poucos atletas que atuam no futebol brasileiro tenham chances na Seleção, mas que tal observarmos os nossos times jogando? Alguma equipe sabe atuar de maneira coletiva? Só o Cruzeiro e, talvez, o Atlético Mineiro. Nossos times sabem criar chances de gol? Só em bola parada ou na correria -não considero um chutão aleatório em direção à área uma jogada. Estamos formando novos talentos? Nós escolhemos jogadores muito mais pela suas características físicas do que pelas técnicas e ainda só contratamos por influência de empresários, colocando interesses pessoais ou políticos acima dos clubes. E por aí vai. Basta deixar de lado o fanatismo pelo seu clube de coração que a realidade aparece.

Como escrevi em outro post, precisamos da ajuda dos clubes europeus para que nossa Seleção possa competir com grandes adversários. Somos dependentes da Europa e, no fundo, todos nós reconhecemos que o talento brasileiro depende dos gramados europeus para se desenvolver. Os que ficam, são caçados impiedosamente pelos defensores brucutus.

Enquanto o nível do nosso futebol não melhorar, nós dependeremos da Europa para formarmos uma Seleção capaz de enfrentar nossos grandes rivais de igual par igual. E, enquanto isso, a Seleção não representará o futebol brasileiro.

Grandes e Pequenos

Imagem extraída do Facebook oficial da Seleção Francesa- http://www.facebook.com/equipedefrance

Assistindo aos jogos, fico pensando: por que mesmo equipes grandes e em excelente fase abusam da cautela quando se deparam com adversários considerados fortes? Exemplos não faltas: a França quando cruzou com a Espanha, o Chelsea quando enfrentou o Manchester City, os grandes times de São Paulo durante os clássicos, ...

Obvio que quando o adversário é forte, todo o cuidado é pouco. É sempre necessário manter a posse da bola e fechar os espaços quando o rival tem a redonda. Mas deixar a equipe recuada o tempo todo e ficar apostando apenas em contra-ataques só mostra que o rival é superior. Desmerece a própria equipe diante do adversário.

O meu São Paulo, por exemplo, tem jogadores de qualidade para manter a posse da bola e pressionar o rival, mas os últimos treinadores que comandaram o clube (Ney Franco, Autuori, Muricy, ...) preferem priorizar a cautela do que surpreender o adversário que, no fundo, também está com medo do Tricolor. Idem para o Palmeiras de Gilson Kleina e seu esquema sem criatividade e sem graça: é um desperdício ter dois meias da qualidade de Valdívia e Mendieta e só colocá-los para jogar juntos no final do segundo tempo. E o que dizer do Chelsea de Mourinho, que tem Hazard, Willian e Oscar, mas entra em campo com cinco defensores e dois volantes?

O Barcelona e o Manchester City deram uma aula de futebol na última terça-feira. As duas equipes jogaram no ataque, cometeram poucas faltas quando não tinham a bola e me entretiveram durante toda a partida, principalmente no segundo tempo, quando o francês Samir Nasri entrou. Digo que nem mesmo a expulsão de Demichelis atrapalhou o desempenho do City -a vitória do Barça teve muitos méritos do goleiro Valdés.

Nasri, aliás, é um dos atletas da Seleção Francesa que mais aprecio. Gosto de seu estilo de jogo, veloz, incisivo e com alguns dribles. Não faltam jogadores de bola na França. Além de Nasri, temos Benzema, Giroud e o grande Ribéry, que está com a moral em alta com os recentes títulos do Bayern München.

Com tantos bons jogadores a disposição, espero que a França venha para o Brasil e jogue como um time grande quando cruzar com adversários de respeito, e não como uma equipe pequena fugindo do rebaixamento.

Cadê o Futebol?

Imagem extraída do site oficial do Atlético de Madrid- http://www.clubatleticodemadrid.com/

Fiquei surpreso, no mau sentido, que as emissoras tenham decidido exibir o jogo Milan X Atlético de Madrid ao invés de Arsenal X Bayern München. Nada contra os Rossoneri e os Rojiblancos, mas a partida entre Gunners (que jogam um futebol elegante e vivem grande fase) e bávaros (que são os atuais campeões) seria muito mais atraente do que ver um Milan em má fase recebendo um Atlético que deixou a liderança da Liga BBVA escapar após tropeçar em equipes nanicas.

O jogo no San Siro foi um festival de faltas, correria, chutões, muita pegada e pouco futebol. O Atlético tinha meias de qualidade como Turan, Gabi e Diego para trocar passes e envolver o Milan, mas o treinador Simeone decidiu colocar mais volantes para jogar na cautela. Do time italiano, eu não esperava nada mesmo, uma vez que a equipe está em má fase e seus atletas se notabilizam muito mais pela força do que pela técnica.

Só no finalzinho da partida eu vi um pouquinho de futebol, com o Atlético jogando com a bola no chão e trocando passes no campo de ataque. Diego Costa fez o gol da vitória e quase fez outro de bicicleta. O goleiro Thibault Courtois, com suas grandes defesas, também teve méritos na partida. Dizem que o clube madrilenho irá oferecer Diego Costa ao Chelsea para ficar com o arqueiro (que está emprestado pelo clube londrino) em definitivo. Honestamente, eu acho uma excelente ideia.

