sábado, 31 de agosto de 2013

Também Queremos um Lugar ao Sol!

Imagem extraída do Facebook oficial do Schalke 04- http://www.facebook.com/S04

A Champions League 2012-13 realmente se mostrava favorável aos alemães. O Borussia Dortmund superou adversários com poder aquisitivo muito superior e o Bayern München derrotou Arsenal, Juventus e Barcelona. Ambas as equipes chegaram à final com todos os méritos.

Uma equipe, no entanto, acabou ficando de fora da festa alemã. O Schalke 04 se classificou em primeiro lugar em sua chave com dois pontos de vantagem sobre o favorito Arsenal. Acabou, contudo, sendo surpreendido e eliminado pelo Galatasaray após os turcos terem anotado um placar de 3x2 sobre os Azuis-Reais em plena Veltins-Arena no jogo de volta.

A eliminação certamente abalou muito o time de Gelsenkirchen e, por muito pouco, o time do treinador Jens Keller não fica de fora desta edição da Champions. A equipe ainda penou nos playoffs para vencer o PAOK -empataram por 1x1 no jogo de ida na Alemanha e venceram por 3x2 no jogo de volta realizado na Grécia.


Imagem extraída do Facebook oficial do Schalke 04- http://www.facebook.com/S04

Para esta temporada, no entanto, os dirigentes azuis-reais parecem ter planos ousados e buscar algo além da classificação para o mata-mata. A equipe conseguiu manter suas joias -Benedikt Höwedes e Julian Draxler, que eram especulados em vários grandes clubes europeus- além de contratar reforços de peso, como Kevin-Prince Boateng, Felipe Santana e Dennis Aogo. O nome de Ronaldinho Gaúcho também foi ventilado no time alemão por alguns veículos de comunicação.

A sorte também esteve ao lado do Schalke 04 no sorteio para os grupos. Apenas o Chelsea deve representar perigo a equipe alemã -Basel e Steaua Bucureşti deverão ser meros coadjuvantes, permitindo às duas equipes azuis avançarem tranquilamente às oitavas-de-final.


Imagem extraída do Facebook oficial do Schalke 04- http://www.facebook.com/S04

Resta saber se todo o investimento feito pelos dirigentes do Schalke 04 terá algum retorno. Além dos adversários, há o constante assédio de equipes com maior poder aquisitivo aos atletas azuis-reais. Se a equipe de Gelsenkirchen perseverar, os rivais Bayern München, Borussia Dortmund e Bayer Leverkusen terão muito com que se preocupar, tanto na Champions quanto na Bundesliga.

Parabéns, Nutricionistas!

O blog FarmaFootball vem, através deste post, felicitar os nutricionistas pelo seu dia.

Farmacêuticos e nutricionistas compartilham da mesma missão de promover e garantir saúde à população.

O nutricionista zela pelo bem-estar da população, orientando as pessoas para que se alimentem adequadamente de acordo com suas necessidades e restrições. Há dezenas de caminhos que o nutricionista pode seguir após a sua formação: pode-se atuar em clínicas, empresas de consultoria, indústrias, na área esportiva, ...

A importância do profissional da área de nutrição em nossa sociedade é indiscutível, uma vez que sem seus serviços, nossa população sofreria cada vez mais de malefícios oriundos da alimentação inadequada, como obesidade, hiperglicemia, problemas cardíacos ou circulatórios, deficiência proteica, entre outros.

O blog FarmaFootball celebra o Dia do Nutricionista desejando muito sucesso a todos os profissionais da área!

Parabéns a todos vocês!

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Muito Prazer, Guardiola

Imagem extraída do Facebook oficial do Bayern München-
http://www.facebook.com/FCBayern

Quando Jupp Heynckes se aposentou e passou o bastão a Pep Guardiola, muitos se perguntavam se o treinador espanhol, que se notabilizou ao implantar o "Tiki-Taka" no Barcelona, poderia repetir o mesmo sucesso no clube bávaro. A resposta foi dada na tarde de hoje (à noite em Praga, capital da República Checa).

O Bayern ainda não me pareceu muito à vontade com o novo estilo de jogo. Pudera, com tantos atletas altos, fortes e rápidos, o time bávaro tem maior propensão a atuar em jogadas individuais velozes e apostar no jogo aéreo. Os placares magros nos últimos jogos e a derrota para o rival Borussia Dortmund (na Supercopa da Alemanha) eram indícios de que Guardiola teria dificuldade em implantar seu estilo -que funciona muito bem com os atletas baixinhos do Barça- em uma equipe mais física e explosiva.

O que eu vi em campo hoje, no entanto, foi o toque de bola aliado ao estilo de defesa que vem caracterizando a Espanha e o Barcelona nos últimos jogos -Dante e Boateng atuando bem próximo à linha da intermediária e liberdade para os laterais apoiarem.

O Chelsea, que se notabilizou pelo jogo feio, covarde e violento de 2012, parecia respirar novos ares. A vinda de Shürrle, Hazard e Oscar tornaram a equipe bem mais ofensiva e com futebol um pouco mais agradável. E a equipe azul deve receber o ex-corinthiano Willian em breve. Espero que ele consiga espaço para jogar porque ele tem futebol para atuar pela Seleção Brasileira. A concorrência, no entanto, vai ser dura, com Hazard, Mata e Oscar.

Vocês se lembram quando eu mencionei que o futebol inglês estava fazendo mal para o Ramires? Pois é! O, outrora, volante habilidoso e ofensivo agora tem a cintura dura e comete muitas faltas. Hoje ele foi expulso e obrigou Mourinho a recuar o time inteiro e torcer para as cobranças de pênalti chegarem logo.

Nos pênaltis, Petr Čech quase conseguiu salvar a pátria ao pular no canto certo em duas cobranças mas chegar atrasado por frações de segundos às bolas. No final, Manuel Neuer bloqueou o pênalti do belga Lukaku e foi o herói da noite.

O jogo de hoje mostra que Guardiola pode, sim, dar continuidade ao excelente trabalho de Jupp Heynckes e manter o Bayern no topo. O espanhol, no entanto, que se prepare, pois, como detentor do título da última Champions, o time bávaro é o grande adversário a ser batido por todos.

17 Anos Bem Vividos

Imagem extraída do Facebook oficial do Arsenal- http://www.facebook.com/Arsenal

O treinador Arsène Wenger está prestes a completar 17 anos no comando do Arsenal, cargo que o francês ocupa desde o dia 30 de setembro de 1996. Como bem observou o jornalista Leonardo Bertozzi (do canal ESPN) em seu blog, Wenger passa a ser o técnico com mais tempo de casa na Premier League após a aposentadoria do Sir Alex Ferguson, que esteve no comando do Manchester United durante 27 anos. Treinadores com tamanho tempo de permanência em seus cargos são raridades até mesmo no futebol internacional.


Imagem extraída do Facebook oficial do
Arsenal- http://www.facebook.com/Arsenal
Não escondo minha admiração pelo trabalho de Wenger: de um treinador conhecido pelos seus times violentos, o francês tornou-se um dos poucos a adotar um futebol horizontal e de toque de bola no Campeonato Inglês, conhecido pelos jogos mais baseados em força do que em habilidade. O seu Arsenal é um oásis de técnica na Inglaterra.

Wenger ficou conhecido por colocar um pedacinho da França na Inglaterra: dezenas de atletas franceses brilharam sob a batuta de seu conterrâneo. Thierry Henry, Robert Pires, Patrick Vieira, Emmanuel Petit e Samir Nasri foram alguns dos jogadores franceses (todos eles com passagem pelos Bleus) que Wenger comandou. Outra filosofia do treinador é apostar em jovens promessas, algumas, inclusive, garimpadas nas categorias de base de outros clubes. Não é raro os Gunners se apresentarem com times com médias de idade relativamente baixas em decorrência disso.



Em termos de desempenho, o Arsenal de Wenger notabilizou-se pela regularidade nos últimos anos por sempre se classificar à Champions League (de 1999 até hoje, os Gunners estiveram presentes em todas as edições) mas conquistar poucos títulos. A última vez que o francês levantou um troféu foi em 2005, quando faturou a FA Cup daquela temporada. A própria filosofia do clube de contratar jovens atletas e depois revendê-los assim que se destacam dificulta o trabalho do treinador, que precisa entrosar e dar padrão de jogo ao time novamente a cada temporada. O trabalho, sem dúvida, seria mais fácil se o clube não perdesse suas estrelas a cada final de temporada. O clube londrino jamais conquistou a Champions League: o melhor que conseguiu até hoje foi um vice-campeonato em 2006, quando esbarrou no Barcelona de Deco, Eto'o e Ronaldinho Gaúcho.


Imagem extraída do Facebook oficial do
Arsenal- http://www.facebook.com/Arsenal

Para a temporada 2013-14, o Arsenal conseguiu manter a base titular e não perdeu nenhum atleta importante até o momento. Ademais, são especulados atletas bem mais experientes no elenco do time londrino, indicando que o clube está disposto a avançar um nível acima e conseguir algo mais do que dinheiro em caixa. Nomes como Benzema, Gündogan, Cabaye , Fàbregas, Özil e Di María foram ventilados nos Gunners. As ações do clube em temporadas anteriores já denotavam que o Arsenal estava disposto a sair de sua zona de conforto e se arriscar um pouco mais quando o clube buscou Cazorla, Podolski e Mertesacker, todos atletas com quilometragem e que são figurinhas carimbadas em suas respectivas seleções.

Espero realmente que a temporada 2013-14 seja muito melhor para Arsène Wenger. Ele é um treinador competente, experiente e respeitado. O francês, inclusive, já foi condecorado na Inglaterra pelos anos de serviços prestados. A conquista de um título na Champions League é o que falta para consagrar em definitivo o nome do técnico.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Aviso aos Rivais

Imagem extraída do Facebook oficial do Atlético de Madrid-
http://www.facebook.com/AtleticodeMadrid

A surpreendente eliminação do Lyon ante a Real Sociedad e o calor que o Atlético de Madrid ofereceu ao meu Barcelona na Supercopa da Espanha mostraram uma nova realidade na Península Ibérica: a Espanha não é só Real Madrid e Barcelona.

