sexta-feira, 31 de maio de 2013

Parabéns, Reus!

Aniversaria hoje o meia Marco Reus, do Borussia Dortmund.

Reus passou pelas bases do próprio Dortmund, mas se projetou no Borussia Mönchengladbach, quando fez uma grande temporada 2011-12 e chegou à Seleção Alemã. O meia acabou voltando ao clube aurinegro na temporada seguinte para substituir Shinji Kagawa, negociado com o Manchester United.

De volta a sua "casa", Reus continuou fazendo a diferença em campo. Aliás, o camisa 11 mostrou o mesmo brilho tanto no Borussia Dortmund quanto na Seleção Alemã, chegando até mesmo a ameaçar o grande Lukasz Podolski, o "dono" da ponta esquerda na Mannschaft.

Claro que, com tanto talento e bons desempenhos, Reus foi especulado pelos clubes milionários, mas após a perda de Mario Götze para o Bayern München, Jürgen Klopp e o estafe do Borussia vão fazer o possível para manter o atleta.

Parabéns, garoto! Continue brilhando nos gramados! O pragmático futebol atual precisa de mais jogadores como você!

É Mais Fácil Comprar Pronto

É impressionante a minúscula quantidade de atletas que são promovidos das categorias de base dos clubes para os times principais. Inventam a Copa São Paulo de Juniores, as categorias Sub-20, Sub-16 e seja lá o que for, mas uns poucos garotos são profissionalizados, principalmente nos grandes clubes.

Nos dias de hoje mais parece que aproveitar a base é coisa de time sem recursos, que não tem verba para contratar. Não se valoriza o atleta formado nas dependências do próprio clube.

Fico ainda mais estarrecido com a atitude de alguns treinadores que, ao invés de dar quilometragem para os garotos crescerem profissionalmente, ficam pedindo "reforços" muitas vezes para compor elenco ou fazer "sombra" para que um titular não fique acomodado. Para mim, isso acontece porque os "professores" -quase todos ex-zagueiros ou ex-volantes grossos ou violentos, como bem observou Paulo Cézar Caju- não têm bagagem para ensinar um garoto a jogar bola e preferem adquirir o jogador já formado.

Os dirigentes também cometem muitos desleixos com as categorias de base. Para começar, vejo pouquíssimos ex-craques cuidarem da base, o que é uma pena, pois grandes ex-jogadores sempre têm muito a ensinar aos garotos. Se forem ex-ídolos, melhor ainda, pois esses, além de ensinar os jovens a tratar bem a bola, ensinam os valores e a filosofia do clube aos meninos. Os cartolas também preferem, muitas vezes, dar ouvido a empresários que enfiam atletas obscuros nos times ao invés de dar chances aos atletas formado no próprio clube. É só ver a quantidade de jogadores desconhecidos oriundos das Séries B, C e D que estão pintando no seu time de coração. E, muitas vezes, para posições onde não há carências.

Gostaria, ainda, de citar a história do ex-volante Narciso -aquele que jogou no Santos durante os anos 90, mas precisou se aposentar em decorrência de uma leucemia. Pois bem: Narciso foi vice-campeão da Copa São Paulo de Futebol Juniores como treinador pelo Santos em 2010, campeão pelo Corinthians em 2012 e chegou às semifinais neste ano pelo Palmeiras. A despeito dele ter feito boas campanhas pelas categorias de base dos três clubes, por que Narciso não foi mantido em nenhum deles? Será que algum dirigente poderia fazer a gentileza de me explicar?

Eu defendo que as categorias de base dos clubes sempre recebam atenção, pois isso contribui para a manutenção e crescimento do nosso futebol. Para os dirigentes que só pensam em faturar, formar garotos sempre gera lucro, uma vez que os clubes formadores têm direito a uma porcentagem de cada transação envolvendo os atletas.

Se os grandes clubes não quiserem aproveitar os garotos formados na própria base, é melhor que nem haja categoria de base. Economizamos capital, espaço, tempo e não precisamos iludir garotos com a promessa de que um dia eles terão a chance de jogar no time de coração. Comprem tudo pronto dos times "nanicos" porque é mais fácil. Simples assim.

Quatro Toques Rápidos -Libertadores

DE BOA

O Santa Fé fez valer o fator casa e marcou 2x0 sobre o Real Garcilaso. O time colombiano havia feito um placar surpreendente no jogo de ida (3x1) sobre os peruanos, que não puderam se valer do fator altitude daquela vez -o Santa Fé também manda o jogo em uma cidade localizada na Cordilheira dos Andes. Não acho o jogo do Santa Fé lá essas coisas, mas fiquei muito contente com a classificação do time de vermelho, pois é uma equipe que não abriu mão da ofensividade e da criação de chances mesmo jogando fora de casa.

ATÉ A ÚLTIMA GOTA

O Boca Juniors, com um jogador a menos novamente (Clemente Rodríguez foi expulso), conseguiu segurar o Newell's Old Boys e levar a decisão para os pênaltis. Nas cobranças, mais emoção, com direito a 26 cobranças para definir quem seguiria para as semifinais. Com o erro de Martínez (ex-Corinthians) e o chute certeiro de Maxi Rodríguez (ex-Liverpool e ex-Atlético de Madrid), o Newell's ganhou o direito de avançar. Confesso que achei uma pena, pois gostaria de ver o artista da bola, Juan Román Riquelme, enfrentando outro craque, Ronaldinho Gaúcho, mas tudo bem: um atleta com a mentalidade de Maxi merece a classificação -o atleta do Newell's criticou o futebol argentino pelo excesso de retranca.

FALTA FATAL

O Fluminense fez tudo certo lá na frente: colocou o time para pressionar e foi para cima do Olimpia. Mas lá atrás... Uma falta perto da área de Diego Cavalieri e um pênalti para os paraguaios adiou, mais uma vez, o sonho do primeiro título do Tricolor. Que sirva de lição ao Flu e ao técnico Abel Braga para que o time jogue menos na truculência. Os paraguaios também não mereciam a vaga, pois são muito defensivos e abusam do anti-jogo.

UFA!

O Tijuana resolveu encrespar para cima do Galo e abriu o placar no Independência, mas Réver, após cobrança de falta de Ronaldinho, tratou de colocar a casa em ordem. O herói do jogo foi Victor, que defendeu um pênalti no finzinho do jogo. Pedido para o Cuca: colocar volantes mais técnicos para manter a posse de bola, pois Pierre e Donizete são muito mais de jogar sem a bola do que com ela.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Desculpas Esfarrapadas

Ontem, o Santos foi derrotado pelo Botafogo e a justificativa para o revés para o Peixe foi de que o time praiano está sentindo falta do Neymar. O Corinthians empatou com o fraco Goiás e a desculpa foi de que o time sentiu o desfalque do Paulinho. E a explicação de alguns para a fraca campanha do São Paulo para o primeiro semestre foi a de que a diretoria não trouxe ninguém para a vaga de Lucas.

Informando de verdade: o São Paulo foi eliminado da Libertadores e do Paulistão porque os jogadores entravam muito nervosos em campo. Basta ver como os jogadores erravam passes, finalizavam mal e cometiam faltas infantis. Reflexo do nervosismo do time. Além disso, para suprir a falta de Lucas bastava mudar o esquema tático, como bem observaram alguns jornalistas. Que nada, o "professor" Ney Franco queria um meia-atacante para atuar pela direita de qualquer jeito, nem que precisasse improvisar alguém por lá. Deu no que deu.

No Corinthians, o problema é a própria atitude do técnico Tite. O "professor" recua demais o time e os atacantes precisam vir buscar a bola lá atrás, quando deveria haver um meio-campo para tocar a bola e trabalhar as jogadas para que Guerrero e Pato terminassem o serviço lá na frente. Os dois, aliás, precisam treinar finalização urgente, pois os gols que eles estão perdendo estão fazendo falta. E o Douglas merece jogar mais, pois ontem ele foi o melhor em campo disparado e o camisa 10 é muito melhor que o Danilo, como bem observou o grande Paulo Cézar Caju.

No Santos o problema, de fato, é a dependência excessiva de Neymar. Muricy sabia que o camisa 11 seria vendido, mas nunca se preocupou em fazer o time jogar coletivamente e depender menos do Menino da Vila. Se a gente voltar para o começo de 2011, Neymar e Ganso desfalcaram o time: o atacante estava servindo à Seleção Sub-20 e o meia estava lesionado. Sem problema: o então treinador, Adílson Batista, montou um ataque funcional com Maikon Leite, Zé Love e Keirrison. Bastava, portanto, que o professor desse mais chance aos garotos, Gabigol e Neilton, para que algum deles pudesse suceder o camisa 11.

Em campo, são 11 contra 11. Um time não pode depender em demasia de um único jogador por mais importante que ele seja. Além disso, o problema do Brasil é o mesmo do Borussia Dortmund: nós sempre perdemos muitos jogadores para os grandes times da Europa. Os treinadores, em virtude disso, precisam ter a consciência de que um bom jogador dificilmente permanece no Brasil e preparar o elenco para suprir a perda de um atleta. A desculpa de que o Neymar ou o Paulinho estão fazendo falta não serve em hipótese alguma.

Feliz Aniversário, Gerrard!

Completa hoje 33 primaveras o meio-campista e capitão do Liverpool Steven Gerrard.

O camisa 8 foi revelado pelos próprios Reds e nunca vestiu camisa de nenhum outro time, senão a da Seleção Inglesa. São quase 15 anos atuando pelo time profissional do Liverpool e dez como capitão da equipe.

Mesmo sendo jogador do Liverpool, Gerrard é querido por atletas de outros times da Inglaterra. Prova disso: quando o capitão do English Team, John Terry, estava lesionado, o atacante Wayne Rooney, do arquirrival Manchester United, pediu à Football Association que o camisa 8 dos Reds usasse a braçadeira. O meia capitaneou a Seleção Inglesa na Copa de 2010 e na Euro 2012.

Gerrard também é conhecido por sua versatilidade no meio de campo -ele pode atuar como volante ou meia-armador- e pelas suas assistências. Mesmo sendo o "dono" do Liverpool, o camisa 8 não é fominha e serve os atacantes que estiverem melhor posicionados e permite que eles levem a fama.

Parabéns, Capitão! Muito sucesso e felicidades que você merece! É o que deseja este blogueiro que é seu fã!

Rapidinhas

O PROBLEMA DO TRICOLOR É PSICOLÓGICO

Juvenal Juvêncio, se o senhor quiser salvar sua reputação com a torcida, por favor, contrate bons psicólogos para os jogadores. Vendo a goleada que o meu São Paulo aplicou sobre o Vasco, comecei a pensar o porquê do Soberano não ter feito uma campanha melhor nos jogos considerados decisivos na Libertadores e no Paulistão. A palavra é justamente essa: "decisivos". O peso de uma partida considerada importante deixava os atletas nervosos e eles não conseguiam jogar bem. Não precisa mandar ninguém embora, é só manter os nervos sob controle que o time volta a andar nos trilhos.

QUERO VOLTA, AMIGO!

Se o Bayern München quer tirar mais atletas do meu Borussia Dortmund, sugiro que os cartolas aurinegros passem a exigir jogadores em troca. Recentemente, foi veiculado que o clube de Dortmund teria exigido que o Bayern cedesse Xherdan Shaqiri ou Mario Mandzukic em troca de Robert Lewandowski, que está sendo especulado no clube bávaro. É assim que tem que fazer, gente!

DESGASTE DESNECESSÁRIO

Achei desnecessário o atrito entre CBF e Bayern München por causa da cessão de Luiz Gustavo e Dante. Bastava dispensar os dois do jogo contra a Inglaterra que, aliás, nem vale muita coisa pelo fato de ser um amistoso. A Seleção da Alemanha, por exemplo, dispensou Miroslav Klose (que estava disputando a Coppa Italia pela Lazio) do amistoso de hoje contra o Equador e permitiu que o centroavante jogasse apenas o amistoso contra os EUA. Além disso, Dante e Luiz Gustavo nem são titulares na Seleção Brasileira.

DÁ-LHE, VETTEL!