No outro jogo da tarde, o Bayern derrotou o Arsenal no Emirates Stadium. Müller e Kroos anotaram os gols. A partida teve ainda Özil e Alaba desperdiçando cobranças de pênalti. E o goleiro do Arsenal, Wojciech Szczęsny, foi expulso após cometer a falta que gerou o pênalti perdido por Alaba, obrigando os Gunners a atuarem com um jogador a menos durante boa parte do jogo.

O Brasil Está Órfão de Sócrates

Imagem extraída do Facebook oficial de Raí- http://www.facebook.com/rai10oficial

Doutor Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira. Médico, craque com a bola e, por que não, pensador, assim como o filósofo grego homônimo.

Hoje ele completaria 60 anos. E o futebol sente muito sua falta, seja pelos seu talento com a bola, seja com a sua genialidade com as palavras. O Doutor era um dos pouquíssimos jogadores a apresentar tamanha consciência política e coragem para contestar o Regime Militar em uma época em que pessoas consideradas subversivas desapareciam nos porões da ditadura.

Não apenas o futebol, mas o Brasil inteiro perdeu uma de suas grandes cabeças pensantes. Estamos cada vez mais pobres no que se refere às habilidades de questionar e contestar. Nossas escolas e universidades estão cada vez mais preocupadas em números e lucros a curto prazo ao invés de formar alunos capazes de pensar e solucionar problemas. Seria magnífico que o brasileiro tivesse ao menos a mentalidade do nosso saudoso Doutor Sócrates.

Eu gostaria muito que o Doutor Sócrates estivesse vivo. Adoraria ouvir suas opiniões a respeito de nosso momento político atual, dos protestos de 2013, da Copa do Mundo de 2014, do movimento Bom Senso FC, ...

Feliz aniversário, Doutor Sócrates! Seja feliz onde quer que você esteja!

Aprendam, "Professores"!

Imagem extraída do Facebook oficial do Barcelona- http://www.facebook.com/fcbarcelona

Bendito canal Esporte Interativo! Foi graças ao canal que eu pude acompanhar o magnífico embate entre Manchester City e Barcelona, em partida válida pelas oitavas de final da Champions League. E que espetáculo, com ambos os times jogando no ataque e trocando passes! Diferente do que esperava, os ingleses foram bastante ofensivos e pouco pragmáticos. Jogos assim dão gosto de ver.

O Barcelona manteve-se fiel ao seu Tiki-Taka. Bom saber que o treinador Gerardo Martino manteve o estilo que consagrou a equipe e encanta os fãs do futebol-arte. E o que é aquele Messi? O baixinho sempre encontra espaço para articular uma jogada ou um passe mesmo com tantos grandões colados nele. Movimentação, passes precisos, visão de jogo e, claro, potentes chutes de pé esquerdo. Valdés também estava em um dia inspirado e fez grandes defesas. Eu considero o goleiro catalão como o nome do jogo.

Pelo City, só lamentei que o meia francês Samir Nasri não tenha começado jogando. Quando ele entrou, o time azul ficou ainda mais veloz e perigoso, mesmo tendo um jogador a menos (Demichelis foi expulso no começo do segundo tempo após falta no compatriota Messi). O baixinho David Silva é outro que joga muita bola. Acho que os Citizens nem sentiram tanto a falta de Agüero, o craque do time que está afastado por lesão. O time inglês não deixou de criar chances de gol, tocar a bola e de se movimentar em campo.

Ainda que o Manchester tenha sido derrotado em casa, o time teve muitos méritos em campo e mostrou que poderia superar o Barça valendo-se das mesmas armas da equipe catalão. Se fosse um treinador brasileiro à frente do City, podem ter a certeza que o "professor" enfrentaria o Barcelona só na defesa, nos contra-ataques e tentando buscar o gol na bola parada.

Valeu a pena esperar, afinal. O melhor futebol do mundo está de volta. E foi só a primeira partida do ano. Deve vir muito mais pela frente.

Agora É que São Eles

Imagem extraída de http://www.facebook.com/SadaCruzeiro

Os eternos rivais SADA/Cruzeiro e Vivo/Minas irão participar do Sulameircano de Clubes, a ser realizado entre 19 a 23 de fevereiro, em Belo Horizonte. E eles terão encontro marcado ainda na fase de grupos, durante a sexta-feira (dia 21/02), às 19:00h.

O Vivo, por ter o mando de quadra, garantiu vaga automática para a competição, enquanto o SADA se classificou com o título da Copa Brasil, realizada em janeiro.

Serão oito times da América do Sul, divididos em dois grupos. Os dois melhores disputarão as semifinais (a serem realizadas no dia 22 (sábado) e a final será disputada no dia 23 (domingo). Confira abaixo a programação das partidas (informações extraídas do site da CSV- Confederação Sulamericana de Vôlei):


Grupo A

Boca Juniors (Argentina)

Club Liga Nacional (Peru)

UPCN (Argentina)

Club Universidad La Salle (Bolívia)



Grupo B

SADA/Cruzeiro (Brasil)

Nacional (Uruguai)

Vivo/Minas (Brasil)

Club ADO (Chile)



Partidas:

Quarta, 19/02

15h – Boca Juniors (ARG) x Club Liga Nacional (PER)

17h – Sada Cruzeiro (BRA) x Nacional (URU)

19:30h – Vivo/Minas (BRA) x Club ADO (CHI)

21:30h – UPCN (ARG) x Club Universidad La Salle (BOL)


Quinta, 20/02

15h – Boca Juniors (ARG) x Club Universidad La Salle (BOL)