Comecemos pelos Colchoneros: apesar de não terem faturado o título, o Atlético mostrou que tem time para fazer frente a grandes rivais, inclusive ao todo poderoso Barça. Com um pouco mais de sorte, Simeone teria feito seu quarto milagre em Madrid -o primeiro foi recuperar o abalado time rojiblanco ao final da temporada 2011-12, o segundo foi o de conquistar dois títulos internacionais em sequencia (a Europa League 2011-12 e a Supercopa da UEFA em 2012), e o terceiro foi derrotar o grande rival Real Madrid na final da Copa del Rey. Mesmo perdendo sua principal estrela, Falcao García, o Atlético tem duas vitórias em dois jogos no Campeonato Espanhol.

Os Txiri-Urdin, por sua vez, eliminaram o Lyon nos playoffs da Champions League por dois placares gêmeos de 2x0 para os bascos. E a equipe do treinador Jagoba Arrasate ostenta as mesmas duas vitórias em dois jogos no Campeonato Espanhol. Com um time jovem com vários atletas promissores (Iñigo Martínez, Griezmann e Seferović), a Real Sociedad pode ser uma grata surpresa do futebol espanhol na Champions e na própria La Liga.

Um possível bom desempenho das duas equipes "menores" seria um alento à Espanha que atravessa uma grave crise financeira, que está refletindo no futebol espanhol e polarizando ainda mais os campeonatos daquele país.

Um Perdão para Mario Götze?

Imagem extraída do Facebook oficial de Mario Götze-
http://www.facebook.com/MarioGoetze.Official

Até hoje me lembro quando aquela notícia caiu como uma bomba para o torcedor do Borussia Dortmund: a imprensa divulgou, pouco após a partida de ida contra o Real Madrid válida pelas semifinais da Champions League, afirmando que o meia Mario Götze havia acertado sua transferência para o arquirrival Bayern München. Dias depois, dirigentes de ambos os clubes e o treinador Jürgen Klopp confirmaram a transação e acrescentaram: o negócio já estava fechado desde o término jogo de volta contra o Málaga em março deste ano.

Götze, que foi revelado na própria base do Borussia, ficou com a reputação manchada com a negociação. Torcedores do time aurinegro rasgaram camisas com o nome do jogador e o chamaram da "Judas", em alusão ao apóstolo que traiu Cristo, entregando-o aos romanos. Houve até quem afirmasse que o meia amarelou ao saber que teria de enfrentar seu futuro clube na final da Champions 2012-13 -Götze sofreu uma lesão após o jogo de volta contra o Real Madrid e ficou de fora da decisão.

Como torcedor, realmente fica aquele gosto amargo quando você vê um atleta que foi criado nas dependências do Borussia Dortmund acertar com o recente grande rival -o principal rival do BVB é o Schalke 04, sediado na mesma região dos aurinegros.


Imagem extraída do Facebook oficial de Mario Götze-
http://www.facebook.com/MarioGoetze.Official
Eu já esperava uma possível saída de Götze. Acreditava, no entanto, que ele acertaria com o Arsenal ou com algum clube milionário, como City, Chelsea ou PSG. O Borussia, como expliquei em outros posts, ainda não tem poder aquisitivo para competir com os clubes mencionados e a tendência é sempre perder os seus atletas importantes para as equipes com mais caixa. O Bayern me surpreendeu pelo fato da equipe bávara já contar com dois bons meias centrais (Toni Kroos e Thomas Müller). Götze, em teoria, não seria necessário no time vermelho e branco, mas sua contratação teria sido um pedido do treinador Pep Guardiola. Houve, ainda, quem afirmasse que o Bayern contratou Götze com o propósito de enfraquecer o rival aurinegro.


Fico chateado como torcedor com a saída de Götze e, principalmente, com a maneira como a transação aconteceu: um atleta criado na base do Borussia Dortmund subitamente acerta com o maior rival. E o faz durante um momento decisivo para o time, talvez o mais importante de toda a história do BVB. Tal atitude poderia afetar não apenas o desempenho do atleta, como também todo o elenco (incluindo a comissão técnica) e a relação da equipe com o torcedor.


Imagem extraída do Facebook oficial do
Bayern München- 
http://www.facebook.com/FCBayern
Como ser humano, no entanto, entendo a decisão de Götze: ele ainda é jovem (acabou de completar 24 anos) e quer buscar novos horizontes para evoluir ainda mais o seu futebol. O aspecto financeiro provavelmente também pesou, mas eu não considero isso um erro. Se enxergarmos Götze como um mercenário pelo fato dele ter aceitado uma proposta financeiramente mais vantajosa, então todos os profissionais que abandonam seus empregos por melhores ofertas salariais também são mercenários. Se você deixou seu emprego porque recebeu uma proposta financeiramente melhor, então você foi tão "mercenário" quanto Götze.



Independente da camisa que Mario Götze estiver vestindo, eu o apoio e desejo o seu sucesso. Acredito que ele tem futebol para brigar com Müller, Ribéry, Robben, Kroos e Shaqiri por uma vaga no meio-de-campo bávaro. Acredito também que ele tem tudo para desbancar Mesut Özil de sua vaga na Seleção Alemã, embora eu prefirisse ver os dois atuando juntos na Mannschaft.

Boa sorte, Götze! Esperamos você aqui no Brasil em 2014!

Internacional e Botafogo

Curto e grosso: vou torcer para que Internacional e Botafogo façam a final da Copa do Brasil. Nada contra os outros times, mas eu quero ver as equipes que joguem bola sejam campeãs.

Começando pelo Inter: o time de Dunga possui vários bons atletas. D'Alessandro, Alex Raphael, Scocco, Bolatti e Forlán sabem jogar bola. Há, ainda, o Leandro Damião (bom centroavante, mas um pouco inconstante) e o Juan (esforçado). O que falta ao time gaúcho é um pouco de ousadia do treinador, que coloca seus times muito mais para defender do que criar. Você tem um excelente elenco em mãos, Dunga. Um pouco de audácia e os adversários vão todos se curvar ante o Colorado.

O Botafogo possui dois meias que estão fazendo uma boa temporada: o experiente Seedorf e o esforçado Lodeiro. Nunca fui muito fã do holandês, mas admito que ele está fazendo a diferença em campo. O Fogão possui, ainda, alguns garotos promissores no elenco e um bom goleiro, Jefferson. O time do treinador Oswaldo de Oliveira pode alcançar vôos mais altos em 2014 após tantos anos afastado da Libertadores. Resta saber se o Glorioso não vai sofrer com a irregularidade dos últimos anos novamente, afinal o Fogão é conhecido por largar bem nas competições mas perder o gás na metade do campeonato.

Os demais times são, em sua maioria, defensivos demais ou violentos demais. Têm poucos bons atletas, dependem da individualidade deles e as equipes, em geral, saem pouco para o jogo. Todos atuam na elite do futebol brasileiro mas jogam um futebol digno de uma Segunda Divisão. Essa mentalidade de entrar "respeitando" o adversário não leva a lugar nenhum: precisa valorizar a posse da bola, tomar a iniciativa, fazer um gol para abalar o adversário e anotar muitos outros enquanto o rival sente o golpe. E, claro, nada de apelar para a violência ou para o anti-jogo.

Das equipes que caíram, lamentei a queda do simpático Cruzeiro, que joga tocando a bola (mérito do treinador Marcelo Oliveira), e do Santos e seus garotos talentosos, porém, ainda um pouco verdes e inconstantes para chamarem a responsabilidade para si. O Atlético Mineiro, sabidamente, não daria muita importância ao torneio uma vez que está concentrado para o Mundial Interclubes a ser realizado ao final do ano.

Uma última sugestão: por que nenhuma das equipes do Brasil não tenta contratar, para as próximas temporadas, o grande Juan Román Riquelme, que eu acabei de homenagear no post anterior? Um atleta experiente, técnico, habilidoso e com visão de jogo como ele resolveria fácil os problemas na criação que a maioria dos nossos times apresentam. E, do jeito que o nosso futebol está em uma grande pobreza técnica, Riquelme se criaria fácil por aqui, mesmo com 35 anos nas costas. Juninho Pernambucano, Seedorf, Zé Roberto e Alex Cabeção são mais velhos que Riquelme e estão colocando a molecada no bolso quando entram em campo.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Idade Não É Documento

Imagem extraída de http://www.facebook.com/juanromanriquelme10

O sucesso dos veteranos nos gramados não ocorre apenas no futebol brasileiro. Muitos argentinos trintões estão retornado à sua terra natal e vem se destacando no país. Maxi Rodríguez, Gabriel "El Gringo" Henize e Juan "La Brujita" Verón (este último estava aposentado, mas voltou à ativa neste ano) são alguns dos veteranos que estão se destacando no futebol argentino.

Paulo César Caju, em sua coluna no extinto Jornal da Tarde, explicou o sucesso dos veteranos da seguinte forma: como o nível técnico do futebol brasileiro é muito baixo, os veteranos utilizam a experiência e inteligência em campo e fazem a diferença ao pensar e organizar o jogo no meio-de-campo, algo que os brucutus e burocratas que impregnam o nosso futebol são incapazes de fazer. Maxi Rodríguez, em entrevista concedida no ano passado, afirmou que o futebol argentino passa por situação semelhante, uma vez que os treinadores têm medo de perderem seus empregos e, por isso, organizam as equipes muito mais para evitar uma derrota do que buscar uma vitória.