Cada vez mais eu sinto orgulho em torcer pelo piloto Sebastian Vettel. Nesta semana, foi veiculada uma notícia que os chefes da equipe Red Bull ordenaram que Vettel não tentasse ultrapassar Nico Rosberg, que estava mais lento que Sebastian. O piloto da escuderia austríaca acelerou, foi para cima de Rosberg, fez a volta mais rápida em Mônaco e levou uma bronca de seus chefes por desobediência. Vettel, mais uma vez, estava coberto de razão. A obrigação profissional de um piloto é vencer a prova. Se as escuderias querem pilotos obedientes, que automatizem os carros, afinal robôs jamais questionam ordens.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Você É o Maior, Klopp!

Imagem extraída do Facebook oficial do Borussia Dortmund-
http://www.facebook.com/BVBorussiaDortmund09

Quem me acompanha pelo blog sabe que sou fã incondicional do "Mágico" Jürgen Klopp, treinador do Borussia Dortmund. E qual a minha surpresa quando li nas páginas esportivas da internet que o "Mágico" havia sido eleito o melhor treinador da Champions League nesta temporada.

Eu sempre exaltei Klopp por dois motivos. Primeiro porque o treinador sempre coloca o seu time para jogar ofensivamente, com a bola no chão e permitindo que os jogadores de defesa subam para o ataque. E, segundo, Kloppo sempre monta elencos competitivos mesmo sem dispor dos recursos financeiros de um Real Madrid ou de um PSG e sai por aí garimpando talentos nas categorias de base, em clubes menores da Alemanha ou no Leste Europeu. É sempre muito difícil para o Borussia Dortmund manter seus principais atletas a cada fim de temporada e o treinador precisa fazer constantes renovações forçadas no elenco.

Nesta temporada, o Borussia não conseguiu nenhum título. O arquirrival Bayern München parece ter aprendido com os erros do passado e superou o outrora algoz aurinegro. Foram cinco confrontos, com três vitórias para o time de Munique e dois empates. E, de quebra, os bávaros tiveram o gostinho de eliminar o Dortmund na Supercopa da Alemanha, na DFB Pokal e na final da Champions League. Tal situação seria impensável em temporadas anteriores quando era o time amarelo que havia imposto um tabu sobre o time de vermelho.

Ainda que o Borussia Dortmund não tenha erguido nenhum troféu nesta temporada, achei que foi muito justa a escolha de Klopp como melhor treinador da Europa. O time aurinegro triunfou sobre rivais com poder aquisitivo muito superior, fez boas campanhas na Bundesliga e na Champions League, lidou com as limitações financeiras e com os constantes assédios dos clubes milionários sobre seus atletas, e ainda nos presenteou com uma bela proposta de futebol que combina o 4-2-3-1 vertical típico da Alemanha com a troca de passes da Espanha.

Agora, o "Mágico" reconhece a superioridade dos adversários mas promete uma grande temporada em 2013-14. Klopp, como sempre, tenta segurar seus titulares e terá o desafio de lidar com a perda de seu principal jogador, Mario Götze. Não parece ser um desafio tão grande para quem passou por situação semelhante ao final da temporada 2011-12, quando o Borussia perdeu Shinji Kagawa para o Manchester United e manteve a equipe jogando no mesmo nível.

Parabéns, "Mágico"! Você é o melhor treinador da Europa com méritos! Você vai superar mais este duro golpe e trará novamente o Borussia Dortmund ao topo! Muito obrigado por tudo, Kloppo!

Os Dois Milionários que Eu Gosto

Os times que são financiados por magnatas do Leste Europeu e do Oriente Médio são um paradoxo para mim: seus proprietários poderiam adquirir quase todos os atletas que bem entendessem para seus times -só não poderiam tirar, por exemplo, Xavi do Barcelona ou Rogério Ceni do São Paulo. Porém, mesmo com tantos craques em seus plantéis, muitos times "milionários" jogam futebol mais de força do que de técnica. Veja o PSG, que não abre mão de Maxwell, Matuidi, Jallet, Van der Wiel, Thiago Motta e Alex Rodrigo. Ou o Chelsea, com Terry, Lampard e Ashley Cole. Muita gente pra marcar e pouca gente para criar.

Por outro lado, times que são mais "fornecedores" de atletas do que "aceptores" contam com elencos leves e jogam um belo futebol. Borussia Dortmund, Valencia e Athletic Bilbao jogam no ataque e trocando passes, mas raramente conseguem manter seus elencos. Os times mencionados sempre perdem seus principais atletas para Manchester United, Barcelona, Real Madrid, ...

Felizmente, há times que justificam o alto investimento feito e apresentam um futebol que, se não é agradável, ao menos há atletas que sabem jogar bola.

O primeiro time "milionário" que eu gosto é o Shaktar Donetsk, da Ucrânia. A equipe é quase uma colônia brasileira no Leste Europeu, contando com Alex Teixeira, Luiz Adriano, Eduardo, Douglas Costa, Fernandinho, Alan Patrick, Maicon, Ilsinho e, mais recentemente, Taison. O time comandado pelo romeno Mircea Lucescu joga no ataque e sempre dá um calor nos adversários. O treinador, que completará dez anos no comando em 2014, já conquistou sete Ligas Ucranianas e um título na Europa League. Lamento apenas que o meia Willian, ex-Corinthians, não tenha permanecido por lá, pois ele era um grande diferencial para a equipe.

O outro time que eu simpatizo é o Manchester City. Os Citizens não jogam um futebol bonito, mas há atletas que sabem tratar a bola com carinho para compensar, como Agüero, David Silva e Samir Nasri. Confesso que torci para que o City conseguisse fazer a dobradinha neste ano, mas o futebol pragmático e de resultados do arquirrival Manchester United não permitiu. Os cartolas do time azul-celeste vivem convidando ex-atletas do Barcelona para que implementem a filosofia de trocas de passes do clube catalão. Ainda falta muito, mas dá pra chegar lá.

Agora, o Monaco, recém promovido da segunda divisão da Liga Francesa, tornou-se um "novo rico". Gostaria muito de saber qual rumo a equipe francesa vai tomar: o da força ou o da técnica.

É Assim que se Faz, Zé!

Dando um tempo no futebol, resolvi comentar um pouco sobre outro esporte que eu aprecio muito, o vôlei.

O nosso vôlei viveu uma era de glórias na década passada com muitos títulos e está passando por um período de transição neste exato momento o que explica a irregularidade nos últimos campeonatos que as nossas Seleções disputaram nos últimos anos.

Por mais que a gente goste de alguns jogadores e admita a importância deles, não podemos esperar que as gerações que conquistaram medalhas durem para sempre. No masculino, não podemos achar que Giba, Rodrigão, Serginho e Ricardinho joguem até os 50 anos. E no feminino, Fofão, Sassá, Fabi e Mari não jogarão eternamente e uma hora elas terão de deixar as quadras.

Escrevi isso para manifestar meu apoio ao técnico da Seleção Feminina de Vôlei de Quadra, José Roberto Guimarães, que deixou de fora muitas das estrelas que faturaram o ouro em Londres no ano passado e escalou um time com várias atletas mais jovens e/ou menos conhecidas para o Torneio de Montreux, na Suíça. Algumas medalhistas ainda estiveram presentes, como Adenízia, Fê Garay, Tandara e Dani Lins mas outras atletas foram convocadas com o objetivo de ganhar experiência e, provavelmente, suceder a geração atual no futuro.

A Seleção passou um certo aperto no jogo de hoje, mas conseguiu dominar as donas da casa com o placar de 3x0 sets, com parciais de 25/19, 25/16 e 25/22.

Claro que a obrigação profissional das atletas é o título, mas o mais importante às nossas meninas no momento é ganhar maturidade para os Mundiais e para as Olimpíadas.

Boa sorte, Zé Roberto e boa sorte, meninas!

terça-feira, 28 de maio de 2013

Eterna Ingratidão

Alguns sites publicaram na semana passada um suposto acordo entre o São Paulo e a Portuguesa. Segundo as publicações, o Tricolor emprestaria o meia Marcelo Cañete à Lusa se o time do Canindé não contratasse o treinador Émerson Leão. Representantes do Soberano teriam argumentado que Leão prejudica os atletas fisicamente além de odiar argentinos.

Leão deixou o São Paulo na metade do ano passado após a eliminação na Copa do Brasil diante do Coritiba. O ex-goleiro chegou a entrar em rota de colisão com os cartolas do Tricolor na ocasião.

Polêmicas sempre fizeram parte da carreira de Émerson Leão. Desentendimentos com jornalistas, jogadores, dirigentes e torcedores. O treinador quase sempre é rotulado como "arrogante" e "marrento" devido a essas controvérsias. O ex-jogador treinou os quatro grandes times de São Paulo -São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos- e saiu de quase todos sem deixar saudades.

O que a maioria dos detratores de Leão, contudo, não se lembra é que o ex-goleiro fez coisas muito importantes pelos clubes onde passou, principalmente aqui em São Paulo.

No meu Tricolor, Leão foi um dos responsáveis pela montagem do elenco que faturou a Libertadores de 2005 e do Mundial Interclubes do mesmo ano. Vale, ainda, lembrar que o ex-goleiro também ajudou a montar o elenco atual do São Paulo que venceu a Copa Sulamericana de 2012. Destes fatos, os cartolas do Soberano não se lembram, não é?

No Palmeiras, Leão foi um dos maiores ídolos do clube. Foi um grande goleiro nos anos 70, época em que o Verdão era conhecido como "Academia de Futebol" além de ter sido um dos atletas que mais vezes vestiu a camisa do clube.

No Santos, foi Leão quem montou aquele timaço de 2002 com Robinho, Diego, Renato, Elano, Léo e Alex. Aquela geração superou adversários que haviam feito campanhas muito melhores nos pontos corridos daquele ano, como São Paulo, Grêmio e Corinthians. De quebra, o ex-goleiro tirou o Peixe da fila, uma vez que o time praiano nunca havia ganho um Campeonato Brasileiro até então -os títulos nacionais da Era Pelé só viram a ser reconhecidos pela CBF em 2010.

Leão também serviu à nossa seleção por muitos anos. Ele esteve presente nas Copas do Mundo de 1970, 1974, 1978 e 1986. Foi um dos atletas que mais esteve presente em Copas do Mundo. Um jogador desleal e sem talento jamais teria a honra de disputar quatro mundiais, ainda mais em uma época em que nós tínhamos craques de verdade. As quatro participações em Copas de Émerson Leão mostram o quanto o ex-goleiro foi importante para o futebol brasileiro.

Se os dirigentes -não apenas os do São Paulo- não gostam de Émerson Leão, é um direito deles. Mas ignorar toda a história que o ex-goleiro teve como atleta e como treinador, isso é uma falta de gratidão.

Obrigado, Ribéry

Imagem extraída do Facebook oficial do Bayern München-
http://www.facebook.com/FCBayern

Uma cena chamou muito a minha atenção durante o pré-jogo da final entre Bayern München e Borussia Dortmund. Enquanto faziam o aquecimento no gramado, eu vi Franck Ribéry e Arjen Robben conversarem pouco antes de treinarem um chute a gol.

Se voltarmos no tempo, mais precisamente há um ano atrás, jamais poderíamos imaginar esse tipo de acontecimento. Na ocasião, o francês e o holandês se desentenderam publicamente. Segundo algumas fontes, Ribéry teria acertado um soco no rosto de Robben em 2012.

Dizem que o tempo cura as feridas e o camisa 7 e o camisa 10 voltaram a jogar juntos. Tal acontecimento foi favorecido pela lesão de Toni Kroos -que havia tomado o lugar do meia holandês quando Robben se lesionou no começo da temporada. O ala direito voltou a dividir os gramados com Ribéry. E os dois demonstram muito profissionalismo quando deixaram as diferenças de lado e mostraram que estavam dispostos a colocar o bem do grupo acima de seus interesses pessoais. Realmente, há males que vêm para o bem.

Quiz o destino que o ápice dessa reconciliação se desse no último e derradeiro momento daquela Champions League. No último minuto, quando o jogo estava encaminhando para a prorrogação, Ribéry achou Robben livre na grande área. O holandês só teve o trabalho de driblar o goleiro Weindenfeller e sacramentar o pentacampeonato europeu do Bayern. No mesmo lance, também estava sacramentado a redenção do camisa 10 após conviver com o sentimento de culpa por ter sido considerado responsável pela derrota no ano passado. E, acima de tudo, estava sacramentada a reconciliação entre Robben e Ribéry.