17h – SADA/Cruzeiro (BRA) x Club ADO (CHI)

19h – Vivo/Minas (BRA) x Club Liga Nacional (PER)

21h – UPCN (ARG) x Nacional (URU)


Sexta, 21/02

15h – Nacional (URU) x Club ADO (CHI)

17h – Club Liga Nacional (PER) x Club Universidad La Salle (BOL)

19h – Vivo/Minas (BRA) x SADA/Cruzeiro (BRA)

21h – Boca Juniors (ARG) x UPCN (ARG)


Sábado, 22/02

Semifinais:

15h - 4º colocado do Grupo A x 4º colocado do Grupo B

17h - 3º colocado do Grupo A x 3º colocado do Grupo B

19h - 2º colocado do Grupo A x 1º colocado do Grupo B

21h - 1º colocado do Grupo A x 2º colocado do Grupo B


Domingo, 23/02

17h30 – Disputa 3° lugar

20h30 – Final


As partidas, em princípio, não serão exibidas na televisão, mas você pode assistir aos jogos no site da CSV (http://voleysur.org/v1/transmision-campeonatos-csv.asp).

Boa sorte aos nossos times e que nossos meninos, sejam eles do SADA ou do Vivo, consigam o título e a vaga para o mundial!


Leia mais:

Confederación Sudamericana de Voleibol (site oficial)- SUDAMERICANO DE CLUBES MASCULINO: Será disputado en la Arena JK, en Belo Horizonte: http://voleysur.org/v1/noticias_esp.asp?id=3221

É Assim que se Faz, Sheilla!

Imagem extraída do Facebook oficial do Molico Nestlé- http://www.facebook.com/moliconestle

Não estava pretendendo escrever um post a respeito de vôlei hoje, afinal eu estava louco para fazer uma resenha sobre a vitória do meu Barcelona sobre o City por 2x0 (o texto será publicado amanhã).

Eu, no entanto, não poderia deixar de dedicar uma resenha para a oposta Sheilla (foto acima, com a camisa 13) que deu um grande exemplo de espírito esportivo em quadra após a vitória por 3x1 sets sobre o SESI-SP (parciais de 21-18, 22-24, 15-21 e 21-17). A jogadora mineira foi eleita a melhor em quadra, embora eu acredite que as ponteiras Sanja Malagurski e Caterina Bosetti tenham se destacado mais na partida de ontem.

Sheilla, após receber seu troféu Viva Vôlei, autografou a camisa de um menino vestindo uma roupa do SESI e ainda tirou uma foto com o garotinho. Quantos esportistas, independente da categoria, tomam esse tipo de atitude? O único que me vem a cabeça é o futebolista Valdívia, que presenteou uma torcedora do São Paulo com sua camisa no ano passado. Isso sim é demonstrar espírito esportivo, mostrando que a rivalidade com as adversárias fica restrita às quadras.

Por falar nisso, é impressionante o entrosamento das jogadoras na Seleção, mesmo atuando por diferentes clubes considerados rivais históricos. Imagine como seria o desempenho do Brasil se as atletas levassem a rivalidade além das quatro linhas...

Imagem extraída de http://www.facebook.com/SheillaCastroVolei

Leia mais:

Melhor do Vôlei- Com revanche ou não, Molico Osasco vence Sesi e segue sem perder na Superliga: http://www.melhordovolei.com.br/index.php/noticias/nacional/item/7555-com-revanche-ou-nao-molico-osasco-vence-sesi-e-segue-sem-perder-na-superliga

Finalmente!

Imagem extraída do Facebook oficial do Barcelona- http://www.facebook.com/fcbarcelona

Após um longo e tenebroso inverno europeu, finalmente as melhores equipes do continente irão se enfrentar para decidir quem será o dono da "orelhuda" na temporada 2013-14.

Entrarão em campo hoje o Bayer Leverkussen contra o PSG (na Bay Arena) e o Manchester City contra o Barcelona.

O grande destaque desta terça, contudo, será o duelo entre o Manchester City que recebe o meu Barcelona no City of Manchester. Será um grande duelo e, espero, com futebol de altíssimo nível.

O City não tem exatamente um futebol bonito, mas joga no ataque e tem muitos atletas de qualidade, como o volante/zagueiro Yaya Touré (que já foi jogador do Barça), o atacante Sergio Agüero (que deve desfalcar o City por lesão) e os alas Samir Nasri e David Silva. Também gosto muito do centroavante bósnio Edin Džeko, que trabalha na recuperação de seu país natal e também prega mensagens de paz com seus colegas sérvios do Manchester City (lembrando, Sérvia e Bósnia-Hezergovina foram inimigos durante as guerras de fragmentação da antiga Iugoslávia).

Sobre o Barça eu nem preciso me alongar muito. Basta dizer que ainda é o melhor e mais respeitado estilo de futebol do mundo. Tanto é verdade que até mesmo o poderoso Bayern München veio atrás de Guardiola para implantar o Tiki-Taka na Bavária.

Meu único temor é que o City esqueça sua atitude ofensiva em campo e se apoie no pragmatismo, como a maioria dos rivais do Barça e da Espanha costumam fazer. Lamentável ver tantas equipes com elencos de qualidade fazendo aquela paródia do catenaccio para amarrar o belo futebol catalão. O próprio time azul sentiu isso quando enfrentou o Chelsea na Premier League e encontrou uma equipe com cinco defensores e dois volantes.