O nível técnico da maioria desses veteranos é algo impressionante. Os referidos atletas não correm muito e nem têm tanta força para dividirem uma bola. Os trintões, no entanto, possuem uma visão de jogo fantástica sendo capazes de enxergar um atleta livre a metros de distância, passam a bola com um controle magnífico, e possuem uma capacidade inacreditável de pensar e organizar uma jogada.

A pavorosa Libertadores 2013 que, felizmente, foi vencida pelo vertical Atlético Mineiro; também nos ofereceu o privilégio de desfrutarmos do futebol coletivo do Newell's Old Boys (time de Maxi Rodríguez e Heinze) e do promissor Boca Juniors do maestro Juan Román Riquelme.


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http://www.facebook.com/juanromanriquelme10
Riquelme, sem dúvida, continua sendo a grande atração do irregular time do Boca Juniors. A equipe Xeneize não joga mais aquele futebol que combinava beleza e eficiência de outrora apesar de contar com alguns jovens promissores, mas Román, mesmo convivendo com as lesões e as limitações impostas pela idade, ainda faz toda a diferença. Ele enxerga longe, trabalha a bola com precisão e organiza a equipe como um maestro regendo uma orquestra. O gol que ele fez contra o Corinthians neste ano foi executado de uma distância inacreditável. Acho que a grande maioria dos "maestros" daqui seriam incapazes de reproduzir a jogada do grande Riquelme. Acho que tamanha inteligência e visão de jogo ainda caberiam na Seleção Argentina: imaginem Higuaín, Messi e Agüero sendo regidos por um maestro da magnitude de Román. Seria a peça que falta para organizar o meio-de-campo -algo que Di María, Montillo, Banega e outros ainda não conseguiram, infelizmente.




Imagem extraída de http://www.facebook.com/juanromanriquelme10

O experiente treinador Carlos Bianchi também é uma atração para os fãs de futebol. Ele foi um grande atacante com passagens brilhantes pela França, jogando no Stade de Reims e no PSG durante os anos 70 e sendo artilheiro da Ligue 1 por quatro temporadas consecutivas  (de 76 a 79). Como treinador, Bianchi faturou quatro Libertadores -uma pelo Vélez Sarsfield (1994) e três pelo Boca (2000, 2001 e 2003)- e dois Mundiais Interclubes pelo time Xeneize (2000 e 2003). Pergunto-me como um treinador tão vitorioso e com ideias tão boas como ele nunca teve o privilégio de dirigir a Seleção Argentina. Do alto de seus 64 anos, Bianchi presenteia o espectador com um bom futebol, mas com alguma dificuldade em fazer o time se impor em campo, o que explica as recentes campanhas irregulares do Boca.


Imagem extraída de http://www.facebook.com/juanromanriquelme10

Riquelme é uma lembrança constante de que o futebol não é apenas músculo e correria. Román, com toda a sua cerebralidade e ajudado pelo comando de Bianchi, mostra que o futebol inteligente pode, sim, derrotar equipes fisicamente mais fortes apenas com a inteligência. Toques de bola, jogo coletivo, visão de jogo e muita habilidade foram as armas que fizeram os "baixinhos" do Barcelona e do Borussia Dortmund derrotarem muitos "gigantes" em campo. O mesmo se aplica a Riquelme, que não é muito alto, mas que possui vasta experiência em derrubar colossos.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Feliz Dia do Psicólogo!

O Blog FarmaFootball dedica este post a todos os psicólogos e profissionais da área de psicologia pelo seu merecido dia!

Psicólogos e farmacêuticos são profissionais da área da saúde e, portanto, somos colegas na missão de zelarmos e também promovermos a saúde das pessoas.

O psicólogo tem por missão trabalhar as funções mentais e o comportamento das pessoas. Como o mundo atual é muito exigente e competitivo, o ser humano está muito sujeito aos vários tipos de stress e os serviços de um psicólogo são muito requisitados nos dias de hoje. Vários outros casos clínicos também são competência do profissional da área de psicologia, como usuários de entorpecentes, crianças que sofrem bullying, pacientes depressivos, entre outros. Os psicólogos também são consultados por pacientes que apresentam distúrbios psiquiátricos mas que desejam evitar um tratamento farmacológico (que resulta no uso de medicamentos causadores de muitos efeitos colaterais indesejados).

Parabéns a todos os psicólogos e profissionais da área! Sua missão é muito dura e vocês exercem uma função muito importante em nossa caótica sociedade! Vocês merecem tudo de melhor por amarem e aceitarem essa dura missão com orgulho e profissionalismo!

São os votos dos colegas farmacêuticos através do Blog FarmaFottball!

Sem Perder o Rebolado

Imagem extraída do Facebook oficial do Tottenham Hostspur
http://www.facebook.com/TottenhamHotspur

Assisti à partida entre Tottenham e Swansea City realizada durante o último domingo. Os Spurs, apesar da torcida a favor, tiveram dificuldade em superar o empenhado adversário galês (comandado pelo grande Michael Laudrup) e venceram os Cisnes pelo apertado placar de 1x0, com gol anotado por Roberto Soldado de pênalti.

Com a licença dos exageros da imprensa esportiva, eu gostei da participação do volante Paulinho na partida. O atleta revelado pelo Audax-SP (time pertencente ao Grupo Pão de Açúcar) e com passagem vitoriosa pelo Corinthians buscou o jogo o tempo todo e teve boa presença no ataque. O jogador mostrou boa movimentação em campo e provou que volantes ofensivos podem, sim, fazer a diferença em campo sem comprometer a defesa.

Paulinho fez uma boa escolha ao acertar com o Tottenham (ele era pretendido pela Internazionale). Forte e rápido, o volante tem um bom arranque e pode armar um contra-ataque partindo detrás da linha da intermediária e carregando a bola até a linha de fundo, possibilitando um bom cruzamento com o adversário de guarda aberta. O futebol inglês se notabiliza pelo jogo mais físico e o jogador tem as características desejadas pelos times na Terra da Rainha. Ele não é muito técnico -não tem o passe como característica e ainda dá muita trombada- mas o espírito coletivo do futebol europeu pode ajudá-lo a melhorar suas habilidades.

Espero, contudo, que Paulinho não siga o caminho do compatriota Ramires. Lembro-me até hoje quando aquele volante ofensivo explodiu pelo Cruzeiro entre 2008 e 2009 ao buscar sempre o jogo e ao efetuar alguns dribles. Desde que Ramires acertou com o Chelsea em 2010, contudo, o jogador tornou-se cada vez menos técnico e cada vez mais violento. O futebol inglês endureceu a cintura do ex-cruzeirense e transformou-o em um atleta forte e veloz, porém muito faltoso e pouco capaz de realizar um drible ou um passe bem feito. As exibições que Ramires realizou durante a "Era Mano Menezes" mostraram que seu futebol se perdeu em detrimento a força física. Uma pena.

Como o futebol de Paulinho vai evoluir nos Spurs? O Tottenham já teve muitos atletas com boa qualidade técnica, como Luka Modrić e Gareth Bale, e agora tem Roberto Soldado. Com a companhia de jogadores técnicos e/ou habilidosos, vejo possibilidade do volante brasileiro desenvolver qualidade no passe e visão de jogo. Mas frente a tantas equipes truculentas como adversários, há chances de Paulinho endurecer a cintura e se transformar em um verdadeiro jogador de rúgbi...

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Parabéns, Verdão!

Imagem extraída do Facebook oficial do Palmeiras-
http://www.facebook.com/sePalmeiras 

O Palmeiras completa hoje 99 anos de fundação e inicia a sua contagem para o centenário a ser realizado no próximo ano, em 2014.

Fundado por imigrantes italianos que se estabeleceram aqui em São Paulo, o clube recebeu o simpático nome de "Palestra Itália", o que explica a grade quantidade de descendentes italianos que torcem para a equipe alviverde.

O clube, porém, foi obrigado a mudar de nome após o Brasil ter declarado apoio aos Estados Unidos e Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial, o que posicionava o nosso país contra a Itália de Mussolini. O clube, então, foi rebatizado como "Sociedade Esportiva Palmeiras" para evitar qualquer alusão aos inimigos.


Imagem extraída de
http://www.facebook.com/ademirdaguiaoficial




O Palmeiras teve duas grandes gerações de atletas. Uma delas foi entre os anos 60 e 70, quando a equipe contou com grandes craques, eternizados pelo seu talento indiscutível. Nomes como Ademir da Guia (conhecido como "Divino"), Emerson Leão, Leivinha, César Maluco, Dudu e Luis Pereira faziam do Alviverde uma equipe temível a ponto de rivalizar com o Santos de Pelé e Pepe, e com o Botafogo de Jairzinho e Gérson. Nessa época, o Verdão ficou conhecido como "A Academia de Futebol" tamanha era a grandeza e talento da equipe.











Imagem extraída de www.facebook.com/MarcosGoleiro12



Outra grande geração surgiu nos anos 90, quando foi estabelecida a parceria Palmeiras-Parmalat. Na ocasião, vieram nomes como Edmundo, Evair, Sérgio, Velloso, Rivaldo, Roberto Carlos, Zinho, Mazinho, Arce e Alex Cabeção. Não podemos, claro, deixar de mencionar aquele que é considerado, por muitos, o maior nome de todos os tempos do Verdão, Marcos Roberto dos Reis Silveira, o "São Marcos". Entre os palmeirenses há a discussão de quem foi o maior atleta a vestir a camisa alviverde: se foi São Marcos ou o Divino Ademir da Guia.







O dia de hoje poderia ser motivo de festa aos palestrinos. Infelizmente, dirigentes sem comprometimento com o clube, treinadores retranqueiros e atletas com muita raça e pouca técnica mancharam o nome do Palmeiras ao rebaixar a equipe duas vezes para a Segunda Divisão neste século. Os responsáveis por tamanha barbaridade não fazem ideia do quão grande é o nome do Palmeiras. A Série B não é lugar para um clube da magnitude do Verdão e levar o clube de volta à elite do futebol brasileiro é mera obrigação: dirigentes, comissão técnica e atletas têm a missão de limpar o nome do Palestra e devolver ao torcedor palmeirense o orgulho de vestir a camisa alviverde.