Parabéns, Ribéry pela grande demonstração de profissionalismo e maturidade. Você deixou toda e qualquer mágoa de lado e permitiu que seu outrora desafeto se tornasse o herói do jogo. Você é o melhor jogador francês em atividade e demonstrou isso. O clube e o torcedor agradecem eternamente pela nobreza de seu gesto.

Rapidinhas

VICE DE NOVO!

O Benfica realmente teve o dom nesta temporada! Já foi o terceiro título perdido após sofrer uma virada nos acréscimos do segundo tempo! O carrasco desta vez foi o Vitória de Guimarães, que fez 2x1 sobre os Encarnados. Depois dessa, o técnico Jorge Jesus vai ter muito o que explicar aos dirigentes e torcedores.

SEM PRESENTE!

Mario Mandzukic se empolgou tanto com a comemoração de sua primeira Champions League que quase perdeu sua medalha de ouro! Se não fosse Ribéry...


segunda-feira, 27 de maio de 2013

Neymar Vai Embora

Todos os livros de auto-ajuda e de administração sugerem diferentes caminhos para se alcançar o sucesso e a felicidade. Mas todos os autores destas obras, sem exceção, têm pontos em comum. Um destes pontos é que precisamos ser felizes no que fazemos para atingirmos o sucesso. E ser feliz não significa necessariamente receber os salários mais altos, trabalhar nas empresas de maior renome ou ocupar os cargos mais altos.

Muitas empresas valem-se desse raciocínio e oferecem aos seus empregados condições para que sintam-se felizes em seu ambiente de trabalho. Incapazes de competir com as gigantes multinacionais, os líderes investem nas relações interpessoais ou em qualquer outra coisa que possa prender um subordinado àquele ambiente. Em alguns livros, li histórias de pessoas que recusaram promoções ou propostas de empresas maiores pelo simples fato de gostarem de trabalhar com seus chefes atuais.

A situação de Neymar no Santos passava mais ou menos por essa linha de raciocínio: o Santos, por mais que pudesse pagar à sua estrela, jamais poderia competir em termos de finanças ou de infra-estrutura com os clubes da Europa. Sendo assim, o clube fez o possível para segurar o menino da Vila, chegando ao ponto de mimá-lo. Muitas vezes, parecia até que era o camisa 11 quem mandava no clube.

A transferência de Neymar para a Europa, no entanto, era extremamente interessante a todas as partes envolvidas. Ao Santos e aos empresários do jogador, seria um negócio muito lucrativo. Ao Barcelona, o clube catalão teria a chance de agregar mais um talento diferenciado. À Seleção Brasileira, o atleta poderia evoluir ainda mais o seu futebol uma vez que os campeonatos da Eurtopa têm um nível muito melhor, como bem observou o grande Tostão. E a Neymar, ele teria a chance de faturar dinheiro, títulos e, claro, jogar no clube mais fascinante do mundo. Quem não gostaria de jogar no Barcelona, ainda que o time catalão tenha sido superado por Chelsea e Bayern München nas últimas edições da Champions League?

Quem observava Neymar nos últimos jogos, percebia que o Menino da Vila não estava mais rendendo o esperado. Ele fazia exibições apagadas, não driblava e, quando marcava seus gols, não comemorava com suas famosas "dancinhas". Não sabemos se as constantes especulações sobre a transferência da joia santista mexeram com o atleta. Talvez a saída de seu grande parceiro, Ganso, tenha abalado o camisa 11. Houve até quem acusasse a namorada do jogador, Bruna Marquezine, de tirar o foco do atleta. Apenas especulações.

Quando Neymar chegar ao meu Barcelona, espero que ele cresça ainda mais como jogador mas, acima de tudo, volte a demonstrar aquela alegria contagiante de 2010 e 2011, quando o Menino da Vila mostrou que nosso país ainda tinha espaço para o futebol bonito e ofensivo.

Vai com Deus, Neymar. Espero que você tenha no Barça o mesmo sucesso que teve no Peixe. E que você seja muito feliz na Espanha.

domingo, 26 de maio de 2013

Rapidinhas

AMARELOU

É duro assistir aos jogos do Brasileirão depois de ver o espetáculo da Champions ontem. Muita violência, preocupação excessiva com a defesa, falta de jogo coletivo e gramados horríveis. Não fazemos jus ao rótulo de "país do futebol". O meu Tricolor venceu a Ponte Preta por 2x0, mas cometeu uma quantidade absurda de faltas. Foram seis cartões amarelos e um vermelho para o São Paulo. E o futebol apresentado pelas duas equipes foi de doer. Destaque para o goleiro Dênis, que fez grandes defesas e salvou o Soberano.

LAZIO CAMPEÃ DA COPPA ITALIA

Não sou fã da Lazio, mas fiquei muito satisfeito com o triunfo das Aquile sobre a Roma. O time giallorosso tem atletas desleais demais para o meu gosto e é extremamente defensivo. O clube, ainda, mandou embora os últimos treinadores que tentaram implementar um pouco de ofensividade e jogo coletivo na equipe -Luis Enrique e Zdenek Zeman. Parabéns à equipe de Miroslav Klose e Hernanes pelo título!

PARABÉNS À TORCIDA AURINEGRA!

Mesmo com a temporada sem títulos, o Borussia Dortmund foi recebido com uma grande festa promovida pelos seus torcedores no regresso de Londres a Dortmund. Isso sim é torcer de verdade: apoiar o time mesmo nos momentos ruins e ajudar o time quando os jogadores mais precisam. Pode ter certeza que se fosse aqui no Brasil, os atletas seriam recebidos com ofensas, ameaças de morte e objetos arremessados sobre o ônibus da delegação.

PARABÉNS, TONY KANAAN!

Saindo um pouco do futebol, gostaria de parabenizar o piloto Tony Kanaan que superou a prova ruim que fizera aqui em São Paulo e venceu as tradicionais 500 Milhas de Indianapolis. Foi uma prova emocionante, com muitas ultrapassagens e constantes ameaças de Marco Andretti e Ryan Hunter-Reay. Com muita persistência e um pouco de sorte -com as duas bandeiras amarelas nas últimas voltas-, o brasileiro conseguiu segurar a liderança e venceu a prova mais tradicional da Formula Indy. Parabéns, Tony!

A Redenção de Robben

Imagem extraída do Facebook oficial de Mario Mandzukic
-http://www.facebook.com/mariomandzukicmm17

"Será que o holandês vai encontrar a redenção em 2013"?

Foi o que eu questionei na última quarta-feira, quando escrevi um post sobre as perspectivas da final da Champions League 2012-13 em Wembley. Na ocasião, apontei Arjen Robben como o principal destaque do time de vermelho nesta temporada, mas ponderei que o camisa 10 foi acusado de "amarelar" na final da Copa do Mundo de 2010 pela sua seleção contra a Espanha e também na final da Champions League 2011-12, quando o meia perdeu o pênalti que poderia ter dado o pentacampeonato do Bayern sobre o Chelsea.

Sim. Robben encontrou sua redenção pouco mais de um ano após ter perdido o título em casa em 2012. Robben deu o passe para o gol de Mandžukić, criou -e desperdiçou também!- muitas chances até que, no último minuto, o holandês recebeu um passe de Ribéry, driblou o goleiro Weindenfeller e marcou o gol do título. Nada poderia ser mais perfeito para o camisa 10. Gritos, choro, um misto de desabafo e alegria. Assim era Arjen Robben ao encontrar sua redenção.


O JOGO


Imagem extraída do Facebook oficial de Mario Mandzukic 
-http://www.facebook.com/mariomandzukicmm17


Quando o jogo começou, o Borussia tomou a iniciativa e criou mais chances. Mas pecou ao não jogar com o estilo que caracterizou o time aurinegro: a forte marcação do Bayern dificultou os avanços dos meio-campistas e dos laterais do Dortmund, e o time comandado pelo "Mágico" Jürgen Klopp só conseguia criar oportunidades com jogadas individuais velozes pelas pontas ou alçando bolas altas na área. Justamente os dois tipos de jogada que o Bayern é especialista.

Com o tempo, o Bayern, que estava bastante recuado e "estudando" o adversário, passou a avançar mais com os meias e os laterais. Robben deu muito trabalho ao goleiro Weindenfeller no primeiro tempo.

No segundo tempo, além de Robben, Mandžukić passou a aterrorizar o capitão do Borussia, com movimentação intensa, bom posicionamento e oportunismo. Mandzo mostrava porque desbancou o xará Mario Gómez. Foi dele o primeiro gol do Bayern, após cruzamento rasteiro de Robben pela esquerda.

Dante, porém, quase tornou-se o vilão da partida ao acertar uma joelhada em Marco Reus dentro da área de Neuer. O brasileiro já tinha amarelo, mas o árbitro deixou barato. O volante Gundogan igualou o placar para o time de Dortmund e jogou um balde de água fria na reação bávara.

Quando tudo encaminhava para a prorrogação, Ribéry deu um passe açucarado para Robben conseguir a sua tão esperada redenção.

Estava consolidado o pentacampeonato do Bayern na Champions League após duas tentativas frustradas.


O ANIVERSARIANTE


Imagem extraída do Facebook oficial de Mario Mandzukic-
http://www.facebook.com/mariomandzukicmm17

Parece que aniversário de jogador dá sorte ao Bayern. Franck Ribéry comemorou 30 primaveras um dia após ter levantado a taça na Bundesliga 2012-13, no dia 6 de abril. Nesta semana, o croata Mario Mandžukić comemorou 27 anos na última terça-feira, dia 21. E que belo presente de aniversário você ganhou, hein Mandzo?


PALAVRAS DO TORCEDOR


Eu sempre deixei bem claro em meu blog que sou torcedor do Borussia Dortmund. Mas quero expressar meus sinceros parabéns a todos do Bayern München pela conquista do pentacampeonato. Não sei como dizer, mas sinto-me satisfeito e orgulhoso mesmo vendo meu time perder de adversários tão valorosos, que estão em uma fase mágica e que jogam um futebol que une beleza e força.

Parabéns a todos do Bayern, principalmente a Arjen Robben pela sua grande atuação e ao técnico Jupp Heynckes que, provavelmente, irá se aposentar de alma lavada. Vocês ganharam com méritos.

Parabéns também a todos do Borussia Dortmund pela campanha brilhante. Como o "Mágico" Jürgen Klopp disse, "vamos voltar". Assim espero.

A gente se vê em 2014, "Mágico"!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Rapidinhas

FLUMINENSE X OLIMPIA

O Flu pressionou, mas não conseguiu furar a retranca dos paraguaios e teve de se contentar com o empate por 0x0. Dessa vez, nem dá para culpar o Abel que fez tudo certinho e colocou o time no ataque. Espero que o Nense entre no jogo de volta com o mesmo espírito que teve no São Januário.

TIJUANA X ATLÉTICO MINEIRO

Mesmo não valendo muita coisa, o Tijuana resolveu engrossar para cima do Galo que penou com o polêmico gramado sintético dos mexicanos. Tardelli e Luan fizeram os gols do time mineiro e garantiram o direito do Atlético de jogar pelo empate por 1x1.

BOCA JUNIORS X NEWELL'S OLD BOYS

O duelo entre argentinos na Bombonera foi muito truncado e terminou empatado em 0x0. Guillermo Burdisso foi expulso, mas os Xeneizes conseguiram se segurar. Será que a estrela da dupla Riquelme-Bianchi brilhará no jogo de volta? Bem, eu não ousaria subestimar um time que foi seis vezes campeão...

REAL GARCILASO X SANTA FÉ

Assisti o duelo entre Real e Santa Fé sem muita expectativa e fiquei muito satisfeito com o que vi. Os colombianos não se intimidaram pelo fato de jogar na casa do adversário e marcaram três gols. E poderia ter sido muito mais se o time de vermelho não desperdiçasse tantas chances. Não foi um jogo tecnicamente bonito, mas o Santa Fé está de parabéns pela atitude que tomou em campo. Gostaria que todos os times brasileiros também jogassem no ataque mesmo fora de casa ao invés de "respeitarem" tanto o adversário.