Que vença o melhor, mas minha torcida é sempre para as equipes que jogam um bom futebol. E este é o caso do Barcelona e do Borussia Dortmund.

Que Saudades do Vôlei Futuro!

Imagem extraída de http://www.facebook.com/VoleiFuturo

Neste final de semana, eu assisti à esfuziante partida entre Moda Maringá e São Bernardo. Ambos os times contavam com ex-atletas do Vôlei Futuro, clube com sede em Araçatuba que precisou encerrar as atividades no vôlei profissional devido a falta de patrocínio.

Pelo Moda Maringá, estavam o levantador Ricardinho e o oposto Lorena. Pelo Bernô, estavam o central Michael e oposto Leozão. A antiga equipe do interior paulista ainda contava com o oposto Leandro Vissotto (atualmente na Coréia do Sul), o levantador Camejo (atualmente na Rússia), o central Lucão (hoje no SESI-SP) e o líbero Mário Jr. (atualmente no RJ-Rio de Janeiro).

A partida que marcou a estréia do treinador Horacio Dileo pelo Moda, terminou com vitória da equipe do ABC por 3x1 sets (parciais de 9/21, 21/19, 21/18 e 21/18). Michael, que andava em baixa e esquentando banco, foi eleito o melhor em quadra, mostrando muita potência nos saques e nas cortadas.

Imagem extraída de http://www.facebook.com/SaoBernardoVolei

Mais do que ver um grande jogo de vôlei, marcado pela tensão, foi rever os antigos atletas do Vôlei Futuro em quadra. Não é a mesma coisa que ver o time de Araçatuba, mas serviu para matar as saudades da equipe que eu torcia no vôlei masculino -no feminino, sou torcedor do Molico Nestlé, de Osasco.

Pode parecer muito saudosismo da minha parte, mas ainda me lembro de grandes momentos da equipe que contava com uma torcida fanática e uma equipe que contava com atletas de nível de Seleção Brasileira.

A luta do Vôlei Futuro contra os preconceitos, nenhum outro clube brasileiro fez igual até hoje. Quando um de seus atletas sofreu discriminação por ser homossexual, o time entrou em campo com camisas cor-de-rosa para demonstrar apoio ao jogador. Quando um rival, Wallace (do SADA/Cruzeiro) foi chamado de "macaco" por torcedores de outro time, a equipe de Araçatuba entrou com camisas pretas para apoiar o oposto, mesmo sendo de um grupo rival. Imagino o Vôlei Futuro hoje manifestando apoio ao volante Tinga, após o incidente no Peru. A luta contra os preconceitos no esporte transcende as modalidades.

Parabéns ao Moda e ao Bernô pela excelente partida. E espero que o Vôlei Futuro tenha um novo futuro nas próximas temporadas.

Imagem extraída de http://www.facebook.com/VoleiFuturo

Leia mais:

Melhor do Vôlei- Na estreia de Dileo, São Bernardo vence ModaMaringá no Paraná e se garante nos playoffs: http://www.melhordovolei.com.br/index.php/noticias/nacional/item/7542-na-estreia-de-dileo-sao-bernardo-vence-modamaringa-no-parana-e-se-garante-nos-playoffs

Saque Viagem- S. Bernardo mela estreia de H. Dileo no Maringá: http://www.saqueviagem.com.br/noticias_detalhe.php?idPost=13308173

O Arsenal e o Liverpool Mostraram Como se Faz um Clássico

Imagem extraída do Facebook oficial do Arsenal- http://www.facebook.com/Arsenal

A respeito do clássico paulista de ontem, se é que podemos chamar aquilo de clássico, o jogo não fugiu à regra dos outros embates entre times grandes no Brasil: duas equipes com medo de ousar e se respeitando em demasia. De bom, só posso afirmar que a presença dos meias criativos (Jadson pelo Corinthians, Mendieta e Valdívia pelo Palmeiras) melhorou um pouco o futebol das equipes. Aliás, repito a pergunta que fiz em outros posts: por que o senhor Gilson Kleina só colocou o Mendieta e mandou o time atacar depois que o Timão abriu o placar? Por que não começar pressionando desde o início? Esse negócio de "respeitar" o adversário em demasia só leva a um caminho: empate seguido de empate.

Algumas horas antes, o Liverpool e o Arsenal protagonizaram um clássico de verdade. Não teve tantos gols (Oxlade-Chamberlain e Podolski pelos Gunners, e Gerrard pelos Reds), mas as equipes buscaram jogo o tempo todo, mesmo sendo uma partida válida pela FA Cup, torneio que os clubes ingleses geralmente usam para dar ritmo aos reservas (o que explica as duas equipes entrando com times mistos), mas a rivalidade e a vontade de vencer não permitia que nenhum dos dois rivais esmorecesse.

Como disseram o Caju e o Maxi Rodríguez, esse negócio de apostar no "futebol eficiente" só serve para segurar o emprego dos treinadores. Quando os "professores" precisam realizar voos mais altos, quase sempre esbarram na falta de criatividade ou de qualidade técnica de seus times, com brucutus demais e craques de menos.

Também prejudica a falta de paciência por parte de alguns dirigentes e torcedores aqui no Brasil. Ao invés de apoiarem o time e dar respaldo para que treinadores e atletas possam fazer seu trabalho com tranquilidade, os referidos vivem pressionando as equipes e sempre fazem barulho ao menor tropeço e já pedem a cabeça do técnico à primeira derrota que enfrentam. Podem ter a certeza de que se o Palmeiras ou o Corinthians tivessem perdido, já haveria pessoas pedindo a saída dos treinadores.