O Blog FarmaFootball, por meio deste post, deseja muitas felicidades ao Palmeiras e aos palmeirenses, e que a atual geração de atletas faça o time honrar novamente a alcunha de "Academia de Futebol".

Da Tragédia ao Estrelato


Imagem extraída de http://www.facebook.com/KubaBlaszczykowski

O meio-campista Jakub Błaszczykowski, mais conhecido pelo apelido Kuba, é o capitão da Seleção Polonesa e um dos principais atletas do meu Borussia Dortmund, equipe que ele defende desde 2007.

Kuba é um dos pilares do time do Borussia, atuando preferencialmente pelo lado direito junto dos compatriotas Łukasz Piszczek e Robert Lewandowsi. Aliando força e técnica, o polonês já conquistou duas Bundesligas (2010-11 e 2011-12), uma DFB Pokal (2011-12) e uma Supercopa da Alemanha (2012-13). O sucesso e a importância do atleta em campo fizeram de Błaszczykowski um dos atletas mais aclamados do Borussia Dortmund e da Seleção Polonesa, tanto pelos torcedores quanto pelos colegas de time.


O passado de Błaszczykowski, no entanto, foi marcado por uma tragédia familiar: em 1996, quando tinha entre 10 e 11 anos, Kuba presenciou o seu pai, Zygmunt, assassinar a sua mãe, Anna, a facadas após uma forte discussão. Zygmunt foi condenado a 15 anos de prisão pelo crime.

Arrasado, o pequeno Błaszczykowski passou quatro dias sem sair de sua cama. Seu tio, o ex-capitão da Seleção Polonesa Jerzy Brzęczek, confortou o pequeno Kuba e convenceu-o a continuar no futebol como caminho para a superação da tragédia. Jakub passou a morar com a avó, a quem o jogador dedica todo o sucesso alcançado.

O pai de Kuba foi solto em 2011 após cumprir a pena. Desde o momento do crime, o jogador nunca mais teve qualquer contato com o pai e sequer foi visitá-lo na prisão. Błaszczykowski, contudo, esteve presente no funeral de Zygmunt, que morrera em maio de 2012, um mês antes do início da Eurocopa do ano passado.

Hoje, Kuba encontra forças para conversar sobre o doloroso assunto, algo que ele não conseguia há algum tempo atrás. "Eu nunca vou entender o que houve, e esta pergunta 'por quê?' vai ficar comigo até minha morte. Eu não sei se algum dia vou ter uma resposta, ou sequer se estou pronto para procurar por uma" -declarou o atleta em entrevista a respeito do fato que marcou sua infância.

Błaszczykowski é um exemplo de superação e força de vontade. Por maiores que tenham sido as perdas em nossas vidas, desistir nem sempre é a melhor opção. Muitas vezes, o futuro nos reserva um destino luminoso e cheio de glórias. Kuba jamais teria encontrado o sucesso que ele desfruta nos dias de hoje se tivesse ignorado os conselhos do tio Brzęczek.


Imagem extraída de http://www.facebook.com/KubaBlaszczykowski

Católico devoto, Jakub Błaszczykowski mantem viva a imagem de sua mãe a cada conquista. A cada gol marcado, o jogador olha para os céus como se estivesse compartilhando de sua alegria com ela. E pode ter certeza, Jakub, que sua mãe retribui cada gesto seu derramando bênçãos em sua vida e em sua carreira.


Baseado em:
- Sólo 90 Minutos- http://solo90minutos.blogspot.com.br/2012/07/blaszczykowski-y-su-trauma-de-la.html
- UOL Esportes- http://esporte.uol.com.br/futebol/campeonatos/eurocopa/ultimas-noticias/2012/06/16/jogador-que-viu-pai-assassinar-mae-na-infancia-e-esperanca-de-classificacao-da-polonia.htm
- Wikipedia- http://en.wikipedia.org/wiki/Jakub_Blaszczykowski

domingo, 25 de agosto de 2013

O Descanso dos Artistas

Faleceram hoje dois campeões pela nossa Seleção em seus tempos áureos: o lateral-direito Nílton de Sordi (campeão em 1958) e o goleiro Gilmar (ou Gylmar) dos Santos Neves (campeão em 58 e 62).

De Sordi fez história no meu São Paulo, onde jogou de 1952 e 1965 e conquistou dois Campeonatos Paulistas. Gilmar, por sua vez, foi goleiro do Corinthians (de 1951 a 1961) e do Santos (de 1961 a 1969), conquistando uma vasta coleção de títulos, incluindo oito Campeonatos Paulistas (três pelo Timão e cinco pelo Peixe), duas Libertadores (pelo Santos) e dois Mundiais Interclubes (também pelo time praiano).

De Sordi e Gilmar foram atletas de uma época em que o jogador precisava ser realmente bom para ter o direito de vestir a camisa amarela de nossa Seleção. Não bastava apenas ter força, era necessário ter muita habilidade e talento, tamanha era a qualidade da nossa safra de jogadores naqueles tempos, como Garrincha, Didi, Zagallo, Pelé, todos eles grandes atletas, diferenciados e talentosos.

Já escrevi isso, mas não custa lembrar que De Sordi e Gilmar fizeram parte de uma geração que colocou a nossa Seleção no mapa do futebol mundial. Foram eles que nos tornaram temidos e respeitados pela beleza e eficiência de nosso futebol, essência essa que está sendo perdida pelos treinadores covardes e volantes violentos e burocráticos dos dias de hoje.

Vão em paz, artistas. O que vocês fizeram pelo nosso futebol foi muito mais importante do que qualquer treinador retranqueiro ou zagueiro botinudo.

Sem Oba-Oba

Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- http://www.facebook.com/saopaulofc

Parabéns ao meu São Paulo e a todos os são-paulinos pela boa vitória por 2x1 sobre o irregular Fluminense. E só.

O meu São Paulo põe fim ao incomodo jejum de doze partidas sem vitória, deixa a vice-lanterna e dá esperança ao torcedor.

A realidade, no entanto, ainda é dura: a equipe ainda está na zona de rebaixamento, o campeonato ainda é longo e há muitos adversários pela frente. Os jogadores e o técnico Paulo Autuori não podem se deixar empolgar pela vitória e acreditar que os problemas estão todos resolvidos. Ainda há uma casa para arrumar, tumultuada pela situação política do clube e pelos desentendimentos entre jogadores e comissão técnica. Ademais, o Flu entrou em campo com muitos desfalques -se Fred e Deco estivessem em campo, talvez a história fosse outra.

Méritos ao Autuori que voltou a adotar o 4-2-3-1 do antecessor Ney Franco (não é meu esquema preferido, devo salientar) e soube utilizar bem o que tinha a disposição. O treinador carioca, no entanto, ainda sabe que seu desafio será muito maior que em 2005 quando foi campeão pela Libertadores: na ocasião, ele recebeu um elenco bem montado por Cuca e Leão e o Tricolor vivia um momento mágico. Hoje, Autuori tem muito mais trabalho a fazer e terá o grande desafio de recuperar uma equipe abalada psicologicamente e tumultuada pelas desavenças políticas.

Parabéns ao treinador e ao elenco. Mas não vamos baixar a guarda. O caminho é longo e o São Paulo terá de se superar se quiser permanecer na elite do Futebol Brasileiro.

Um parabéns especial ao torcedor que lotou o estádio e foi apoiar a equipe. Vocês fizeram a diferença!

Prepara o Despertador!

Imagem extraída do Facebook oficial de Sheilla Castro-
http://www.facebook.com/SheillaCastroVolei

Queridos fãs do voleibol brasileiro, os jogos da próxima fase do Grand Prix, a serem realizados nesta semana, acontecerão em solo japonês.

Para quem não sabe ou não se lembra, a diferença de fuso horário entre o Japão e o Brasil (em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro) é de aproximadamente doze horas e, portanto, os jogos realizados durante as tardes japonesas acontecerão durante as nossas madrugadas!

Se você está disposto a enfrentar o sono e acompanhar todos os jogos da fase final do Grand Prix, o Blog FarmaFootball está fornecendo a você, querido leitor e leitora, uma tabela dos jogos que serão realizados nesta semana:


Tabela dos jogos da fase final do Grand Prix 2013- extraída do Facebook oficial de Sheilla Castro- http://www.facebook.com/SheillaCastroVolei

Algumas dicas para enfrentar o sono e acompanhar as nossas meninas de madrugada: aconselho dormir bem cedo, preparar o despertador, beber café (ou energético, refrigerantes a base de cola e similares), ingerir chocolate amargo ou meio-amargo e caprichar na torcida!

Boa jornada a você, fã de vôlei!

sábado, 24 de agosto de 2013

Negócio Arriscado?

Imagem extraída do Facebook Oficial de 
Gareth Bale- http://www.facebook.com/Bale

Sendo honesto: faz muito tempo que não assisto a uma partida do Tottenham e, portanto, não posso atestar se o meia galês Gareth Bale é bom mesmo ou se tudo isso não passa de uma jogada de marketing.

Os sites de esportes dão praticamente como certa a transferência do atleta para o Real Madrid pelo valor recorde de R$ 350 milhões. Bale, inclusive, estaria forçando a sua saída dos Spurs para assinar com a equipe madrilenha.