COPA DO BRASIL

Não sei o que acontece, mas os times que estão na Série A do Brasileirão não estão fazendo jus ao status que ostentam. Santos, Internacional, Botafogo, Flamengo, Cruzeiro e Coritiba não conseguiram evitar os jogos de volta além de tomaram sufoco dos times pequenos. Náutico, Vitória e Bahia já rodaram. Mais ousadia, gente! Precisa fazer valer o peso da camisa! É para marcar um gol na casa do adversário, valorizar a posse da bola e continuar pressionado! E não é para ficar com medo do outro time!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Punir Sim, Vender Não

Nesta semana, o site oficial do São Paulo emitiu a possibilidade do atacante Luis Fabiano ser negociado. O motivo é o temperamento explosivo do camisa 9 que já comprometeu o desempenho do Tricolor em muitos jogos decisivos.

O presidente Juvenal Juvêncio "considerou" negociar Luis Fabiano desde a eliminação para o Atlético Mineiro. O Internacional seria o principal interessado, pelo fato do técnico Dunga já ter trabalhado com o Fabuloso na Seleção.

Acho que vender o jogador seria uma forma de jogar a culpa apenas no atleta, sendo que o próprio presidente e o técnico Ney Franco também tiveram culpa para que a situação chegasse nesse ponto.

O problema com Luis Fabiano não é apenas o jogador em si: eu mesmo já postei que o problema maior foi que diretoria e da comissão técnica passavam a mão na cabeça do atleta ao invés de puni-lo após os destemperos do jogador. Dessa forma, o atleta não aprende a se controlar e continua repetindo os mesmos erros ao ponto da CONMEBOL ter de fazer com o atacante o que o clube se omitiu em fazer.

Por que temos tantos jogadores violentos em campo? Simples: os "professores" e os clubes não punem os atletas faltosos. Muito pelo contrário: vejo cartolas e treinadores sempre saindo em defesa dos agressores, dizendo que o árbitro foi injusto ou que o jogador adversário foi desrespeitoso. Independente de terem ou não a razão, nada justifica agredir uma pessoa, seja de forma física ou verbal. Se o atleta cometeu um erro, ele precisa ser punido pelo clube, seja para pagar pelo erro, seja para servir de exemplo aos outros jogadores para que não cometam o mesmo erro.

O São Paulo chegou a esse princípio de crise porque os atletas entram "pilhados" em campo e ninguém toma uma atitude para controlar os nervos dos jogadores. Só neste ano, eu vi Jádson e Lúcio perderem a cabeça e serem expulsos na Libertadores. E a lista ficaria ainda mais extensa se colocarmos os nomes dos expulsos no Campeonato Paulista.

Luis Fabiano errou. Mas colocá-lo em negociação seria uma atitude apenas para lavar as mãos da diretoria e da comissão técnica que, como escrevi, também têm culpa para que a situação chegasse a esse ponto.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Rapidinhas

LEI TAMPÃO

Sabe quando ocorre alguma notícia de grande repercussão e os governantes aprovam "leis emergenciais" para dar uma satisfação à população? É a mesma coisa que a diretoria do São Paulo está fazendo: afastou vários atletas e contratou um monte de outros jogadores para aliviar a pressão vinda de torcedores. Trocar de treinador e/ou de jogador a cada temporada não ajuda a conquistar títulos. Ademais, os jogadores que realmente deveriam ser punidos têm pleno respaldo dos dirigentes. Depois, todo mundo acha que a CONMEBOL quer garfar o Tricolor suspendendo seus atletas...

VAI EMBORA?

São fortes os rumores de que Neymar deixará o Santos na metade do ano para acertar com Barcelona ou Real Madrid. Se isso for verdade, eu gostaria de sugerir para que o menino da Vila fosse emprestado para fazer "estágio" em algum clube de futebol leve e menos visado onde ele tivesse menos pressão por resultados, como Valencia, Athletic Bilbao, Lille, Montpellier ou Ajax. Dessa forma, ele também aprenderia como se portar no futebol europeu, onde a disciplina tática é muito valorizada. Eu sei que cada casa é um caso, mas é bom lembrar que Robinho foi do Santos para o Real Madrid em 2005 e não se firmou por lá.

A REDENÇÃO DE DIEGO

Diego Ribas da Cunha sempre foi um jogador de muitas polêmicas desde o seu surgimento em 2002. Agora, no entanto, Diego foi eleito um dos melhores meio-campistas da Bundesliga 2012-13, juntamente com Götze, Müller e Ribéry. E olha que o time do ex-menino da Vila, o Wolfsburg, fez uma campanha fraca nesta temporada e, mesmo assim, o brasileiro deixou para trás vários nomes de peso, como Julian Draxler,  Marco Reus, Ilkay Gundogan, Schweinsteiger e Arjen Robben. O ex-santista é pretendido pelo xará Diego Simeone para a próxima temporada, mas o sucesso que o meio-campista teve nesta temporada pode atrapalhar os planos do treinador argentino.

LIBERTADORES

Para a maioria dos paulistas, a Libertadores acabou, mas eu estou forte na torcida para o Galo e o seu belo futebol ofensivo. Quanto ao Fluminense, gostaria que o Abel fosse um pouco mais ousado e colocasse o time para jogar mais no ataque. Ele tem jogador para fazer isso. E é bom o "professor" mandar uma goleada hoje sobre o Olimpia, pois os paraguaios vão mandar o jogo de volta.

Bayern X Borussia: Perspectivas

Este vai ser o quinto encontro entre Bayern München e Borussia Dortmund nesta temporada. Os dois times alemães já se enfrentaram duas vezes pela Bundesliga, uma pela Supercopa da Alemanha e uma pela DFB Pokal. E a temporada foi totalmente favorável ao time de vermelho, com duas vitórias e dois empates. De quebra, os bávaros eliminaram os aurinegros na Supercopa e na DFB Pokal. Algo totalmente impensável se levarmos em conta que as temporadas 2010-11 e 2011-12 foram totalmente favoráveis ao Borussia, que não perdeu nenhuma partida para o time de Munique durante as referidas ocasiões. Sem dúvida, Lahm e seus companheiros estão sentindo o gostinho da revanche.

Ainda assim, não arrisco a dizer que a taça já esteja nas mãos do Bayern. Num jogo mata-mata, tudo pode acontecer...


(Imagem extraída do Facebook
oficial do Bayern München -
http://www.facebook.com/FCBayern)
BAYERN MÜNCHEN: o Bayern chega à sua segunda final da Champions League seguida, após ver o título escapar na temporada passada. A equipe bávara, no entanto, parece ter amadurecido com as derrotas nas finais de 2009-10 (para a Internazionale) e 2011-12 (para o Chelsea). Os jogadores são praticamente os mesmos da temporada passada, mas a evolução do time de vermelho é notória, ainda mais se levarmos em conta que os bávaros eliminaram a Juventus (que é a base da Seleção Italiana) e o Barcelona (que é a base da Seleção Espanhola) com muita autoridade. O time de Munique joga no 4-2-3-1, mas permite que os volantes, os laterais e, por vezes, o zagueiro Dante subam para atacar. A equipe se vale de uma movimentação intensa pelo campo, tanto na marcação quanto na criação de oportunidades. O jogo aéreo é outro ponto forte do time vermelho, valendo-se de seus atletas grandões, como Robben, Mandzukic e Dante.


(Imagem extraída do Facebook oficial do Bayern München -http://www.facebook.com/FCBayern)

Destaque do Time -Arjen Robben: o meia-atacante holandês tem sido o principal jogador do Bayern München. O atleta é onipresente pelo lado direito, marcando e atacando com a mesma eficiência. Robben é forte, rápido e alto, mas também é habilidoso e sabe muito bem driblar e arrematar. O meia, por outro lado, carrega uma sina: ele foi considerado culpado pela perda do título da Champions no ano passado após ter desperdiçado um pênalti durante a prorrogação. Ademais, ele foi acusado de "amarelar" na final da Copa de 2010 contra a Espanha. Será que o holandês vai encontrar a redenção em 2013?


(Imagem extraída do Facebook
oficial do Borussia Dortmund 

-http://www.facebook.com/
BVBorussiaDortmund09
)
BORUSSIA DORTMUND: após um tempo sumido do cenário internacional, o Borussia Dortmund retorna com tudo nesta década. Fruto de um trabalho muito bem executado pelo "Mágico" Jürgen Klopp, que apostou em um elenco jovem e talentoso. O time atua no 4-2-3-1, com liberdade para os volantes e laterais subirem, mas a execução das jogadas é bem diferente em relação ao Bayern, com o time jogando mais com a bola no chão e trocando passes. Esta é apenas a segunda final na Champions que o time aurinegro disputa (a outra foi em 1997, quando o time de Matthias Sammer goleou a Juventus de Zidane e Deschamps). O time de Dortmund não teve vida fácil desde o início, tendo de superar adversários com poder aquisitivo muito superior, como Manchester City, Shaktar Donetsk e Real Madrid, provando que é necessário muito mais do que dinheiro para montar um time competitivo.



(Imagem extraída do Facebook oficial de Robert Lewandowski 
-http://www.facebook.com/LewandowskiFanPage)

Destaque do Time -Robert Lewandowski: o atacante polonês é o soberano da grande área. Centroavante nato, Lewandowski conta com um excelente meio-de-campo -Götze, Reus e Kuba- para assisti-lo, mas Lewy -como é chamado pelos fãs- não fica apenas na área esperando ser servido. Não é raro vê-lo voltar para ajudar na marcação ou vir buscar a bola lá atrás quando os "garçons" estão muito marcados. Além de ser bom de bola, o polonês é grande e forte, fazendo bom uso de seus atributos para ganhar divididas ou proteger a redonda dos marcadores. Resta saber se Lewandowski vai ter gás o suficiente para quebrar a invencibilidade do Bayern sobre o Borussia, uma vez que o time aurinegro não vence os rivais há quatro jogos.

E você? Para quem irá torcer? Responda à enquete ao lado!

terça-feira, 21 de maio de 2013

Feliz Aniversário, Mandžukić!



(imagem extraída do Facebook oficial de Mario Mandzukic
-http://www.facebook.com/mariomandzukicmm17)


Completa hoje 27 primaveras o atacante Mario Mandžukić, do Bayern München.

O croata chegou ao time bávaro no começo da atual temporada após boas exibições na Eurocopa 2012 (foi um dos artilheiros da competição com três gols) e no Wolfsburg.

Mandzo, como é conhecido pelos seus fãs, foi beneficiado com a lesão do xará Mario Gómez e tomou conta do ataque bávaro. Anotou 15 tentos na Bundesliga 2012-13 -só não marcou mais gols porque se lesionou no começo do ano e foi poupado entre os jogos da Champions League.

O croata protagonizou um fato que, sem dúvida, deixou este torcedor do Borussia Dortmund chateado: Mandžukić abriu o placar contra os aurinegros na Supercopa da Alemanha e iniciou a quebra do tabu do time de Dortmund sobre a equipe de Munique. Eu o vejo como um talismã da reação bávara, uma vez que o Bayern nunca perdeu para o Borussia desde que Mandzo chegou.

Alto, forte, veloz, matador e dono de passes precisos, Mandzo adaptou-se rapidamente ao time bávaro e, mesmo quando não marca seus gols, participa das jogadas e ajuda a confundir a marcação, agindo como um chamariz.

Parabéns, Mandžukić! Muita sorte e felicidades! É o que deseja este blogueiro que é seu fã declarado!

O Vocabulário dos "Professores"

Reparem nas entrevistas que os treinadores e o jogadores dão: as palavras "focado", "pegada" e "respeito" sempre aparecem. Todas elas são seguidas religiosamente em campo mas de uma forma totalmente distorcida.

Vamos esclarecer o que estas palavras realmente significam e o que os nossos times fazem.

FOCO: quando dizem que a equipe está "focada" significa que a equipe está centrada em uma meta ou objetivo. O problemas é que o "foco" deixa os atletas cegos: eles ficam tão preocupados com o objetivo final e se esquecem dos outros detalhes. Você deve ter lido nos livros de auto-ajuda que um objetivo pode se tornar uma obsessão fazendo com que a pessoa renuncie à consciência e cometa muitos erros em nome da meta final. A maneira como nossos times ganham os campeonatos mostra claramente como os clubes estão pensando apenas no objetivo e se esquecendo do processo que leva a uma conquista: muitas faltas, futebol feio, preocupação excessiva com a defesa e nervosismo em campo. Isso sem falar em alguns que se usam de má fé para conseguir um título ou uma vitória.