Comparando com a Inglaterra: no Arsenal o treinador Arsène Wenger está há mais de 15 anos à frente dos Gunners, já conquistou muitos títulos e também já fracassou várias vezes, mas os torcedores e dirigentes ainda confiam no técnico francês. No Liverpool, o técnico Brendan Rodgers não conseguiu classificar os Reds nem para a Europa League na temporada passada, mas todos sabem que ele nunca poderá melhorar o time se não tiver tempo e tranquilidade para realizar seu trabalho. O resultado já aparece na temporada 2013-14, com o time da Terra dos Beatles figurando na quarta posição da Premier League e com alguma chance de título. Lá na Europa todos sabem que técnico não faz milagre e que dirigir um time requer paciência.

Então, senhores dirigentes e torcedores brasileiros, peço por favor para que não nos deixemos levar pelo imediatismo e pelos resultados a curto prazo. Que todos nós passemos a apoiar nossos respectivos times nos bons e nos maus momentos, incluindo os treinadores.

Se os técnicos daqui tiverem a mesma estabilidade e confiança garantida aos treinadores da Europa, podem ter a certeza de que eles irão ousar mais e teremos partidas muito melhores aqui no Brasil, exatamente como foi este Arsenal X Liverpool.

Parabéns, Mestre Cruyff!

Imagem extraída do Facebook oficial do Ajax-
http://www.facebook.com/afcajax

Hoje é um dia muito especial para o futebol-arte. O Mestre Johan Cruyff foi agraciado com o prêmio Presidente da UEFA 2013 (2013 UEFA President's Award) pela sua imensa contribuição com o futebol. O prêmio foi criado em 1998 e é uma forma de reconhecimento aos grandes futebolistas e seus feitos ao esporte. Alfredo Di Stéfano, Bobby Charlton, Eusébio, Raymond Kopa, Gianni Rivera e Franz Beckenbauer foram outros homenageados com a honraria.

Eu sempre exato os feitos do Mestre. Ele foi um grande craque com a bola nos pés, atuando pelo Ajax e pelo Barcelona, além de ter sido o grande craque da Seleção Holandesa entre os anos 60 e 70. Cruyff fez parte da geração que fez a Holanda ser conhecida como "Laranja Mecânica", com aquela equipe super ofensiva, com movimentação intensa e muitas trocas de posições.

Como treinador, o Mestre foi o criador do estilo de jogo conhecido como Tiki-Taka, que serve de base para o Barcelona e também para a Seleção Espanhola. Palavras do próprio Josep Guardiola, que foi seu atleta no Barça. Cruyff também levou o Barcelona a sua primeira conquista na Champions League (antiga Copa Européia) em 1992 e ajudou um certo baixinho brasileiro a ser eleito o melhor jogador do mundo em 1994.

O Mestre também foi nomeado presidente honorário do Barcelona, mas deixou o cargo após desentendimentos com alguns dirigentes do clube catalão.

É uma pena que o Mestre tenha tido pouco espaço para realizar seu trabalho desde a saída do Barcelona. Isto acontece provavelmente porque Cruyff é muito inteligente, contestador e não abaixa a cabeça para qualquer um. Acho que aqueles que ignoram as palavras do holandês cometem um grande erro. Seu legado no futebol está mais vivo do que nunca e seu estilo de jogo continua fazendo muito sucesso. Basta observar o desempenho recente do Barcelona, Espanha e agora do Bayern München.

Parabéns, Grande Mestre! Você é um craque com a bola, com a prancheta e também com as palavras! Que os seus feitos jamais sejam esquecidos por todas as gerações de jogadores!

Imagem extraída do Facebook oficial do Ajax-http://www.facebook.com/afcajax

Leia mais:

UEFA (site oficial)- Cruyff to receive 2013 UEFA President's Award: http://www.uefa.org/about-uefa/president/news/newsid=2054848.html

O Futuro do Paulistão 2014

Imagem extraída de http://www.facebook.com/santosfc

Santos ou Palmeiras. Um destes times deve ser o campeão do Paulistão 2014 desde que, claro, os times não entrem em uma daquelas crises inesperadas no meio do caminho.

O Peixe é o time que mais me empolga do Paulistão, graças ao seu futebol leve, ofensivo e divertido. Achei que a equipe praiana fosse priorizar as contratações em detrimento aos talentos formados no próprio clube mas, felizmente, muitas pratas da casa estão entrando em campo e empolgando os admiradores do futebol-arte. Apesar de ser são-paulino, acho que o troféu ficaria muito bem na estante do Santos.

O Palmeiras não joga um futebol bonito e o treinador Gilson Kleina continua se apoiando em demasia no "futebol eficiente", com prioridade na defesa e gol na bola parada. De vitória magra em vitória magra, o "professor" deve levar o time às finais. Ainda assim, há alguns jogadores que me alegram no Verdão, como os meias Valdívia, Mendieta e um pouco o atacante Alan Kardec.