Se levarmos em conta a questão financeira e a qualidade do futebol praticado na Espanha, podemos ter a certeza que o galês estará fazendo um excelente negócio. O Real Madrid não costuma economizar nos mimos para seus atletas a despeito da Espanha estar enfrentando uma grave crise financeira. E se Bale for tão diferenciado como dizem (repetindo: eu não tenho assistido às partidas do Tottenham para avaliar o desempenho do atleta), ele terá muito a crescer no futebol espanhol, onde os jogos se destacam muito mais pela técnica do que pela força. Seria, portanto, uma excelente maneira para o futebol do meio-campista evoluir ainda mais jogando ao lado de outros craques.

Bale, porém, deveria conversar um pouco com seu ex-colega de time, Luka Modrić, antes de assinar com o Real. Motivo? O meia croata percorreu um caminho muito semelhante ao do galês: ao saber do interesse do Madrid ao final da temporada 2011-12, Modrić teria forçado a sua transferência para o time espanhol, o que acabou se concretizando pelo valor aproximado de 35 milhões de Euros. Modrić, porém, encontrou forte concorrência com Di María e Özil para conquistar uma vaga no meio-de-campo e acabou esquentando banco a maior parte da temporada. Não obstante, o croata chegou a ser improvisado na ala direita no lugar de Di María (Modrić é meia central) e acabou sendo presa fácil para Schmelzer e Hummels no jogo contra o meu Borussia Dortmund.

Um agravante para a sessão 2013-14 é a troca do técnico José Mourinho por Carlo Ancelotti. O italiano é um treinador que prioriza muito mais os aspectos defensivos do que os ofensivos. Há grandes possibilidades do treinador adotar esquemas como 4-3-2-1 ou 4-3-1-2 (os esquemas que ele utilizava no Milan) o que dificultaria a titularidade de Bale sendo apenas, no máximo, duas vagas disponíveis para cinco meias (Kaká, Özil, Di María, Modrić e Bale). Há, inclusive, rumores de que do italiano teria pedido a contratação do veterano Pirlo para que um esquema de três volantes fosse adotado. Por fim, Ancelotti já demonstrou que pretende dar mais oportunidades a Kaká, seu antigo comandado no Milan, e reeditar a parceria que lhe rendeu o título da Champions em 2007, mais um concorrente, portanto, para o galês brigar por posição.

Se Bale estiver mesmo determinado a deixar o Tottenham para assinar com o Real Madrid, esteja à vontade. Desejarei sorte ao atleta e que o seu futebol evolua muito nos gramados espanhóis. O jogador, contudo, precisa estar ciente de que, se aceitar a proposta do Real, estará abrindo mão de sua titularidade absoluta para ter de brigar com atletas bem mais consagrados, como Kaká, Özil, Di María e o próprio Modrić.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

É Bom, mas Pode Ser Melhor

Imagem extraída do Facebook oficial de Diego Forlán-
http://www.facebook.com/DiegoForlanOficial 

Acompanhei o segundo tempo da partida entre Internacional e Salgueiro, válido pela Copa do Brasil. O placar final foi de 3x0 para o Colorado. Foi uma boa vitória, é verdade, mas o placar poderia ter sido bem maior, sobretudo se levarmos em conta os jogadores que o técnico Dunga tem à disposição.

Forlán, Scocco, D'Alessandro e Alex Raphael são jogadores de bola. O time tem também o esforçado Bolatti (que sabe atuar defensivamente e, principalmente, ofensivamente) e Leandro Damião (centroavante razoável). O Inter tem, ainda, o zagueiro Juan, com passagens pela Seleção Brasileira e que atuou por muitos anos na Alemanha e Itália.

Dunga tem em mãos um elenco experiente e muito técnico. Quase todos os atletas que eu mencionei têm passagem pelo Velho Continente e, portanto, os jogadores em questão compreendem o significado da palavra "disciplina tática" tão valorizada pelos europeus. Não seria difícil, portanto, posicionar os jogadores e fazê-los trocar passes.

Dunga, infelizmente, ainda não perdeu os vícios que ele tinha na Seleção Brasileira -sua primeira experiência como treinador- e escala equipes muito mais preocupadas em evitar os gols do que fazê-los. O treinador era volante de contenção quando atuava e, portanto, ele também traz alguns resquícios de sua posição ao implantar sua filosofia de jogo.

Acho que não custa pedir ao treinador para tentar ser mais ousado. Poderíamos tranquilamente colocar todos os atletas para atuar juntos, afinal, quanto mais craques em campo, melhor. Isso deixaria a defesa muito exposta? É só fazer o time valorizar a posse da bola e o adversário não vai conseguir fazer nada.

Até tenho uma ideia para montar o time: poderíamos colocar o Bolatti centralizado como único volante, Alex e D'Alessandro na armação e Forlán, Damião e Scocco no ataque, sendo que o uruguaio poderia atuar centralizado e um pouco recuado como um "falso 9" que é a maneira como ele atua (bem) pela Celeste. Ah! E seria interessante que o capitão D'Alessandro obtivesse uma cidadania brasileira para que os quatro estrangeiros pudessem atuar juntos.

O Inter tem bons jogadores à disposição, mas a oitava posição no Campeonato Brasileiro com 22 pontos conquistados em 14 partidas não faz jus ao investimento e ao bom elenco que o Colorado montou.

Dunga, faça um favor ao seu time e a você mesmo: monte uma esquipe mais ofensiva. Você tem elenco de sobra para brigar pela liderança do Brasileirão e pelos títulos. Basta querer que você vai lotar a prateleira de troféus neste ano.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Agora Ele É o Vilão?

Imagem extraída do Facebook oficial do Corinthians-
http://www.facebook.com/corinthians

Antes de mais nada: eu não vi a derrota do Corinthians para o Luverdense e também não gosto do trabalho do Tite -eu não compactuo com treinadores que colocam em campo mais gente para marcar do que para criar. Não gosto da metodologia estritamente defensiva do treinador gaúcho, assim como não aprecio as de Muricy, Mano Menezes, Felipão, Celso Roth e outros que rezam pela mesma cartilha.

Eu, no entanto, acho que o torcedor corinthiano tem uma dívida para com o treinador e para com o elenco que, se não foi tecnicamente brilhante, foi responsável pelas conquistas recentes. Temos de reconhecer os méritos dos jogadores e do técnico pelas conquistas da Libertadores e do Mundial Interclubes no ano passado.

As críticas que a imprensa faz ao trabalho do Tite são válidas. Não gosto do 4-2-3-1 do treinador que coloca mais gente para criar do que para armar. Acho que Tite deveria assistir mais aos jogos do Bayern e do meu Borussia Dortmund e compreender que a presença dos "volantes artilheiros" não compromete o time em termos defensivos. Ademais, a "seca" dos atacantes se deve à falta de qualidade criativa no meio-de-campo- eu tranquilamente colocaria mais um armador (possivelmente Douglas) no lugar do lesionado Guilherme. Garanto que Guerrero e Pato vão agradecer muito se o Timão tiver mais um armador em campo. Por fim, também achei uma injustiça o treinador colocar o Sheik no banco de uma hora para outra. Não sou fã do jogador, mas reconheço sua importância para o time.

Não gostei, contudo, do sensacionalismo da imprensa em relação à derrota do time. Sabemos muito bem que o maior objetivo dos periódicos é vender jornal e gerar lucro. E como alavancar as vendas de jornais? Colocando matérias de impacto na capa, como possíveis crises nos clubes. Alguns, inclusive, agem de má-fé e transformam uma pequena discussão nos treinos em um racha no elenco.

A derrota do Corinthians para o Luverdense expôs algumas falhas na criatividade no time e alguns defeitos no comando de Tite. Mas crucificar o elenco e o treinador por causa de uma derrota é injusto e ingrato. É como invalidar as conquistas do Mundial e, principalmente, da Libertadores que era o único título que faltava à prateleira do clube.

Se o comando de Tite estiver desgastado de fato, não há o que fazer senão demitir o treinador. Mas vilanizar o treinador ou os atletas pelo imediatismo é ser passional demais e racional de menos.

Retrocesso

Quando a CBF anunciou o retorno de Luis Felipe Scolari à Seleção Brasileira, considerei como um retrocesso. Não que o seu antecessor Mano Menezes estivesse fazendo um bom trabalho, mas quando perdemos a Copa em 2010 com a envelhecida seleção de Dunga, os dirigentes da CBF mencionaram muito a palavra "renovação" ao colocar o ex-corinthiano no comando da Canarinho.

A renovação passou a ser colocada em prática logo na primeira convocação, com Neymar, Ganso e Pato tomando o lugar de atletas trintões como Juan, Lúcio, Maicon e Gilberto Silva. Esqueceram, contudo, de avisar aos dirigentes que todo processo de renovação é marcado por resultados irregulares. Como os resultados não vieram, os cartolas da CBF tiveram a ideia de ressuscitar o Felipão. Matamos a chance de reinventar o nosso futebol em favor da pressa por títulos.

Não nego que o ex-palmeirense teve o mérito de conquistar a Copa do Mundo de 2002 e a Copa das Confederações de 2013 em momentos quando a Seleção não transmitia nenhuma confiança. Tal argumento ganha força quando levamos em conta que Felipão escalou praticamente o mesmo time de seu antecessor e fez aquele time vencer um campeonato. O treinador, portanto, fez a diferença no banco de reservas.

Não posso concordar, contudo, que o treinador continue com a mesma filosofia de armar equipes mais preocupadas com os aspectos defensivos do que ofensivos. Ou será que alguém aí achou que jogamos um futebol de encher os olhos nos últimos anos? Ademais, ganhar na base da catimba e fazendo um monte de faltas é uma atitude que considero condenável, assim como fizemos contra a Espanha.