PEGADA: marcação e contato físico -incluindo faltas. São as únicas coisas que parecem importar na cabeça dos "professores".

RESPEITO: essa é a pior de todas. "Respeitar" o adversário significa não menosprezá-lo, praticar o fair play, jogar com seriedade. Não tem nada de errado driblar ou trocar passes. O problema é que os "professores" ensinam que "respeitar" significa jogar como time pequeno e priorizar os aspectos defensivos. O engraçado é que nos dias de hoje, driblar é considerado "falta de respeito", mas dar carrinho por trás não é. Os atletas que pensam assim -se é que são atletas- deveriam conhecer Mané Garrincha ou Didi para ver o que é ser humilhado em campo...

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Rapidinhas -Final do Paulistão

NERVOS À FLOR DA PELE

Parabéns ao Corinthians pela conquista do Paulistão 2013. E ponto final. Não vou mudar de opinião sobre o time do Tite que coloca mais gente para marcar do que para criar. Não sei o que o "professor" fez ontem, mas os jogadores do Coringão entraram muito pilhados em campo e cometeram muitas faltas. Pegue o jornal de hoje e verifique quantos amarelos o time do Parque São Jorge levou. Os gols "imperdíveis" que o Romarinho e o Pato perderam ontem foram reflexo do nervosismo. Era para o Santos estar nervoso em campo, e não o Corinthians. E o Tite mandou mal, de novo, nas substituições: o treinador gaúcho tira o Romarinho que estava bem na partida ao invés do Guerrero que está apagado desde a partida contra o Boca Juniors. O peruano precisa de um tempo de banco para a entrada do Pato.

A BOLA PUNE, PROFESSOR

Que beleza, hein, Muricy? Seu time precisando ganhar e o senhor oferece todo o meio de campo para o Corinthians jogar. E, pra completar, só cria chances na base das bolas alçadas na área. Obvio que o "professor" estava mais preocupado em defender do que atacar. Prova disso: ele entrou em campo com três volantes -Renê Júnior, Cícero e Arouca. Aliás, por que o treinador só tirou o faltoso Renê para colocar o habilidoso Patito no fim do jogo quando a água já estava na altura do pescoço? Por que o treinador tem à disposição Neilton, Gabigol e outros garotos da base, mas age como se apenas Miralles e André fossem as únicas opções no ataque? Pelo jeito, Muricy não aprendeu nada com a derrota para o Barcelona em 2011 e nem vai aprender. Azar do torcedor santista.

VENDE-SE

O Timão pode perder Paulinho (possivelmente para a Internazionale) e Romarinho (sondado pelo Bayer Leverkusen). Eu venderia o Paulinho (que está valorizado e em seu auge) e ficaria com o Romarinho (habilidoso e está evoluindo como titular). No entanto, eu sei que o Tite prefere manter o volante a qualquer custo. Nesse caso, sugiro vender o Romarinho e usar o dinheiro obtido para dar um aumento a Paulinho e segurá-lo até a metade do ano que vem.

VIOLÊNCIA

Péssimo exemplo das torcidas ontem. Alguns santistas arrumaram briga com a polícia militar ontem antes do jogo e alguns corinthianos lançaram bombas no gramado no final da partida.

A Laranja Mecânica Emperrou

O belo futebol ofensivo e de toque de bola de antigamente foi substituído pela marcação intensa, pela truculência e pela dependência das bolas paradas. Parece que estou falando da nossa Seleção Brasileira. Até poderia ser o caso, mas hoje estou falando da Seleção Holandesa, uma das minhas seleções favoritas.

Eu nunca deixo de mencionar o saudoso Rinus Michels e o Mestre Johan Cruyff aqui no meu blog. Michels criou um estilo de jogo ultra ofensivo, o "Futebol Total" (Totaalvoetbal, em holandês) que combinava pressão e posicionamento inteligente. O Totaalvoetbal fez um grande sucesso na Copa de 1974, só sendo superada pela Alemenha (Alemanha Ocidental na época) e sua poderosa zaga com Beckenbauer, Breitner e Vogts. Anos mais tarde, o principal jogador daquela Seleção Holandesa, o Mestre Cruyff, criou o "Tiki-Taka" baseando-se no Totaalvoetbal e influenciou os rumos do futebol espanhol. E ainda influencia, uma vez que o Barcelona e a Seleção da Espanha utilizam com grande sucesso o toque de bola do Mestre.

Até os anos 90, o futebol holandês ainda contava com atletas técnicos e/ou habilidosos, como Kluivert, Bergkamp, Koeman e os irmãos de Boer -Frank e Ronald. O time ainda justificava o apelido de "Laranja Mecânica".

Infelizmente, a Oranje parece ter sido contaminada pelo "futebol eficiente". Atletas como van Bommel, de Jong e van Bronckhorst tornaram-se a espinha dorsal da Seleção Holandesa na década passada e a Laranja  passou a depender em demasia dos contra-ataques e da bola parada. Muito parecido com uma seleção bem conhecida pela gente...

Os poucos jogadores bons que pintaram nos últimos anos foram Sneijder (faz bem o serviço de "garçom" além de ser bom nas bolas paradas), Robben (dispensa comentários) e van Persie (bom centroavante).

Como desgraça pouca é bobagem, a Holanda fez uma campanha pífia na Eurocopa de 2012: era favorita para avançar às quartas-de-final mas perdeu os três jogos, não marcou um golzinho sequer e ainda rolou barraco entre os jogadores.

Felizmente, nem tudo está perdido: assisti a alguns vídeos do Campeonato Holandês e notei que os times ainda mantêm a essência daquele futebol que tanto encantou no passado. Além disso, os bons jogadores dos anos 90 agora são treinadores e, pelo jeito, estão passando boas lições aos garotos. Frank de Boer acabou de ser campeão pela Eredivisie com o Ajax sem abrir mão da ofensividade.

Estou na torcida que a Holanda volte às origens e volte a nos encantar com aquele futebol ofensivo e inteligente. Nós, amantes do futebol-arte, merecemos isso. E o saudoso Michels também.

domingo, 19 de maio de 2013

O Arsenal Está Lá Mais uma Vez

Ufa! Depois de sofrer um golpe duríssimo com a perda do capitão Robin van Persie no começo desta temporada, Arsène Wenger conseguiu dar estabilidade e regularidade ao time mesmo com o pouco tempo de entrosamento que o grupo teve. Com isso, os Gunners terão o direito de jogar a Champions League mais uma vez.

Não sou torcedor do Arsenal, embora eu simpatize muito com a equipe de Podolski e Cazorla. O time londrino é um dos poucos representantes do futebol inglês a adotar um estilo mais técnico com trocas de passes e jogo coletivo. O futebol dos Gunners está longe de ser considerado ruim apesar do desempenho apenas regular da equipe ao longo dos anos. Vocês se lembram quando o time de Arsène Wenger fez 2x0 em cima do Bayern München em plena Allianz Arena? Os ingleses ficaram tocando a bola o jogo inteiro e quem se cansou foram os bávaros que, por muito pouco, não caíram fora nas oitavas.

Com a vaga, o Arsenal deverá, mais uma vez, disponibilizar verbas para Wenger contratar novos reforços e montar um time mais competitivo. Mas, sejamos francos: por que um time com Mertesacker, Vermaelen, Giroud, Podolski, Cazorla, Walcott e Chamberlain não seria competitivo? A meu ver, o problema do time inglês é justamente a falta de tempo para entrosar o elenco uma vez que o clube tem a política de contratar atletas jovens, valorizar e depois revender a preços elevados para depois repetir o ciclo. Tudo bem que isso mantem as finanças em dia, mas dificulta a montagem do time e o treinador francês precisa penar todo começo de temporada para dar padrão de jogo ao grupo com os vários atletas recém-chegados.

Uma ultima sugestão: gostaria que Thierry Henry voltasse ao clube. A ideia seria que o atacante francês encerrasse sua carreira no Arsenal e depois recebesse um cargo no clube. Ele é um bom jogador e tem identificação com o clube. Ele poderia até tornar-se auxiliar técnico do compatriota Wenger e, eventualmente, sucedê-lo após a aposentadoria do comandante. Apenas uma ideia, mas acho que seria bem-vinda. Lembrando que Henry foi homenageado no ano passado com uma estátua em frente ao Emirates Stadium.

Parabéns pela vaga, Arsenal! Espero que Arsène Wenger e seus comandados tenham uma excelente temporada 2013-14 com muitos títulos!

Parabéns, Porto!

Com uma vitória incontestável por 2x0 (gols do capitão Lucho González e Jackson Martínez), o Porto chega ao seu vigésimo sétimo título na Primeira Liga.

Os Dragões jogavam na casa do Paços de Ferreira e, mesmo assim, não renunciaram ao ataque e priorizaram a ofensividade.

Ao mesmo tempo, não posso deixar de expressar minha grande satisfação pelo fato do título não ter ido parar nas mãos do Benfica. Os Encarnados tinham tudo para levar o título no sábado passado mas adotaram aquela mentalidade de "administrar a vantagem" e foram punidos com justiça pelo time Azul e Branco. Que isto sirva de lição às Águias que estavam com as duas mãos na taça mas deixaram o troféu escapar por esse desleixo com o ataque.

Parabéns, Porto! Vocês são campeões merecidamente!

Rapidinhas

ELE RESOLVE?

É verdade que Diego Pablo Simeone (ou "El Cholo", como é conhecido na Argentina) fez um grande milagre no Atletico de Madrid: o ex-volante assumiu a equipe em crise no final de 2011 e, em pouco mais de seis meses de trabalho, conquistou dois títulos. E agora, prestes a completar um ano e meio à frente dos Colchoneros, Simeone promove o retorno do Atletico à Champions League e quebra o tabu de 14 anos sem vencer o vizinho Real Madrid. Da última vez que isso aconteceu, o argentino ainda era jogador e... Estava em campo defendendo o time Rojiblanco! Por mostrar tanto resultado em tão pouco tempo, talvez possamos colocá-lo no seleto grupo de treinadores milagreiros, mas ainda quero esperar mais um ano para ver como o hermano lida com um desafio ainda maior: reconstruir o time após um inevitável desmanche ao final desta temporada. É triste, mas o Atletico ainda não pode competir financeiramente com Real, Barça, Manchester United, Bayern e com os times financiados por magnatas do Leste Europeu ou do Oriente Médio.

O FINAL DO PAULISTÃO

Até que enfim vai acabar o inchado Campeonato Paulista. Poderíamos fazer um campeonato mais curto, ou então adotar o modelo carioca (dois grupos) ou mesmo aquele proposto pelo jornalista Luiz Prósperi (quatro grupos encabeçados pelos "quatro grandes"). Mas os dirigentes não querem. Azar dos jogadores e dos espectadores. O campeonato valeu muito para a Ponte Preta (que colheu os frutos de um planejamento bem feito e fez uma boa campanha) e para a Penapolense (uma estréia inesquecível, com o vice do Campeonato do Interior). Quanto ao clássico, sem expectativas. Santos e Corinthians vão jogar recuados, se "respeitando" bastante e vão apostar nos contra-ataques ou bolas paradas.

FINAL DE TEMPORADA NA EUROPA

PSG, Bayern München, Ajax, Barcelona, Juventus, Galatasaray, Shaktar e Manchester United já são campeões em suas respectivas ligas. Hoje, conheceremos o vencedor da Liga Portuguesa e estou torcendo para o Porto, atual líder de Primeira Liga. O Benfica merece perder o título pela falta de ousadia na rodada passada quando permitiu a virada dos Dragões. Onde já se viu perder um título que estava ganho com essa tática de fazer um gol e segurar o resultado?

CHAMPIONS LEAGUE

Faltam seis dias para a decisão entre Bayern München e Borussia Dortmund! Haja coração!

Infelizes Coincidências

Vocês repararam em algumas coincidências nas três últimas eliminações do Brasil em Copas do Mundo?