O meu São Paulo deve terminar como líder em seu grupo, mas com a bolinha que está jogando, deve parar mais uma vez nas semifinais. O time se empenha em campo, mas tem dificuldade de criar e depende em demasia dos avanços dos laterias Álvaro Pereira (esforçado) e Luis Ricardo (que ainda não mostrou a que veio). Isso sem falar que o treinador Muricy Ramalho erra ao colocar o volante Rodrigo Caio na zaga quando deveria colocar um defensor de ofício e adiantar o meio-campista para a vaga de Wellington, que está entrando mal em campo e cometendo muitas faltas desde o ano passado. De bom no meu Tricolor tem o Ganso (que é craque apesar de muitos não concordarem), o Maicon (sabe passar e jogar com a bola no chão) e o Rogério Ceni (já em fim de carreira). Digo ainda que o São Paulo só deve "acordar" no segundo semestre, como é de praxe com o time do Morumbi.

O Corinthians, por fim, é uma tristeza. Acho que o Timão não cai no Paulistão, mas corre o risco de ficar de fora do mata-mata se o time não se acertar. Confesso que não entendo como a defesa que era a melhor do Brasil tornou-se tão frágil em 2014. O treinador Mano Menezes e os atletas parecem não se entender em campo e o esforço dos jogadores não parece mais ser suficiente para manter o Coringão na briga (provavelmente porque muitos deles não têm mais físico nem idade para disputar bola a garotada). Bons de bola por lá acho que só o Renato Augusto (que vive machucado) e o Jadson (que ficou injustamente encostado no São Paulo).

Tudo em Jogo

Imagem extraída de http://www.facebook.com/sesisp.volei

Na reedição da final da Copa Brasil, o SADA/Cruzeiro recebe o SESI-SP em briga direta pela liderança. O time mineiro lidera com 52 pontos, três a mais que os paulistas. É imperativo, portanto, para os dois vencer e garantir a ponta da tabela.

O SADA terá um compromisso no Sulamericano de vôlei na próxima semana, torneio que vale vaga para o Mundial de Clubes da FIVB. Seria interessante vencer os vice-líderes para entrar na embalado na próxima semana. No jogo de hoje, o ponteiro Leal é desfalque certo por ter sido expulso na derrota para o Vivo/Minas na rodada anterior.

O SESI vem de vitória sobre o MODA Maringá. A equipe paulista vem fazendo boa campanha na temporada e justificando o bom elenco que tem a disposição. Coincidência ou não, a última derrota sofrida pela equipe da Vila Leopoldina também foi nas mãos do Vivo/Minas, pelo mesmo placar de 3x2 sets.

A partida será transmitida pelo canal pago Sportv, às 21:30h, em Contagem. No jogo de ida, realizado na Vila Leopoldina, deu SADA. Será que os paulistas conseguem devolver a derrota?

A Mesa Redonda dos Sonhos

Imagem extraída de http://www.facebook.com/JohanCruyff14

Antigamente havia o mito de que todos os jogadores de futebol eram "burros". Era muito comum afirmar que não era necessário estudar para ter sucesso no futebol.

Tal afirmação cai por terra quando observamos jogadores e ex-jogadores apresentando um grande nível de esclarecimento e de consciência política. E o mais importante: os atletas que eu menciono foram capazes de contestar políticos e dirigentes valendo-se de bons argumentos. Todos foram craques com a bola nos pés (o verbo vai para o presente no caso do Alex) e também com as palavras.

Começo mencionando o meu ídolo, o Mestre Johan Cruyff. Um craque como atleta, um gênio como treinador e um questionador com as palavras. O Mestre foi presidente de honra do Barcelona pelos seus feitos como jogador e como treinador, mas deixou o cargo após desentendimento com o ex-presidente Sandro Rosell. E o Mestre não hesitou em fazer críticas aos dirigentes por não concordar com os rumos administrativos que estavam tomando. Faltam pessoas capazes de contestar os cartolas, como fez o Mestre Cruyff.

Contestar é o que também sempre fez e o que faz o grande Paulo César Caju, um dos grandes inspiradores para este blog. Caju peitou dirigentes quando jovem e continua questionando-os em seus textos e entrevistas. O tricampeão também lutou muito contra o racismo e também para que os atletas tivessem mais reconhecimento. E continua lutando, como podemos ver nos textos que você pode acessar nos links à direita do meu blog.

Outro gênio com a bola e com as palavras é o grande Eduardo Gonçalves de Andrade, o Tostão, cujos textos você também pode acessar nos links laterais deste blog. Médico e futebolista, Tostão derruba o mito de que jogadores de futebol não precisam de estudos para serem alguém na vida. Ele teve êxito em ambas as carreiras. Sua genialidade também está presente em seus textos elegantes, críticos e cheios de figuras de linguagem. Jogadores, treinadores, dirigentes e até políticos são alvo de sua magnífica coluna.

O finado Sócrates era outro que se mostrou bem sucedido na medicina e com a bola. E que esclarecimento político aquele homem possuía, ao ponto de exigir democracia em um Brasil ainda vivendo sob a sombra da horrenda ditadura militar. Sócrates era um esquerdista convicto e grande admirador dos socialistas Fidel Castro e Che Gevara.

Maradona, assim como Sócrates, também é um grande admirador dos dois guerrilheiros, está sempre apoiando regimes políticos de esquerda e criticando os de direita. E o Pibe também nunca deixou de criticar os dirigentes de seu país pelas administrações ruins no futebol. Poucos aqui no Brasil tem a ousadia do Pibe.

A política, aliás, é o território do agora Deputado Federal Romário, que lutou por melhorias pelo país, inclusive pela ciência. Críticas muito bem fundamentadas a dirigentes de futebol e políticos são frequentes por parte do Baixinho.