Também não posso concordar com a convocação que o senhor Felipão realizou ontem. Na última lista apareceu o nome do Maicon. Ele até pode ter sido eleito o melhor lateral da Copa 2010, mas isso foi há três anos atrás. Não justifica convocá-lo agora, afinal Maicon fez uma temporada fraquíssima no Manchester City e ficou esquentando banco na maior parte do tempo. Julio César, idem: ele acabou de ser rebaixado pelo fraquíssimo Queens Park Rangers e suas últimas exibições em nada lembram aquelas que o arqueiro fazia na Internazionale, quando desbancou o titular Toldo. Quanto ao retorno do Ramires, até aceito: não é tecnicamente brilhante, mas ele ajuda um pouco na armação de jogadas. Pena que a dupla de volantes vai ser Luis Gustavo e "mais um". Se eu armasse o time no 4-2-3-1, eu escolheria entre Paulinho, Hernanes e Ramires, pois os três não se limitam a marcar e ajudariam a aliviar a responsabilidade do Oscar, que é o único atleta que o Felipão designou para armar a jogadas.

Respeito o Felipão pelos títulos, mas não concordo com a sua filosofia de jogo, nem com suas convocações. E não estranhem se atletas como Juan, Lúcio e Cris reaparecerem. Se Júlio César e Maicon voltaram, não acharia nem um pouco estranho se mais veteranos reaparecerem. Se quer adicionar experiência em campo, convoque o Alex Cabeção assim que ele voltar de lesão.

Rapidinhas- 22/08/2013

Imagem extraída do Facebook oficial do Barcelona-
http://www.facebook.com/fcbarcelona

ELE RESOLVEU

Diego Simeone, contra seu primeiro grande adversário na temporada, conseguiu segurar o meu Barça. Até poderia ter saído com a vitória com gol do ex-barcelonista David Villa. E o Cholo ainda viu Messi deixar o gramado no intervalo após a Pulga sentir lesão na coxa. Neymar, no entanto, entrou no lugar de Pedro e fez o gol do empate. A partida de volta será no Camp Nou.

MUITO RÍGIDO?

Após ter levado uma goleada de 5x1 para o Hoffenhein, os dirigentes do Hamburger suspenderam Tomás Rincón e Dennis Aogo na próxima partida contra o Hertha Berlin. Motivo? A dupla, após o chocolate, resolveu aproveitar os dias de folga concedidos e foram viajar para a Espanha. Não nego que isso faz parecer falta de comprometimento com o time, afinal depois de uma humilhação dessas, são poucos os que têm coragem de se expor em público. Por outro lado, acho que não era pra tanto: será que não foi uma maneira que os atletas encontraram para espairecerem um pouco depois de levarem um golpe tão duro?

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A Casa Caiu!

Imagem extraída do Facebook oficial do Arsenal- http://www.facebook.com/Arsenal

Depois de passar uma boa parte da tarde estudando, resolvi dar uma olhada no segundo tempo do jogão entre Arsenal e Fenerbahçe, válido pelos playoffs para a Champions League 2013-14. E não é que valeu à pena? Relaxei um pouco e ainda apreciei uma bela exibição dos Gunners!

Eu sempre exalto o trabalho do treinador Arsène Wenger, que vai na contramão do futebol inglês -geralmente muito pesado e truculento- e escala equipes leves, dinâmicas, velozes e que sabem tocar a bola. E o time de Londres aplicou muitos dribles em cima do Fenerbahçe. Nem parecia que o mando do jogo pertencia aos turcos! Um magnífico 3x0 para a equipe londrina! Os gols foram anotados por Gibbs, Ramsey e Giroud.

Os donos da casa, por sua vez, jogavam apenas na força física. A boa marcação do Arsenal só permitia aos turcos avançar na trombada. O envelhecido time do Fenerbahçe cometeu muitas faltas e o goleiro Volkan foi uma mãe para os adversários ao falhar no segundo gol e soltar algumas bolas fáceis.

Eu estava um pouco preocupado com a possibilidade do Arsenal ser eliminado nos playoffs, mas, pelo jeito, Wenger e seus comandados têm, sim, time para enfrentar adversários com maior força física ou poder aquisitivo. Espero que isso se confirme na próxima terça-feira no jogo de volta, a ser realizado no Emirates Stadium.

Ainda nos playoffs, o surpreendente Real Sociedad derrotou ontem o Lyon em pleno Stade de Gerland por 2x0 (gols dos garotos Seferovic e Griezmann) e colocou uma mão na vaga para a Champions. A partida de volta será na próxima quarta-feira.

Foi apenas um aperitivo, mas pude sentir o gostinho da Champions League. Estava com saudades!

Começa Logo, Champions!

Imagem extraída do Facebook oficial do Bayern München-
http://www.facebook.com/FCBayern

Eu estou contando as horas para o início da UEFA Champions League 2013-14 e poder assistir à nata do futebol mundial. Eu não estou acompanhando o Campeonato Brasileiro, mas só de ver aos "melhores momentos" (se é que existem) no noticiário, pode-se notar claramente que nosso futebol continua violento e burocrático. E a nossa Seleção também, diga-se de passagem.

A fase preliminar já tem alguns confrontos quentes com grandes times, incluindo Schalke 04, Lyon, Milan, PSV, Arsenal, Celtic e a surpreendente Real Sociedad, time basco que foi sensação no último Campeonato Espanhol ao chegar em quarto lugar superando o favorito Valencia.

As grandes equipes terão muitas novidades em seus plantéis e também no banco de reservas.

O meu Barcelona está de treinador novo (Gerardo Martino) e terá o ex-santista Neymar à disposição. O espantoso 7x0 aplicado sobre o Levante na estréia do Campeonato Espanhol me deixou muito animado. Estou muito ansioso para assistir às partidas do meu Barça e o seu Tiki-Taka!

O meu Borussia Dortmund perdeu seu principal articulador, Mario Götze, mas não parece ter feito muita diferença, uma vez que os aurinegros aplicaram um sonoro 4x2 em cima do Bayern München na Supercopa da Alemanha. E o time amarelo, até agora, tem quatro vitórias em quatro jogos na temporada, contando as duas partidas da Bundesliga, um jogo pela DFB Pokal e a decisão da Supercopa.

O atual campeão Bayern trouxe o técnico Pep Guardiola para o lugar do aposentado Jupp Heynckes, além de Mario Götze e Thiago Alcântara. Ainda na Alemanha, temos o retorno do Bayer Leverkusen à Champions após uma temporada de ausência. Bem-vindos de volta, afinal o Leverkusen é um time que sempre foi muito receptivo a nós, brasileiros. A equipe conta com bons atletas, incluindo Kiessling, Leno e Lars Bender. É uma pena que o time da Bay Arena tenha perdido o atacante André Schürrle (para o Chelsea) e o lateral-direito Daniel Carvajal (para o Real Madrid).

Na Espanha, o Real Madrid contratou o treinador Carlo Ancelotti e o promissor meia Isco (que estava no Málaga), além de ter cedido o centroavante Higuaín  para o Napoli. No Atlético de Madrid, Simeone terá o campeão David Villa à disposição, mas perdeu sua principal estrela, Falcao García, para o Monaco. Será que o Argentino consegue reerguer o time após uma perda tão grande? A vitória por 3x1 sobre o Sevilla na casa do adversário animou o torcedor colchonero.

Em Portugal, o Porto perdeu dois atletas importantes, João Moutinho e James Rodríguez, para o Monaco, mas foi atrás do garoto Juan Quintero na esperança que o colombiano repita o sucesso de seus conterrâneos Fredy Guarín, Jackson Martínez, Falcao García e James Rodríguez, todos com passagens pelos Dragões.

Na Inglaterra, o destaque vai para o Chelsea que "repatriou" o treinador José Mourinho. Espera-se que Mou recoloque os Blues nos trilhos após a temporada decepcionante em 2012-13. O Manchester City trouxe o atacante Alvaro Negredo (do Sevilla) para o lugar de Carlito Tévez (cedido à Juventus), além do treinador Manuel Pellegrini. No rival United, a novidade é o treinador David Moyes no lugar do aposentado Sir Alex Ferguson.

Na Itália, o Napoli perdeu Cavani para o PSG e o treinador Walter Mazzari para a Internazionale, mas adquiriu Higuaín e o treinador Rafa Benítez (ex-Liverpool e Chelsea). Na Juve, a novidade é o argentino Tévez.

Que vença o melhor, mas minha torcida é sempre dirigida ao Barça, ao Borussia e qualquer time que apresente futebol coletivo e ofensivo. Os brucutus e burocratas que me perdoem, mas futebol bonito é fundamental.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

O Beijo da Discórdia

Imagem extraída do Facebook oficial do Corinthians-
http://www.facebook.com/corinthians


A foto que o jogador do Corinthians, Emerson Sheik, postou em seu Instagram foi motivo de revolta para torcedores. Alguns deles, inclusive, compareceram no CT do Timão protestar contra a atitude do atleta e exigir que ele se "retrate" pelo seu gesto.

O atleta declarou em programa na Rede Bandeirantes que "o mundo do futebol é muito machista" e classificou a atitude dos torcedores como "preconceito babaca".

O jogador, em momento algum, declarou que é homossexual e seu gesto, segundo alguns veículos da imprensa, seria um protesto contra a homofobia.

Agora, eu pergunto: por causa de um beijo que o jogador deu em seu amigo, os torcedores vão deixar de idolatrar o atleta, que foi o autor do gol do título da Libertadores 2012? O gesto de Sheik é tão grave a ponto de invalidar tudo o que ele fez pelo clube?

Um jogador de futebol pode ser uma pessoa pública mas, acima de tudo, ele também é um ser humano e, como tal, tem sua própria vida pessoal. Sheik tem todo o direito de fazer o que bem entende em sua vida particular desde que não fira a constituição do país onde vive. E dar um beijo em uma pessoa do mesmo sexo não configura crime em momento algum pelas leis brasileiras.

Foi lamentável a atitude dos torcedores que foram ao CT do Parque São Jorge protestar ontem pela manhã. Atitude preconceituosa e ingrata. Ou será que os torcedores em questão se esqueceram que devem um título da Libertadores ao atleta? Li a notícia sobre o beijo do atleta em alguns sites e fiquei impressionado com os comentários dos internautas: NINGUÉM apoiou o gesto do jogador. Vi apenas deboche e insultos nos comentários.