Nas três competições, o Brasil foi derrotado após sofrer gols em lances de bola parada: dois cabeceios de Zidane após cobranças de escanteio em 98, uma cobrança de falta de Thierry Henry em 2006 e dois cabeceios de Wesley Sneijder após cobranças de falta em 2010, sendo que o segundo gol desviou na cabeça de Felipe Melo antes de entrar. Ainda em 98, houve um gol em jogada individual de Emmanuel Petit, mas esse gol foi no final do segundo tempo e o caixão da nossa seleção já estava fechado àquela altura do campeonato.

Sneijder e Zidane, os carrascos de 98 e 2010, jogavam na mesma posição -os dois são meio-campistas centrais de ofício, mas tinham liberdade para se infiltrar e efetuar jogadas individuais pelo meio. Ademais, ambos eram bons cabeceadores e ambos atuavam na Itália quando eliminaram o Brasil -Zidane jogava na Juventus e Sneijder estava na Internazionale de Milano. Henry é atacante e atuava pelo Arsenal em 2006.

Nas três Copas em questão, o Brasil entrou como favorito graças às conquistas na Copa América (1997, 2004 e 2007). Ademais, a Canarinho conquistara a Copa das Confederações em 2005 e 2009. E nós não trocamos de treinador nenhuma vez quando conquistamos estes títulos -Zagallo comandou o Brasil entre 1994 e 1998, Parreira entre 2003 e 2006 e Dunga entre 2006 e 2010.

Em dois dos três mundiais mencionados, o Brasil caiu nas quartas-de-final -em 2006 para a França e em 2010 para a Holanda. Em 98, chegamos à final, jogamos um futebol apático e levamos uma goleada de 3x0 dos Bleus. Vale lembrar que em 2006 e em 2010 fomos eliminados por placares apertados -1x0 na Copa da Alemanha e 2x1 na Copa da África do Sul. Em 2006 o Brasil ainda demonstrou vontade para empatar, mas em 2010 o time se entregou após a expulsão de Felipe Melo.

Por fim uma curiosidade: os três atletas que nos eliminaram também são todos carecas -Zidane ainda tinha cabelo em 1998, mas ele está calvo nos dias de hoje. Aí, fico pensando se, caso sejamos eliminados em 2014, quem poderia ser o nosso carrasco "careca"? Robben, Benzema, Guiñazú, ...

sábado, 18 de maio de 2013

Quando o Amor e a Lealdade Falam Mais Alto...

O que São Marcos e Gianluigi Buffon têm em comum? Os dois são goleiros (ex-goleiro, no caso do aposentado Marcos), capitanearam seus times, foram campeões em seus clubes, os dois conquistaram Copas do Mundo por suas seleções como arqueiros titulares, são carismáticos e respeitados em seus respectivos países mesmo pelas torcidas adversárias.

Uma grande coincidência, porém, marcou a carreira dos dois arqueiros: no ano em que cada um deles conquistou a Copa do Mundo, eles também sentiram o gosto amargo de serem rebaixados em seus respectivos clubes.

Marcos Roberto Silveira Reis foi o goleiro titular da Seleção Brasileira na conquista do penta em 2002. São Marcos, como é carinhosamente chamado, havia trabalhado com o técnico Luiz Felipe Scolari no Palmeiras e havia sido campeão na Libertadores de 1999 com o treinador gaúcho. Isso, somado ao fato de ser um grande goleiro, foi o argumento para que Felipão levasse o arqueiro palmeirense para a Copa no Japão e na Coréia do Sul. Se São Marcos estava em alta naquele momento, o Palmeiras encontrava-se em uma grande crise (que, aliás, dura até hoje) com o time alviverde fazendo uma campanha pífia no Brasileirão daquele ano. O rebaixamento foi inevitável e, praticamente, todo o elenco foi dispensado ao final daquele ano. Marcos tinha proposta para sair -ele mesmo conta em sua autobiografia que recebera uma proposta do Arsenal pelo fato de estar valorizado pela conquista do penta com a Canarinho. São Marcos recusou a proposta e ficou no Verdão para jogar a Série B e ajudar o seu clube a voltar para o lugar de onde nunca deveria ter saído. Marcão cumpriu sua promessa e ficou no Palestra até o final da sua carreira, quando foi vencido pelas constantes lesões.

Gianluigi Buffon é goleiro da Juventus desde 2001. O italiano estava em alta em 2006 com a conquista do Scudetto e do tetracampeonato da Seleção Italiana. O mundo de Buffon, no entanto, veio abaixo após a Copa do Mundo quando foi descoberto um esquema de manipulação de resultados envolvendo a Juve. A Vecchia Signora teve os títulos de 2004-05 e 2005-06 revogados e ainda foi rebaixada a Serie B. Muitos atletas deixaram a Juventus, mas Buffon optou por permanecer e ajudar os Bianconeri a voltarem a primeira divisão, ainda que o arqueiro estivesse valorizado pela conquista do tetra. E lá permanece até hoje, capitaneando o clube de Turim e vendo a reconstrução da Juventus se consolidar com a conquista de mais um titulo no Campeonato Italiano.

As histórias de Marcos e Buffon são exceções no mundo da bola. Como expliquei em outro post, a carreira  de um jogador é efêmera e ele precisa se garantir financeiramente enquanto o corpo permite. Os dois goleiros, no entanto, ignoraram qualquer vantagem financeira e permitiram que o amor e a lealdade para com seus respectivos clubes falasse mais alto.

Não é uma maneira errada pensar no dinheiro, mas, sem dúvida, Marcos e Buffon viram suas carreiras engrandecerem ainda mais ao enfrentar o drama do rebaixamento e mostrar que muitas vezes é melhor permitir que o coração fale mais alto que a consciência.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Parabéns, Atletico de Madrid!

Vou abrir uma pequena exceção em relação ao futebol-arte hoje porque sou fã do Atletico de Madrid e do Cholo Diego Simeone. O futebol que os Colchoneros apresentaram hoje foi beeeeeem mais ou menos: os Rojiblancos jogaram muito recuados, não valorizaram a posse da bola, deram muitos chutões e aceitaram a pressão do Real Madrid. Os Merengues abriram o placar aos 15 do primeiro tempo e desperdiçaram uma quantidade absurda de gols. O Atlético, por sua vez, só criava chances nos contra-ataques enquanto o Real adiantava sua marcação.

O goleiro Thibaut Courtois vai ter de ir à igreja no próximo domingo para agradecer todas as bolas na trave de Cristiano Ronaldo e Özil. O belga também fez vários milagres e, creio eu, merece ser considerado o melhor da partida. Falcao García não deixou o seu, mas fez uma linda jogada individual, com muitos dribles e que resultou no gol de Diego Costa, levando ao empate do Atletico. Filipe Luís e Miranda também fizeram uma boa partida e justificaram as convocações para os últimos amistosos.

O jogo foi para a prorrogação e percebeu-se claramente que os atletas do Real estavam MUITO pilhados. Não sei o porquê do nervosismo, afinal os Merengues estavam melhor na partida, trocavam passes e criavam muito mais oportunidades que o Atletico. O gol de Diego Costa parece ter desestabilizado os donos da casa e José Mourinho e Ronaldo foram expulsos. O Real também teve vários atletas advertidos com cartão amarelo e muitos merengues tentaram ir para cima do técnico Simeone e do atacante Diego Costa, após a expulsão do camisa 7 do Real.

O gol do título do Atletico saiu no primeiro tempo extra, após cobrança de falta. O ex-são paulino e ex-Coritiba, Miranda, fez de cabeça e selou a quebra do tabu de derrotas dos Colchoneros para os Merengues.

O título também coroa a excelente fase do Cholo Diego Pablo Simeone, que já conquistou três títulos como treinador do Atletico, além de ter tirado os Rojiblancos da crise.

Simeone e comandados, meus parabéns pela conquista da Copa del Rey. Mas, por favor, nas próximas partidas façam a equipe jogar com a bola no chão novamente. Nem parecia o mesmo Atletico que eu vi dar um banho no Chelsea no ano passado.

Rapidinhas

SEM FÔLEGO

O gol que o Grêmio sofreu no jogo de ida fez diferença. O Imortal até que conseguiu se segurar na altitude, mas cansou-se e levou um gol de Medina aos 34 do segundo tempo. O placar por 1x0 foi suficiente para eliminar o Tricolor da Libertadores 2013. Eu sugeri correr menos com a bola e trocar passes para não se cansarem, mas os times brasileiros não parecem entender, ainda, como se portar na altitude. Ano que vem, por favor, invistam em infra-estrutura para que os atletas já estejam preparados para enfrentar os jogos na Cordilheira dos Andes através de salas com atmosfera controlada e alimentação adequada. Isso vale para todos os clubes!

SEM ASTROS

Joachim Löw surpreendeu e não convocou nenhum jogador do Bayern München para os amistosos contra Estados Unidos e Equador. De quebra, apenas Kevin Grosskreutz e Sven Bender foram chamados do Borussia Dortmund. Löw levou em conta o desgaste que Lahm, Götze e companheiros teriam com a final da Champions League. Além disso, o treinador da Mannschaft continua com sua política de dar chance aos garotos e manter a constante renovação do elenco. Não estranhe se algum desses "garotos desconhecidos" pintar como titular na Copa de 2014: Podolski foi titular sua primeira Copa com 21 anos (em 2006) e Thomas Müller substituiu o lesionado Ballack com 20 aninhos!

GOODBYE, BECKHAM

Anunciou sua aposentadoria, o meia David Beckham, aos 38 anos. O jogador, revelado pelo Manchester United, passou por Real Madrid, Milan, LA Galaxy e PSG. O atleta ganhou fama e fortuna pelo seu sucesso nos gramados e também fora deles, com muitas campanhas de marketing.

NUNCA SE CALE

Lembrem-se, queridos leitores: uma voz, por mais baixinha que seja, sempre faz algum barulho. E barulho é o que precisamos para combater as injustiças do mundo.

Cães de Guarda São Indispensáveis?

Algumas coisas do futebol brasileiro não fazem nenhum sentido para mim. A obrigação profissional dos times é sempre buscar a vitória. Não é possível vencer todos os jogos, é claro, mas é obrigatório tentar buscar o resultado. Mesmo assim, os "professores" da geração atual parece acreditar que o mais importante é evitar a derrota a qualquer custo. Vitória e títulos parecem ser opcionais. As consequências disso é que os times vencem com vitórias magras e celebram empates como "bons resultados". Essa mentalidade é típica de equipes fugindo de rebaixamento e não de times que querem os títulos.

A preocupação com a defesa é tamanha que volantes ofensivos perdem espaço para os cães de guarda uma vez que os "professores" querem o meio-de-campo truncando o jogo ao invés de criar uma oportunidade. Essa filosofia gerou algumas negociações que eu jamais aprovaria.

O meu Tricolor, por exemplo, trocou o habilidoso Arouca pelo grandão Rodrigo Souto em 2010. Azar o nosso, pois o ex-Fluminense está voando no Peixe enquanto Souto foi negociado no ano passado sem deixar saudades. E o Ney Franco, recentemente, encostou o Casemiro, que tem uma excelente saída de bola, para dar lugar aos faltosos Denílson e Wellington. Este último implicou com os dribles que ele tomou do Ronaldinho Gaúcho na eliminação do São Paulo para o Galo. Acho que nem preciso falar mais, preciso?

Em 2011, o Internacional trouxe o Bolatti, volante com boa presença de área, veloz e que faz uns golzinhos de cabeça aproveitando seus 1,90m de altura. O argentino foi muito bem sob a batuta do grande Paulo César Falcão. Depois que o Rei de Roma caiu, sabe o que aconteceu? O hermano se lesionou e, quando voltou, perdeu espaço para Elton sob o pretexto de que o estrangeiro "era ofensivo demais e marcava pouco", além do problema de excesso de estrangeiros no elenco. Hoje, Bolatti está emprestado ao Racing Club da Argentina e não deve voltar tão cedo.

História semelhante aconteceu com Damián Escudero, que após boa temporada no Grêmio em 2011, foi para o Atlético Mineiro no ano seguinte e foi preterido para Pierre e Donizete. Hoje, o Pichi está no Vitória onde ele vem sendo muito bem aproveitado pelo "Harry Potter" Caio Júnior.