E, claro, não posso deixar de fora o grande Alexandro de Souza, o Alex Cabeção, que mencionou em entrevista ao jornal Lance tudo aquilo que eu sempre quis ouvir de um atleta: esclarecimento político e críticas ao nosso futebol horrível. E sem falar que Alex deu o pontapé inicial para que o movimento Bom Senso FC nascesse e representasse a luta dos atletas por um futebol mais justo.

Imagino como seria uma mesa redonda com esses sete craques. Seria um debate recheado de cultura, política, filosofia e, claro, muito futebol. Um futebol muito bem jogado como todos eles executavam nos gramados.

Evasão em Massa

Imagem extraída de http://www.facebook.com/pauloandreoficial

Já se passaram duas semanas desde o incidente ocorrido no centro de treinamento do Corinthians. Na ocasião, atletas e funcionários teriam sido agredidos, além de alguns celulares furtados.

Três atletas, desde então, já deixaram o Timão: Alexandre Pato (está no São Paulo), Douglas (foi para o Vasco) e Paulo André (foto -foi para o Shanghai Greenland da China). O defensor deixou bem claro durante entrevista que a sua saída do Corinthians foi motivada pela violência dos torcedores que invadiram o CT há duas semanas.

A grande pergunta que eu faço: o que o Corinthians ganhou com a atitude dos supostos torcedores? A meu ver, houve mais perdas do que lucros com a saída dos atletas.

Repetindo o que escrevi em outros posts: o que falta ao Corinthians não é raça e sim futebol. Faltam aquelas coisas que eu sempre escrevo: jogo coletivo, toque de bola, ofensividade, ... Em todos os jogos do Timão que eu vi, observei muita luta e muita entrega por parte dos jogadores (ou, pelo menos, a maioria deles). Ou será que Gil, Paulo André, Ralf, Guilherme e Guerrero não têm aplicação em campo?

Em 2011, após a eliminação da Libertadores pelo Tolima, o Timão passou por situação semelhante, com torcedores arremessando pedras contra o ônibus do time. Na ocasião, a diretoria foi sábia em bancar o técnico Tite. O Timão fez um primeiro semestre aos trancos e barrancos, mas se recuperou no segundo semestre e conquistou o pentacampeonato brasileiro.

Com toda a honestidade, o Corinthians não cai no Paulistão. Talvez fique fora do mata-mata (isso também aconteceu em 2008 e 2010), mas talvez valha a pena "sacrificar" o Campeonato Paulista, ter paciência, dar apoio à equipe e esperar por ganhos a longo prazo. As coisas mudaram, o técnico mudou e atletas também passam por fases ruins.

Como escrevi, acho que o torcedor tem o direito de protestas, mas a intimidação e a violência não são os melhores argumentos para incentivar o jogador a render mais em campo. O máximo que acontece é uma saída em massa de atletas, como aconteceu em 2011.

Nas Alturas

Imagem extraída de http://www.facebook.com/atleticopr

Se eu fosse treinador ou dirigente de um desses clubes que estão disputando a Libertadores, eu colocaria os reservas ou mesmo os meninos da base para disputar os estaduais, afinal os referidos times dificilmente ficam de fora das finais regionais por pior que estejam jogando.

Enquanto isso, eu enviaria os titulares para uma excursão em alguma cidade situada na Cordilheira dos Andes -La Paz, Quito, Sucre, ...- e realizar uma pré-temporada nesses locais visando preparar os jogadores para enfrentar a altitude que sempre beneficia as equipes de Equador, Colômbia, Bolívia e Peru. E os atletas teriam o acompanhamento de nutricionistas para que recebam alimentação adequada visando garantir seu bom desempenho em tais condições -vitaminas do complexo B e ferro para estimular a eritropoiese. Esse tipo de estratégia, aliás, é adotado por alguns esportistas que praticam corrida de longa distância, como maratonistas.

É realmente difícil jogar na altitude. Locais muito altos apresentam baixa pressão parcial de oxigênio (ou concentração -quando se fala em gases, as mencionadas grandezas são proporcionais). Isso significa que o local tem menor oferta do gás e o organismo tende a sofrer com o menor aporte do oxigênio, o que explica a quantidade de atletas que se cansam ou passam mal quando atual em tais condições. Felizmente, o corpo humano tende a se adaptar em tais condições com o passar do tempo, produzindo uma maior quantidade de hemácias.

Já escrevi isto várias vezes aqui no meu blog, mas eu sempre repito: todo mundo sabe que na Libertadores e na Sulamericana participam equipes sediadas em cidades à quilômetros acima do nível do mar. Por que, então, nenhum dirigente ou treinador não permite que os atletas realizem uma preparação adequada para enfrentarem tais condições? Todo ano vejo nossos times apresentando desempenhos horríveis quando precisam enfrentar equipes peruanas, equatorianas, colombianas e bolivianas. E a culpa é sempre da altitude.

Como vocês acabaram de ler, não é tão difícil assim se preparar para enfrentar o ar dos Andes. Eu já assisti a dezenas de maratonistas brasileiros -que dispõem de muito menos recursos financeiros que um time de futebol- realizarem esse tipo de preparação. Por que então nossos clubes não fazem o mesmo se o título da Libertadores significa tanto assim para os times? Ou será que as equipes o fazem deliberadamente e usam a altitude para dar "migué" em caso de derrota?