Homofobia é uma forma de preconceito e dezenas de homossexuais perdem suas vidas todos os anos ao serem agredidos por radicais intolerantes. Acho que não precisamos de mais violência no Brasil, precisamos?

Se os torcedores em questão acreditam que "o Corinthians não é lugar de homem beijar homem", estejam à vontade. Sheik, apesar da idade, ainda tem muito mercado aqui no Brasil e no Oriente Médio (onde ele é ídolo) e, portanto, ele não ficaria nem uma semana desempregado. Se ele for embora devido às ameaças, azar do Timão, que perderia um atleta considerado importante por causa do que o próprio jogador considerou um "preconceito babaca".

Não deixem de conferir o excelente post que o jornalista e professor da PUC, Leonardo Sakamoto, publicou em seu blog comentando o caso de Emerson Sheik.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Soldados e Atletas

Não gosto de comparar o esporte com a guerra. Esse tipo de analogia mais parece dar argumentos de que o esporte deve ser violento e que devemos odiar nossos adversários como se fossem nossos inimigos.

O esporte, de fato, já foi instrumento bélico e político. Na Guerra Fria, por exemplo, era uma maneira de capitalistas e socialistas mostrarem sua superioridade sobre o outro lado. Hoje é praticamente uma ferramenta para gerar lucro.

Um questão, contudo, a ser levantada tanto na guerra quanto no futebol é sobre quem vence uma disputa.

É muito comum os chefes se destacarem e levarem o crédito em uma vitória, mas sabe-se muito bem que quem vai a campo é quem faz o trabalho sujo. Quem vai a campo é quem põe em risco sua saúde e sua segurança para alcançar uma vitória. E o futebol, convenhamos, há muito risco de um atleta se lesionar com gravidade, ficar com sequelas ou mesmo de morrer, ainda mais levando-se em conta que o esporte está cada vez mais violento com a valorização dos "guerreiros".

Sim, os chefes são importantes, mas é condenável que eles recebam toda a fama que, a meu ver, deveria ser destinada a quem realmente se sacrificou em campo para trazer a vitória. Nunca é demais lembrar que um líder jamais vence uma guerra ou uma partida de futebol sozinho e sem a ajuda de seus subordinados. Da mesma forma, um grupo descontente pode muito bem voltar-se contra um chefe injusto. O que é um líder político sem um exército que o defenda ou sem um povo que o apoie? Da mesma forma, o que seria dos presidentes dos clubes e dos "professores" sem os atletas que, na hierarquia, estão sob suas ordens?

O poder é como uma pirâmide, onde os subordinados são representados pela base mais larga e pesada que sustenta o topo leve e estreito que, por sua vez, representa o líder. Se a base ruir, o topo vem abaixo violentamente. Da mesma forma, se os subordinados deixarem de apoiar o chefe, ele cairá.

Há os líderes que não entendem bulhufas do ofício que comandam mas insistem em interferir no assunto em questão como se fossem os donos da verdade. Estadistas que vêem a guerra como um jogo de xadrez e tratam os soldados como os peões no tabuleiro provavelmente jamais empunharam uma arma para entender como é a realidade em um quartel ou em um campo de batalha. De maneira análoga, já presenciei dirigentes que nunca chutaram uma laranja na vida mas mandam e desmandam no futebol como se o jogador fosse um produto que eles compraram em um supermercado.

Na guerra e no futebol acredita-se também que o vencedor sempre tem razão porque é o melhor. Não necessariamente. Já vi muitos vitoriosos em uma batalha defenderem causas injustas, da mesma forma que assisti a muitas partidas de futebol onde o vencedor utilizou-se de meios escusos (violência e provocação) além de ser beneficiado pela conivência da arbitragem.

Quem vence a guerra é o soldado, da mesma forma que quem vence uma partida é o atleta. O líder, portanto, deve ser sempre justo e reconhecer quem realmente deu o sangue e colocou a vida em risco para que a vitória fosse alcançada.

domingo, 18 de agosto de 2013

Vôlei Sim, Futebol Não

Imagem extraída do Facebook oficial da CBV-
http://www.facebook.com/confederacaobrasileiradevoleibol

A gripe me impediu de acordar cedo nestes três últimos dias e fiquei impossibilitado de assistir às exibições de nossas meninas no último final de semana. E, pelo jeito, perdi três grandes espetáculos.

Nossas meninas venceram os três jogos contra Cuba, Holanda e Cazaquistão por 3x0 sets e garantiram a participação da Seleção na fase final no Japão. De quebra, o Brasil fechou a etapa classificatória com a segunda melhor campanha no quadro geral, perdendo apenas para a China. Japão, Sérvia, Estados Unidos e Itália são as outras seleções classificadas.

É incrível como o nosso vôlei está fazendo o Brasil se orgulhar do esporte. Temos grandes jogadoras (e jogadores também) fazendo boas campanhas e bons treinadores, que estão há anos no comando de suas respectivas seleções (Zé Roberto no feminino e Bernardinho no masculino) mas ainda mostram muita competência em suas respectivas funções. Os atletas novatos, como Lucarelli, Isac e Gabi, também estão mostrando muito talento apesar da pouca idade. As futuras gerações estão no caminho certo para suceder nossos medalhistas olímpicos.

Enquanto o vôlei continua encantando os torcedores, o futebol brasileiro continua uma lástima. A rodada do Brasileirão no final de semana foi marcada por tropeços inacreditáveis. Eu aprendi no vestibular que, muito mais importante do que acertar as questões difíceis é não errar as perguntas fáceis porque esses pontos perdidos dificilmente serão recuperados. No campeonato de pontos corridos é a mesma coisa: tropeços contra adversários fáceis ou em crise podem sair caros na reta final. E os "professores" priorizam muito mais os aspectos defensivos do que os criativos e ofensivos, mesmo precisando de resultados para buscarem a liderança ou fugirem do rebaixamento.

O Brasil ainda se considera o "País do Futebol", mas, dadas as circunstâncias, nós deveríamos nos considerar como o "País do Vôlei".

Uma Segunda Chance a Breno

O zagueiro Breno terá direito ao regime semiaberto e também poderá trabalhar como auxiliar técnico no Bayern München, o clube que estava defendendo até o momento em que foi preso.

O atleta, revelado pelo meu São Paulo, foi acusado de incendiar a própria casa na Alemanha e estava preso desde o dia 4 de julho de 2012. Segundo algumas fontes, o jogador estaria tendo problemas com o alcoolismo.

Lembro-me quando Breno, então com 17 anos, foi efetivado para o time profissional do São Paulo em 2007 e não demorou para conquistar a titularidade. Logo em seu primeiro ano no time principal, veio o título de Campeão Brasileiro. Breno também foi eleito melhor zagueiro direito da competição e atleta-revelação do ano de 2007. Tão logo o campeonato terminou e apareceu a proposta o Bayern München oferecendo cerca de R$ 35 milhões pelo atleta.

Não posso afirmar o que levou Breno a cometer o crime, mas podemos notar como a fama e a fortuna vieram muito cedo ao atleta. Deve ter sido uma mudança muito brusca na vida de um então garoto de 17 anos atuar como titular logo em seu primeiro ano como profissional, ser aclamado como "melhor zagueiro do Brasil" e, logo em seguida, ser contratado para jogar no maior clube da Alemanha e um dos maiores da Europa. Não são incomuns histórias de pessoas que alcançam sucesso na carreira e, extasiadas pelo glamour e pelo dinheiro, acabam cometendo muitos erros. Quantos atores, músicos, esportistas e outros fazem sucesso, utilizam mal o que adquirem e terminam endividados ou envolvidos com drogas?

Só o tempo e o próprio Breno irão dizer o que levou um atleta que poderia estar comemorando o título da Champions League neste ano e, quem sabe, estar na Seleção Brasileira a incendiar a própria casa e prejudicar a própria carreira. Nada pode ser afirmado no momento. Limitamo-nos a formular hipóteses e especulações a respeito.

Ao jogador, posso dizer o seguinte: abrace a oportunidade oferecida pelo Bayern e não a deixe escapar! Você está tendo uma segunda chance da qual poucos têm direito! Se o clube de Munique deixou-lhe as portas abertas depois de tudo que aconteceu, significa que eles ainda acreditam em você e acreditam em sua recuperação!

Boa sorte em sua jornada, Breno!

sábado, 17 de agosto de 2013

Entre a Técnica e a Truculência

Imagem extraída de http://www.facebook.com/FIGC

No post anterior, enumerei as seleções para as quais vou torcer na Copa do Mundo de 2014, a ser realizada aqui no Brasil. Obviamente, vou torcer para os times que jogam bom futebol, com jogo limpo, toque de bola, dribles e afins.

Eu me recuso a torcer para as seleções retranqueiras ou que abusam das faltas, e isso inclui, infelizmente, o nosso Brasil. E olha que já fomos referência no futebol mundial, com um jogo que não era nem bonito: era artístico. Nós contávamos com uma infinidade de grandes craques, geniais, habilidosos e técnicos. Nos dias de hoje, contudo, o número de craques à disposição de nossa Seleção podem ser enumerados nos dedos de uma mão. Culpa dos nossos dirigentes e treinadores que montam elencos muito mais para marcar e evitar gols do que criar chances ou valorizar a posse de bola.

No meio do caminho entre a truculência e a técnica, está a Seleção Italiana, a segunda maior vencedora em copas do mundo com quatro títulos, ficando atrás apenas do Brasil que tem cinco canecos.