Sim, é importante marcar e não dar espaços para o adversário jogar. Mas muito mais importante do que os aspectos defensivos, é importante buscar a vitória, vencer o adversário e marcar muitos gols.

A insegurança gerada pelo medo de perder o emprego fez com que os treinadores optassem por táticas conservadoras e pouco ousadas. O "futebol eficiente" ganha ainda mais adeptos quando treinadores como Muricy Ramalho, Abel Braga, Mano Menezes, Celso Roth, Tite e Felipão conquistam títulos recuando seus times e dependendo exclusivamente da bola parada ou do contra-ataque.

Às vezes me pergunto se os "professores" assistem aos campeonatos europeus. Será que eles já ouviram falar de Fàbregas, Schweinsteiger, Gundogan, Banega, Pirlo ou Arturo Vidal? Todos eles volantes excelentes mas que também participam do jogo, ajudam no ataque e tratam a bola com carinho, ao contrário dos "cães de guarda" dos quais os "professores" se recusam a abrir mão. Ah! E o Bayern München e a Juventus levaram pouquíssimos gols nesta temporada a despeito dos volantes subirem para o ataque. Em compensação, o meu Tricolor e o Grêmio não abrem mão dos volantes brucutus e, mesmo assim, estão apresentando defesas bastante inseguras. Não tem algo errado aí?

Enquanto os "professores" não entenderem que o melhor jeito de impedir o adversário jogar é valorizando a posse da bola, nós vamos ficar condenados a assistir ao "futebol eficiente". E, pelo jeito, isso vai ser por muito tempo...

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Rapidinhas

TORCIDA

Os campeonatos europeus já estão quase todos definidos, mas eu ainda estou na expectativa para que Arsenal e Valencia consigam suas vagas para a Champions League 2013-14. Já faz um tempo que os Gunners e os Bats não levantam um troféu, mas ambos os times jogam com a bola no chão, trocam passes e tem meios-campos muito mais voltados para a criação de oportunidades do que para a marcação. Gostar ou não de futebol bonito é questão de opinião, mas eu acho uma grande injustiça quando equipes retranqueiras ou truculentas tiram os espaço daquelas que realmente jogam bola.

PRECISA REVITALIZAR

A Internazionale de Milano está prestes a ficar de fora mais uma vez das competições internacionais (sem trocadilhos, por favor). Motivo? O mesmo que fez a Seleção Argentina pifar nas mãos da Alfio Basile e Checho Batista: elenco muito envelhecido e muito mais voltado para a marcação em detrimento à criação de oportunidades. Zanetti, Samuel, Cambiasso, Palacio e Milito já foram bons jogadores, mas eles já não seguram mais a onda como antigamente. Não precisa mandá-los embora, pode-se oferecer algum cargo no clube para todos eles como gratidão, mas eles estão fazendo faltas demais e gols de menos. Sugestões de "herdeiros"? Tragam Guillermo Burdisso, Lisandro López, Viatri e outros argentinos mais jovens para o lugar deles. Vejam o que o Alejandro Sabella está fazendo na Albiceleste e sigam o modelo.

NASRI SIM, RIBÉRY NÃO

Por causa das finais da Champions League e da DFB Pokal, Franck Ribéry foi poupado pelo treinador Didier Deschamps e vai desfalcar os Bleus nos amistosos contra o Brasil e contra o Uruguai -a viagem para o Brasil será no mesmo dia do jogo do Bayern contra o Stuttgart. Em compensação, Samir Nasri -que estava suspenso por causa de brigas durante a Euro 2012- está de volta à Seleção da França após uma temporada de muitos altos e baixos no Manchester City. É uma pena que Ribéry não virá, pois sou fã de seu futebol, mas estou muito feliz com o retorno de Nasri. Que você reconquiste seu espaço, garoto!

CHEGA DE VIOLÊNCIA!

Quero paz aqui em São Paulo. Chega de tanta violência! A vida é uma só e tem um valor inestimável.

Rapidinhas -Libertadores

O BOCA VIVE!

A despeito do Corinthians ter sido prejudicado pela arbitragem, não podemos tirar os méritos do Boca Juniors e deixar de elogiar seus pontos fortes. Os Xeneizes deram uma aula de futebol, com trocas de passes, marcação eficiente, jogo coletivo e criação de oportunidades. Os argentinos também jogaram muito limpo, com poucas faltas e sem a catimba que os conterrâneos do Tigre e do Arsenal de Sarandí fizeram quando jogaram contra São Paulo e Atlético Mineiro, respectivamente. Riqueme, mesmo com 34 anos (fará 35 em junho) ainda é um grande craque e faz a diferença em campo. Que grande jogador! E, não menos importante, o técnico Carlos Bianchi mostra mais uma vez ao mundo porque ele ganhou quatro Libertadores -uma com o Vélez Sársfield e três com o Boca Juniors. Fico satisfeito que haja mais times que prezam o futebol coletivo e bem jogado. Considero a classificação do Boca uma grande surpresa, pois o time fez uma campanha muito irregular na fase de grupos e vive um momento de instabilidade.

SEM GRAÇA!

Será que as torcidas dos times paulistas brigaram muito nestas duas semanas? Com a eliminação do Palmeiras e do Corinthians, todos os times de São Paulo -incluindo o Tricolor, já eliminado pelo Atlético Mineiro na semana passada- estão fora da Libertadores 2013 e morrem abraçados nas oitavas de final. Triste, mas serve de lição para alguns que exageraram nas brincadeiras e confundiram rivalidade com ódio.

LIÇÕES EM CAMPO

Ney Franco, Gilson Kleina e Tite. Agora que vocês três rodaram na Libertadores, espero que aproveitem o momento para tirar lições da competição. Os times precisam treinar fundamento com urgência e aprender a jogar coletivamente. O meu Tricolor troca passes, mas finaliza mal e perde a cabeça fácil demais. A diretoria e a comissão técnica deveriam repreender Lúcio e Luis Fabiano e não passar a mão na cabeça deles como estão fazendo, pois os erros da dupla foram cruciais para a eliminação do São Paulo. No Corinthians, o jogo coletivo inexiste: não há toque de bola e os atletas ficam muito afastados uns dos outros na hora de subir para o ataque. Tem que atacar de forma organizada e em grupos para haver opções de passes e dificultar a marcação. E o Palmeiras não tem padrão nenhum de jogo. Não adianta nada "pilhar" os jogadores para eles passarem vexame em casa daquele jeito. Tem que manter a calma, tocar a bola e usar a cabeça para jogar.

Colando os Cacos do Verdão

Não acho que a eliminação do Palmeiras ante o Tijuana tenha sido um desastre, embora ao adversário pouco valha a Libertadores. O Verdão entrou na competição sul-americana com poucas expectativas, sobretudo se levarmos em conta a crise e o rebaixamento que o Palestra sofreu no ano passado.

Cheguei a fazer elogios ao desempenho do Palmeiras, mas ponderei que o estilo "pouca técnica e muito coração" é extremamente arriscado e os jogadores tornam-se mais susceptíveis psicologicamente. E foi o que aconteceu: o time entrou "pilhado" em campo e ficou ainda mais instável após a falha de Bruno. Não sei como ninguém do Verdão foi expulso: a certo ponto, o jogo virou uma troca de agressões com tantas faltas cometidas em campo.

O Verdão terá apenas a Série B pela frente. Como o nível técnico da competição é baixo, não serão necessários tantos investimentos e o Palmeiras poderá economizar um pouco nas contratações.

Tudo bem. É ruim jogar a Série B, mas acredito que a diretoria alviverde poderia aproveitar o período e fazer algumas reformas:

1- RESOLVER AS PICUINHAS POLÍTICAS: não adianta tapar o sol com a peneira. Várias fontes revelam as constantes discórdias entre as chapas no Verdão e esses problemas políticos interferem no desempenho do time. Os cartolas deveriam deixar um pouco as diferenças de lado e pensar na saúde do clube.

2- INVESTIR NAS CATEGORIAS DE BASE: formar garotos é trabalhoso e nem sempre dá o retorno esperado, mas é sempre bom ter garotos para compor o elenco. Eles não ligam muito de ficar no banco de reservas e ainda tendem a ser mais comprometidos com o clube pelo fato de serem formados lá.

3- DAR MAIS CHANCES AOS GAROTOS: a Série B será ótima para projetar alguns jovens atletas e, posteriormente, vendê-los para fazer caixa. E isso seria ótimo para o Palmeiras, pois quando o garoto é revelado na base, ele sempre gera algum lucro ao clube formador. Acredite! O meu Tricolor conseguiu lucrar com as recentes transferências Júlio Baptista, Kaká e Hulk! E o Timão embolsou algum com a transferência de Willian para o Anzhi! Vale a pena!

4- COLOCAR VELHOS ÍDOLOS E CRAQUES EM CARGOS NO CLUBE: esse modelo nem sempre funciona aqui no Brasil, como eu expliquei anteriormente. Mas é importante dar chance e, principalmente, respaldo às pessoas que realmente entendem de futebol. Não adianta colocar treinadores retranqueiros ou ex-zagueiros violentos para comandar os times e as categorias de base: é necessário colocar gente que possa ensinar fundamentos e não apenas marcação ou bola parada. Só para servir de parâmetro, o Mestre Johan Cruyff era um grande craque em campo e foi ele quem posteriormente criou o "Tiki-Taka" do Barcelona. Fico pensando o que Ademir da Guia, César Maluco, Leão, São Marcos e outros velhos ídolos poderiam ensinar.

5- CONTRATAR ALEX E RIVALDO: vocês podem achar que eu fiquei louco com essa ideia. Os dois meias, no entanto, são grandes craques, disciplinados, têm identificação com o clube e poderiam ensinar muito em campo aos mais jovens. Ademais, Rivaldo é muito bom nas bolas paradas e passa as bolas com precisão cirúrgica. E Alex Cabeção, como pudemos ver no jogo do Coritiba, ainda está em forma e continua fazendo a diferença nos gramados. E isso não é tudo: poderíamos oferecer cargos no clube aos dois assim que pendurarem as chuteiras para que ajudem a formar novos craques.

6- CONGELAR A ARENA PALESTRA: desculpe, torcedores. Mas não foi um momento muito oportuno começar um estádio novo com o clube em crise. O dinheiro que está sendo injetado no estádio poderia ser usado para contratar ou manter os bons jogadores.

7- PARAR DE VENDER OS ÍDOLOS: achei que vender Marcos Assunção e Barcos foi dar um tiro no pé. Ainda que eles custassem "caro" aos cofres do clube, eles tinham carisma e identificação com o torcedor. Eles teriam muita importância para manter o interesse do expectador no time na Série B. E há o risco do Verdão perder Henrique, o último ídolo remanescente. Que situação...

8- VENDER MAIS ESPAÇO NA CAMISA: ok, ficaria feio. Mas que gera muita receita, gera!

Dois Toques Rápidos -Libertadores

NÃO DÁ PRA GANHAR SÓ NA RAÇA, VERDÃO

O Palmeiras sentiu a pressão pelo resultado e foi consumido pelo nervosismo. Só chutão e correria complementados com passes e finalizações erradas. Pelo jeito, não foi uma ideia muito boa colocar os atletas na pilha, não é? Bastava o Palestra ter calma, aproveitar a força de sua torcida, tocar a bola e envolver os mexicanos, que nem jogaram tão bem assim, uma vez que o título da Libertadores pouco interessa a eles. A falha de Bruno no primeiro gol foi a síntese da instabilidade psicológica do Verdão no jogo.

O TITE NÃO LEU O MEU BLOG...

Adenor Leonardo Bacchi, eu nunca joguei futebol profissionalmente e sei exatamente o que impediu o Timão de avançar às quartas-de-final. Eu estou escrevendo desde o sábado passado sobre os riscos de recuar o time e oferecer espaço aos adversários. Citei o exemplo do Benfica contra o Porto umas duas vezes nesta semana. E o que o senhor fez? Ofereceu espaços ao Boca para tentar um contra-ataque e acabou levando o gol fatal ainda no primeiro tempo. E as suas substituições, idem: trocou um atacante por outro, um lateral por outro, e por aí vai. Não dava para tirar um dos volantes e colocar mais um meia ou um atacante no lugar? Claro, não podemos deixar de mencionar que o juiz prejudicou o Coringão e que os Xeneizes jogaram melhor, com trocas de passes e sem renunciar ao ataque. Ainda assim, considero Tite o maior culpado pela eliminação.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Rapidinhas

O QUE O MESTRE CRUYFF FARIA?