Racismo Aqui Não

Imagem extraída de http://www.facebook.com/cruzeirooficial

Nunca apreciei o futebol do volante Tinga, afinal ele sempre se notabilizou por ser um atleta de mais raça do que técnica e por algumas expulsões que poderiam ter saído muito caro. No entanto, nada, absolutamente nada justifica os insultos racistas proferidos por alguns torcedores do Real Garcilaso ontem durante partida válida pela Libertadores.

O volante entrou em campo e lá estavam torcedores entoando sons de macaco direcionados ao jogador. O caso ganhou repercussão negativa no Brasil e muitos grandes jogadores (Neymar, Dante e Ronaldo entre eles), a presidente Dilma Rousseff e até mesmo Alexandre Kalil (presidente do arquirrival Atlético-MG) condenaram o episódio através das redes sociais.

Não dá para entender como pode haver preconceito contra jogadores negros em um país como o Peru, sendo que muitos atletas do país são afro-descendentes, como Advíncula, Farfán e Cachito Ramírez.

Espero que as entidade e autoridades desportivas tomem uma atitude contra o mau comportamento da torcida do Real Garcilaso. Nada justifica o preconceito contra a cor da pele, nem mesmo a rivalidade de uma partida de futebol.

#fechadocomotinga

Leia mais:

Globo Esporte- Vítima de racismo, Tinga trocaria glórias por 'título contra o preconceito': http://globoesporte.globo.com/futebol/times/cruzeiro/noticia/2014/02/vitima-de-racismo-no-peru-tinga-diz-que-trocaria-titulos-por-igualdade.html

Globo- Dilma classifica de 'lamentável' racismo contra Tinga na Libertadores: http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/02/dilma-classifica-de-lamentavel-atos-de-racismo-contra-o-jogador-tinga.html

Globo Esporte- Aldo Rebelo cobra, e presidente da Conmebol se reunirá com Cruzeiro: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/cruzeiro/noticia/2014/02/aldo-rebelo-cobra-e-presidente-da-conmebol-se-reunira-com-cruzeiro.html

O Gigante Acordou

Imagem extraída do Facebook oficial do Bayern München- http://www.facebook.com/FCBayern

Quem achava que Mario Mandžukić iria perder espaço para Robert Lewandowski após um princípio de crise entre o croata e o Bayern, vai ter de mudar os conceitos. O camisa 9 está marcando gols em praticamente todas as partidas que disputa e ontem anotou três gols sobre o Hamburger SV (ou Hamburgo), em jogo que terminou em 5x0 para os bávaros. Dante e Robben anotaram os outros dois gols.

Assisti ao atacante jogar pela primeira vez na Eurocopa de 2012. Não era exatamente um craque, mas se movimentava bem em campo, jogava pelo centro ou pelo lado esquerdo, sabia atuar com a bola no chão ou no ar e, claro, fez três gols na competição, sendo nomeado um dos artilheiros do campeonato. Aquele time da Croácia comandado por Slaven Bilić jogava um bom futebol com a bola no chão e um bom meio-de-campo com Perišić, Modrić e Rakitić. Lamentei que, com a saída do treinador, o time passou a jogar muito mais na força do que na técnica.

Ainda naquele ano, Mandžukić havia acertado sua transferência para o Bayern München após o sucesso na Euro 2012. Ele rapidamente se adaptou à nova equipe, desbancou o antigo dono da posição (Mario Gómez) e faturou todos os títulos da temporada 2012-13.

Mandžukić chegou a perder posição com a chegada de Guardiola, que preferia atuar com um falso nove ao invés de um centroavante típico fazendo o pivô na área. Mario Götze e Thomas Müller, dois meio-campistas de origem, foram os atacantes centrais durante algumas partidas. Jogou algumas partidas e continuava fazendo gols decisivos mas, ainda assim, não era titular absoluto.

A crise se agravou pouco após o Bayern ter confirmado a assinatura de um pré-contrato entre Robert Lewandowski e o clube. Mandžukić teria ficado chateado com a possível perda de posição para o polonês e não teria se empenhado nos treinos, o que resultou em seu afastamento na partida contra o Borussia Mönchengladbach e muitas críticas de dirigentes bávaros. Seu nome passou a ser especulado em dezenas de clubes, incluindo Barcelona, Arsenal e Juventus.

Mandžo, no entanto, parece ter se acertado com a comissão técnica e dirigentes. Passou a ser relacionado novamente -inclusive como titular- e voltou a fazer muitos gols. Um belo hat-trick para calar a boca dos críticos e também daqueles que davam como certa a sua saída após o final da temporada. Parece que a história de Mandžukić pelo Bayern ainda não acabou.

O gigante croata de 1,87m acordou. E voltou a fazer muitos gols.


Leia mais:

Batom e Futebol- Mandzukic é suspenso temporariamente por Guardiola #Bundesliga: http://batomefutebol.wordpress.com/2014/01/26/mandzukic-e-suspenso-temporariamente-por-guardiola-bundesliga/

Batom e Futebol- “Mandzukic precisa manter sua forma”, diz diretor esportivo do Bayern #Bundesliga: http://batomefutebol.wordpress.com/2014/01/30/mandzukic-precisa-manter-sua-forma-diz-diretor-esportivo-do-bayern-bundesliga/

Batom e Futebol- Com hat-trick de Mandzukic, Bayern vai a semifinal da Copa da Alemanha: http://batomefutebol.wordpress.com/2014/02/12/com-hat-trick-de-mandzukic-bayern-vai-a-semifinal-da-copa-da-alemanha/