A Itália, após a conquista do tetra em 2006, não renovou o seu elenco e continuou apostando em Canavaro, Gattuso, Zambrotta e outros. O resultado foi uma equipe manjada, pouco criativa e previsível. Acabou sendo presa fácil dos adversários na Copa de 2010, assim como a França que cometeu o mesmo erro ao não renovar seu elenco.

A Azzurra, hoje comandada por Cesare Prandelli, parece outro time, embora ainda conte com a experiência dos veteranos Buffon e Pirlo (que eu considero o craque do time). Prandelli adotou a Juventus como base para a montagem de sua seleção. Chiellini, Marchisio, Barzagli, Bonucci e, claro, Andrea Pirlo e Gigi Buffon são alguns dos atletas que compõem a espinha dorsal da Seleção Italiana.

O estilo de jogo italiano também respira os ares de Turim, com o esquema de três zagueiros (por vezes, utiliza apenas dois), os laterais mais adiantados com liberdade para apoiar o ataque e as jogadas feitas com a bola no chão. Não escondo que, no Campeonato Italiano, o futebol da Juve é o que mais me agrada pela sua elegância e pelo seu toque de bola. Fico muito satisfeito que Prandelli tenha levado essas características para a Seleção Italiana, que sempre se notabilizou pela forte defesa mas pouca técnica ou habilidade.

A Itália, contudo, não deixou suas raízes de lado e continua apostando em atletas que se notabilizam muito mais pela força física do que pelo talento com a bola. A quantidade de faltas ainda é elevada, a quantidade de gols anotados ainda é modesta e a criação de oportunidades é feita preferencialmente via contra-ataques velozes pelos lados. Não precisa lançar mão disso com tanta frequência, não é? No amistoso contra a Argentina, a Itália mostrou que pode jogar mais ofensivamente e valorizando a posse de bola.

E o que a Azzurra vai nos oferecer em 2014? Um grande espetáculo ou uma luta violenta? Eu, obviamente, gostaria de ver aquele futebol elegante que cativou a minha simpatia pela Juventus. A busca pelo resultado e o excesso de respeito para com os adversários mais fortes, contudo, deve obrigar Cesare Prandelli armar esquemas muito mais truncados do que criativos. Uma pena.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Os Times que Eu Vou Apoiar em 2014

Imagem extraída do Facebook oficial de Gerard Piqué-
http://www.facebook.com/3GerardPique

Será que alguém aí viu alguma luz naquele amistoso horrível entre Brasil e Suíça? Eu só assisti ao segundo tempo e foi o suficiente para ver cenas dignas de um coliseu romano, com atletas desferindo mais chutes nos colegas de profissão do que na bola. E ainda tem gente capaz de exaltar o trabalho que o Felipão faz na Seleção Brasileira. Façam-me o favor.

Se o Brasil faz questão de abraçar o "estilo guerreiro" adotado por Felipão, Dunga, Mano Menezes, Tite, Muricy, Abel e tantos outros, estejam à vontade. Nesse caso, só me resta torcer para uma outra Seleção que jogue futebol de verdade: limpo, coletivo, bonito e agradável de se ver.

A primeira seleção que eu vou apoiar em 2014 vai ser, obviamente, a Espanha, assim como disse o grande Paulo César Caju. Esta, aliás, deverá ser a última Copa do Mundo da geração de Iniesta, Xavi, Villa e Torres, uma vez que quase todos estes atletas estarão com mais de 30 anos após 2014. O Tiki-Taka criado pelo Mestre Johan Cruyff e aperfeiçoado por Guardiola, Aragonés e del Bosque é mais do que futebol: é uma verdadeira obra de arte, com uma posse de bola absurda e muito toque de bola. O pobre adversário nem consegue jogar e fica a partida inteira correndo atrás da bola.

A Alemanha joga um futebol que combina o melhor da força física (atletas altos, fortes e velozes) com técnica e habilidade (dribles, jogo coletivo, passes e cruzamentos certeiros). A Mannschaft, outrora pesada e estritamente defensiva, agora conta com atletas leves, velozes e habilidosos, como Thomas Müller, Mario Götze, Marco Reus, Julian Draxler, Lewis Holtby, entre outros. O futebol alemão está tão forte que os dois finalistas da última Champions League eram alemães -o Bayern München e o meu Borussia Dortmund. O treinador Joachim Löw só deve lamentar não poder escalar Ribéry, Robben e Lewandowski em seu time.

Também vou torcer pelos nossos eternos rivais, a Argentina. O último amistoso contra a Itália (que alterna momentos de truculência com toque de bola) deixou bem claro que a Albiceleste não depende apenas de Lionel Messi e o time argentino tem à sua disposição atletas para envolver e pressionar o adversário. Lamento, apenas, que o grande Juan Román Riquelme não voltará à Seleção Argentina, pois sua inteligência e visão de jogo estão fazendo falta à Albiceleste até hoje.

Além das três seleções, também me agrada o Chile e seu toque de bola claramente influenciado por Marcelo Bielsa -o atual treinador, Jorge Sampaoli, é um entusiasta do estilo de seu conterrâneo. A Colômbia possui bons jogadores -Jackson Martínez, James Rodríguez e Falcao García, todos com passagem pelo Porto- que jogam um bom futebol. Idem para a Bélgica que tem Eden Hazard, Courtois, Vertonghen, entre outros. A França de Nasri, Ribéry e Benzema até sabe jogar coletivamente, mas sempre adota táticas defensivas e até violentas quando se depara com uma seleção grande. Tem que mudar isso, Didier Deschamps, afinal os Bleus têm craques à disposição e não precisam jogar na força.

O Brasil tem jogadores talentosos à disposição: Neymar, Oscar, Lucas, Hernanes, Willian, Bernard, ... Gostaria muito que o Felipão arrumasse um jeito de colocar todos esses atletas para jogar juntos e fazer a nossa seleção atuar como nos velhos tempos. Como o treinador gaúcho dificilmente vai fazer isso, minha torcida em 2014 continuará sendo para Espanha, Alemanha, Argentina, Chile, Colômbia, Bélgica e França; as seleções que realmente jogam bola.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Cicatrizes de uma Tragédia

Imagem extraída do Facebook oficial de Xherdan Shaqiri- http://www.facebook.com/XS1991

Sim, a mesma imagem do meia Xherdan Shaqiri quando comentei a respeito da Seleção Suíça na segunda-feira. Hoje, contudo, resgatei a imagem com outra finalidade.

Assisti apenas ao segundo tempo do tedioso jogo entre Brasil e Suíça que terminou 1x0 para os donos da casa. O resultado pouco importou para mim, afinal o jogo foi muito violento, truncado e os dois times, apesar de terem atletas habilidosos -como Neymar e o próprio Shaqiri- mais bateram do que criaram. Nenhum deles merecia vencer.

O que me chamou a atenção, contudo, foi o nome de alguns jogadores que representaram a Seleção Suíça, como Dzemaili, Xhaka, Behrami, Gavranovic e Seferovic, todos eles originários de países do Leste Europeu, como Bósnia-Hezergovina e Kosovo. Quase todos os atletas em questão são imigrantes ou descendem de imigrantes daquela região, outrora conhecida como Iugoslávia.

O fim da União Soviética enfraqueceu o governo de muitos países criados sob influência da potência comunista, como a ex-Checoslováquia e a ex-Iugoslávia. Ao mesmo tempo, o fim da URSS fortaleceu movimentos nacionalistas nesses países que revindicaram a autonomia desses Estados levando a processos de separação, muitas vezes sangrentos. Foi o caso da Iugoslávia que originou Sérvia, Croácia, Bósnia-Hezergovina, Macedônia, Eslovênia, Montenegro e Kosovo.

As guerras que levaram à fragmentação da Iugoslávia forçaram muitas famílias a fugirem de seu países natais e buscarem abrigo em outras nações como a Alemanha (que recebeu muitos refugiados bósnios) e a Suíça (que recebeu cidadãos kosovares). Até hoje lembro-me dos noticiários a respeito de bombardeios e de fugitivos daquela região no começo dos anos 90.

Passado o período mais turbulento da separação, alguns dos imigrantes -ou seus filhos- optaram por ficar nos países que os acolheram e defender as cores de seus novos lares, como o meia Marko Marin, que tem origem bósnia mas hoje veste as cores da Mannschaft.

O caso dos kosovares e seus descendentes, contudo, é mais complicado uma vez que a independência do país ainda não é consenso entre todas as nações. Da mesma forma, o credenciamento de uma Seleção Kosovar ainda não foi possível pela UEFA ou pela FIFA. Dessa forma, os atletas de ascendência kosovar não tiveram alternativa senão defenderem as cores dos países que os acolheram ou, então, atuarem pela Albânia, local de onde muitos kosovares descendem, como foi o caso do zagueiro Lorik Cana que hoje capitaneia a Seleção Albanesa.

Shaqiri, Xhaka e Behrami são três atletas de origem kosovar que poderiam "abandonar" a Suíça e vestirem o uniforme de Kosovo. Shaqiri e Xhaka, inclusive, se mostraram favoráveis em defender as cores de seu país natal. Repararam na bandeira azul e amarela que Shaqiri exibe orgulhoso ao lado da flâmula suíça na ilustração? O meia do Bayern faz questão de exaltar as suas origens e aparenta ser o mais proativo na criação de uma Seleção Kosovar. Já existe a preocupação dos torcedores suíços em perderem seus craques.

Independente da decisão dos três atletas, os jogadores sabem que o sucesso que eles têm feito no futebol é uma grande vitória para a nação kosovar, um país marcado pelas tragédias de um violento processo de independência. A alegria e a competitividade proporcionadas pelo futebol foram uma maneira de cicatrizar as feridas da guerra, bem como demonstrar a força e o poder de superação de uma nação que está deixando a tristeza no passado e lutando pela glória no futuro.

Não deixe de conferir o post a respeito da questão kosovar no parceiro Batom e Futebol, de onde colhi algumas informações para a elaboração desta resenha.