Já publiquei esta história, mas eu falo mais uma vez: quando lidava com Romário, o Mestre Johan Cruyff permitia que o Baixinho tivesse dias de folga extras proporcionais ao número de gols marcados pelo atacante. Circulou nessa semana que Felipão teria barrado Ronaldinho Gaúcho por indisciplina. Se isso for verdade, o "professor" poderia abrir um pouco a mente, como o Mestre fez, mas os treinadores daqui do Brasil possuem cabeças fechadas e pouco flexíveis.

MALDONADO NO TIMÃO

O chileno Claudio Maldonado acertou com o Corinthians. O volante estava no Flamengo, mas seu contrato com o clube da Gávea acabou e o meio-campista veio se tratar no Coringão. Se Maldonado vai dar certo ou não no Parque São Jorge, só o tempo dirá mas confesso que ainda estou desconfiado da contratação.

TANTO FAZ

Ivanovic, no último minuto, fez um gol e selou a vitória do Chelsea sobre o Benfica, levando os Blues ao título da Europa League 2012-13. Para mim, tanto fazia quem vencesse, afinal são duas equipes estritamente defensivas e que pouco ousam. Não tem graça nenhuma ver futebol assim, mas a maioria das pessoas só enxerga o resultado final sem se importar com o processo que leva um time a vencer uma competição. Só para constar: Roberto Di Matteo, o "gênio" que parou o Barcelona e o Bayern com as duas linhas de quatro, ainda está desempregado, a despeito dele ter ganho a Champions League na temporada passada.

Parabéns, Raí!

Completa hoje 48 anos o maior jogador que já vestiu a camisa do São Paulo Futebol Clube: Raí Souza Vieira de Oliveira.

Nascido em Ribeirão Preto, Raí foi revelado pelo Botafogo de Ribeirão Preto, mesmo clube que projetou seu irmão mais velho, Sócrates. Aliás, Raí chegou ao Tricolor em 87 sob a sombra de seu irmão mais famoso, mas logo mostrou que tinha luz própria e mostrou isso no começo dos anos 90, quando o Soberano faturou quatro Paulistões (87,89,91 e 92), um Brasileirão (91), duas Libertadores (92 e 93) e um mundial (92). Tudo isso sob a batuta do Mestre Telê, que levou o time do Morumbi a sua era de ouro.

Raí também teve passagens pela Ponte Preta e pelo Paris Saint-Germain. Voltou para o Tricolor em 98 onde viria a encerrar a carreira um ano depois. Pela a Seleção Brasileira, Raí jogou a Copa de 94 nos três primeiro jogos, mas passou a esquentar banco para Dunga na fase de mata-mata.

Hoje, Rai mantem sua própria instituição filantrópica e, recentemente, foi agraciado com o prêmio Laureus, o "Oscar do esporte", pelas suas ações sociais.

Parabéns, Raí! Você foi e ainda é o maior jogador do São Paulo de todos os tempos! E muito obrigado por tudo o que fez pelo Tricolor e pelo futebol mundial!

Você não Deve Desculpas, Cañete

Dei um pulo no Facebook do meia Marcelo Cañete para ver a mensagem que ele havia deixado ao torcedor após o jogador ter sido afastado pela diretoria do São Paulo.

Na mensagem, Cañete pede desculpas ao torcedor e faz elogios ao Tricolor.

Sendo honesto, acho que o argentino, de maneira alguma, deve desculpas ao torcedor ou ao clube. Cañete nunca faltou com o esforço ou com o comprometimento para o Soberano.

O meia, logo em sua chegada, entrou numa fria: chegou em uma equipe em crise no ano de 2011, trocou várias vezes de treinador -desde a sua chegada, o São Paulo foi comandado por Adílson Batista, Émerson Leão e Ney Franco- e ainda deu azar de se lesionar, ficando de molho por um ano inteiro. O ano de 2013 foi, praticamente, a estréia do hermano.

Quando voltou a jogar, Cañete não parece ter caído no gosto do treinador Ney Franco e teve poucas chances, mesmo nos times mistos ou reservas. Mas ele era muito querido pelo torcedor apesar de ter entrado pouco em campo.

Arbitrariamente, o jogador foi afastado pela diretoria como bode expiatório com vários colegas, como se ele fosse o culpado pela eliminação da Libertadores. O estranho é que não me lembro de ter visto Cañete ser expulso ou bater boca com o árbitro durante a competição sul-americana, prejudicando a sua equipe. Algum dirigente do São Paulo ou a comissão técnica viu?

Como torcedor, eu agradeço Cañete pelos serviços prestados e espero que você volte algum dia à equipe.

Dizem que Deus escreve certo por linhas tortas. Talvez haja algo ainda melhor a sua espera.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Convocação

Confesso que fiquei surpreso com a convocação do Felipão hoje. Achei que ele fosse convocar seis volantes novamente, sobretudo depois que ele deu aquela declaração infeliz de que "volante artilheiro só é bom na televisão". Vamos a um breve comentário sobre as convocações:

GOLEIROS: só não concordei com a convocação de Júlio César. Ele já foi um dos melhores goleiros do mundo em pé de igualdade com Buffon e Casillas, mas hoje já não tem o mesmo rendimento de outrora. Foi dispensado da Internazionale e não conseguiu evitar o rebaixamento do Queens Park Rangers. Cavalieri e Jefferson foram convocados merecidamente.

LATERAIS: Marcelo, Dani Alves e Filipe Luis estão fazendo boas campanhas no Campeonato Espanhol -Marcelo está voltando de lesão. Jean não era exatamente o lateral-direito que eu queria -eu preferiria Marcos Rocha, do Atlético Mineiro- mas não foi uma escolha ruim.

ZAGUEIROS: concordo com todos, mas espero que Dante seja titular no lugar de David Luiz.

VOLANTES: eu não levaria  nem Fernando nem Luiz Gustavo, que perdeu sua posição no Bayern para Javi Martínez. Apesar de não gostar de Ramires, acho que o ex-cruzeirense seria uma opção bem melhor que qualquer um dos dois. Cícero, do Santos, também poderia ser lembrado, já que ele tem qualidade no passe e é versátil. Também acho que Arouca seria uma boa opção. Paulinho e Hernanes têm a minha simpatia.

MEIAS: faltou o Ronaldinho, não? Se bem que Lucas, Bernard, Jadson e Oscar são bons jogadores. Só estou desconfiado de Lucas, que acabou de voltar de lesão. Willian (Anzhi) poderia estar aqui também.

ATACANTES: Damião nunca jogou pela Seleção o que ele joga pelo Internacional. Será que dessa vez ele resolve? Hulk é apenas esforçado.

Rapidinhas

NÃO É SÓ EU QUE SENTE FALTA DO FUTEBOL BONITO...

Muita gente não dá bola para o que o grande Walter Casagrande Jr. diz durante os jogos. Pois eu concordo com quase tudo o que ele disse durante o clássico (se é que podemos chamar aquilo de "clássico") do Corinthians contra o Santos do último domingo: os times não jogam com a bola no chão, não jogam coletivamente, não priorizam o ataque, só dão chutões e atuam de maneira excessivamente recuada. Casagrande foi um grande craque que realmente representa o Corinthians e que sabe muito bem o que está falando por experiência própria. A maioria dos jogadores tão idolatrados no futebol brasileiro de hoje não serve nem para amarrar as chuteiras do Casão.

FALTA MUITO PRO DIA 25?

Com a maioria dos campeonatos europeus definidos, resta esperar a final da Champions League. Estou sentindo muita saudade de ver aquele futebol envolvente do Borussia Dortmund e do belo jogo vertical do Bayern München. Ter de assistir a esses jogos horríveis dos campeonatos estaduais depois de ver a qualidade do futebol alemão é uma tortura em todos os sentidos.

EUROPA LEAGUE

Amanhã, Chelsea e Benfica irão disputar a final da Europa League -que seria o "equivalente" da Copa Sulamericana na Europa. Confesso que nem estou animado para assistir ao jogo que acontecerá na Holanda, uma vez que são duas equipes estritamente defensivas. Eu ia torcer para o Benfica, mas depois do que eu vi no último sábado, não tenho vontade de torcer para nenhum dos dois times.

DOPING

Apesar de ser um assunto muito interessante para o meu blog -drogas/medicamentos e futebol-, optei por não comentar, por enquanto, os casos dos jogadores do Fluminense, Deco e Michael, que foram flagrados no exame anti-doping. Prefiro esperar a conclusão dos casos para tratar do assunto.

Por Que Aqui Não Funciona?

O Bayern München e o Barcelona nem sempre ganham campeonatos, mas raramente desapontam o seu torcedor. O desempenho dessas equipes na Champions League e nas competições nacionais é sempre bom mesmo sem os títulos. O que os dois clubes têm em comum eu já escrevi zilhões de vezes aqui no meu blog: investimento maciço nas categorias de base e ex-jogadores atuando como treinadores ou dirigentes. Adicione isso ao fato de serem duas equipes carismáticas, com torcidas apaixonadas, infra-estrutura adequada e sempre alvo de investimentos de grandes patrocinadores. Quem não quer expor sua marca na camisa do Bayern ou do Barça?

Aqui no Brasil também temos equipes carismáticas e que até investem em infra-estrutura. Mas muitos dos dirigentes e dos treinadores não parecem entender bulhufas do que acontece no gramado e fazem contratações e escalações que não fazem o menor sentido. Não é incomum a gente ver atletas que jogam bem mas que ficam condenados ao banco a despeito do desempenho em campo. Ou a contratação de jogadores para posições que estão saturadas e que mais parecem ter sido intermediadas por empresários. Investimento em categorias de base a mesma coisa: quantos garotos foram efetivados nos grandes clubes nos últimos anos? Aqui em São Paulo, a maioria só vai se lembrar de Neymar, Ganso e Lucas.

E a possibilidade de oferecermos cargos a ex-jogadores? Isso funciona?

Vamos começar com os ex-atletas que atuam como treinadores: a maioria deles eram todos jogadores de pouca expressão ou zagueiros e volantes violentos, como bem observou Paulo Cézar Caju em sua coluna. Se o cara não jogava nada, o que ele poderia ensinar aos seus comandados? Falcão, Renato Gaúcho, Andrade e Leão eram bons jogadores, mas nenhum dirigente deu respaldo a eles a despeito deles terem montado bons times. Vejo pouquíssimos ex-craques atuando como treinadores aqui no Brasil, mesmo nas categorias de base. Dessa forma, não há a possibilidade de um garoto aprender que futebol se joga limpo, coletivamente, trocando passes e fazendo gols. Ao invés disso, estamos formando jogadores cada vez mais musculosos e sem molejo algum para efetuarem um drible.

Pior ainda quando falamos em ex-atletas que assumem cargos administrativos nos clubes. O que se deu um pouco melhor foram o Edu Gaspar no Corinthians e, ainda assim, sem montar um time que apresente futebol ofensivo ou bem jogado, apenas a "produtividade". Roberto Dinamite, atual presidente do Vasco, está penando para manter o Gigante da Colina nos eixos. Zinho e César Sampaio atuaram como dirigentes no Flamengo e Palmeiras, respectivamente, e já rodaram. Só para servir de parâmetro: Uli Hoeness e Karl-Heinz Rummenigge, o atual presidente e um cartola do Bayern, são ex-jogadores e grandes ídolos do clube. E os dois fazem o clube alemão funcionar como uma máquina ofensiva e produtiva.

Eu não radicalizo dizendo que todos os clubes deveriam oferecer cargos para ex-jogadores, mas já provei em outro post que a experiência em campo faz muita diferença para que um treinador ou dirigente tenha visão de jogo e entenda como a coisa funciona lá dentro das quatro linhas.

Os clubes são empresas e deve, sim, haver o lucro para que sobrevivam. Mas, acima de tudo, os clubes têm a missão de formar atletas e oferecer-lhes suporte para que possam representar uma nação ou para que possam crescer profissionalmente. E isso não acontece aqui no Brasil.